quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ainda existe uma cruz

Mt 16.24-26 - “Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me; pois, quem quiser salvar a sua vida por amor de mim perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. Pois que aproveita ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida? ou que dará o homem em troca da sua vida?”

Estamos vivendo os últimos dias. Jesus mostrou aos discípulos que este tempo seria marcado por vários sinais. Vemos terremotos, maremotos, guerras, rumores de guerras, pais contra filhos e filhos contra pais e o amor se esfriando sem igual. Além disso, presenciamos a apostasia como nem mesmo os profetas veterotestamentários presenciaram. O dicionário da Bíblia de Almeida define Apostasia como: “Negação e abandono da fé; Revolta final contra Deus”. Mas em meio a tantas celebridades se “convertendo” e entre tantas afirmações de avivamento, como podemos dizer que vivenciamos a apostasia? Basta verificar com mais cautela o que se passa no nosso dia-a-dia.

Já ouviu falar de John Travolta, Tom Cruise, Juliette Lewis, Anne Archer e Lisa-Marie Presley? O que essas pessoas aparentemente possuem em comum, além da fortuna É que todos são adeptos da cientologia, mesma religião que Michael Jackson, falecido cantor super pop, era seguidor.

A cientologia foi fundada em 1954, no Estado da Califórnia (EUA) por Lafayette Ron Hubbard (1911-1986), filho de um comandante da marinha norte-americana. De acordo com a Revista Defesa da Fé1, publicada pelo ICP – Instituto Cristão de Pesquisas, A palavra Cientologia, inventada por Hubbard, vem dos termos latinos scio, que significa conhecer, e logos, razão. Para os cientólogos, a Cientologia é uma religião cujo objetivo é “estudar o espírito, entender a relação de cada um consigo mesmo, com o universo e com outras formas de vida. É uma religião, uma sabedoria e uma ciência”. Na verdade, trata-se de uma corrente de pensamento filosófico-religioso mesclada a técnicas psicoterápicas e doutrina budista. Segundo o próprio Hubbard, a religião criada por ele deve despertar no discípulo a consciência de que ele é imortal. É uma mistura de conceitos tirados do hinduísmo e das tradições cabalísticas. A Cientologia serve de base para uma série de técnicas como a psicanalítica (Dianética), e promete aos seus adeptos melhorar sua capacidade de comunicação e diminuir seus sofrimentos, ensinando-o a “lidar com as pessoas e seu meio”

Embora haja por parte dos cientólogos considerável esforço em conciliar os ensinos de Hubbbard com o cristianismo (como se vê em diversas de suas publicações, como, por exemplo, a brochura intitulada Cientologia e a Bíblia), a verdade é que existe um enorme disparate entre a Palavra de Deus e os ensinos de Hubbard. Vejamos alguns:

Deus - Devido ao seu caráter eclético, a Cientologia tem procurado, nos últimos anos, assim como a Maçonaria, designar Deus simplesmente como “Ser supremo”, “Força de vida”, a fim de facilitar a entrada de pessoas de qualquer segmento religioso. Adotam, ainda, a posição politeísta: “Existem deuses que estão acima de todos os outros deuses, e deuses além dos universos”.6 Em toda a Bíblia encontramos uma afirmação inflexível a favor do monoteísmo e da singularidade do Senhor Deus (Is 43.10,11; 44.6,8; 45.5, 21,22). O apóstolo Paulo é muito claro e enfático ao afirmar que, no que diz respeito ao mundo, “há muitos deuses e muitos senhores, todavia, para nós há um só Deus, o Pai de quem são todas as cousas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo” (1Co 8.5,6).

O lugar de Cristo - Hubbard formou o pensamento da Cientologia sobre Jesus Cristo tomando emprestado o mesmo ensino do Budismo, do Hinduísmo, do Taoismo e do Judaísmo: “teoria moral”, que defende a idéia de que Jesus é apenas um exemplo de fé, de moral e de conduta. “Nem o senhor Buda e nem Jesus Cristo eram ‘espíritos operativos’ (do nível mais elevado), de acordo com as evidências. Eram apenas uma sombra limpa acima”2.

Desprezo pelo corpo - Ao expressar o conceito que tem sobre o corpo, a Cientologia revela a origem de suas crenças. Ela diz que nós não pertencemos a esse corpo físico, pois é mau. Esse ensino, no entanto, é idêntico ao pensamento gnótisco. Os gnósticos pregavam um dualismo entre a matéria e o espírito, advogando que a matéria criada era má. A encarnação, a ressurreição e a ascensão de Cristo são essenciais ao entendimento e à fé cristã, pois mostram que não há lugar para essa torpe dicotomia entre o espiritual e o material. O cristão aceita o fato de que corpo, além de criação de Deus, é habitação do Espírito Santo (1Co 6.19). Somos instados a glorificar a Deus com o nosso corpo (1Co 6.20). Tiago 2.26, diz: “...o corpo sem espírito é morto...”. A formação do homem, desde a criação de Adão, demanda um corpo, bem como um espírito, para que ele fosse uma “alma vivente” (Gn 2.7). Um dos propósitos da futura ressurreição do corpo do cristão é reunir o corpo e o espírito, formando um ser completo.

O caminho da salvação – A Cientologia crê que o homem é “basicamente bom”, “sem pecado”. Portanto, segundo afirmam, “é desprezível e completamente abaixo de todo desprezo falar para um homem que ele tem de se arrepender, que ele é mau”. Na visão da Cientologia, o homem tem apenas cicatrizes (Engramas), e é justamente isso que o impede de descobrir e exercitar “seu poder inerente”. À medida que a pessoa se submete às sessões de “audição”, em tese ela estará purificando sua mente dos ferimentos e das chagas que tenha contraído em suas existências anteriores à atual, a fim de chegar a uma conscientização de sua divindade. Contrastando essa doutrina absurda, Jesus Cristo ensinou que o homem tem um grave problema: o do pecado, e está incapacitado de resolvê-lo por si mesmo. Jesus disse que o homem é mau por natureza (Mt 12.34; 7:11). Falou, ainda, que do interior do homem procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias (Mt 15.18,19). Seu primeiro sermão foi uma exortação ao arrependimento (Mt 4.17). A pregação de João Batista (Mt 3.2), dos Doze (Mc 6.12), de Pedro no Pentecoste (At 2.38) e de Paulo aos gentios (At 17.30; 26.20) continha mensagens com forte apelo ao arrependimento para que houvesse remissão de pecados. A mensagem do arrependimento deveria ser levada por todo o mundo (Lc 24.47).

A Cientologia é apenas mais uma das várias religiões que são aceitas em meio à era da pluralidade religiosa que vivemos. No Brasil enfrentamos um grande modismo por parte de artistas que são anunciados como convertidos. A pessoa mal chega na congregação e já pode mudar a carreira de cantor secular para artista gospel, a fim de ganhar almas para Jesus, como alguns afirmam. Entretanto, parece mais que estão querendo é ganhar espaço no mercado gospel, no qual pessoas sem discernimento alimentam a venda de CD’s, DVD’s e até mesmo livros sem solidez genuína.

Enquanto procurava algum programa na televisão nesta semana, fui surpreendido pela presença da artista Carla Perez, ex-loira do tchan, no programa do Ratinho. Como já tinha ouvido falar que se convertera, interessei-me em ver como seria sua conduta no programa. Já fui pego de surpresa com seus trajes. Não que esteja defendendo que a mulher deve se vestir como uma senhora e com vestidos cumpridos. Mas uma mulher de Deus deve ter em mente que deve se vestir com o mínimo de decência possível, isto é, com roupas que não marcam seu corpo, mostrando toda forma do mesmo e que não tenham decotes, aparecendo os seios, como a artista gospel vestia-se. Ser conhecida no passado pelo sensualismo e por posar nua para revistas masculinas, não a compungiu de forma alguma. Depois de apresentarem uma matéria sobre seu passado ela continuou com seu sorriso artístico, esbanjando carisma. Até que o apresentador pergunto-lhe de que igreja ela era. A artista dizia que era da Igreja de Cristo, um bom discurso evangélico, mas depois da insistência de Carlos Massa, o Ratinho, ela revelou onde congregava: “Comunidade Evangélica Artistas de Cristo” em Salvador, Bahia.

Lembro-me de uma história ilustrativa bastante conhecida no meio evangélico e que analisando este cenário, passa a fazer muito sentido. Um homem carregava sua cruz, mas a achava pesada e pedia sempre a Deus para que cortasse um pedaço. Desta forma, cortou uma parte da cruz. Depois de mais uma caminhada, fez o mesmo, arrancando outro pedaço, a fim de aliviar o peso. Após outros cortes, deparou-se com um precipício onde via pessoas atravessando-o com a cruz que carregavam, utilizando-a como ponte. Muitas denominações estão tentando fazer isso com a cruz de seus fiéis, querem aliviar o peso da caminhada com Cristo e abrem um pouco mais o caminho que é estreito. Porém, quando menos esperam, seguem pelo caminho largo que na verdade conduz à perdição e não à salvação. Ser membro de uma igreja, ser batizado ou simplesmente dizer que acredita em Jesus não é o suficiente para herdar a vida eterna. Gostaria de deixar enfatizado neste momento para você amado leitor: Ainda existe uma cruz. Não negocie sua caminhada, não negocie a Palavra do Deus Altíssimo, negue a si mesmo, tome sua cruz e siga a Jesus!!



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1 TINDALE, Wiglot. Cientologia - A Religião das Estrelas. Edição Especial Defesa da Fé – ICP, CD-Rom, 26/07/10.

2 L. Ron Hubbard, Certainty Magazine 5, no. 10 (s.d.), 73.

terça-feira, 17 de maio de 2011

A História e os benefícios da EBD – Escola Bíblica Dominical

1.      História

A criação, por assim dizer, da Escola Dominical, tem sido reclamada para diversas pessoas.  John Wesley iniciou estudos bíblicos dominicais em Savannah, Geórgia (EUA), em 1737.  Entre 1763 e 1769, Hannah Ball Moore, uma senhora metodista começou estudos bíblicos dominicais em sua própria casa e, a partir de 1769, nas dependências da Igreja Anglicana High Wycombe. Na década de 1770, o Ministro Theophilus Lindsey proveu lições bíblicas dominicais em sua igreja, na Capela da Rua Essex, em Londres. O Rev. J. M. Moffatt, Ministro Independente de Nailsworth, passou a lecionar estudos bíblicos dominicais já em 1774.  Em Ephata, Pennsylvania, em Washington, no Estado de Connecticut, no início de 1780 já se realizavam estudos bíblicos dominicais nas igrejas presbiterianas.  Howard J. Harris declarou que, em 1780, estudos bíblicos dominicais eram feitos em cidades de Gloucester e em vilas da Inglaterra, como Painswick e Dursley.  E um ministro metodista de Charleston, Carolina do Sul, em 1787, chamado George Daughaday, administrou estudos bíblicos dominicais a crianças negras americanas.

Robert Raikes

A criação da Escola Dominical é normalmente atribuída ao jornalista Robert Raikes, com o nascimento de uma visão de um homem que, compadecido com as crianças de sua cidade, quis dar-lhes um novo e promissor horizonte. Como ficar insensível ante a situação daqueles meninos e meninas que, sem rumo, perambulavam pelas ruas de Gloucester? Nesta cidade, localizada no sul da Inglaterra, a delinquência infantil era um problema que parecia sem solução. Aqueles menores roubavam, viciavam e eram viciados; achavam-se sempre envolvidos nos piores delitos. É nesse momento tão difícil que o jornalista episcopal Robert Raikes entra em ação. Tinha então 44 anos quando saiu pelas ruas a convidar os pequenos transgressores a que se reunissem todos os domingos para aprender a Palavra de Deus.
Juntamente com o ensino religioso, ministrava-lhes, Raikes, várias matérias seculares: matemática, história e a língua materna - o inglês. Não demorou muito e a escola de Raikes já era bem popular. Embora tenha começado a trabalhar em 1780, foi somente em 1783, após três anos de oração, observações e experimentos, que Robert Raikes resolveu divulgar os resultados de sua obra pioneira. No dia 3 de novembro de 1783 (data que se comemora o dia da fundação da EBD), Raikes publica, em seu jornal, o que Deus operara e continuava a operar na vida daqueles meninos, em Gloucester. Eis porque a data foi escolhida como o dia da fundação da Escola Dominical.

2.      Objetivos

A princípio, as igrejas utilizavam a EBD para a evanglização, angariando desta forma, novos adeptos ao cristianismo reformado. Atualmente, vemos propósitos mais voltados ao treinamento e santificação dos membros do corpo de Cristo.

3.      O que a Bíblia fala sobre ensino?
3.1  Deus ensina

Sl 32.8Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; aconselhar-te-ei, tendo-te sob a minha vista.


Isaías 48.17Assim diz o Senhor, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o Senhor, o teu Deus, que te ensina o que é útil, e te guia pelo caminho em que deves andar.
3.2  Jesus Ensina

Marcos 10.1Levantando-se Jesus, partiu dali para os termos da Judéia, e para além do Jordão; e do novo as multidões se reuniram em torno dele; e tornou a ensiná-las, como tinha por costume.

Mateus 4.23 – E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo.

3.3  O Espírito Santo ensina

1 Co 2.13 – as quais também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito Santo, comparando coisas espirituais com espirituais.

João 14.26 – Mas o Ajudador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito.

3.4  Os sacerdotes ensinavam

Lv 10.11 – mas também para ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos que o Senhor lhes tem dado por intermédio de Moisés.

2 Cr 15.3 – Ora, por muito tempo Israel esteve sem o verdadeiro Deus, sem sacerdote que o ensinasse e sem lei.

Ed 7.10 – Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar e cumprir a lei do Senhor, e para ensinar em Israel os seus estatutos e as suas ordenanças.

3.5  Paulo ensinava

1 Co 4.17 – Por isso mesmo vos enviei Timóteo, que é meu filho amado, e fiel no Senhor; o qual vos lembrará os meus caminhos em Cristo, como por toda parte eu ensino em cada igreja.

2 Ts 2.15 – Assim, pois, irmãos, estai firmes e conservai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa.

3.6  A Bíblia nos ensina

2 Tm 3.16 – Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça;

Rm 15.4 – Porquanto, tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que, pela constância e pela consolação provenientes das Escrituras, tenhamos esperança.

4.      Benefícios

O maior benefício que a EBD proporciona é o conhecimento, enquanto os maiores beneficiados são alunos e professores. Ensinar na verdade, faz parte da Grande Comissão (Mt 28:19,20a). Na EBD, temos a oportunidade de renovar e reciclar nossos conhecimentos. Precisamos resgatar os valores do Evangelho, encontramo-nos num período em que as inversões de valores estão cada vez mais acentuadas. É triste ver líderes preterindo o ensinamento e supervalorizando o pedido de ofertas em suas denominações. O liberalismo teológico atingiu muitas igrejas, líderes têm perdido o compromisso com a Verdade e dessa forma manipulam a mente e a crendice dos frequentadores de seus ministérios. Um dos pontos que mais ganhamos com a Reforma Protestante foi justamente o livre acesso às Escrituras, mas pastores em demasia têm negligenciado esse benefício. Já ouvi várias pessoas dizerem que se o pastor ensinar errado, este é quem pagará por isso. Sim, quem ensinou tem sua responsabilidade, entretanto, cada um de nós temos a responsabilidade de analisar as Escrituras (Jo 5.39). Jesus exortou-nos a examinar a Palavra escrita, pois esta é que testifica dEle, além de nos proporcionar o conhecimento para a vida eterna. Examinar consiste em atentar para os detalhes. Uma pessoa, por exemplo, ao realizar um exame de sangue, obterá detalhes que a olho nú não consegue detectar. Da mesma forma, a Palavra de Deus deve ser examinada, isto é, lida com atenção, com cuidado, com amor, com zelo, não a olho nú, mas com os olhos do Espírito, pois são nos detalhes que as maiores heresias têm se levantado. Vejamos o exemplo do Arianismo, heresia que a Igreja enfrentou no século III e que se estendeu pelos séculos IV e V.  Ário distorceu conceitos acerca da natureza do Filho e seu relacionamento com a pessoa do Pai. Tinha suas raízes nas controvérsias cristológicas precedentes, mas por ter surgido em um período de oficialização da Igreja, foi a que mais agitou o cristianismo nos tempos primitivos e que, de certo modo, deu origem à dogmatização da fé e à tradição conciliar da Igreja para resolver questões teológicas.

Baseando-se em um texto isolado de Provérbios 8.22, onde diz que Deus "criou" a sabedoria desde o princípio (a tradução mais aceita, seria "possuiu") e identificando a sabedoria com o Logos (o Verbo), Ário classificou o Filho como sendo uma mera criatura, ainda que fosse a maior das criações de Deus. Desejando evitar uma posição que parecesse um politeísmo, acabou negando a divindade do Filho de Deus. Até hoje vemos resquícios desse ensinamento pela Sociedade Torre de Vigia, as Testemunhas de Jeová. A EBD traz benefícios para todos: tanto os alunos quanto os professores. Amado leitor, seja um participante assíduo e divulgue em sua congregação a importância de aprendermos juntos a Palavra do Senhor. Não podemos ser desleixados para com o ensino na Igreja. No movimento Neo-Pentecostal a coisa ainda é pior, grande parte das denominações abriram mão desse braço, da instituição teológica, das classes da EBD. Muitos dizem que é bobeira, desperdício de tempo e estão perdendo a oportunidade de discipular com eficácia. Em nossos dias são várias as metodologias de discipulado que são inventadas, mas nenhuma é mais eficaz do que a Palavra do Senhor, pois ela é “viva e eficaz, mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). Segundo pesquisa do Istitute for applied behavorial Sciences os níveis de retenção da informação chegam a 5% em aulas, palestras, pregações ou conferências; Cerca de 10% é absorvido na leitura; Aproximadamente 20% quando utilizamos de recursos audio-visuais (muito utilizados em treinamentos nas empresas); Em torno de 30% durante a utilização de demonstrações, exemplos e analogias (parábolas, como fazia o Mestre); Quando em grupos de discussão a absorção chega a 50%; Durante a pática, isto é, fazendo, executando, retemos até 75%; e finalmente, a forma em que mais aprendemos, guardamos, absrovemos e retemos a informação se dá enquanto ensinamos aos outros. Durante uma classe de estudo da EBD, temos a oportunidade de ensinar à Igreja a sã doutrina, além de formar grandes homens e mulheres de Deus no conhecimento de Sua Palavra. Não percamos tempo, escolhamos a boa parte e assentemo-nos aos pés de Jesus para ouvir Seus ensinamentos, assim como escolheu Maria (Lc 10.38-42).

terça-feira, 10 de maio de 2011

Nota de esclarecimento: Liberdade de expressão

Algumas pessoas se depararão com um aviso de moderação depois de postar um comentário. Quero deixar claro que cada qual pode exercer sua opinião. Não neguei e não nego este direito a ninguém. Cada um pode se expressar como quiser. Prova disso é que não excluí o que já foi postado anteriormente, até mesmo comentários sem nexo.  Entretanto, como assegura-nos a Constituição da República Federativa do Brasil em seu artigo 5º e incisos IV e IX, optei por aprovar apenas os comentários que não contenham linguajar torpe e que tenham assinatura, isto é, sem anonimato. Se quiser discordar de mim, discorde, mas assine seu nome. Tenha coragem. Se fosse para eu mesmo me omitir, não publicaria tais artigos neste blog, mas estou dando minha cara a tapa.

O objetivo deste blog é primeiramente exaltar e glorificar o Nome do Senhor através da propagação de Sua Palavra. Publicarei artigos voltados para a Apologética e Hermenêutica. Não há qualquer interesse em atingir o caráter de qualquer pessoa, senão expor analiticamente doutrinas as quais são dignas de serem refutadas, adstritas tão somente ao campo da "argumentação", ou seja, abordagens que se limitam puramente às questões teológicas e doutrinárias. Como sei que muitos têm preguiça de pesquisar, seguem as prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal.

IV: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;”

IX: “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;”

Aproveito para deixar meus contatos, caso queira falar diretamente comigo:
Cel: (32) 9994-8837

Movimento ou Avivamento?

O que os amados leitores verão abaixo, trata-se de mais um relato de um crente no Senhor Jesus que não aceita compactuar com a vergonha doutrinária que o Brasil experimenta na atualidade. Heresias aparecem a cada dia. Não se surpreenda com a “unção da galinha”. Isso não é novidade, são muitas as pessoas que estão alucinadas, extasiadas e atribuem essas loucuras a Deus. Numa próxima oportunidade postarei sobre a Toronto Airport Vineyard Fellowship, onde aberrações aconteceram e foi chamado de avivamento. Muitas pessoas não estão sabendo diferenciar o que é avivamento do que é movimento, ainda hoje muitos perecem pela falta de conhecimento (Os 4.6). Embora o autor do artigo abaixo defenda em certo grau o G-12 em Bogotá, na Colômbia, tenho opiniões diferentes, baseado nos escritos do César Castellanos e na história do MCC (Movimento dos Cursilhos da Cristandade).  Mas no mesmo blog cujo testemunho se seguirá, há artigos posteriores de posicionamento contrário aos ensinamentos de Castellanos. Hoje, sou definitivamente contra ao G-12 e o considero como um movimento sectário. Dizem que este movimento resgata valores da Igreja Primitiva. O que mais se aproxima disso são as células, mas não são poucas as denominações que fazem cultos domésticos e que têm alcançado almas para o Senhor Jesus. Portanto, não podemos usar apenas desse argumento para defender a idolatrada “visão”. Meu conselho é e sempre será, leia a Bíblia, não seja enganado. A Palavra do Senhor é lâmpada para os nossos pés e luz para o nosso caminho (Sl 119.105).

“Estive várias vezes em Bogotá. Recebi imposição de mãos e oração do Pr. César Castellanos. Foi lá que vi pela primeira vez uma Igreja com I maiúsculo, bem perto da Igreja Primitiva. Por isso me entristeço estar escrevendo neste exato contexto.
A Visão Celular no Modelo dos 12 sempre foi dita como simples, aplicável em qualquer contexto cultural e denominacional. No que tange a métodos, nunca vi nada tão didático e simples. No que tange à doutrina, em Bogotá se fala muito de prosperidade e maldição. Mas como a palavra da cruz é extremamente central, e a santidade é a linguagem fundamental, assegurei-me de estar no lugar certo, com gente certa. Quem vai a Bogotá fica ‘assustado’ com o clima de festa. Ademais, a Igreja lá (MCI) não tem templos, e o povo ministra muitas vezes nas praças, nas calçadas, no chão. É lindo, porque enchendo uma cidade de células se vasculariza e penetra em todos os segmentos sociais.

A questão da Visão Celular no Brasil foi ter entrado pela pessoa errada, Valnice Milhomens. Não em termos de caráter e espiritualidade obviamente, mas exclusivamente por questões doutrinárias. Uma pessoa que eu pessoalmente ouvi dizer que, se Jesus não voltasse até 2007 rasgaria a Bíblia, não poderia jamais ser portadora de uma visão que se propunha de Restauração. Jamais !!! Sua pregação defendendo o sábado, falando de Israel, sendo uma mulher em governo, e puxando para si a sina de uma revelação especial, é óbvio que complica a aceitação da pessoa e da mensagem. E ainda: a dita Confissão Positiva levou a maioria dos cristãos a deixar de falar a verdade para viver confessando coisas que quer que se tornem verdades.

Para piorar mais ainda, o auto-referente pr. Renê Terranova, a quem atualmente Caio Fábio chama de Nabucoterranova, amplia o processo de divulgação e propagação dos erros e desvios na Visão. “Visão de Israel”, Prosperidade, anti-catolicismo (tudo é da Babilônia), Messianismo (“Deus me revelou”) e coisas sutis mas igualmente danosas. Obviamente que o pr. Renê teve muitos méritos, pelo rompante, pela dedicação, pelo amor e pelo zelo, e por ser uma pessoa terna e afável. Mas, como líder, de novo o problema doutrinário tornou-se seu calcanhar de Aquiles. Frases como “Os vencedores tem unção de conquista” são a tônica de quem só trabalha com positivismos a la Lauro Trevisan, e com simbolismos, usando o Velho Testamento de forma leviana, errada e totalmente alegórica. Daí faz jorrar a “visão” de Israel, reimplantando um judaísmo enrolado e misturado, que o torna, como “profeta”, um canal de confusão na Igreja. Isso sem falar na idéia exdrúxula de “tomar o Brasil” pela política, que facilmente atenta contra toda a Parousia e Escatologia, em qualquer corrente teológica. Eu mesmo o vi no MIR profetizar a eleição de dado candidato, o que não se concretizou.

Foi pela dupla Valnice-Renê que adentrou a questão de Israel, que hoje se propagou a ponto de trazer para dentro das Igrejas a ARCA DA ALIANÇA, e por último Igrejas Judaicas, com todos os ritos judaicos. No próprio site do MIR o Pr. René convoca discípulos para receberem o título de nobre se doarem para a construção do ‘seu’ templo a quantia de R$ 10 mil. Ou seja, as coisas saem do bom senso, mesmo! Só estou aguardando o dia que sai a unção de eunuco...

Isso, amados, nada tem a ver com o que vimos em Bogotá – eu vos asseguro. O que vemos no Brasil é a secular deficiência teológica tupiniquim, porta aberta para todo tipo de sincretismo evangelicalista. Recentemente ouvi um pregador, num surto de alucinação, afirmar que Deus batizou as galinhas com Espírito Santo e um galo interpretava! Irmãos, temo que tenham aberto a porta do manicômio e as doenças da espiritualidade popular tenham tomado conta do ‘terreiro’ evangélico. A Igreja simples de Bogotá também fascina. O poder também fascina a estrutura-sem-estrutura. O Pr. César colocou a filha e o genro para pastores-presidentes em Bogotá. Resultado: Pr. René deixa a cobertura do pr. César. Divide-se a unidade. Começa a velha história, que atribuo ao princípio de Lutero: “não concordo, divido”. Em Bogotá ocorre que todos os discípulos diretos de César Castellanos também se vão. O mundo do G12 se divide, membros saem das igrejas, revoltados. Isso não é novo, porque nos movimentos denominacionais predomina a velha sina de ‘crescimento por divisão’. Como disse Paulo, ‘que diremos pois a estas coisas?’

1) Os erros de liderança são os mais difíceis de tratar
a. É complicado um líder admitir que foi soberbo, presunçoso, arrogante ou autoritário
b. Somente estruturas preventivas, de prestação de contas, podem minimizar os danos da caminhada messiânica de um líder.
c. Sempre surgem líderes inéditos, que esquecem que Deus não está atrás de ineditismo, mas de cópias – cópias de Jesus

2) Fazer discípulos não é fácil, mas quase ninguém quer pagar o preço
a. Se César Castellanos tivesse feito discípulos não teria perdido seus 12, nem perdido Renê
b. Fazer discípulos sendo autoritário e aprisionando em manipulações é maligno e desumano, na medida em que violenta a expressividade plena e as escolhas voluntárias e responsáveis.
c. A fronteira entre discipular e controlar é mal conhecida porque quase ninguém tenta fazer discípulos de maneira séria.

3) Não existe ‘santo’ nessa briga fratricida entre cristãos
a.       É ridículo imaginar que alguém seja melhor que outrem porque tem a doutrina certa. Aliás, o que é doutrina certa?..
b.      Todos os que erram certamente estavam tentando seguir um caminho de restauração sério, mas normalmente descuidam do seu próprio perfil de líder-servo, se afastando das ovelhas e perdendo a referência da simplicidade.
c.       O ‘mercado cristão’ produz e incentiva líderes imediatistas, que, despreparados mas ambiciosos, não temem por tentar inventar a roda.
d. Nenhuma denominação pode usar o erro dos ‘outros’ para tentar se auto-afirmar, pois esse erro é presunção. “Tu que estás em pé, olhe, não caia”.

4) Os murmuradores de sempre triunfam quando alguém cai
a.       Há pessoas que, por incrível que pareça, somente se alegram nos infortúnios alheios
b.      Há pessoas que vaticinam “Eu sabia... eu não disse?”, como se ‘profetizar’ desgraça fosse um dos ministérios do Espírito Santo.
c.       A única maneira de um murmurador “produzir” é quando aponta o erro dos outros. Assim ele consegue aplacar a culpa de não fazer nada, jogando a responsabilidade de sua incompetência nos outros.

5) Só satanás leva vantagem quando o povo quer achar o culpado, quem está errado
a.       Jesus disse: “Eu também não te condeno”
b.      O que está acontecendo já aconteceu antes, na História, e vai acontecer ainda, antes de estarmos para sempre com o Senhor
c.       Nada mais danoso para atestar contra a Igreja que sua divisão
d.      Nunca ninguém deterá toda a revelação, mas nós todos terminamos – se nos tolerarmos mutuamente – comportando enormes parcelas da graça de Deus, e manifestações genuínas do amor de Deus.

O quadro do G12 é grave, como é grave qualquer quadro denominacional existente. Sem citar nomes aqui, já se permite normalmente divórcio e re-casamento em lugares onde se pregou e agiu contra; já se tolera tacitamente a maçonaria no seio da liderança; já se abandona completamente a obra missionária e pastores denominacionais no campo; já se esquece da santidade pessoal, e o pastor sexualiza sua relação com as irmãs e cai com elas; as estruturas já transferem pastores caídos de um lugar pra outro sem restaurá-los; já são ‘café pequeno’ os tão comuns desvios financeiros. Até já se transforma, como diz Pedro, pessoas em negócio!?!? Mas isso já é outra baixaria, muito conhecida – claro.

Penso às vezes em não me expressar acerca dessas coisas que estão aí, mas a própria Bíblia é um livro de exposição de coisas erradas – não esconde nada. Muitas destas coisas são, na verdade, o joio. E Jesus disse que o joio se mantém junto com o trigo, até a consumação dos séculos. NENHUM DE NÓS TEM A CAPACIDADE DE DIZER O QUE SEJA JOIO, O QUE SEJA TRIGO – O Senhor o fará.

Sim, amados, o G12 é hoje no Brasil símbolo de um monte de desvios, que teve um lindo começo. E o que fica então? Bem, não tem clima de despedida: continuamos todos trabalhando sério para tirar lições de tudo isso, avançar na vida. Continuo trabalhando a partir do que vi em Bogotá, e também no início da Visão em Manaus. Continuo decidido mais que nunca a pagar o preço de fazer bons discípulos, e apresentá-los a Deus, em obediência ao maravilhoso mandato do Senhor. Dou e compartilho minha vida sem medo de ser traído (como já fui), mas procurando tirar lições dos meus erros, e desses que vemos no contexto hodierno. De nada tenho que reclamar da nossa experiência na Videira. O trabalho é grande, as mudanças idem, e estou feliz pela qualidade de vida dos discípulos.

Por último, estou feliz por não estar sujeito a pessoas ou sistemas que um dia iriam terminar mandando eu me circuncidar... Gente que acha que pode fazer da Bíblia o que bem entende, que pode adentrar por um messianismo infantil e irresponsável. Desejo que cada um de nós, eu incluso (claro), sejamos humildes para entender que Deus não está nessa parte ruim da nossa história, mas na nossa fidelidade diante de tão conturbado contexto. Que Deus nos poupe de cairmos na sina do joio... conservemos a natureza de trigo – útil para, transformado, virar pão e alimentar o povo que tem fome de Deus!

Minhas pesquisas não são baseadas em experiências alheias, pois o que postei simplesmente foram confirmações da amarga experiência que eu e minha família vivemos dentro deste sistema, pois vivenciamos a glória e a decadência deste método. Vou fazer-lhe um breve relato. Eu e meu esposo e filho presenciamos desde o inicio a ascensão de uma igreja que de 12 membros foi à cerca de 400 cadastrados, fora os visitantes, num período de quatro anos, onde um jovem pastor fiel a Deus, pensou ter encontrado a chave para o crescimento da igreja, onde foi até prova de que o método era legitimo, sendo seu nome conhecido no meio como exemplo em todo Brasil, passei pelo encontro, fui p/ aprender o encontro trabalhei durante seis anos em encontros, que ocorriam em nossa igreja, que chegou a ter 4 x por ano, ministrei varias palestras deste encontro, fiz e trabalhei nos reencontros, eu e minha família, estive realmente nos bastidores, de coração aberto realmente, Deus me mudou , através de Sua Palavra, e pela sua misericórdia e usou muitos momentos destes eventos p/ me confrontar. Vi muitos milagres de vidas libertas, porém também presenciei o crescimento da soberba, altivez, negligência com a oração e a Palavra pura, heresias tais, que não podem ser negadas. Hoje estamos curados, quando postei havia uma ferida muito grande em nossas almas, queria ter respostas e tive. A igreja da qual tive que me afastar p/ ser curada, a qual seus lideres me tomaram por rebelde, depois q saímos, começou a entrar no juízo de Deus, líderes caíram, ela quase dividiu, muitas ovelhas se perderam, dois anos se passaram, o jovem pastor buscou em Deus a resposta, e decidiu banir o método, cicatrizes profundas ficaram naquele corpo de Cristo, a falsa prosperidade acabou, mas agora as ovelhas estão voltando sendo resgatadas uma a uma pelo pastor, que chorou muito, que foi abandonado pelos maiorais do método, mas não por seu Deus. O processo é lento ,doloroso, hoje a média é de 80 membros, fora visitantes. Mas o pastor amadureceu. Estamos de volta, cooperando da forma que Deus permite, orando por ele e aqueles que ainda não estão firmados. Na minha opinião , há "uvas" boas no cacho estragado, Deus operou, e mostrou que quando Ele escolhe Ele capacita, da forma que Ele quer, e é o Espirito Santo que ensina o Caminho. Aprendemos a buscar em Deus através de Sua Palavra a Sua Perfeita Vontade.”.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Maldições hereditárias e Cura interior

Maldições hereditárias

A primeira coisa que é preciso fala acerca desse ensinamento, é que é uma derivação do movimento da batalha espiritual. A batalha espiritual é bíblica, em Efésios 6:10-17 o Apóstolo Paulo ensina sobre isso. Entretanto, a sede pelo oculto que o ser humano traz consigo, inverteu os valores bíblicos e o que vemos hoje é um exagero da batalha espiritual. Jesus não nos ensinou a entrevistar demônios, até porque Ele mesmo afirmou que o diabo é o pai da mentira (Jo 8:44). Por parte deste exagero, vemos líderes perguntando a demônios o seu nome e existem até apostilas com nomes desses seres que líderes pegaram durante essas entrevistas. Será que não estamos vivendo o que Paulo falou? “Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios” (1 Tm 4:1). Que crédito tem uma pessoa mentirosa? Mas algumas pessoas estão ouvindo o que eles dizem. Outro exagero por parte do movimento da batalha espiritual, é que se fala demais nos demônios. Tudo tem demônio. Acharam demônio do Banco Itaú, da VolksWagen, da FIAT, da Chevrolet, enfim, esse movimento enxerga demônio até debaixo do tapete. Com isso, se a corda do violão arrebentar, é demônio; se tropeçar na rua, é demônio, se o microfone quebrar, é demônio... Tem até um caso de uns irmãos que foram no monte orar. Chegando lá, um deles parou de orar e foi comer algo que havia levado consigo. Ele acabou se engasgando e começou a grunhir por causa da comida entalada na garganta, quando os demais impuseram as mãos e começaram a expulsar os demônios, dizendo: “SAI CAPETA, SAI SATANÁS, EM NOME DE JESUS”. Nisso o irmão entalado, tentou avisar, dizendo: “Pa-ne-to-ne”. Um dos que impunham as mãos disse: “NÃO PERGUNTEI SEU NOME DIABO!”. São casos hilários, mas isso apenas mostra que precisamos ter mais critério. Com isso, a maldição hereditária ganhou espaço. Neste ensinamento, as pessoas confessam pecado de antepassados. É como se o que o meu avô, bisavô ou tataravô fizeram de errado, foi dando seqüência até chegar em mim e a maldição se tornou hereditária. O que meu tataravô fazia de pecado, fazia porque não conhecia a Deus e nem Sua Palavra. Assim criou meu bisavô, que aprendeu errado e como não valorizava a Palavra de Deus, deu seqüência. Meu avô viveu da mesma forma, não porque as maldições são hereditárias, mas “porque todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus” (Rm 3:23). Sendo eles incrédulos, ainda estavam cegos pelo deus deste século, para que “lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” (2 Co 4:3,4). Mas um dia meu pai conheceu o Evangelho e em Cristo se tornou Nova criatura, não houve necessidade de pedir perdão pelos pecados de seu pai, de seu avô e assim sucessivamente, pois “se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5:17). Em Israel já houve ensinamento semelhante a este, mas o próprio Deus repudiou: “De novo veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Que quereis vós dizer, citando na terra de Israel este provérbio: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram? Vivo eu, diz e Senhor Deus, não se vos permite mais usar deste provérbio em Israel” (Ez 18:1-4). O próprio Deus explica que, o pecado é individual. Eu não sofro as conseqüências dos pecados do meu pai, avô, bisavô, etc. Sofro as minhas conseqüências em termo de maldição. Paulo mesmo diz que “Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque quem semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna” (Gl 6:7,8). Quando aceitamos Jesus, tornamo-nos nova criatura. Acontece a regeneração, isto é, nascemos de novo. Acreditar que eu hoje, depois de quase 8 anos de convertido ainda sofro por pecados que meu pai ou meu avô ou bisavô cometeu, é desconsiderar o que o próprio Deus diz em Ez 18:1-4. Alguns gastam dinheiro para fazer mapeamento espiritual, isto é, tentar descobrir o que algum antepassado cometeu, a fim de confessar aquele pecado e confessá-lo a Deus. O sacrifício na cruz foi suficiente, por isso “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte” (Rm 8:1,2).


