Mateus 24:1-3 – “Ora, Jesus, tendo saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos, para lhe mostrarem os edifícios do templo. Mas ele lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não se deixará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada. E estando ele sentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Declara-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo”.
Um assunto que sempre permeia a Igreja é acerca da volta de Cristo. Não é novidade ouvirmos pessoas agendando o fim do mundo em meio aos ímpios e tampouco crentes tentando adivinhar quando será a segunda vinda do Messias. Volta e meia escutamos profetadas que certamente assustam o povo evangélico.
A volta de Cristo é certeira, mas não cabe a nós tentar especular datas. Isso na verdade é resultado da geração em que vivemos. Muitos pensam haver um mover de Deus pelo Brasil, mas na verdade não passa de uma era de “negócios da fé”. Vemos ministros e mais ministros sem responsabilidade. Pessoas que ontem eram vendedores no camelô e hoje são pastores. A falta de treinamento e capacitação de líderes tem levado o Evangelho a ser denegrido. Quantos estão barganhando com Deus por aí? Um milagre em troca da oferta gorda, afinal, somos “chamados para ser cabeça e não cauda”, dizem os que aderem à Teologia da prosperidade e/ou Confissão Positiva.
Obreiros sem formação e base teológica estão cada vez mais crescendo pela nação e junto com eles as mais variadas heresias. Em paralelo vemos outros se auto-intitulado apóstolos e o que é mais insensato, a consagração de “apóstolas”. Nossa geração é extremista em dois pontos: no empirismo e no pragmatismo.
1. Empirismo – É o ato de valorizar mais a experiência do que a Palavra de Deus. Quantas pessoas estão caindo nessa? Até quando o povo de Deus não prezará pela Palavra do Senhor? Nossas experiências com Cristo são importantíssimas. Todo crente precisa ter experiências sobrenaturais, entretanto, toda e qualquer experiência precisa ser refinada pela bendita Palavra do Senhor. É como um relato que ouvi certa vez. Uma mulher afirmara ter sido arrebatada em espírito e durante essa experiência viu a face de Deus. Muitos crentes sem embasamento bíblico, seriam levados ao êxtase num relato como esse, além de glorificar a Deus sem limites.
2. Pragmatismo – É o ato de defender que algo é correto em função da funcionalidade. As coisas não podem ser provadas apenas porque funcionam. Há alguns dias conversava com um obreiro sobre esse assunto. Perguntei-lhe qual é o resultado da soma de 2 com 2. Parece óbvio o resultado, é 4. Mas questionei-lhe se não é cinco. Ele riu e respondeu que todo mundo sabe que é 4. Mas e se eu defender que é 5 – Perguntei-lhe. Ele disse que era minha opinião. O que eu estava querendo concluir é que, não podemos defender idéias apenas por opinião, precisamos de fundamentos, de base. Se ele me dissesse que o resultado é 5, mostraria que está errado, baseado na matemática. Se me dissesse que Cristóvão Colombo descobriu o Brasil, mostraria o equívoco, pois a história nos relata que fora Pedro Álvares Cabral. Se me dissesse que a água é formada por um aglomerado de Flúor e Carbono, mostraria pela Química que na verdade são duas moléculas de Hidrogênio e uma de Oxigênio. Enfim, para mostrarmos que somente Jesus é o Salvador, o evangelista João relata no capítulo 14 e verso 6 que Jesus é o único caminho, a única verdade e a única vida, somente temos condições de nos achegarmos ao Pai através dEle. Se partirmos desse pressuposto, isto é, da funcionalidade, poderíamos defender o Islamismo, afinal, é a religião que mais cresce atualmente. Tomo as palavras inspiradas de Oséias no capítulo 4 e verso 6: “o meu povo perece porque lhe faltou conhecimento”.
Datas marcadas da volta de Cristo
A escatologia das Testemunhas de Jeová afirma que no ano de 1914 teve início a segunda vinda de Cristo com o início do "tempo do fim" e "da conclusão do sistema de coisas" e dos "últimos dias". As Testemunhas de Jeová usam todos estes termos para se referirem a esse período entre 1914 e o Armageddon. Também crêem que o Milênio começa depois do Armageddon. Além disso, Charles Taze Russel, afirmou que Cristo já voltara ao mundo, de forma invisível, em 1874.