Cura Interior

A cura interior, é a cura da alma ou cura das lembranças. O objetivo primário e espiritual é estender o senhorio e poder de cura de Cristo ao nosso passado, afetando mesmo a nossa experiência antes da conversão. O objetivo secundário e psicológico é portanto nos libertar de qualquer cativeiro emocional e psicológico que a nossa experiência passada possa ter produzido. Nossa vida interior é uma parte crítica de nossa identidade pessoal, e portanto a necessidade para a cura das emoções e memórias sempre fez parte da nossa condição humana. O ensinamento e ministério de Jesus reconheceram implicitamente esta necessidade. Ele mesmo falou freqüentemente sobre “o coração” (isto é, “a sede oculta da vida emocional”) como fonte de pensamento e ação. Ele também citou a profecia messiânica de Isaías 61, declarando seu propósito de “restaurar o coração partido” (Lc. 4:18). O apóstolo Paulo falou repetidamente sobre a renovação da mente no Espírito Santo (Rm. 12:2; Ef. 4:23). O encontro na estrada de Emaús (Lc. 24) pode ser visto (entre outras coisas) como uma forma de “cura das memórias”. O Cristo ressurreto encontrou dois de seus desapontados discípulos e começou a conversar com eles, colocando suas recentes memórias de falha e frustração, sob uma nova e positiva luz. À medida em que lhes expunha as Escrituras, Jesus reinterpretou lembranças negativas e mudou-as completamente, de forma que elas se tornaram fundamentalmente significativas - uma fonte de poder e esperança. Se nós tomarmos este incidente como um protótipo para o exercício válido desta forma de ministério, vários critérios podem ser vistos. Se esta forma de cura tem sustentação bíblica, ela não se referirá primariamente às cicatrizes emocionais e traumas psicológicos da infância. Muito mais, ela tomará uma perspectiva mais ampla, lidando radicalmente com todas as forças da ansiedade, medo e incredulidade que produzem pensamento e comportamento anti-bíblico. O ponto central da cura interior nesta perspectiva mais ampla é a morte sacrificial de Jesus e sua vitória através da ressurreição sobre o pecado e a morte, exatamente como aconteceu na estrada de Emaús. Deste ponto-de-vista, a cura interior é muito menos um fim em si mesma e muito mais um passo preliminar que capacita o cristão a conseguir a libertação (Gl. 5:1) e a maturidade espiritual, deixando de lado a forma egoísta e infantil de viver (I Co. 13:11-12). Sabe-se que a mente nunca esquece uma experiência, mas arquiva-a na memória. Se uma experiência é suficientemente desagradável, assustadora, terrível, etc., sua memória será reprimida, embora não perdida. A acumulação destas memórias reprimidas podem ter uma influência deformadora e constritiva no desenvolvimento do caráter e personalidade. Pode também ter um efeito de dificultar a capacidade de se relacionar com Deus, com os outros e consigo mesmo (portanto, sabotando a tentativa da pessoa em cumprir os dois primeiros mandamentos). O fruto destas cicatrizes emocionais e memórias reprimidas é percebido através de uma vasta gama de sintomas: depressão crônica, perfeccionismo neurótico, uma inabilidade de se entregar completamente a Deus ou uma incapacidade de aceitar o amor de Cristo que perdoa e redime. John Bunyan descreveu precisamente muitas destas condições miseráveis em seu “Graça abundante para o chefe dos pecadores”. Em resumo, a cura interior deve ser apregoada em conformidade com a doutrina da santificação: “E o próprio Deus de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5:23). Para que isso aconteça, o homem deve entender que, como crentes no Senhor Jesus não devemos carregar mágoas passadas e que o perdão deve fazer parte do nosso cotidiano. A prática errada que a cura interior apresenta é que algumas pessoas utilizam da regressão, isto é, levar a pessoa a imaginar-se desde o ventre materno, manipulando a memória. Psiquiatras examinaram a veracidade do método utilizado. Realizaram o mesmo procedimento com a filha de um diretor de uma faculdade, que segundo os pais e ela mesma, nunca havia se perdido em um shopping center. Ela foi convidada ao consultório, (tinha 22 anos de idade e perfeitamente sadia mental e fisicamente) para participar de uma série de regressões, o que aceitou por curiosidade. O psiquiatra sugeriu que eles poderiam pesquisar o quanto ela se lembraria do dia em que se perdera no shopping center, fato que seus pais o haviam informado e que fora muito traumatizante para ela (é claro que isso era uma mentira). Ela levou um susto, e disse que nem se lembrava de ter se perdido em um shopping, que isso nunca acontecera. O médico disse que achava isso perfeito, pois se sua mente estava usando "auto-defesa" para ocultar dela mesmo esse fato, era porque ele era realmente um trauma e que devia ser tratado, e que isso seria ótimo para ela. Após a terceira "regressão" a moça se lembrava perfeitamente do dia, do shopping, do anúncio no auto falante, até da roupa de quem a achou e conduziu ao departamento de crianças perdidas, e de várias vitrines. Tudo voltou perfeitamente a sua memória, chorou copiosamente e se "livrou do trauma". Quando informada que tudo era criação de sua própria mente, e de que na realidade nunca havia se perdido, custou a crer e as lembranças... Ficaram muito vivas em sua mente. Este método era até mesmo utilizado em interrogatórios nos EUA, mas depois de verificarem o perigo de alguém confessar algo que não havia cometido, foi abolido e proibido por lá. Certa vez um pastor foi acusado de estuprar a filha. Esta se lembrava perfeitamente e a família acabou totalmente destruída. Anos depois quando foi fazer exame pré-nupcial descobriu que era virgem. Analisados os fatos da época do crime, descobriu-se que as lembranças começaram em um acampamento evangélico onde uma pastora fizera regressão com as crianças e a sugestão da violência partira da própria pastora (estes casos foram de uma série de reportagens da GNT). A regressão é feita mais ou menos assim, de acordo com o manual do Encontro: “você agora é o esperma do seu pai, agora você encontrou o óvulo da sua mãe, ocorre a concepção...”. Inclusive na primeira edição do manual, havia uma direção de que a pessoa deveria perdoar a Deus. O caso é que a cura interior é bíblica em acordo a santificação, mas não precisamos utilizar de regressão para que isso aconteça (não são todas as igrejas que usam, mas o manual ensina a fazer), pois o que cura o homem internamente, o que separa alma e espírito é a Palavra de Deus (Hb 4:12).

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Defendendo cegamente a visão

Em resposta aos comentários intitulados por “VOLTAR AOS PRINCÍPIOS DO PRIMEIRO SÉCULO PARA ENFRENTAR OS DESAFIOS DO ÚLTIMO” e “RECUPERANDO A VISÃO”.

Primeiramente, o anonimato reflete a falta de coragem e a distorção do caráter o qual deveria ser o de Cristo. Alguém que se converte verdadeiramente não tem medo de mostrar o nome. Os judeus queriam apedrejar Jesus e até seus discípulos falaram para que Ele andasse a noite, a fim de não ser visto publicamente e correr esse risco. Veja a seguir:

“Depois disto, disse a seus discípulos: Vamos outra vez para Judéia. Disseram-lhe eles: Rabi, ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e voltas para lá? Respondeu Jesus: Não são doze as horas do dia? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo; mas se andar de noite, tropeça, porque nele não há luz. E, tendo assim falado, acrescentou: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono” (Jo 11:7-11).

A partir de agora, usarei dos comentários citados acima e os refutarei à luz da Bíblia, separando os trechos controvertidos. Os textos em itálico e sublinhado, pertencem ao comentarista e os normais são os de minha autoria.

“Apesar do constante mover de Deus, por muito tempo os líderes da igreja dominante perderam ou rejeitaram a Visão original de Jesus e dos apóstolos” – Não há indício bíblico, na história da igreja e nem na patrística que houve discipulado na proporção de 1 para 12. Não lemos Pedro seguindo essa premissa nem sua esposa cuidando de 12 mulheres. Não lemos Paulo tendo 12 pastores espalhados, não lemos Paulo utilizando essa metodologia, antes o vemos dizendo “Quando vos congregais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (1 Co 14:26). Não encontra-se nenhuma recomendação deste tipo no didakê, não encontramos nada nos escritos dos pais da igreja, portanto, a premissa de que a “visão” é a visão original de Jesus, é balela.

“Outra conseqüência trágica do abandono da Visão original do Senhor Jesus foi a perda quase total do sacerdócio universal dos salvos” – Todo o que nasce de novo, recebe nova natureza, isto se dá através de aceitar a Cristo em nossas vidas, não é a “visão” que nos proporciona o novo nascimento, portanto, esse sacerdócio não foi perdido. Foi Jesus quem rasgou o véu e não a “visão”, é através de Jesus que nos tornamos “geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido” (1 Pe 2:9).

“Mesmo as igrejas adoecidas com a síndrome maligna de “ajuntar num saco furado”, de ganhar e deixar escapar os seus fiéis, serão curadas e restauradas ao aceitarem esta Visão que Deus está nos dando!” – Este é um paralelo da afirmação do César Castellanos, quando ele afirma que “a colheita só poderá ser alcançada por aquelas igrejas que tenham entrado na visão celular. Não há alternativa: a igreja celular é a igreja do século XXI” (Castellanos, César, Sonha e Ganharás o Mundo, p. 143). A Graça de Deus não está na “visão” e tampouco está restringida a uma forma, Pedro diz que a mesma é multiforme (1 Pe 4:10). Imagine só, se uma denominação não entrar na “visão” Deus não vai operar. Faça-me o favor!

“Esta é a Visão dos apóstolos, tão bem praticada por eles, tão bem aprendida por Paulo ao ser assistido e discipulado por Barnabé, e, depois, tão bem repassada por ele a Timóteo” – Esta aqui já foi comentada anteriormente. Não encontramos indício de que o modelo dos 12 é bíblico e nem mesmo histórico.

“O momento e o lugar ideal para se passar a Visão, e para alguém ser iniciado nela, é no Encontro! (...) Depois, vem a Escola de Discípulos (...)Escola de Discípulos: 9 meses de treinamento intensivo” – Fico imaginando o que seria do Eunuco de Candace se tivesse que esperar qual era a verdadeira visão de Deus, a salvação em Cristo Jesus. Ele teria que ficar esperando Filipe arrumar uma vaga para ele ir ao encontro. E se o eunuco não tivesse dinheiro, hein? Não ia aprender a Palavra a qual não entendia e nem mesmo seria batizado (At 8:27-38). Aliás, será que em mais ou menos 1 ano estaria apto para dirigir um culto doméstico? A Escola de Discípulos ou de Líderes toma o lugar da EBD da igreja. O novo convertido fica entre 9 meses e 1 ano e meio no máximo aprendendo apenas sobre a visão. Depois já está apto para ser um líder de célula.

“O QUE ACONTECE QUANDO NÃO HÁ TRABALHO CELULAR? – Essa é uma pergunta prepotente, pois com ou sem trabalho celular quem tem que operar é Deus. Ou o trabalho celular é maior do que Deus? Veja as supostas perdas:

• Igrejas pequenas
– O padrão do sucesso são as mega-igrejas? Pior: as igrejas pequenas são enxergadas de forma negativa por Jesus? Ele mesmo pregou duramente para uma multidão de aproximadamente 10.000 pessoas em João 6 e restaram apenas seus discípulos. Então Jesus não estava na “visão”, pois sua igreja tinha 12 membros. Paulo nem sequer se preocupa em ostentar quantos membros tinham em cada igreja em que escrevia. Muito menos pergunta quantos membros tinham lá. Nem sequer pressionava ninguém para que a igreja crescesse em números, antes o veremos ensinando aos coríntios que eles eram carnais, precisavam ainda aprender as coisas.
• Pessoas não são pastoreadas
– Na “visão” elas são pastoreadas mas não pelo pastor. Este fica de asinhas abanando, de pernas para o ar. Não precisa visitar os membros, os 12 é que fazem. Quem deveria pastorear não o faz. Se bobear tem que pegar senha pra falar com ele (quem não é 12 da primeira geração).
• As pessoas entram pela porta da frente e saem pela dos fundos
– Isso acontece em qualquer lugar, não é um modelo de 12 que vai segurar ninguém.
• Pastor carrega o trabalho
– Ou seja, ele trabalha! Na “visão” o pastor ganha pra ficar a toa.
• O potencial de liderança não é aproveitado - uns poucos se perpetuam na liderança
– Quero que alguém me mostre onde está a convenção da visão celular e se há eleição para o presidente da instituição. O “guru” da “visão” é o Renê. Quando ele morrer, quem sabe troca? Até lá ele vai perpetuando na liderança.
• Pessoas desmotivadas. A estrutura centralizadora favorece a acomodação
– A motivação de um crente é servir a Cristo. Os adeptos da teologia da prosperidade é que motivam seus membros através de bens materiais. Aliás, o Renê deve estar bastante motivado, tem jatinho particular e tudo, né?
• Crescimento lento
– Quem dava o crescimento à igreja primitiva? At 2:47 responde muito claramente essa pergunta. É muita prepotência achar que a “visão” é que vai converter as pessoas. Outra coisa, um planta, o outro rega, mas quem dá o crescimento não é a “visão” e sim Deus (1 Co 3:6).
• Incapacidade de reprodução
– O homem só tem a capacidade de reproduzir sua espécie e isso através do encontro dos espermatozóides com o óvulo. Reproduzir alguém no espírito depende da fé de quem ouve o Evangelho. Quando esta ouve e aceita a Cristo, ela é reproduzida, regenerada, nascida de novo.
• Insatisfação (necessidades individuais não atendidas - falta de oportunidades)
– A diferença é que uma igreja que não está na “visão” dá oportunidade conforme o tempo. Já a que está na “visão” enquanto a pessoa está verde. Como nossa geração não sabe esperar as coisas acontecerem, querem tudo pra ontem, acham isso melhor.
“Saulo antes era um perseguidor de cristãos. É exatamente assim que agem as pessoas que não entendem e não aceitam a Visão. Passam a perseguir aqueles que estão nela” – Eu entendo a “visão”. Sei de cor e salteado como funciona. Agora fazer analogia de Saulo com o G-12 é demais. Saulo não perseguiu o G-12, ele perseguiu aos cristãos. É como se um católico perseguisse aos crentes, hoje. Não concordo com a “visão” mesmo, pois é anti-bíblica. Mas não concordar não quer dizer perseguir pessoas. Isso é argumento de seitas, que não têm argumentos para defender seus ensinamentos e se defendem dizendo que estão sendo perseguidos.

“Deus quer cegar muitas pessoas (...) Deus deseja fazer grandes coisas, mas primeiro tem que nos cegar” – Entendi o contexto, mas o termo correto não é cegar e sim morrer. Temos que morrer para o mundo, isso sim é bíblico. Deus não quer que sejamos cegos, Lucas registrou Jesus confirmando a profecia de Isaías: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos” (Lc 4:18 grifo meu). Essa teoria de ser cego gera os submissos cegos ao pastor.

“Tem pessoas que ainda resistem à Visão porque aprenderam a fazer evangelismo de outra maneira (...) Tradicionalismo, pessoas sem visão, cegos espirituais” – As igrejas que não estão na “visão” são tradicionais, sem visão e cegas espirituais? Só a “visão” então é a solução? Eis uma prova do exclusivismo da “visão”. É ela a revelação suprema, que abre os olhos das pessoas.

“Se Jesus fosse vivo nos dias de hoje” – Jesus não está vivo? Isso é heresia, hein? Leia At 10:40.

“Se Jesus fosse vivo nos dias de hoje ele seria um homem normal. Usaria internet, teria um email, um blog, andaria de avião, tomaria açaí. Mas nós insistimos em querer permanecer sem visão” – Você quer dizer então, que se Jesus estivesse encarnado hoje Ele faria essas coisas. Mas será que Ele também seguiria a “visão” do Renê Terra Nova? Ah ia pegar uma carona no jatinho dele, né? Insisto e prossigo sem “visão”, pois Jesus é de quem eu preciso.

A Mais nova heresia de Renê Terra Nova


"O mundo inteiro caiu estupidamente nas arapucas do Diabo, e a arapuca mais mortal é a religiosa. O erro nunca parece tão inocente como quando se acha no santuário." A. W. Tozer


Definitivamente Rene Terra Nova é um falso profeta. Seus ensinamentos afrontam veementemente as Escrituras Sagradas. Se não bastasse o espírito megalomaníaco que o levou a criar novos ofícios eclesiásticos, o Patriaca apostólico, é obcecado por honra. Na verdade, suas pregações, seus sermões, bem como suas mensagens estão repletas de pressupostos enganosos que visam exclusivamente a sua honra.


Em fevereiro deste ano, o paipostolo, líder da Visão Celular no Modelos do 12, no Brasil, Renê Terra Nova, ministrou no Congresso de Honra a seguinte palavra profética com base no texto de Isaias, 11, que diz ”Virá um descendente do rei Davi, filho de Jessé, que será como um ramo que brota de uma raiz”. Na ocasião, Terra Nova afirmou ter desvendado vários mistérios da palavra de Deus. A gratidão de um filho para o pai foi revelada como ponto chave para o relacionamento entre o líder e os liderados.


“Quem é filho não precisa dizer que é. É filho e pronto”. Com essa frase, o Apóstolo Renê mostrou aos congressistas que temos direito a herança de Deus, nosso Pai, porque todo filho tem esse direito.


Naquela oportunidade, conforme a foto revela, Renê foi honrado publicamente “permitindo”com que um dos seus apóstolos tivesse o privilégio de honrá-lo tocando nos seus pés.


Caro leitor, vamos combinar uma coisa? Isso não é, nunca foi e nunca poderá ser chamado de Cristianismo. Isto posto, ouso afirmar que os ensinos de de Terra Nova afrontam veementemente as Escrituras Sagradas. Confesso que diante dos ensinos protagonizados por este senhor sou tomado por um profundo sentimento de inquietação e preocupação com o ruma da igreja evangélica no Brasil.


Infelizmente, este senhor tem pecado contra Deus cometendo o mesmo erro de Satanás, tomando para si um lugar que não lhe pertence. Lamentavelmente, em um curto espaço de tempo, Terra Nova, foi pastor, apóstolo, paipostolo, patriarca apostólico e agora recebe honra e veneração por parte dos seus súditos.


O que será que vem mais por aí?


Deus tenha misericórdia de cada um de nós.


Renato Vargens



Comentário: Se quiser ver a foto, acesse o link acima.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

12 características das seitas

Vivemos em uma época em que o interesse por novidades crescem continuamente. O ser humano não se contenta com o que já existe e sente a necessidade de criar algo novo. Com isso, permeamos entre várias verdades. Religiões místicas como a Nova Era têm atraído muitas pessoas para seus falsos ensinamentos. Mas as que mais preocupam são as religiões pseudo-cristãs. São grupos religiosos que aparentemente são “evangélicas”. Quem nunca ouviu alguém se confundir pensando as Testemunhas de Jeová serem crentes? O que dizer da Renovação Carismática? Afora esses segmentos, outras denominações se confundem em meio a tantas visões. Paulo já advertia ao jovem obreiro Timóteo acerca dessas falsas doutrinas e encoraja-o a rejeitar essas fábulas profanas e exercitar-se em piedade (1 Tm 4:1,2,7). Normalmente esses segmentos sectários possuem algumas características comuns entre si. A seguir, estão ordenadas pelo menos 12 características das seitas, baseadas no livro “conheça as marcas das seitas” de Dave Breese (Editora Fiel, 2001). O objetivo não é esgotar o assunto, para isso deveria ser escrito um livro, mas serão abordados exemplos práticos, a fim de uma aplicabilidade melhor.


1.     Revelações extra-bíblicas – Para os segmentos que defendem essa idéia, a Bíblia é uma parcela da revelação de Deus. É como se Ele continuasse a inspirar as pessoas de hoje para novas revelações. A Igreja da Unificação é um exemplo disso. Os escritos de seu líder, o Rev. Moon, são superiores à Bíblia em muitos aspectos e, quando não o são, complementam a revelação bíblica, como ensinam. Os adventistas do sétimo dia também levam a sério os escritos de Ellen Gold White, tendo-os por equivalente às Escrituras. César Castellanos, narra sua experiência extrabíblica acerca da revelação a colheita do século XXI em seu livro Sonhas e Ganharás o mundo. Há alguns meses, certa “pastora” indagou em defesa dessa revelação questionando se Deus não continua falando conosco. Minha resposta foi clara: o cânon bíblico já fechou. Por isso qualquer revelação extrabíblica deve ser anatematizada como disse Paulo às igrejas da Galácia (Gl 1:2,8,9). Nem mesmo o conselho de Paulo serviu a Joseph Smith, que recebendo uma revelação extrabíblica de um anjo fundou o mormonismo, ou a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
2.     Falsa base de salvação – A pergunta do carcereiro “o que devo fazer para ser salvo?” em At 16:30 ilustra bem a dúvida das pessoas sobre a salvação. Os gálatas estavam enfrentando isso nos dias de Paulo. Um grupo de judeus recém-convertidos ao cristianismo pregava que a justificação era feita através da obediência à Lei, mas o Apóstolo dos Gentios combateu essa heresia (Gl 2:16,21). Os Mórmons afirmam crer no sacrifício expiatório de Jesus, mas sem o cumprimento das leis estipuladas pela igreja não haverá salvação. Outro requisito foi exposto pelo profeta Brigham Young, que disse: Nenhum homem ou mulher nesta dispensação entrará no reino celestial de Deus sem o consentimento de Joseph Smith. As Testemunhas de Jeová ensinam que a redenção de Cristo oferece apenas a oportunidade para alguém alcançar sua própria salvação por meio das obras. Jesus simplesmente abriu o caminho. O restante é com o homem. Uma de sua obras diz: Trabalhamos arduamente com o fim de obter nossa própria salvação. Os adventistas crêem que a vida eterna só será concedida aos que guardarem a lei. A guarda obrigatória do Sábado é essencial para a salvação. A Bíblia é clara, somos salvos não pelas obras, mas pela Graça, mediante a fé no sacrifício de Jesus (Ef 2:8,9).

3.     Esperança enganosa – Os católicos adicionaram para seus adeptos uma esperança que não é bíblica, o purgatório, enganando assim a esperança de seus membros. Outro exemplo são as Testemunhas de Jeová as quais crêem que não haverá céu, mas que apenas 144.000 gozarão desse privilégio, estando os demais nesta mesma terra. O que dizer dos espíritas que praticam boas obras para voltarem em melhores condições na “próxima encarnação”. Cabe ao homem morrer uma só vez, vindo após o juízo (Hb 9:27).

4.     Lideranças messiânicas presunçosas – Muitos líderes têm trazido sobre si títulos que pertencem somente a Cristo. O Rev. Moon intitulou-se “senhor do segundo advento”, a segunda vinda personalizada de Jesus. O Papa é chamado de vigário de Cristo, Supremo Pontífice e até mesmo Patriarca do Ocidente. Joseph Smith (mórmons) declarou que João Batista lhe outorgou o sacerdócio de Arão, não bastasse isso, afirmou mais tarde ter recebido das mãos de Pedro o sacerdócio de Melquisedeque. DESROCHE ensina que há um tipo de fenômeno messiânico chamado “messias pretendido”, no qual o líder não reivindica diretamente para si o título de messias. Este título é atribuído pelos seus discípulos que podem chegar a mitificar essa pessoa (DESROCHE, H. Dicionário de messianismos e milenarismos. São Bernardo do Campo: UMESP, 2000, p 32-37). O Papa João Paulo II acabou de ser beatificado há alguns dias. Mas o mais perigoso desse messianismo pretendido, não é nem o líder ser chamado de messias, mas o de ser idolatrado por seus discípulos. No M-12 o Renê Terra Nova vem ganhando títulos e mais títulos, o que dizer da unção patriarcal? Vai discordar de alguma coisa desses líderes gedozistas, seus fãs caem em cima, cuidado com a idolatria!

5.     Ambigüidades doutrinárias – Uma das mais notáveis características das seitas são as mudanças doutrinárias que sofrem. Algumas vezes optam pela dúbia posição, dizem uma coisa em público, enquanto que internamente acreditam em algo completamente distinto (diferente). Quantos padres dizem para não adorar imagens, mas no final levam o povo a pedir pela intercessão dos santos? Harold Camping, por exemplo, previu o retorno de Jesus Cristo aconteceria para 1994, tendo, inclusive, publicado um livro chamado “1994?”, que foi muito bem vendido na época; Como Jesus não voltou publicou outro, “O Retorno de Cristo acontecerá em 21 de Maio de 2011”; Na primeira edição do Manual do Encontro, havia um item na ministração da Cura Interior em que a pessoa era orientada a perdoar a Deus.

6.   Descobertas especiais – A maioria das seitas inicia-se desta premissa. O líder e fundador pensa ter redescoberto a roda. Na manhã da Páscoa de 1936, estando em profunda oração no topo de uma montanha, Jesus apareceu-lhe e, revelando o propósito e o curso de sua vida, pediu ao joven Sun Myung Moon (Igreja da Unificação) que completasse a sua missão, tornada incompleta por sua morte na cruz, realizando o Reino de Deus na Terra e trazendo a paz para a humanidade. Segundo Moon, através de extremos esforços, em um curso de 9 anos de sofrimento e perseverança, pôde entrar em contato com seu deus, e com santos e sábios no mundo espiritual, para encontrar a resposta última às profundas questões que, ao longo dos séculos, tem afligido a humanidade: Qual é a origem do homem? Qual é a finalidade de sua vida? Qual é a relação entre Deus e o homem? O que são o bem e o mal? Qual é a origem do sofrimento humano? Outro exemplo é o do MCI – Missão Carismática Internacional, liderada por César Castellanos, veja sua descoberta: “Em 1991, sentimos que se aproximava um maior crescimento, mas algo impedia que o mesmo ocorresse em todas as dimensões. Estando em um dos meus prolongados períodos de oração, pedindo direção de Deus para algumas decisões, clamando por uma estratégia que ajudasse a frutificação das setenta células que tínhamos até então, recebi a extraordinária revelação do modelo dos doze. Deus me tirou o véu. Foi então que tive a clareza do modelo que agora revoluciona o mundo quanto ao conceito mais eficaz para a multiplicação da igreja: os doze. Nesta ocasião, escutei ao Senhor dizendo-me: Vais reproduzir a visão que tenho te dado em doze homens, e estes devem fazê-lo em outros doze, e estes, por sua vez, em outros! Quando Deus me mostrou a projeção de crescimento, maravilhei-me " (pp. 59-60 do livro SONHA e Ganharás o Mundo – grifos meus)”.

7.     Cristologia defeituosa – A Maçonaria vê Jesus simplesmente como mais um fundador de religião, ao lado de personalidades mitológicas, ocultistas ou religiosas, tais como, Orfeu, Hermes, Trimegisto, Krishna, (o deus do Hinduísmo), Maomé (profeta do Islamismo), entre outros. Se negarmos o sacrifício de Jesus Cristo e sua vida, estaremos negando também o Antigo Testamento, que o mencionava como Messias. Ou cremos integralmente na Palavra de Deus como revelação completa e, portanto, nas implicações salvíficas que há em Jesus Cristo, ou a rejeitamos integralmente. Não há meio termo. A Legião da Boa Vontade (LBV) subtrai a natureza humana de Jesus, dizendo que Jesus possui apenas um corpo aparente ou fluídico, além de negar sua divindade, dizendo que ele jamais afirmou que fosse Deus. Outros grupos também subtraem a divindade de Jesus: as Testemunha de Jeová dizem que ele é um anjo, a primeira criação de Jeová. Os Kardecistas ensinam que Jesus foi apenas um médium de Deus etc. Outra ramificação dessas heresias encontra-se na pessoa do Espírito Santo. Os TJ’s por exemplo acreditam que o Espírito não é uma pessoa e que é uma energia, o poder de Deus.

8.     Atenção bíblica segmentada – Consiste em focar não na Bíblia como um todo, mas em versículos isolados a fim de salientar suas doutrinas controvertidas. A exemplo disso, os TJ’s com seus incansáveis 144.000. A “visão” celular que enxerga 12 até onde não existe (acredita que arrumaram 12 discípulos até para Moisés?). Os Adventistas do sétimo dia para o Sábado. Os adeptos da Teologia da prosperidade que conseguem ver riqueza onde não existe.

9.     Estrutura Organizacional escravizadora – As seitas reduzem seus seguidores a uma forma de servidão espiritual e psicológica. Nessa categoria, mecanismos de pressão e submissão cega são utilizados para prender as pessoas à denominação. Muitos “pastores” dizem que se a pessoa sair de tal denominação passará por períodos de maldição fora de lá, a fim de amedrontar seus adeptos. Com isso a pessoa não sai por medo. Outros casos são o de serem excluídos socialmente quando saem de lá. No livro “M-12 o Modelo de Jesus” de Renê Terra Nova, ele compara um membro que desiste da visão ou do grupo com Judas e esse dissidente passa a ser um traidor realmente (experiência própria). O mesmo é praticado pelos TJ’s, a pessoa é tratada como um bandido. O Apóstolo Pedro diz aos anciãos (pastores): “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade” (1 Pe 5:2).

10.  Exploração financeira – O Apóstolo Pedro disse que apareceriam falsos mestres e fariam de nós negócio (2 Pe 2:1-3), isto é, aproveitariam das ovelhas e as sugariam através do comércio da fé. É um absurdo o que vemos hoje na chamada Teologia da Prosperidade. Pessoas barganham a fé descaradamente e fazem leilão dentro das igrejas. O que dizer das campanhas da IURD? O que dizer do trízimo da IMPD? São 10% para o Pai, 10% para o Filho e 10% para o Espírito Santo. Já no M-12 a moda que pegou é a oferta de primícias. Segundo o Terra Nova são 3% do seu salário. A pessoa que não dá não prospera, para mais detalhes leia o livro “Código da Honra” do referido “apóstolo”. Muitas pessoas estão é querendo ficar de asinhas abanando, querem trabalho fácil e dinheiro das custas dos outros para satisfazer suas vidas luxuosas enquanto as ovelhas estão vivendo dificuldade. É a constante visão do líder que anda com seu carro bonito e novo enquanto as ovelhas mal têm uma bicicleta. Exagero? Morris Cerullo possui uma mansão com mais de 1000 m2, uma “limusine aérea” [avião particular], um Gulstream G4, avaliada em torno de U$50 milhões de dólares, além de dois pilotos de tempo integral. Uma de suas aeromoças disse em recente depoimento que o avião tem o interior banhado a ouro. Quem quiser defender essa laia que defenda, mas não é isso que a Bíblia nos ensina.

11.  Exclusivismo religioso – É um caso típico das seitas. Sua grande maioria declara ser a única solução. As demais igrejas se apostataram e apenas essa denominação está certa. As Testemunhas de Jeová são um caso clássico. Além deles, temos os adventistas do sétimo dia, bem como a Congregação Cristã do Brasil, que chegam a rebatizar pessoas que vieram de outras denominações evangélicas. Por exemplo, se alguém sai da Batista ou da Assembléia de Deus e vai para essas denominações, seu batismo é desconsiderado e serão rebatizados. São várias as denominações que tem agido dessa forma. Até mesmo o criador do G-12, César Castellanos chegou a dizer que “A frutificação neste milênio será tão incalculável, que a colheita só poderá ser alcançada por aquelas igrejas que tenham entrado na visão celular. Não há alternativa: a igreja celular é a igreja do século XXI” (Castellanos, César, Sonha e Ganharás o Mundo, p. 143 – grifo meu).

12.  Sincretismo religioso – A mistura do paganismo e principalmente o judaísmo são as principais formas de sincretismo religioso em meio às seitas pseudo-cristãs. Do paganismo vemos as mais variadas heresias concernentes ao fetichismo. Os objetos passam a ter certo poder, como amuletos, pulseiras, rosas ungidas, saquinho com o sopro ungido, sal grosso, água benta, até mesmo o óleo ficou banalizado. Então as pessoas transferem sua fé àquele objeto em detrimento do autor e consumador da nossa fé. O cristianismo judaizante tão combatido por Paulo é a sensação, o modismo de hoje. Muitos ministérios idolatram a terra santa, Tocar de costas para a congregação, por considerar os ministros de musica “levitas de Deus”, usam o Shofar, para liberar unção ou invocar a presença divina, guardam o sábado fazendo dele o dia do Senhor, observam TODAS as festas Judaicas, usam o Kipá e o Talit, que são as vestimentas que os judeus praticantes usam para ir a sinagoga, usam excessivamente símbolos judaicos tais como, a bandeira de Israel, o Minorah ou a Estrela de Davi dentre tantos outros mais, constroem protótipos da Arca da Aliança a fim de simbolizar entre os cristãos a presença de Deus, mudam os nomes e as nomenclaturas bíblicas judaizando tudo, a ponto de chamar Paulo de Rabino. Até mesmo no modelo dos 12 de Manaus vemos o sincretismo jadaico. Paulo afirmou: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber ou por causa de dias de festa, ou de lua nova, ou de sábados. Estas são sombras das coisas futuras; a realidade, porém, encontra-se em Cristo” (Colossenses 2.16-17).


Para encerrar esse artigo, reitero as palavras de Paulo aos gálatas: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema. Como antes temos dito, assim agora novamente o digo: Se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema” (Gl 1:8,9). Acima de qualquer modelo, acima de qualquer revelação, acima de qualquer ideologia humana, filosofia eclesiológica está a Palavra do Deus Vivo. Crente no Senhor Jesus, leia as Sagradas Escrituras, não seja enganado, “pois os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, disfarçando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porquanto o próprio Satanás se disfarça em anjo de luz. Não é muito, pois, que também os seus ministros se disfarcem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras” (2 Co 11:13-15). Como disse o Senhor através do profeta Oséias, “o meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento” (Os 4:6). Seja um crente bereano, não um crítico de carteirinha que não vê nada de bom na igreja, que não está satisfeito com nada, mas alguém que examina a Palavra com avidez, que a preza, que a guarda e que a pratica. Se você é um pastor, incentive sua igreja a essa prática, para que não pereçam pelo conhecimento, não faça cara feia se sua ovelha perguntar acerca da pregação, seja humilde para admitir seus erros, não é porque somos pastores que não podemos errar, somos falhos, humanos. Mas podemos ser humildes e reconhecermos falhas, que história é essa que pastor não pode pedir perdão? Seja humilde e o Senhor vai exaltá-lo. Caso esteja ensinando heresias, volte ao ensino da sã doutrina e abandone as práticas heréticas. Se esfriou no primeiro amor, volte onde deixou cair. Não negocie a Palavra de Deus.