Os adventistas, por sua vez, carregam o estigma de Guilherme Miller, um pregador que ensinava a volta de Cristo para 22 de Outubro de 1844. Uma grande multidão acreditou nas previsões de Miller, chegando ao ponto de venderem tudo o que tinham para aguardar a grande data. Como nada aconteceu, os adventistas passaram a chamar a data de “O Grande Desapontamento”, que interpretam como sendo a vontade de Deus, que queria provar o seu povo. Todos os que predizem uma data para o retorno de Cristo estão marcados para o fracasso inevitável. Aconteceu com a “Apóstola” Valnice Milhomens que, no ano de 1991, numa palestra na televisão, predisse que Jesus retornaria em um Sábado do já finado ano de 2007. Ou então, qualquer outro falso profeta, como a americana Marilyn Agee que afirmou: “O arrebatamento acontecerá em 20 de Junho de 2000”. Além destes, há Harold Camping, que tem ensinado coisas como: o Retorno de Jesus Cristo aconteceria em 1994, tendo, inclusive, publicado um livro chamado “1994?”, que foi muito bem vendido na época; O Retorno de Cristo acontecerá em 21 de Maio de 2011; A Era da Igreja acabou em 1944; O Espírito Santo não está mais atuando na Igreja; Que toda Igreja na face da Terra é apostada e abominável; Que os verdadeiros crentes devem abandonar suas congregações.
O que vem sendo debatido no meio evangélico há pouco tempo é a carta divulgada sobre os acontecimentos que hão de acontecer nos próximos anos, na qual a “Apóstola” Neuza Itioka afirma que Jesus Cristo poderá vir até o ano de 2018. Ela defende a profecia do Rabino Ben Samuel como um alerta ao cristãos.
O que a Bíblia diz sobre a volta de Cristo
Jesus afirmou em Mt 24:36 que "Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai". Ora, se o anjos que são maiores do que nós (Sl 8:5) não receberam a revelação. Se o próprio Cristo também afirma não saber o dia e a hora, como podemos nos embasar em um rabino ou em qualquer pessoa? Ainda que seja para acordar os que estão frios na fé, essa não é a melhor pedida. Temos as Sagradas Escrituras e lá temos muitos textos que podem ser utilizados em sermões, pregações, conferências, congressos, enfim, em qualquer lugar. A parábola das 10 virgens é uma das minhas preferidas. Sabemos que apenas 5 foram conhecidas pelo Senhor, pois levavam consigo azeite para acender suas lâmpadas. Essa parábola é contada na seqüência dos sinais dos finais dos tempos narrada em Mateus 24. O objetivo é mostrar que precisamos estar sempre carregando conosco o azeite (a unção e o poder de Deus), pois não sabemos a hora em que Cristo há de voltar. Vejam Mt 24:43, 1 Ts 5:2-4, 2 Pe 3:10 e Ap 3:3;16:15. Todas essas passagens mostram que Jesus virá como um ladrão, isto é, não avisará. Ora, se um ladrão marcasse conosco a que hora nos assaltaria, poderíamos tomar contramedidas preventivas a fim de evitarmos tal assalto. Chamaríamos a polícia federal, o exército, a marinha, a aeronáutica, deixaríamos todo o dinheiro no banco e evitaríamos encontrar com o assaltante. Da mesma forma aquelas 5 virgens insensatas se soubessem o horário em que o noivo passaria, dariam um jeito de ter azeite. Mas foram surpreendidas, assim como muitos serão na volta de Cristo. Ressalto ainda que, mesmo que Cristo não volte nesta geração precisamos estar preparados, pois não sabemos quando morreremos. Tentar adivinhar o dia em que Cristo voltará é errado, é o mesmo que crentes se direcionarem a necromantes, cartomantes e tentarem adivinhar quando morrerão. Amados, atentem para a parábola das virgens. O noivo virá a qualquer momento, não sabemos o dia e nem a hora, mas de uma coisa sabemos: somente aqueles que estiverem com azeite em suas lâmpadas serão reconhecidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário