tag:blogger.com,1999:blog-25037114249041370822024-02-18T14:01:23.761-03:00Pr. Vinicius Couto"Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração. Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti" (Mt 6:21; Sl 119:11).Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.comBlogger90125tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-45657959333444987362017-11-12T20:04:00.002-02:002017-11-12T20:05:29.746-02:00A obra de Cristo no Calvário: um breve estudo sobre as principais teorias expiatórias<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Este é um estudo sobre a
natureza e a abrangência da expiação de Cristo. Não se trata de um artigo
científico, mas um breve texto-base para uma lição de Escola Bíblica Dominical.
Este assunto (a expiação de Cristo) é muito importante para a igreja e é um tema
que já discutido desde que a igreja existe. Ao longo dos dois milênios de
cristandade, muitas teorias foram discutidas. Algumas delas com certa coerência
e outras perigosas. Algumas ortodoxas e outras completamente heterodoxas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por isso, este breve estudo
tem importância dupla: em primeiro lugar alinha as posições que foram
consideradas corretas e em segundo momento, alerta sobre outras posições que
são espúrias. Deste modo, este estudo mostrará a natureza da expiação
apresentando as principais teorias que discutiram sobre essa doutrina e se elas
possuem alguma coerência com as Escrituras ou não. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">1.
Teoria do resgate pago a satanás<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esta é uma das mais antigas
teorias sobre a expiação de Cristo. Provavelmente seu “inventor” tenha sido
Orígenes. De acordo com essa teoria, o anjo caído tinha autoridade (legalidade)
para governar e oprimir a humanidade em função do pecado de Adão e da
solidariedade da raça. Deste modo, foi necessário que Jesus Cristo viesse ao
mundo para que pagasse pelo pecado da humanidade, pois isso dava legalidade ao
diabo e a seus anjos. Por meio do sacrifício de Cristo, ele teria pago essa
dívida a satanás. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Obviamente que essa teoria não
tem respaldo bíblico, visto que Cristo disse a Deus que estava pago: “Então
Jesus, depois de ter tomado o vinagre, disse: está consumado. E, inclinando a
cabeça, entregou o espírito” (Jo 19.30). A expressão “está consumado” nesse
versículo é <i>tetelestai</i> em grego, cujo
significado também pode ser “está pago”. De acordo com a parábola que
conhecemos como a do “credor incompassivo” (Mt 18.21-35), bem como a oração do
“Pai nosso” (Mt 6.9-14) nossas dívidas
são devidas a Deus e não ao diabo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Além disso, o Apóstolo Paulo
disse que “havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas
ordenanças, o qual nos era contrário, [Jesus] removeu-o do meio de nós,
cravando-o na cruz; e, tendo despojado os principados e potestades, os exibiu
publicamente e deles triunfou na mesma cruz” (Cl 2.14,15). Não faz sentido
alguém “despojar”, “exibir” e “triunfar” pagando uma dívida. Pagar a dívida a
satanás colocaria Jesus numa posição inferior ao diabo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">2.
Teoria Mística<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esta teoria teve com principal
defensor, um dos principais teólogos liberais, o alemão Friedereich
Schleiermacher. De acordo com essa ideia, Jesus teria encarnado como um ser
humano completo em todos os sentidos, inclusive no que diz respeito à
predisposição imoral para o pecado, ou seja, o que chamamos de “pecado
original”. De acordo com a teoria mística, Jesus venceu as tentações porque foi
ajudado pelo Espírito Santo e extirpou a depravação humana na cruz, quando
reuniu esta natureza humana a Deus. Em suma, a natureza divina penetrou a
natureza humana na cruz, elevando-a ao status divina. O ser humano, portanto,
pode ser influenciado de maneira mística pelo conhecimento desta obra de Jesus
e se tornar alguém melhor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Essa teoria está errada por
pelo menos 3 razões: primeiro porque considera Jesus como nascido debaixo do
efeito do pecado de Adão e possuidor do pecado original (Mt 1.20; Lc 1.35; Mc
2.5,6; Hb 4.15); segundo porque acaba distorcendo a perfeição da união
hipostática; terceiro porque considera a mudança no ser humano por meio de uma
influência cognitiva, ao invés de uma ação regeneradora do Espírito Santo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">3.
Teoria do Exemplo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Foi uma teoria defendida pela
grande maioria dos teólogos liberais, mas teve sua origem na época dos
socinianos (seguidores do Fausto Socino, um polonês falecido em 1604, o qual
acreditava que Jesus era apenas um homem comum, sem qualquer divindade). Atualmente,
alguns expoentes de movimentos teológicos sociais (Teologia da Libertação e
Teologia da Missão Integral) também seguem alguma ideia modificada dessa
teoria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Uma vez que Jesus era apenas
um homem comum, sua morte não teve nenhum impacto sobre a salvação eterna e nem
mesmo sobre o pecado. Sua morte é apenas simbólica e inspira as pessoas por seu
exemplo de obediência e de desejo de ver uma sociedade melhor. Nesta teoria, o
mais importante é a ética, meio pelo qual a sociedade (que não tem nenhuma inclinação
ao pecado) pode ser melhor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Paulo alertou aos colossenses
para que eles tivessem cuidado: “...que ninguém vos faça presa sua, por meio de
filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os
rudimentos do mundo, e não segundo Cristo; porque nele habita corporalmente
toda a plenitude da divindade” (Cl 2.8,9). O mais importante nesta frase,
entretanto, é que Jesus é afirmado como Deus, algo negado pelos socinianos e
pelos liberais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Além disso, Jesus não foi mero
ativista social. Ele veio para redimir o ser humano do maior mal que o afligiu,
a saber, o pecado: “Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o
mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (Jo 3.17). Esta teoria subtrai
de Jesus sua divindade e faz releituras perigosas de outras doutrinas
essenciais do cristianismo, como o pecado e a salvação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">4.
Teoria adventista<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os adventistas do sétimo dia
defendem a ideia de que no dia 22 de Outubro de 1844 Jesus teria entrado num
santuário celeste para terminar o trabalho de expiação iniciado no Calvário. Tudo
começou quando Guilherme Miller, um pregador Batista, começou a pregar sobre a
vinda de Jesus datando-a para a data supracitada, calculando-a com base nas
2300 tardes e manhãs de Daniel (Dn 8.14). O não cumprimento desse cálculo culminou,
no ano seguinte (1845), na expulsão de Miller e de seus seguidores, bem como na
organização de um grupo que reunia os Crentes do Segundo Advento. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ellen G. White alegou ter tido
uma visão em 1845 de Jesus entrando num santuário (o santíssimo lugar). De
acordo com ela (<i>Spiritual gifts</i>, p.
162), Jesus entrou nesse lugar “em 1844, para fazer uma expiação
final para todos que pudessem ser beneficiados por Sua mediação, e
para purificar o santuário.” Ela, portanto, interpretou que a data agendada por
Miller se cumpriu com Jesus voltando de maneira invisível e entrando no
santuário para completar a obra vicária e deu o nome de “juízo investigativo” a
esta doutrina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Obviamente que tal ensino não
é menos pior do que a teoria do exemplo e constitui numa heresia grotesca, pois
posiciona o sacrifício de Cristo como algo incompleto. Além disso, tal pensamento
é baseado numa “revelação” extra-bíblica obtida por meio de uma experiência
pessoal, cujas ideias contradizem aquilo que as Escrituras revelam sobre a
natureza da expiação de Cristo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O autor da epístola aos
hebreus declarou que Jesus, “havendo ele mesmo feito a purificação dos pecados,
assentou-se à direita da Majestade nas alturas” (Hb 1.3). Ele ainda declara que
“por seu próprio sangue, [Jesus] entrou uma vez por todas no santo lugar,
havendo obtido uma eterna redenção” (Hb 9.12). Sem contar que, o evangelista
conta sobre algumas aparições do Jesus ressurreto, o qual “depois de lhes ter
falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus” (Mc 16.19).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O autor da carta aos hebreus
também contrastou os múltiplos sacrifícios oferecidos pelos sacerdotes com o
único e suficiente sacrifício de Jesus. De acordo o autor, sua próxima aparição
não é para entrar num santuário, mas para se revelar aos crentes que aguardam
sua vinda:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“Pois Cristo não entrou num
santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, mas no próprio céu, para agora
comparecer por nós perante a face de Deus; nem também para se oferecer muitas
vezes, como o sumo sacerdote de ano em ano entra no santo lugar com sangue
alheio; doutra forma, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação
do mundo; mas agora, na consumação dos séculos, uma vez por todas se
manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E, como aos
homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo, assim também
Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos, aparecerá
segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hb 9.24-28)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">5.
Teoria da identificação<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Essa não é uma nomenclatura
utilizada ainda nas teologias sistemáticas, mas uma proposta minha num artigo
intitulado “Cristo morreu espiritualmente?” Trata-se da visão popular entre a
maioria dos neopentecostais. Nesta perspectiva, Jesus não teria,
semelhantemente à visão dos adventistas, concluído sua obra vicária no
calvário. A diferença da visão neopentecostal para a adventista, entretanto,
está no tempo. Enquanto para estes Jesus só completou Sua obra em 1844, para
aqueles, Jesus completou quando foi ao inferno, sendo castigado pelos pecados
da humanidade e se identificando com os seres humanos nesse castigo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nessa teoria, Jesus teria
descido ao inferno num status de morto espiritualmente para se identificar com
o ser humano e sofrer as punições do pecado. Jesus ainda teria tomado algum
molho de chaves das mãos do diabo e pregado aos espíritos em prisão uma
mensagem salvífica, pois alguns neopentecostais advogam a ideia da
“perseverança divina”, isto é, de que Jesus teria deixado uma mensagem para as
pessoas que nunca ouviram o Evangelho tivessem uma chance de salvação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No que diz respeito completude
e suficiência do sacrifício de Cristo no calvário, podemos citar sua frase de
João 19.30: “Está consumado”. Como já adiantamos na teoria do resgate pago a
satanás, a expressão “está consumado” pode significar “está pago”. O tempo
verbal dessa passagem (tempo perfeito e modo indicativo) mostra que sua obra
está realizada, mas que seus efeitos falam até hoje. A título de comparação
podemos citar as expressões de Jesus em Mateus 4.4,6,7: “Está escrito”, que em
grego é <i>gegraphtai</i>. A Palavra de Deus
como Escritura não continua a ser escrita, já foi terminada, mas seus efeitos
continuam até hoje.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Além disso, vale comentar que
não existe nenhum versículo bíblico contando que Jesus tomou alguma chave das
mãos do diabo. Pelo contrário, há um versículo que afirma sua soberania e
supremacia como alguém que possui as chaves: “Não temas; eu sou o primeiro e o
último, e o que vivo; fui morto, mas eis aqui estou vivo pelos séculos dos
séculos; e tenho as chaves da morte e do hades” (Ap 1.17,18).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Finalmente, segunda chance
após a morte é incompatível com o ensino bíblico, pois “aos homens está
ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo” (Hb 9.27). Deste modo, a
ideia de “perseverança divina” é completamente equivocada e ilude as pessoas
com uma expectativa irreal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">6.
Teoria Governamental<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esta teoria foi defendida pela
primeira vez por um jurista holandês chamado Hugo Grotius (1583-1645) e
posteriormente por vários remonstrantes e metodistas. Ela acerta quando declara
que a Lei de Deus exige justiça, pois no Governo de Deus, foi estabelecido que
“a alma que pecar, essa morrerá” (Ez 18.20). O descumprimento da justiça de
Deus exige que Ele execute Sua justiça sobre os injustos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como Deus poderia ser clemente
para com os pecadores uma vez que impôs que o salário do pecado é a morte (Rm
6.23)? Foi para isso que Jesus se manifestou, para cumprir a Lei e cumprir a
justiça exigida por Deus. O erro, entretanto, dessa teoria é que Cristo não
morreu no lugar dos pecadores, mas em favor dos pecadores, pois Sua morte é o
exemplo máximo e mais profundo da justiça de Deus sendo aplicada em Jesus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O erro, portanto, reside no
fato de que Jesus não é o substituto dos seres humanos, mas o exemplo de
justiça cumprida e de justiça aplicada. O problema disso é minimizar os pecados
dos seres humanos e de colocar o exemplo de Jesus como algo um tipo de
influência moral. Embora o exemplo de Cristo nos motive a viver em santidade,
Seu sacrifício substituiu nossa incapacidade de perfeccionismo moral: “Miserável
homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus, por
Jesus Cristo nosso Senhor!” (Rm 7.24,25).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">7.
Teoria da Substituição Penal<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esta é a posição dos
reformadores. A teoria governamental é semelhante no que diz respeito à
exigência da justiça de Deus, mas difere no modo como Jesus morreu. Na
governamental, Cristo morreu em favor dos seres humanos e na substituição
penal, Ele morreu não apenas em favor, mas no lugar dos pecadores. Substituição
penal, como o próprio nome sugere, significa dizer que Jesus substituiu os
pecadores na pena que lhes é devida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Alguns textos que mostram essa
realidade são: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para
que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Co 5.21). “..o Filho do Homem,
que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por
muitos” (Mt 20.28). “Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando
éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Logo muito mais, sendo agora
justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5.8,9)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Considerações
finais<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como pôde ser visto, durante a
história da Igreja, surgiram muitas ideias a respeito do ato sacrificial de Jesus
Cristo. Alguns entenderam que sua morte era apenas um exemplo de alguém que
lutava por um ideal, um martírio consequente de uma ideologia. Outros que Jesus
teria pago a dívida humana ao adversário de Deus, satanás. Outros que a morte
de Jesus seria parte do pagamento a Deus, com alguns entendendo que Jesus pagou
o restante no inferno e outros que Ele terminou de pagar num juízo
investigativo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Embora tenhamos visto que
existe uma grande quantidade de teorias erradas e de caráter heterodoxo, outros
ensinaram acertadamente que Cristo substituiu o ser humano no Calvário de
maneira suficiente, pagando pelos pecados a Deus. Além das Escrituras apontarem
para a substituição penal na natureza da expiação, existe outra discussão sobre
esse importante obra de Cristo: sua abrangência. De modo geral, os calvinistas
creem que a abrangência da expiação se deu apenas por aqueles que foram eleitos
na eternidade passada. Em contrapartida, os arminianos creem que Cristo morreu
por toda a raça humana. Porém, isso é assunto para outra aula.</span></div>
Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-20060121617133418002017-01-11T15:49:00.000-02:002017-01-11T15:49:00.860-02:00O Teísmo Aberto: origens e principais doutrinas<h1 align="center" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 24.0pt;">O Teísmo Aberto:
origens e principais doutrinas<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">[1]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></h1>
<h1 align="center" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 24.0pt;"> </span></h1>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O Teísmo aberto é um pensamento teológico contemporâneo,
oriundo da metade do século XX, que entende a idéia de transcendência,
imanência e imutabilidade divinas de um modo não convencional à tradição cristã.
Trata-se de um sistema teológico cujo conceito de Deus não deve contradizer o
pensamento científico. É como se a divindade e seus atributos fossem moldados
para caber na caixa científica. Olson e Grenz explicam que o Teísmo Aberto,
também chamado de Teologia do Processo, é um caminho que busca equilibrar a
transcendência e a imanência divina ao abandonar o conceito de transcendência
estática e assumir um novo conceito de transcendência evolucionária similar ao
pensamento hegeliano, em que o estado anterior não é abandonado, mas preenchido
por um estado subseqüente.</span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[2]</span><!--[endif]--></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Deus poderia mudar, ou mais propriamente, evoluir de
acordo que se relaciona com suas criaturas. Sawyer, por exemplo, define o
Teísmo Aberto como “uma teologia filosófica segundo a qual a realidade é um
processo que envolve desenvolvimento, não um universo estático de objetos.”</span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[3]</span><!--[endif]--></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Neste sistema, Deus, que é um ser pessoal e que
estabelece relacionamentos pessoais, acaba por ser afetado por tais
relacionamentos, culminando na possibilidade de mutabilidade. Daí a idéia
original de “Teologia do Processo,” pois Deus também está em processo de
mutação e crescimento, embora num nível diferente de suas criaturas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O Teísmo Aberto nasceu com o nome de Teologia do
Processo. Duas pessoas foram fundamentais para que esse “novo” entendimento
ontológico fosse elaborado. São eles: Pierre Teilhard de Chardin (1881-1955) e
Alfred North Whitehead (1861-1947), com sua obra Process and Reality (Processo
e Realidade). Chardin entrou para a ordem dos jesuítas aos 18 anos de idade e
foi ordenado em 1911. Nesta época ele já havia se graduado em teologia e
paleontologia e em função de atuar nesta área obteve contato com muitos
arqueólogos, o que despertou nele o interesse pelo evolucionismo, área que ele
dedicou boa parte de sua vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A visão de Chardin era uma síntese de sua fé pessoal e da
ciência evolucionária. King explica que ele tinha uma visão mística do mundo,
da humanidade e de Deus, que era descrita por ele mesmo como uma nova maneira
de enxergar as coisas e que foi adquirida e formada através de experiência
pessoais, grandes feitos intelectuais e profundidade de novas compreensões
fundamentadas nas compreensões combinadas entre religião e ciência, expressas
através de profunda sabedoria e amor.</span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[4]</span><!--[endif]--></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Chardin acreditava que a ciência e o cristianismo eram
duas faces de uma mesma moeda. Visto que ele fora proibido de lecionar no Institute
Catholique em Paris, Chardin passou a atuar mais diretamente nas pesquisas
geológicas e paleontológicas e chegou a participar da descoberta dos restos
mortais pré-históricos do Homem de Pequim, na China. Adepto, portanto, de uma
teoria que contradiz o criacionismo bíblico, Chardin entendia que o
evolucionismo ensina para a humanidade uma visão processual de futuro, que
consistia numa “megassíntese,” isto é, na união de todos os povos, um tipo de
“aldeia global.” Em sua obra The Phenomenon of Man,Chardin apresentou duas
possibilidades escatológicas: a primeira era otimista, prevendo que haveria uma
redução do mal na terra e a segunda pessimista, de que o mal continuaria a
crescer junto com o bem, mas que o final seria inevitavelmente catastrófico.</span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[5]</span><!--[endif]--></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Essa visão evolucionista também foi empregada em sua
teologia. Para Chardin, o que entendemos tradicionalmente como imagem de Deus
precisava de uma redefinição urgente e acreditava que as pessoas ainda não
haviam encontrado verdadeiramente ao Deus que adoravam por conta dessa
definição deficiente. A verdadeira religião, para ele, não poderia ser
desenvolvida num isolamento cultural e sim mediante as experiências conjuntas
de diferentes tradições religiosas. Para se ter dimensão de como o
evolucionismo influenciou completamente sua visão teológica, King nos conta que
ele registrou em seu diário no ano de 1950 que “Deus não está morto – Mas, ele
muda” e que escreveu numa carta endereçada a um amigo sobre a “transformação
(...) do ‘Deus do Evangelho’ no ‘Deus da evolução’ – uma transformação sem
deformação.”</span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[6]</span><!--[endif]--></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Essas frases, sem dúvida, refletem a essencialidade da
Teologia do Processo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Apesar dessas visões chardinianas (que tiveram maiores
influências no acamicismo católico), o principal expoente do moderno Teísmo
Aberto professado por alguns “protestantes” e “evangelicais” foi Alfred
Whitehead, que atuou como matemático até o ano de 1924, quando recebeu um
convite para lecionar filosofia na universidade de Harvard. Nessa nova missão,
Whitehead se propôs em restabelecer a importância da metafísica (ele cria que
toda ciência afirma tacitamente algum nível de metafísica) num contexto em que
o enfoque era mais científico e antimetafísico.</span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[7]</span><!--[endif]--></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Na metafísica de Whitehead, a realidade é construída a
partir de quatro conceitos absolutos, a saber: 1) A ocasião real; 2) Objetos
eternos; 3) Deus; e 4) A criatividade. A ocasião real é algo de natureza
efêmera e que passa por mutabilidade e é absorvida pelos pontos seguintes. Os
objetos eternos são padrões e qualidades, tais como cores, emoções, prazeres,
dores, etc. Deus é uma entidade em meio a inúmeras outras entidades. É alguém
que a despeito de antes de toda a criação, é “junto com toda a criação.”</span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[8]</span><!--[endif]--></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Ele (Deus) retém todas as inovações realizadas à medida
que o futuro se torna presente e desaparece com o passado. Finalmente, a
criatividade, para Whitehead, não é outra coisa existente e sim o princípio de
unidade que está por detrás da variedade de entidades reais, bem como a fonte
de individualidade dessas entidades que participam do “progresso criativo.”</span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[9]</span><!--[endif]--></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">De qualquer modo, Whitehead tinha uma concepção de Deus
completamente fora daquilo que as Escrituras revelam. Ele não é onipotente e
tampouco onisciente. No caso da onipotência, Whitehead cria que sua soberania
não passava de uma colocação antiquada da igreja, que conferiu atributos à
divindade que deveriam ser atribuídos a César, o déspota. Já no que se refere à
onisciência, ele negava completamente o sentido clássico de se conhecer o
futuro. Se no molinismo Deus conhece todas as possibilidades, mas ao mesmo
tempo conhece qual deles será a realidade, para Whitehead, Deus conhece o
futuro apenas como uma possibilidade, nunca como uma realidade.</span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftn10" name="_ftnref10" title=""><!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[10]</span><!--[endif]--></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Lewis Ford, um expoente do Teísmo Aberto, explicou que a
visão whiteheadiana é ralacional (que inclusive é outro nome para o Teísmo
Aberto, Teologia Relacional): “Assim como o mundo deve confiar que Deus
determinará o objetivo de seus esforços, do mesmo modo também Deus deve confiar
no mundo para alcançar esse objetivo.”</span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftn11" name="_ftnref11" title=""><!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[11]</span><!--[endif]--></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Como se pode ver, a divindade ensinada na metafísica de
Whitehead está mais para algo semi-divino, assemelhando-se mais a um ser
angélico do que ao Deus Todo-Poderoso. Sawyer corrobora com esse ponto e
explica que “Whitehead concebia um Deus limitado, que se desenvolvia
gradualmente. Sua filosofia enfatizava a natureza atomística “dipolar” da
realidade e de Deus, havendo um aspecto primordial (externo) e um aspecto
subseqüente (sujeito a mudança e ao desenvolvimento).”</span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftn12" name="_ftnref12" title=""><!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[12]</span><!--[endif]--></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Todavia, quem conduziu o pensamento Whiteheadiano para o
campo da teologia, foi o pesquisador Charles Hartshorne (1897-2000). Ele
começou a lecionar na Universidade de Chicago no ano de 1928 e trabalhou com
afinco com o sistema metafísico de Whitehead, dando, entretanto, atenção
especial às implicações teológicas. Essas idéias aplicadas à teologia ganharam
a simpatia de outros estudantes e acadêmicos da Universidade de Chicago, dentre
os quais podemos destacar Henry Nelson Wieman, Bernard Loomer, Daniel Day
Williams, Bernard Meland e John B. Cobb Jr. Este último foi o terceiro maior
propagador da teologia do processo, sucedendo seu professor Hartshorne. Ele
publicou a obra A Christian Natural Theology Based on the Thought of Alfred
North Whitehead (Uma Teologia Natural Cristã Baseada no Pensamento de Alfred
North Whitehead) e fundou um periódico para divulgação dos pensamentos da
teologia do processo, o Process Studies e o Center for Process Studies
localizado em Claremont.</span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftn13" name="_ftnref13" title=""><!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[13]</span><!--[endif]--></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">As idéias expostas aqui podem ser vistas em teístas
abertos contemporâneos. Rice, por exemplo, explica a visão relacional de Deus
da seguinte forma: “o amor é a qualidade mais importante que atribuímos a Deus;
e o amor é muito mais do que cuidado e compromisso; ele envolve ser sensível,
bem como responsável. (...) o relacionamento de Deus com o mundo se dá num
sentido dinâmico, ao invés de estático.”</span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftn14" name="_ftnref14" title=""><!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[14]</span><!--[endif]--></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Esse entendimento se estende para o conhecimento de
Deus, que deixa de ser onisciente, para também ser dinâmico: “o conhecimento de
Deus também é dinâmico ao invés de estático. Ao invés de perceber todo o curso
existente da história humana em um único momento, Deus vem a conhecer os
eventos assim que eles acontecem. Ele aprende algo a partir do que se sucede.”</span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftn15" name="_ftnref15" title=""><!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[15]</span><!--[endif]--></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Oord, que é um adepto do Teísmo Aberto, confessa que “as
concepções sobre Deus por parte da Teologia do Processo estão, freqüentemente,
em desacordo com as tradições teológicas reformadas do evangelicalismo
(especialmente o calvinismo). Particularmente, as noções de onipotência e
onisciência divinas e temporalidade que os teístas do processo advogam se opõem
àquilo que a tradição reformada denomina como ortodoxo.”</span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftn16" name="_ftnref16" title=""><!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[16]</span><!--[endif]--></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Entretanto, as divergências não são apenas em relação à
ortodoxia calvinista, e sim em relação à ortodoxia evangélica como um todo. As
Escrituras revelam um Deus que sabe todas as coisas e não uma divindade que vai
compreendendo paulatinamente as coisas no decorrer do desenvolvimento da
história humana. Esse tipo de ensino está mais para blasfêmia!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Esse mesmo erro teontológico pode ser visto nas palavras
de Bowman. Ela afirma que “onipotência e onisciência, aquelas perfeições
divinas de poder e conhecimento, nunca significaram simples, abrupta ou
ingenuamente um poder para fazer qualquer coisa e para saber qualquer coisa. Ao
invés disso, eles identificam o poder perfeito como o poder para fazer qualquer
coisa logicamente possível de ser feita (não um quadrado redondo). Conhecimento
perfeito, da mesma forma, é o conhecimento de tudo o que possa ser conhecido.”</span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftn17" name="_ftnref17" title=""><!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[17]</span><!--[endif]--></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Embora ela fale de um conhecimento que possa ser
conhecido, logo mais adiante acaba caindo na negação da onisciência divina ao
afirmar que “Deus conhece o futuro como algo potencial (...) mas o conhecimento
perfeito da potencialidade não é equivalente ao conhecimento de uma
atualidade.”</span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftn18" name="_ftnref18" title=""><!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[18]</span><!--[endif]--></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Em outras palavras, Deus até sabe todos os futuros
possíveis, como acontece com o conhecimento natural do molinismo, mas Ele não
sabe qual deles ocorrerá no Teísmo Aberto. Ele sabe conforme acontece e aprende
lições com esses acontecimentos. Clarck Pinnock também defende a mesma idéia do
conhecimento de Deus exposta aqui na pessoa de Bowman.</span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftn19" name="_ftnref19" title=""><!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[19]</span><!--[endif]--></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Outra curiosidade é a limitação do poder de Deus. Segundo
as Escrituras, o Deus Todo-Poderoso é aquele que é capaz de realizar feitos
miraculosos que vão além das leis que Ele mesmo estabeleceu. Paulo declarou que
Ele “é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que
pedimos ou pensamos” (Ef 3.20). Deus é aquele que fez a terra parar ou diminuir
a rotação quando Josué orou (Js 10.12,13); é aquele que fez a sombra do sol
retroceder depois das orações de Ezequias e Isaías (2 Rs 20.11). Para que isso
acontecesse, o planeta precisou retornar alguns graus em seu movimento de
translação da órbita solar; É aquele que tem poder sobre a morte e que
ressuscitou várias pessoas. Enfim, qualquer um que assuma os relatos das
Escrituras Sagradas como relatos verdadeiros, crê que Deus pode realizar
milagres além daquilo que logicamente é possível de ser feito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O Teísmo Aberto, portanto, trata das questões de
soberania e providência divinas, bem como da responsabilidade humana, de uma
forma desconexa com as Escrituras. Olson até diz que o Teísmo Aberto é “uma
opção evangélica legítima e arminiana.”</span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftn20" name="_ftnref20" title=""><!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[20]</span><!--[endif]--></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Contudo, depois de analisar cautelosamente todas essas
afirmações sobre a não onisciência e onipotência divinas, não consigo pensar
como Olson. Defender que Deus não sabe o futuro imediato e que ele, portanto,
está aberto, é o mesmo que dizer que o mundo está parcialmente ao acaso. Não
obstante, o Teísmo Aberto é falho na interpretação dos atributos absolutos de
Deus, pois uma divindade que tem poder e capacidade cognitiva limitada não
deveria nem mesmo ser chamada de divindade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Se por um lado o molinismo pode ser adotado pelos
arminianos, o teísmo aberto deve ser rechaçado como um pensamento herético e
heterodoxo. Como tivemos a oportunidade de ver, o Teísmo Aberto não nasceu do
arminianismo, embora ele tanha ganhado espaço de maneira mais abrangente por
meio de arminianos. Também não podemos chamar o Teísmo Aberto de
hiper-arminianismo, uma vez que sua concepção de onisciência afeta diretamente
outros pontos como a providência, soberania e presciência, tornando o Deus da
Bíblia, num Deus inferior. Neste ponto concordo com o Rev. Heber Campos: no Teísmo
Aberto, “Deus fica condicionado às ações livres dos homens para planejar o
futuro dos mesmos. A doutrina da soberania divina sobre a história pessoal dos
homens fica completamente rejeitada. O Deus apresentado pelos teólogos da
abertura de Deus é realmente um Deus diminuído!”</span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftn21" name="_ftnref21" title=""><!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[21]</span><!--[endif]--></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
Esse texto está disponível em: COUTO, Vinicius. <i>Em favor do arminianismo-wesleyano: um estudo bíblico, teológico e
exegético de sua relevância na contemporaneidade</i>. São Paulo: Reflexão,
2016, pp. 266-273.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> GRENZ, Stanley;
OLSON, Roger. <i>A Teologia do Século 20 e
os anos críticos do século 21: Deus e o mundo numa era líquida</i>. São Paulo:
Cultura Cristã, 2013, p. 155.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> SAWYER, M. James. <i>Uma Introdução à Teologia: das questões
preliminares, da vocação e do labor teológico</i>. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">São
Paulo: Vida, 2009, p. 634.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> KING, Ursula. <i><span style="background: white;">Teilhard de Chardin and Eastern Religions:
Spirituality and Mysticism in an Evolutionary World</span></i><span style="background: white;">. New York: Paulist Press, 2011, p. 11.</span><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> GRENZ, Stanley; OLSON, Roger. <i>Op.
Cit</i>., pp. 156-158.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> KING, Ursula. <i>Op. Cit</i>., pp.
183,184.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> BOWMAN, Donna; MACDANIEL, Jay (Orgs.). <i>Handbook of Process Theology</i>. Saint Louis: Chalice Press, 2006, p.
4.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> WHITEHEAD Apud GRENZ, Stanley; OLSON, Roger. <i>Op. Cit</i>., p. 401.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn9">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftnref9" name="_ftn9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> Ibid, pp. 161,162.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn10">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftnref10" name="_ftn10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> Ibid, p. 162.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn11">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftnref11" name="_ftn11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> FORD, Lewis. Divine Persuasion and the Triumph of Good. In: BROWN,
Delwin; JAMES JR, Ralph; REEVES, Gene (Orgs.). <i>Process Philosophy and Christian Thought</i>. Indianapolis:
Bobbs-Merril, 1971, p. 298.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn12">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftnref12" name="_ftn12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> SAWYER, M. James. <i>Op, Cit</i>.,
p. 594.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn13">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftnref13" name="_ftn13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> BOWMAN, Donna; MACDANIEL, Jay. <i>Op.
Cit.</i>,<i> </i>pp. 4,5.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn14">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftnref14" name="_ftn14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> RICE, Richard. Biblical Support for a New Perspective. In: PINNOCK,
Clarck; RICE, Richard; SANDERS, John; HASKER, William; BASINGER, David. <i>The Openness of God: a biblical challenge to
the traditional understanding of God</i>. Downers Grove: InterVarsity Press,
1994, p. 15.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn15">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftnref15" name="_ftn15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> Ibid, p. 16.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn16">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftnref16" name="_ftn16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> OORD, Thomas Jay. Evangelical Theologies. In: BOWMAN, Donna; MACDANIEL,
Jay. <i>Op. Cit.</i>,<i> </i>p. 254.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn17">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftnref17" name="_ftn17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> BOWMAN, Donna. God for Us. In: BOWMAN, Donna; MACDANIEL, Jay. <i>Op. Cit.</i>,<i> </i>p. 23.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn18">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftnref18" name="_ftn18" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[18]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> Ibid, p. 24.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn19">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftnref19" name="_ftn19" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[19]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> Cf. PINNOCK, Clarck. Systematic Theology. In: PINNOCK, Clarck; RICE,
Richard; SANDERS, John; HASKER, William; BASINGER, David. </span><i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Op. Cit.</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, p. 121.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn20">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftnref20" name="_ftn20" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[20]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> OLSON, Roger. <i>Teologia Arminiana: Mitos e Realidades</i>,
p. 256.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn21">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ftnref21" name="_ftn21" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[21]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> CAMPOS, Heber. <i>O Teísmo Aberto: um ensaio introdutório</i>.
Fides Reformata, IX, n° 2, 2004, p. 44. Campos faz alguns equívocos nesse
artigo ao associar o Teísmo Aberto com o Arminianismo. Ele até diz,
acertadamente que, nem todo arminiano é teísta aberto, mas que todo teísta
aberto é arminiano, entretanto, relata que o teísmo aberto nasceu nos círculos
do arminianismo, o que já vimos neste capítulo ser um erro histórico-teológico.
Contudo, a opinião dele citada aqui é a mesma opinião que nutro sobre o Teísmo
Aberto. Não consigo enxergar esse ponto de vista como uma opção evangélica
legítima, senão como um pensamento explicitamente herético.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-92118942023867035162016-11-09T11:24:00.000-02:002016-11-09T11:25:46.035-02:00Amei Jacó e odiei Esaú: o que isso significa?<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="color: red; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 150%;">Amei Jacó e odiei Esaú: o que isso significa?</span></b><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_edn1" name="_ednref1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><b><span style="color: red; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 150%;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><b><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;">[1]</span></b></span><!--[endif]--></span></b></span></a><b><span style="color: red; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Embora Deus seja justo e fogo
consumidor, esses atributos são muito diferentes de ódio. É preciso
diferenciarmos a ira de Deus de ódio. Ira é um sentimento natural, algo
espontâneo, uma espécie de mecanismo emocional para externar nossa indignação
ou insatisfação com algo. A ira não é pecado, mas existe limite para a mesma. Se
ela sair do controle pode fazer com que cometamos atos impensados e fatais.
Podemos citar dois exemplos bíblicos sobre isso: o primeiro é o caso de Jesus
com os cambistas que ficavam no templo. Nosso Mestre ficou tão indignado que
derrubou mesas, cadeiras e expulsou os negociantes que ali estavam (Mt
21.12,13). O segundo exemplo consta em Efésios 4.26: “Irai-vos, e não pequeis;
não se ponha o sol sobre a vossa ira.” Como se pode ver, irar não é pecado, mas
existe um limite que deve ser controlado por nossa inteligência emocional, isto
é, nosso domínio-próprio (Gl 5.22,23). <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Já o ódio é algo completamente
diferente. Trata-se de um sentimento que ultrapassou o limite da ira e faz com
que o indivíduo fique nutrindo maus desejos contra outrem. O ódio faz com que a
pessoa fique planejando alguma vingança, ou que fique maquinando o mal contra
terceiros. O ódio deixa de ser natural e passa a ser uma forma de tramar
conscientemente o mal. Por isso, Deus não pode odiar, pois isso faria com que
Ele tomasse decisões malignas e pecaminosas. As Escrituras dizem claramente que
Deus amou o mundo ao invés de “odiou o mundo.”<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">É óbvio que existem inúmeras referências
bíblicas de Deus odiando algo ou alguém, mas o sentido desse ódio tem a ver com
indignação, com o repúdio de certas práticas, com detestar a iniquidade e com o
ficar aborrecido com aquilo que é pecado. O verbo odiar em hebraico é <i>sānê</i> e ocorre 147 vezes no Antigo
Testamento com suas derivações. Citando alguns exemplos, podemos abordar
Malaquias 2.16 onde diz que Deus odeia o divórcio. Odiar o divórcio tem sentido
de repudiar esse ato e não de nutrir um sentimento vingativo contra tal ato. O
mesmo acontece em Provérbios 8.13, onde é dito que a soberba, a arrogância, o
mau caminho e a boca perversa são odiados. Em Amós 6.8 Deus odeia os palácios
de Jacó e sua soberba. Jeremias 44.4 mostra que Deus odeia a idolatria. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Finalmente, Malaquias 1.3 diz que Deus
odiou a Esaú. Será que Deus odiou a Esaú no sentido de nutrir uma ira
compulsiva, fora dos limites? Um ódio que leva alguém a maquinar uma vingança,
conforme descrito mais acima? Certamente que o sentido de “odiar” em Malaquias
se refere a Deus estar aborrecido com a desobediência dos Edomitas e não com
Esaú propriamente dito. As evidências de que Deus não está falando do indivíduo
Esaú são inúmeras. Em primeiro lugar, o contexto imediato: no versículo 1 é
dito que a palavra é dirigida a Israel (nação). No verso 2 os israelitas
questionavam quando alguém dizia que Deus os ama e para dar a constatação desse
amor o Senhor fala metaforicamente que amou a nação de Israel, representada
pelo patriarca Jacó, e aborreceu-se de um povo que saiu da mesma descendência
abraâmica, a saber, os edomitas (representada por Esaú). De onde vem a causa
desse repúdio? Explico nas linhas abaixo:<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Os hebreus passaram maus bocados no
Egito enquanto serviram como escravos por 430 anos. Após serem libertos,
seguiam rumo à terra prometida guiados por Moisés. Para chegarem ao destino,
precisavam passar pela terra de Edom e Moisés enviou mensageiros solicitando
passagem. Em sua mensagem, Moisés até apelou para o argumento fraternal,
dizendo: “Assim diz teu irmão Israel: (...) Deixa-nos passar pela tua terra”
(Nm 20.14,17). Moisés promete que os hebreus não comeriam nada da terra de Edom
e que nem mesmo a água deles beberiam.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Mas, os descendentes de Edom (Esaú) não
foram solícitos quando o povo hebreu precisou atravessar a terra deles. Pelo
contrário, a resposta do rei dos edomitas foi que eles não podiam passar por
lá, pois se o fizessem seriam atacados (Nm 20.18). Moisés até tentou
contra-argumentar, pedindo mais uma vez com a promessa de que se alguém
descumprisse o acordo e comesse ou bebesse, que os hebreus dariam seu gado como
compensação (Nm 20.19). Mas Edom foi incisivo em sua resposta: “Não passarás!”
Além da resposta áspera, eles saíram “ao encontro [dos hebreus] com muita gente
e com mão forte” (v.20). Mesmo com tal ato de covardia, Deus prescreve que os
hebreus não fizessem o mesmo. Ao invés disso, Ele disse em ocasião posterior:
“Não rejeitem o edomita, pois ele é seu irmão.” (Dt 23.7).<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Deus abomina esse tipo de tratamento,
afinal, “Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tg 4.17).
Os edomitas foram insensíveis e bárbaros, cometeram terrível crueldade, mas
Deus, em sua justiça, puniria Edom fazendo-os servos de Israel. Essa profecia
foi feita pela primeira vez enquanto Rebeca estava grávida: “Duas nações estão
em seu ventre, já desde as suas entranhas dois povos se separarão; um deles
será mais forte que o outro, mas <i>o mais
velho servirá ao mais novo</i>” (Gn 25.23 – grifos meus). <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">A segunda vez em que essa profecia foi
dita ocorreu quando Balaão empreendeu um esforço inútil lançando feitiços
contra Israel. Deus revela que “Uma estrela surgirá de Jacó; um cetro se
levantará de Israel. Ele esmagará as frontes de Moabe e o crânio de todos os
descendentes de Sete. Edom será dominado; Seir, seu inimigo, também será
dominado, mas Israel se fortalecerá.” (Nm 24.17,18).<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">As duas profecias se cumprem nos dias de
Davi, quando seu exército travou uma batalha sangrenta e matou dezoito mil
soldados de Edom no Vale do Sal “sujeitando todos os edomitas a Davi” (1 Cr
18.13; 2 Sm 8.14). Paulo chega a citar a primeira profecia em Romanos 9.12. Os
calvinistas gostam de Romanos 9 e com toda freqüência alegam que este capítulo
trata da eleição individual, mas o texto claramente fala acerca de nações e não
indivíduos. Em outras palavras, trata da eleição corporativa e não individual.
Um das evidências disso é o que o versículo que destaquei diz: “O maior servirá
o menor.” (Rm 9.12). Sabemos que o maior (Esaú) nunca serviu ao menor (Jacó)
enquanto viveu. A profecia dizia respeito às nações, conforme vimos neste
parágrafo, quando os edomitas foram sujeitos a Israel.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Outro texto prova de que os edomitas se tornaram
servos de Israel encontra-se nas passagens paralelas de 2 Rs 8.20 e 2 Cr 21.8:
“Nos dias de Jeorão, os edomitas rebelaram-se contra o domínio de Judá,
proclamando seu próprio rei.” Quando os judeus enfrentavam o cativeiro
babilônico, os edomitas se deleitavam nesse momento trágico e desejavam que
eles fossem completamente destruído. Esse episódio é dito no Salmo 137.7:
“Lembra-te, Senhor, contra os edomitas, do dia de Jerusalém, porque eles
diziam: Arrasai-a, arrasai-a até os seus alicerces.” Em função dessa rebelião,
as Escrituras apresentam profecias imprecatórias posteriores contra Edom. São
elas:<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-left: 4.0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Assim diz o Senhor
Deus: Pois que Edom se houve vingativamente para com a casa de Judá, e se fez
culpadíssimo, vingando-se deles. 13 portanto assim diz o Senhor Deus: Também
estenderei a minha mão contra Edom, e arrancarei dele homens e animais; e o
tornarei em deserto desde Temã; e cairão à espada até Dedã. E exercerei a minha
vingança sobre Edom, pela mão do meu povo de Israel; e farão em Edom segundo a
minha ira e segundo o meu furor; e conhecerão a minha vingança, diz o Senhor
Deus. (Ez 25.12-14)<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-left: 4.0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">O Egito se tornará uma
desolação, e Edom se fará um deserto assolado, por causa da violência que
fizeram aos filhos de Judá, em cuja terra derramaram sangue inocente. (Joel
3.19)<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-left: 4.0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Assim diz o Senhor:
Por três transgressões de Tiro, sim, por quatro, não retirarei o castigo;
porque entregaram todos os cativos a Edom, e não se lembraram da aliança dos
irmãos. (...) Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Edom, sim, por
quatro, não retirarei o castigo; porque perseguiu a seu irmão à espada, e baniu
toda a compaixão; e a sua ira despedaçou eternamente, e conservou a sua
indignação para sempre (Am 1.9,11) <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Para concluir essa seção, reforçamos que
a idéia de que Deus ame alguns para a salvação e odeie outros para a perdição
não coaduna com as Escrituras, afinal, elas revelam que Deus não tem prazer na
morte do ímpio (Ez 33.11). A missão de Cristo reforça que Ele veio salvar o que
se tinha perdido (Mt 18.11; Lc 19.10) e que Deus enviou o seu Filho ao mundo,
não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele (Jo
3.17). <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Em seu sermão <i>Livre Graça</i>, Wesley dizia: “nenhuma passagem bíblica diz que Deus
não é amor.”<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_edn2" name="_ednref2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Armínio enfatiza isso em seus debates com William Perkins e Gomaro, afirmando:
“Nenhuma criatura racional foi criada por Deus com essa intenção, para que
sejam condenadas.”<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_edn3" name="_ednref3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a> O remonstrante Simão Episcópio reforçou a
mesma idéia quando declarou que Deus não pode desejar causar o mal porque “Ele
é o bem supremo, tanto em si mesmo como também para suas criaturas.”<span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_edn4" title="">[4]</a></span></span><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_edn4" title=""><!--[endif]--></a></span> <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span class="MsoEndnoteReference"><span class="MsoEndnoteReference"><br /></span></span></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Notas</span></b></div>
<div>
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="edn1">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ednref1" name="_edn1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> Este texto é um
excerto da obra: COUTO, Vinicius. <i>Em
favor do Arminianismo-Wesleyano: um estudo bíblico, teológico e exegético de
sua relevância na contemporaneidade</i>. São Paulo: Reflexão, 2016.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn2">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ednref2" name="_edn2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> WESLEY, John. <i>Op. Cit.</i>, Livre
Graça. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn3">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ednref3" name="_edn3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9pt;">ARMÍNIO Apud OLSON,
Roger. <i>Op. Cit</i>., p. 134</span><span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn4">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2503711424904137082#_ednref4" name="_edn4" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> EPISCOPIUS, Simon. <i>Confession of
Faith of those Called Arminians</i>. </span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Londres: Heart & Bible, 1684, pp.84,85.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-89588846247368550982016-10-30T13:05:00.001-02:002016-11-02T18:18:12.459-02:00NÃO SOU ARMINIANO E NEM CALVINISTA, SOU BÍBLICO<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 150%;">NÃO SOU ARMINIANO E
NEM CALVINISTA, SOU BÍBLICO<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Vinicius Couto<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn1" name="_ednref1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Resumo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
teologia arminiana é, ainda, mal compreendida no Brasil. Não bastasse a má
compreensão em função da falta de acesso bibliográfico, da desonestidade
intelectual, da ojeriza ao estudo teológico formal e da teologia popular,
existe, ainda, uma visão falaciosa de que se identificar com determinado
sistema soteriológico torna a pessoa menos bíblica ou até mesmo seguidora de
homens. Isto posto, o presente artigo se preocupa em elucidar as questões que
envolvem o assunto. A alegação de que ser arminiano ou calvinista é deixar de
ser bíblico para lançar mão de interpretações humanas é uma falácia lógica.
Ademais, o presente artigo também quer demonstrar que, mesmo o arminianismo e o
calvinismo sendo bíblicos, não existe bipolaridade soteriológica. Isto é, a
doutrina da salvação não está limitada a esses dois pólos. Sendo assim,
apresentaremos algumas das posições que estão em conformidade com a ortodoxia
evangélica, bem como as que não estão em harmonia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Palavras-chave:
Arminianismo – Calvinismo – Bíblico – Falácia lógica<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Abstract<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Arminian theology is still misunderstood in Brazil. The
lack of bibliographic access, the intellectual dishonesty, the aversion to
formal theological study and the popular theology are some of the reasons for
this misunderstood. Beyond them, there is also a fallacious view that identify
with certain soteriological system makes the people less biblical even follower
of men. That said, this article is concerned with elucidating the issues
surrounding it. The claim that an Arminian or Calvinist is no longer biblical
to resort to human interpretations is a logical fallacy. In addition, this
article want to demonstrate that even Arminianism and Calvinism is biblical, and
there is not salvific bipolarity. This is, the doctrine of salvation is not
limited to these two poles. Thus, we present some of the positions that are in
line with evangelical orthodoxy and those that are not in harmony.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Keywords: Arminianism - Calvinism - Biblical - Logical
Fallacy<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Introdução<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Atualmente existem muitas pessoas que hesitam
em se posicionar soteriologicamente. A principal frase que temos ouvido no
evangelicalismo brasileiro sobre essa hesitação é que, “não sou arminiano e nem
calvinista, sou bíblico.” O presente artigo se preocupa em mostrar que essa
frase constitui uma falácia lógica e apresentar as razões pelas quais ela está
equivocada. Para tanto, daremos uma olhada no conceito de falácia lógica e
mostraremos que o texto bíblico usado para defender essa ideia, também acaba
recaindo numa falácia, pois é utilizado fora de seu sentido original e fora de
seu contexto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O artigo ainda apresenta que ser arminiano ou
calvinista não implica em seguir integralmente as ideias dos teólogos que levam
seus nomes, a saber, Jacó Armínio e João Calvino, mas sim na identificação da
interpretação envolvida na relação <i>criação
– queda – redenção</i>. Para essa análise, serão abordadas algumas doutrinas
rudimentares da fé cristã, bem como um movimento hegemônico do evangelicalismo
mundial, o pentecostalismo. A ideia é mostrar que não é possível fugir dos
rótulos e que esses rótulos teológicos não fazem com que quem adere a eles seja
seguidor de homens, ou menos bíblico. Finalmente, nossa preocupação é mostrar
que a soteriologia não está limitada à bipolaridade, isto é, apenas aos
círculos arminiano e calvinista, pois existem outras opções.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
posição do autor do artigo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Antes de mais nada, quero deixar clara a
minha posição soteriológica. Sou arminiano-wesleyano. Tenho duas obras
publicadas pela editora Reflexão que tratam do assunto. A primeira se chama <i>Introdução ao arminianismo-wesleyano</i>.
Ela foi publicada em 2014 e trata-se de um estudo comparativo entre o
pensamento arminiano e calvinista. Não é um livro de apologética polemista. A
preocupação não é refutar textos calvinistas, embora em alguns momentos isso
acabe sendo necessário, principalmente porque os nossos irmãos calvinistas
acabam dizendo inverdades sobre o arminianismo, rotulando-o de pelagianismo ou
de semi-pelagianismo.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn2" name="_ednref2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A segunda obra acabou de ser lançada
(Setembro de 2016). Seu título é <i>Em favor
do arminianismo-wesleyano: um estudo bíblico, teológico e exegético de sua
relevância na contemporaneidade</i>. Trata-se de uma obra mais completa do que
a primeira, que fechou com 110 páginas e visa dar apenas o alicerce dos
rudimentos do pensamento armínio-wesleyano. A última obra, entretanto, procura
fazer uma viagem mais profunda. Ela é dividida em oito capítulos. No primeiro
temos uma apresentação histórica. O objetivo é mostrar um pouco do que os pais
da igreja pensaram sobre a questão de livre arbítrio. Concluímos que os pais da
igreja não foram nem arminianos e nem calvinistas (o anacronismo é necessário
aqui), mas é visível o desenvolvimento teológico no meio dos pais da igreja
sobre depravação e graça. Ainda na parte histórica, temos uma breve biografia
de Jacó Armínio e de John Wesley, dois dos principais expoentes do pensamento
que carrega o nome de ambos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os cinco capítulos seguintes se encarregam de
trabalhar os axiomas arminianos (depravação total, eleição condicional, graça
preveniente, expiação ilimitada e perseverança dos santos), com maior ênfase no
desdobramento wesleyano. No capítulo sobre depravação total, mostramos as bases
bíblicas e as fundamentações teológicas do assunto. Algo muito importante sobre
esse ponto é a compreensão da criação do homem à imagem de Deus e o
entendimento da corrupção dessa imagem sofrida com a queda. Essa compreensão é
basilar para compreender a doutrina da perfeição cristã ou da inteira
santificação wesleyana. O capítulo que versa sobre a eleição leva em
consideração os aspectos condicional, corporativo, presciente, predestinista e
amoroso da eleição. Há vasta exegese nesse capítulo, principalmente sobre
Romanos 9.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No capítulo sobre a graça preveniente, há uma
explicação, em primeiro momento, sobre o que é graça, e que a adjetivação
preveniente é apenas uma forma de apresentar uma das ações dessa graça, afinal,
graça é uma só, mas possui operações circunstanciais peculiares, como a graça
comum, por exemplo. Sendo assim, o livro apresenta a <i>ordo salutis</i> armínio-wesleyana numa perspectiva dos estágios da
graça (graça preveniente, graça convencedora, graça justificadora e graça
santificadora). Na sequencia, abordamos a expiação. Para entendermos sua
extensão, antes de mais nada, explicamos o que significa a palavra “expiação” e
quais são as outras palavras correlatas do novo e do antigo testamento.
Abordamos, ainda, a exegese dos textos bíblicos que falam sobre a extensão
dessa expiação e tratamos desse axioma como sendo um dos principais pontos
fracos da soteriologia calvinista, tanto que ele divide a opinião dos teólogos
calvinistas para uma segunda linha, o calvinismo de quatro pontos, também
conhecido como amiraldismo. Nesse ínterim, defendemos a posição de que Armínio
tenha sido calvinista e que após a controvérsia com Koornhert é que a posição
do professor holandês muda. Esse argumento, inclusive, fortalece a ideia do
calcanhar de Aquiles. Além de tudo isso, ainda levamos em consideração a
problematização dos pecados pagos duas vezes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O último axioma a ser tratado é sobre a
questão da perseverança dos santos, ou a segurança da salvação. Mostramos, em
primeiro lugar, a posição de Jacó Armínio e a controvérsia que envolve esse
caso. Embora haja pensadores que sejam favoráveis a uma defesa da possibilidade
de apostasia em Armínio (Keith Stanglin, Robert Picirilli, Wellington Mariano,
etc), estou ao lado de Roger Olson nesse quesito e entendo que ele não se
posicionou nem a favor e nem contra a possibilidade de apostasia,
manifestando-se de maneira ambígua.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn3" name="_ednref3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Uma das contraprovas disso é a evolução do pensamento dos remonstrantes, que em
1610 publicam, em um de seus artigos, que essa questão (da possibilidade de
apostasia) deveria ser melhor estudada. Oito anos mais tarde, no mesmo ano do
Sínodo de Dort, é que eles (os remonstrantes) se posicionam a favor da
possibilidade. As ideias dos remonstrantes de 1618 estão escritas no nosso
anexo dois do livro. De qualquer forma, o capítulo ainda se preocupa bastante
em trazer textos bíblicos à tona e em fazer a exegese dos mesmos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A obra finda com mais dois capítulos (sétimo
e oitavo) e dois anexos. O sétimo capítulo versa sobre a questão da soberania
de Deus. O arminianismo não nega essa soberania, apenas entende, diferentemente
do calvinismo, que Deus estar no controle de tudo, não é sinônimo de controlar
meticulosamente todas as coisas. Partindo desse pressuposto, analisamos a
correlação da soberania divina com o livre-arbítrio, com a responsabilidade
humana e com a providência divina. Não obstante, sabemos que existem outras
tentativas de correlacionar esses itens e, por isso, apresentamos também na
obra. São eles: o compatibilismo, o molinismo e o teísmo aberto, sendo que
apresento este como uma opção heterodoxa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O último capítulo se preocupa em mostrar que
a teologia armínio-wesleyana é mais ampla e pode ser mais relevante se
trabalharmos com ela de maneira mais holística. Existe a possibilidade de
trabalharmos uma cosmovisão e dialogarmos, a partir da esfera
armínio-wesleyana, com questões da sociedade, tais como saúde, ecologia, ética,
justiça social, sexualidade, educação e vários outros temas. O ponto chave
disso é o entendimento da restauração da imagem de Deus. O primeiro anexo segue
para reforçar essa ideia e apresentamos as perspectivas existentes sobre o
relacionamento entre o cristão e a cultura. Wesley, ao lado de Agostinho, Calvino
e Kuyper, entende que a igreja é uma agente de transformação. Sendo assim,
podemos trabalhar nossos alicerces teológicos e buscar produzir uma teologia
que vise maior relevância no contexto contemporâneo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Desconstruindo
a falácia lógica<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Antes de prosseguirmos, é importante explicar
o significado da expressão “falácia lógica.” Copi explica que falácia é “uma
forma de raciocínio que parece correto, mas que, quando examinada
cuidadosamente, não o é.”<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn4" name="_ednref4" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Trata-se de uma ideia aparentemente bem construída, com fundamentações e
delineações. Entretanto, algo de errado está inserido em meio ao raciocínio ou
à conclusão. A análise dos postulados, das premissas, das evidências,
fundamentações e até mesmo da dedução pode desconstruir a ideia que aparenta
ter veracidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Lógica, por sua vez, é algo que remonta à
Grécia Antiga. Cunha e Machado explicam que a lógica tem origem com
Aristóteles, entre os séculos IV e V a.C., além de ser usada pelos filósofos a
fim de analisar quais argumentos eram bons e quais eram ruins e, assim,
persuadir o outro lado a mudar de ideia.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn5" name="_ednref5" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Partindo desse pressuposto analítico, a lógica passou a ser “um instrumento
para raciocinar e para preservar a consistência.”<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn6" name="_ednref6" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a> Em
contrapartida, raciocinar é o ato de se ocupar com “o processo de compreender,
revisar ou reforçar suas crenças.”<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn7" name="_ednref7" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A lógica, portanto, é a ferramenta que usamos
para buscar a compreensão, a revisão ou o reforço de nossas ideias a fim de
verificar se há ou não consistência em alguma premissa. Essa verificação pode
ser realizada através da dedução (conclusões obtidas através de premissas),
indução (conclusões que podem ir além das premissas), teoria de modelos
(comparações com modelos hipotéticos) e metateoria (são as provas a respeito
das provas).<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn8" name="_ednref8" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">De uma forma mais simples, a falácia lógica
nada mais é do que uma conclusão que foi obtida através da verificação
dedutiva, indutiva, comparativa hipotética e/ou metateórica a respeito de
alguma ideia ou crença. A conclusão parece estar correta, mas quando é examinada
com mais cautela, pode-se perceber seus erros e fraquezas. Champlin e Bentes
explicam que a falácia lógica ignora os fatores condicionadores e confunde-os
com aquilo que é essencial.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn9" name="_ednref9" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a> É
o caso da afirmação “não sou arminiano e nem calvinista, sou bíblico.” Num
primeiro momento ela transparece piedade, obediência à Palavra de Deus e um
retorno ao princípio reformado <i>Sola
Scriptura</i>. Entretanto, ela não passa de um equívoco sobre o que é ser
arminiano ou calvinista e também do que é ser bíblico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A primeira questão a ser analisada é: as
soteriologias arminiana e calvinista não são bíblicas? A pergunta nasce da
própria conclusão da afirmação de que não sou nem um nem outro, “sou bíblico.”
Essa afirmativa já aponta que os dois sistemas em questão não são bíblicos e
acaba assumindo uma postura de arrogância. Mas, o que é ser bíblico? Algo que
muitos confundem é achar que para ser bíblico é preciso haver uma conformidade
literal com as Escrituras no uso de terminologias e nomenclaturas. Essa postura
não é “bíblica” e sim “biblicista.” Champlin e Bentes explicam que biblicismo
“é o nome que se dá à insistência de usar a Bíblia para solucionar todos os
problemas teológicos, morais e filosóficos, ou, pelo menos, o uso da Bíblia
para determinar o valor da verdade que há nessas questões.”<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn10" name="_ednref10" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Desta forma, a frase mais adequada seria: “não sou arminiano e nem calvinista e
sim biblicista.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Se o biblicismo fosse verdadeiro, então
termos muito comuns nas homilias cristãs deveriam ser anatematizadas, tais como
Trindade, pecado original, onipotência, onipresença, onisciência, providência,
graça comum, etc. E até mesmo questões morais e jurídicas, tais como masturbação,
suicídio, legítima defesa, roubo e furto, etc. A liturgia cristã também deveria
ser totalmente revisada, afinal, instrumentos como baterias, guitarras,
contrabaixos e outros não se encontram nas Escrituras. O púlpito não é algo
usado pelos primeiros cristãos, aparelhagens de som, microfones e até mesmo <i>data-shows</i> deveriam ser eliminados dos
cultos, pois não estão nas orientações cúlticas do novo testamento. Outrossim,
haveria um enorme problema quanto à não proibição do uso de drogas, visto que
não há nenhuma referência bíblica a esse respeito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ser bíblico, portanto, não é usar literalmente
as expressões oriundas da Bíblia e sim estar em harmonia com os ensinos dela.
Embora a palavra Trindade não ocorra nas Escrituras, seu significado está
presente em todo o livro sagrado. O mesmo ocorre com as expressões teológicas
usadas no parágrafo anterior, bem como os termos de cunho moral e jurídico e
com as questões litúrgicas. Bíblico, conforme qualquer dicionário da língua
portuguesa, significa algo proveniente da Bíblia ou relativo a ela. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Diante disso, as soteriologias arminiana e
calvinista não seriam bíblicas? A resposta é que elas são, sim, bíblicas. Elas
se preocupam em trabalhar a criação, a queda e a redenção, a partir daquilo que
as Escrituras revelam. No primeiro ponto, ambas entendem que Deus criou a terra
e as demais coisas como boas. Ademais, criou o homem, corolário da criação,
como bom também. Todavia, a queda afetou a imagem de Deus na humanidade e
corrompeu-o totalmente. A essa corrupção chamamos de <i>depravação total, </i>e é um axioma convergente em ambas as teologias.
É claro que existem diferenças mínimas na extensão dessa corrupção nos dois
sistemas, mas ambos se baseiam nas Escrituras para explicar o nível de
corruptibilidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Outra diferença entre ambos os sistemas
reside no <i>modus operandi</i> da redenção.
Visto que após a queda o ser humano tornou-se incapaz de buscar ao Criador, é
necessário que uma ação externa atraia e ilumine tal pecador. Esta ação é
chamada em ambos os sistemas de <i>graça</i>.
Daqui em diante é que ocorrem as divergências da mecânica da salvação nos dois
sistemas. Para o arminianismo, essa graça pode ser resistida até o fim da vida,
incorrendo, neste caso, na condenação eterna do mesmo. Já para o calvinismo, a
graça pode ser resistida temporariamente, pois se tal indivíduo é um dos
eleitos de Deus, então no momento em que Deus assim decidiu, a pessoa não poderá
resisti-la, pois será regenerado por Deus para que, posteriormente se arrependa
e creia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ao contrário de muitos irmãos arminianos, não
creio que o calvinismo seja uma heresia. Entendo que existam erros doutrinários
e <i>eisegeses<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn11" name="_ednref11" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[11]</span></b></span><!--[endif]--></span></a></i> em suas
interpretações do modelo <i>criação – queda
– redenção</i>. Entendo que o calvinismo é uma das interpretações
soteriológicas dentro do pensamento secundário da doutrina da salvação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em sua obra <i>História das controvérsias da teologia cristã</i>, o Dr. Roger Olson
propõe uma abordagem mediadora. Trata-se de uma superação das diferenças
desnecessárias e desastrosas entre perspectivas e interpretações doutrinárias.
Isso é algo completamente inerente ao debate soteriológico arminianismo x
calvinismo. A abordagem mediadora é um esforço para buscar a unidade da fé e
uma base comum partilhada por diferentes grupos cristãos. Por isso, ele
pergunta: “todos os cristãos deveriam partilhar de certas convicções? Existe,
por acaso, um conjunto doutrinário básico que define o cristianismo autêntico
em termos de conteúdo? Ou será que qualquer pessoa pode declarar-se
autenticamente cristã e, não obstante, crer no que sua mente ou vontade
consideram aceitável?”<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn12" name="_ednref12" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Uma maneira de chegarmos a uma visão
mediadora é entendendo que a teologia cristã possui dois conjuntos de
doutrinas, as primárias e as secundárias. </span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Estas</span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> podem ser relativizadas (monergismo x sinergismo;
teorias escatológicas, etc) e aquelas são as que mantêm unidade e que possuem
unanimidade.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn13" name="_ednref13" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></a> É preciso entender que,
ser arminiano ou calvinista não se trata de seguir na íntegra, os pensamentos
de Armínio e Calvino. Trata-se, na verdade, de uma identificação com
pontos-chave do sistema soteriológico.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn14" name="_ednref14" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></a> O
arminianismo (e, obviamente, o calvinismo), embora busque ser bíblico, não é um
sistema inerrante e infalível, mas é um conjunto de interpretações acerca da <i>criação – queda – redenção</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
boa teologia deve nos conduzir ao </span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">reconhecimento
daquele que é adorado. Nossa postura deve ser de reverência, temor e dedicação
diante de Deus. O estudo teológico não é um fim em si mesmo, mas deve aprimorar
nossa relação com o Altíssimo, caso contrário não passará de mero conhecimento
intelectual. Martin
Lloyd-Jones foi feliz em seu comentário: “o grande perigo é tornar a teologia
um tema abstrato, teórico, acadêmico. Ela jamais pode ser isso, porque é
conhecimento de Deus".<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn15" name="_ednref15" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></a><strong> </strong>Desta forma,<strong> </strong>o
conhecimento jamais deve ser objeto de arrogância, soberba, vaidade ou orgulho.
Paulo disse que, “se alguém cuida saber alguma coisa, ainda não sabe como
convém saber” (1 Co 8.2). Precisamos assumir uma postura humilde e jamais de
donos da verdade.</span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Um
arminiano não é um seguidor de Armínio<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Normalmente, as pessoas que encontram
dificuldade em assumir um posicionamento teológico na área de soteriologia,
alegam que não seguem a homens e sim a Jesus Cristo. Uma das principais fundamentações
para esse posicionamento de repúdio relacionado ao arminianismo e/ou ao
calvinismo é o texto paulino de 1 Coríntios 1.11-13: “Meus irmãos, fui
informado por alguns da casa de Cloe de que há divisões entre vocês. Com isso
quero dizer que cada um de vocês afirma: ‘Eu sou de Paulo’; ‘eu de Apolo’; ‘eu
de Pedro’; e ‘eu de Cristo’. Acaso Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado
em favor de vocês? Foram vocês batizados em nome de Paulo?”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Essa referência bíblica não serve para
defender a falácia lógica tratada no presente artigo. Vejamos o porquê: Paulo
começa a epístola dizendo que na comunidade de Corinto havia todos os dons
espirituais (1 Co 1.7). Esses dons estão relatados na mesma epístola no
capítulo 12. Entretanto, essa comunidade não podia ser chamada de espiritual e
sim de carnal, pois havia divisão nela. Uns preferiam as pregações de Paulo,
outros preferiam as mensagens de Apolo e havia um terceiro grupo que se
identificava mais com Pedro. Mas, havia um quarto grupo. Este grupo pode
parecer mais piedoso que os demais e, aparentemente, eles eram mais
cristocêntricos que os demais, porém, todos são tratados como imaturos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><span style="font-size: x-small;">Irmãos, não lhes pude
falar como a espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo. <a href="https://www.blogger.com/null" name="RichViewCheckpoint0"></a>Dei-lhes leite, e não alimento sólido, pois vocês
não estavam em condições de recebê-lo. De fato, vocês ainda não estão em
condições, <a href="https://www.blogger.com/null" name="RichViewCheckpoint1"></a>porque ainda são carnais. Porque,
visto que há inveja e divisão entre vocês, não estão sendo carnais e agindo
como mundanos? <a href="https://www.blogger.com/null" name="RichViewCheckpoint2"></a>Pois quando alguém diz: "Eu
sou de Paulo", e outro: "Eu sou de Apolo", não estão sendo
mundanos? <a href="https://www.blogger.com/null" name="RichViewCheckpoint3"></a>Afinal de contas, quem é Apolo? Quem
é Paulo? Apenas servos por meio dos quais vocês vieram a crer, conforme o
ministério que o Senhor atribuiu a cada um. <a href="https://www.blogger.com/null" name="RichViewCheckpoint4"></a>Eu
plantei, Apolo regou, mas Deus é quem fazia crescer<a href="https://www.blogger.com/null" name="_FOOTER_SECTION_"></a>.
(1 Co 3.1-6)</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Embora o quarto grupo pareça ser
cristocêntrico, na verdade eles eram tão problemáticos quanto os anteriores.
Isso se dava porque este grupo não se submetia a nenhuma autoridade. Eles não
são seguidores de homens, portanto, a liderança de Paulo, de Pedro, de Apolo,
ou de qualquer outra pessoa não servia. Eles se submetiam apenas a Jesus. Morris
explica que este grupo, provavelmente, tinha o seguinte lema: “Pertencemos a
Cristo, e a nenhum mestre.”<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn16" name="_ednref16" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esse discurso, aparentemente piedoso, não
passava de uma falácia. A insubmissão não encontra lugar no pensamento paulino:
“Agora lhes pedimos, irmãos, que tenham consideração para com os que se
esforçam no trabalho entre vocês, que os lideram no Senhor e os aconselham. Tenham-nos
na mais alta estima, com amor, por causa do trabalho deles.” (1 Ts 5.12,13). O
autor da carta aos hebreus também disse: “Obedeçam aos seus líderes e
submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar
contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um
peso, pois isso não seria proveitoso para vocês” (Hb 13.17).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Outra observação importante é a de que Paulo
lida com todos os quatro grupos chamando-os de “crianças.” Kistemaker explica
que esse termo é humilhante. Trata-se de uma exortação acerca da imaturidade
dos mesmos. Desta forma, todos os facciosos eram imaturos, não passavam de crianças
que não estavam glorificando a Deus.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn17" name="_ednref17" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></a> A
infantilidade dos quatro grupos era tão grande que Paulo alega não poder dar um
alimento mais sólido. Ele está fazendo uso de uma metáfora para dizer que não
pode tratar de doutrinas mais profundas, pois eles a imaturidade deles clama
por um alimento mais leve e básico, isto é, as doutrinas rudimentares da fé
cristã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Desta forma, parafrasear que não somos de
Paulo, Pedro, Apolo, Armínio ou Calvino, a fim de defender, com base no texto
de 1 Coríntios 1.12, que tal pessoa é seguidora de Cristo apenas e que não
segue os ensinos de nenhum outro mestre, configura um erro duplo: exegético e
histórico-teológico. O erro exegético já foi exposto. Portanto, nas próximas
linhas nos encarregaremos de demonstrar os erros histórico-teológicos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nenhuma pessoa que estuda as Escrituras está
isenta de pressupostos. Todas as comunidades cristãs possuem alguma linha teológica
que é oriunda de algum pensamento da história da teologia cristã. Mesmo aquelas
pessoas que alegam não seguir teologia nenhuma, acabam seguindo inconscientemente
determinados pontos amalgamados, ou acabam seguindo uma teologia própria. Até
mesmo as heresias não são novidades. Se pesquisarmos com atenção, poderemos
encontrar algum vínculo da ideia heterodoxa na história do cristianismo.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn18" name="_ednref18" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[18]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Um primeiro exemplo disso é o que chamamos de
Trindade. Esta doutrina faz parte da lista daquelas que são rudimentares da fé
cristã. Negar a Trindade é negar o próprio Deus. O cristianismo precisou
realizar concílios para discutir questões teontológicas e cristológicas, verberando
ao final que Deus é trino. Entretanto, essa nomenclatura (Trindade) foi usada,
pela primeira vez, por Tertuliano de Cartago (160-220 d.C.),<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn19" name="_ednref19" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[19]</span></span><!--[endif]--></span></a>
um cristão apologista e polemista. No final do capítulo 2 de sua obra <i>Adversus Praxeam</i> (Contra Práxeas), ele
declarou que<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><span style="font-size: x-small;">A heresia, a qual supõe
por si mesma possuir a pura verdade, pensando que não se pode crer que um só
Deus de nenhum outro modo a não ser dizendo que o Pai, o Filho e o Espírito
Santo são a mesma Pessoa, como se neste modo um também não fosse todos, em que
todos são um, por unidade de substância, enquanto o mistério da dispensação é,
todavia, guardado, o qual distribui a Unidade na Trindade, colocando em sua
ordem as três Pessoas – o Pai, o Filho e o Espírito Santo: três, mas não em
condição e sim em grau, não em substância e sim em forma, não em poder e sim em
aspecto.</span><a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn20" name="_ednref20" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-size: x-small;">[20]</span></span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como podemos perceber, Tertuliano está
desenvolvendo uma nomenclatura para explicar que a divindade dos cristãos é
única, mas que subsiste em três pessoas. O alvo de sua obra polemista é alguém
chamado Práxeas. Kelly explica que não é fácil determinar quem ele era, podendo
ter sido Noeto ou até mesmo o Papa Calixto. Independente da dificuldade de quem
ele era, Tertuliano anuncia que suas ideias eram heréticas, pois seu ensino era
o de que o Pai, o Filho e o Espírito Santo eram a mesma pessoa. Nessa
concepção, o Pai teria encarnado no ventre da Virgem e se tornado o próprio
Filho, que sofreu, morreu e ressuscitou.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn21" name="_ednref21" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[21]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esse ensino prefigurou o que alguns anos mais
adiante ficaria conhecido como sabelianismo, em função de seu defensor, o
Sabélio (? – 215 d.C.), modalismo (por entender que Deus havia se manifestado
em três modos) ou patripassianismo (que vem de duas palavras latinas, <i>patri</i>, que significa pai, e <i>passio</i>, que significa sofrimento).
Atualmente, esta mesma heresia é defendida sob a nomenclatura de unicismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Tertuliano teve um papel fundamental para a
utilização universal do termo “Trindade” e na difusão dessa doutrina. Agostinho
de Hipona, outro importante teólogo patrístico, escreveu um tratado muito
importante acerca da doutrina da Trindade cerca de trezentos anos depois de
Tertuliano, intitulado <i>De Trinitate</i>.
Entretanto, isso não faz dos cristãos seguidores do apologista de Cartago. Poderia
ter ressoado no terceiro século uma falácia lógica: “nem trinitariano e nem
unitariano, sou bíblico.”<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn22" name="_ednref22" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[22]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ser trinitariano, portanto, não é o mesmo que
ser tertulianista. A cristandade deve muito ao esforço do apologista de
Cartago, mas isso não faz dos cristãos seguidores de todos os pensamentos
teológicos dele.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn23" name="_ednref23" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[23]</span></span><!--[endif]--></span></a> Tertuliano negava, por
exemplo, a virgindade perpétua de Maria, mas parecia crer numa espécie de
imaculada concepção da mesma.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn24" name="_ednref24" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[24]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O mesmo acontece com inúmeras outras áreas da
teologia. Se existe uma doutrina que mais sofreu com interpretações equivocadas
no decorrer da história da Igreja foi, sem sombra de dúvidas, a cristologia.
Temos os primeiros indícios desses transtornos em uma das epístolas joaninas,
ao nos depararmos com uma defesa da dupla natureza de Cristo, diante dos
gnósticos que negavam a encarnação do verbo (1Jo 4.1-3). A discussão sobre a
natureza de Cristo perdurou alguns séculos da era cristã. Ário, por exemplo,
negava a divindade de Jesus e dizia que Ele era uma criação, ainda que a mais sublime.
Tal controvérsia foi debatida no Concílio de Niceia, em 325 d.C., mas só foi
solucionada definitivamente em Constantinopla, no ano de 381 d.C..<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Apesar do desfecho triunfante sobre o
arianismo em Constantinopla, uma nova heresia surgiria meio século depois.
Dessa vez, a controvérsia cristológica tomaria nova versão em Nestório, que
fora empossado como patriarca de Constantinopla em 428 d.C.. Ele dizia que, em
Jesus, havia duas pessoas distintas e independentes, uma humana e outra divina.
Suas ideias foram rebatidas e anatematizadas no Concílio de Éfeso em 431 d.C.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em suma, podemos definir assim os três
concílios supracitados: Niceia afirmou: Jesus é Deus; Constantinopla, por sua
vez, declarou: Jesus é também plenamente homem; e finalmente Éfeso concluía com
a união hipostática: Ele é plenamente Deus e plenamente homem, são duas
naturezas integradas em uma única pessoa, a saber, Jesus Cristo.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn25" name="_ednref25" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[25]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Embora o concílio de Éfeso tenha afirmado a doutrina da união hipostática,
alguém precisou cunhar esse termo antes. A pessoa responsável pela utilização
desse termo foi Cirilo de Alexandria (378-444 d.C.), um Bispo que esteve
envolvido diretamente na controvérsia nestoriana.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn26" name="_ednref26" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[26]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Isso não faz com que sejamos cirilianos e tampouco é plausível que usemos uma
falácia lógica aqui: “não creio na união hipostática e nem no nestorianismo,
sou bíblico.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O último caso histórico que penso ser
pertinente para esse artigo é o da origem do pentecostalismo clássico. Sabemos
que esse movimento é bisneto do wesleyanismo. O clérigo anglicano, John Wesley,
teve sua experiência do coração aquecido em Aldergaste e se tornou outra
pessoa. Sua crença na perfeição cristã, ao contrário do que muitos pensam, não
era de impecabilidade, e sim de efeitos da verdadeira conversão. Wesley não
cria em duas bênçãos e sim apenas em uma.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn27" name="_ednref27" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[27]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Desta forma, a regeneração era o princípio da santificação para Wesley.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn28" name="_ednref28" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[28]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A ideia de segunda bênção começa a ser
aplicada no metodismo posterior a Wesley. A primeira pessoa a utilizar essa
terminologia foi John Fletcher, um dos discípulos de Wesley. Esse metodismo dá
origem a outro movimento, nascido nos EUA, conhecido como <i>Holiness</i> (movimento de santidade). Até aqui, as denominações
metodistas e <i>holiness</i> mantinham a
crença de que o batismo no Espírito Santo era evidenciado por uma vida de
santidade, isto é, pelo fruto do Espírito Santo. Foi quando um ex-ministro
metodista, Charles Fox Parham (1873-1829), abriu uma casa de estudos chamada
Betel, em Topeka, no Kansas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><span style="font-size: x-small;">No ano de 1900, enquanto
Parham e seus alunos estudavam, ele perguntou sobre as bases bíblicas da
doutrina do batismo com o Espírito Santo. Embora seus alunos fossem oriundos do
círculo <i>holliness</i> e a interpretação
normal fosse a de que o batismo era evidenciado pela vida de santidade, num
exame bíblico dessa aula, os alunos chegaram a conclusão de que ele era
evidenciado pelo falar noutras línguas. (...) Parham passou a pregar (...) uma
terceira obra da Graça, com a diferença de que a terceira consistia em ser batizado
no Espírito falando em outras línguas. Na noite de ano novo de 1901, o grupo
passou a buscar essa experiência e na madrugada do dia primeiro, Agnes Oznam,
foi a primeira pessoa a receber tal batismo. Desde então Parham passou a
ensinar o que ele denominou de “Fé Apostólica” em Kansas e nos estados
circunvizinhos, vindo a abrir uma escola em Houston, no Texas.</span><a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn29" name="_ednref29" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-size: x-small;">[29]</span></span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em 1903, William Seymour (1870-1922), que fora
ordenado pela Igreja de Deus (Anderson, Indiana), foi estudar em Houston, na
escola de Parham. Ele acabou sendo expulso de sua denominação por pregar a
terceira obra da graça. Seymour foi a pessoa que esteve à frente do que ficou
conhecido como Avivamento da Rua Azuza. O movimento da Rua Azuza atraiu pessoas
de inúmeras confissões e tradições, desde batistas, congregacionais, metodistas
e outros. Entretanto, a questão de uma terceira obra da graça gerou muitas
controvérsias pelas denominações estadunidenses e ocorreram muitas divisões
eclesiais e doutrinárias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quem rompeu, todavia, com a ideia de três
obras da graça, foi o pregador Batista William Durham (1873-1912). Durham
aderiu à experiência de línguas, mas adotou a visão de santificação de sua denominação.
Por isso, ele declarou, em 1910, que o ensino da inteira santificação não é
bíblico e que Cristo proporcionou a santificação na expiação. Ele assinalava,
ainda, que a santificação é recebida na conversão por identificação em Cristo
por um ato de fé e chamava essa doutrina de “obra completa do Calvário.”
Outrossim, Durham passou a dizer que o batismo no Espírito Santo é, além de
evidenciada pelo falar em línguas, a segunda obra da graça e que qualquer
pessoa poderia recebe-la através da fé e de uma busca sincera.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn30" name="_ednref30" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[30]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como se pode perceber, a crença do que
chamamos de Pentecostalismo clássico, ou de Pentecostalismo de Primeira Onda,
tem sua consolidação em William Durham. Os pentecostais brasileiros não têm
timidez e nem ressalvas de assumir a crença de que o batismo no Espírito Santo
é evidenciado pelo falar em línguas. Eles não dizem, “não sou pentecostal e nem
metodista, sou bíblico.” Isso pode ser visto na maior denominação pentecostal
clássica brasileira, as Assembleias de Deus. No documento intitulado <i>Em que crêem os Pentecoostais</i> de 1938,
diz que a referida denominação crê e prega o batismo no Espírito Santo. Em
1969, o jornal oficial da mesma instituição, o <i>Mensageiro da Paz</i>, publicou uma página com seus artigos de fé,
intitulado <i>Cremos</i>, que são os artigos
oficiais até o presente momento. Em seu nono artigo diz o seguinte: “[Cremos] No
batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a
intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras línguas,
conforme a sua vontade.”<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn31" name="_ednref31" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[31]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
possível não ser arminiano ou calvinista?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Diante do que já foi exposto está claro que,
ser arminiano, portanto, não implica na adoção integral das ideias de Armínio e
sim apenas no que tange à soteriologia, visto que o rótulo teológico <i>arminianismo</i> é usado para identificar a
interpretação da relação <i>criação – queda
– redenção</i> a partir de uma epistemologia do amor. O calvinismo, em
contrapartida, interpreta a mesma relação a partir de uma epistemologia da
soberania de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os rótulos teológicos, embora nem sempre
consigam ser precisos, são úteis para identificar qual é o tipo de
interpretação sobre certa doutrina das Escrituras. Por exemplo, dentro da
escatologia, a doutrina das últimas coisas, temos interpretações diferentes
sobre o reino de Deus. Alguns entendem que esse reino é apenas futuro e possuem
uma perspectiva conhecida como Pré-milenismo. Essa vertente, entretanto,
divide-se em duas vertentes, o histórico e o dispensacionalista. Normalmente
eles são pessimistas em relação ao mundo atual, mas já existe um grupo
pré-milenista que tem uma visão progressista da terra. Ainda na interpretação
milenial, existem os pós-milenistas, que possuem uma visão otimista da terra e
os amilenistas, que têm uma visão pessimista. Os dois últimos sistemas não
crêem num milênio literal e entendem que este reino de Deus já está ocorrendo
na época da Igreja. Esses rótulos nos ajudam a entender nossos posicionamentos.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A mesma questão ocorre em relação à
eclesiologia, a doutrina da igreja. Certas denominações se posicionam como
favoráveis ao sistema de governo presbiteriano, outros em favor do
congregacional, outros preferem o episcopal, e ainda, existe o sistema
representativo.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn32" name="_ednref32" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[32]</span></span><!--[endif]--></span></a> Outras são pedobatistas,
outras credobatistas. Algumas são consubstancialistas, outras apenas crêem no
memorial. Certas comunidades ordenam mulheres ao pastorado, outras não. Algumas
possuem mais oficiais do que a Bíblia relata, outras têm apenas o Presbítero e
o Diácono. Enfim, a questão é que os rótulos estão presentes em todas as nossas
doutrinas. Mas, como o foco do presente artigo é a soteriologia, fica a
questão: é possível não ser arminiano ou calvinista? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Respondendo à pergunta: sim, é possível. Os
luteranos, por exemplo, não são calvinistas, embora creiam em boa parte do
acrônimo TULIP. Suas confissões oficiais são: “A Confissão de Ausburgo” (1530),
“A Apologia da Confissão de Ausburgo” (1530), “Os Artigos de Esmalcalde”
(1537), Os Catecismos Maior e Menor (1529), e “A Fórmula de Concórdia” (1577).
Todas estas confissões foram reunidas num só livro e publicadas em 1580, sob o
nome de “O Livro de Concórdia”. A interpretação de livre-arbítrio, contida na
confissão de Augsburgo, por exemplo, é exatamente igual ao entedimento
arminiano: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><span style="font-size: x-small;">Quanto ao livre arbítrio
se ensina que o homem tem até certo ponto livre arbítrio para viver
exteriormente de maneira honesta e escolher entre aquelas coisas que a razão
compreende. Todavia, sem a graça, o auxílio e a operação do Espírito Santo o
homem é incapaz de ser agradável a Deus, temê-lo de coração, ou crer, ou
expulsar do coração as más concupiscências inatas. Isso, ao contrário, é feito
pelo Espírito Santo, que é dado pela palavra de Deus. Pois Paulo diz em 1
Coríntios 2: “O homem natural nada entende do Espírito de Deus” (Artigo XVIII)</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para a teologia arminiana, o homem não
regenerado possui um livre-arbítrio limitado, que pode ser chamado de natural,
isto é, aquele que incide sobre decisões naturais e corriqueiras da vida.
Todavia, para as coisas espirituais, este indivíduo não regenerado está morto e
somente a graça de Deus é que pode atraí-lo e expulsar do seu coração “as más
concupiscências inatas.” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os luteranos também acreditam que o homem é
eleito incondicionalmente, não pela presciência, mas pela predestinação divina.
Em contrapartida, não crêem na dupla predestinação e entendem que os
condenados, assim o são por rejeitarem a Jesus por escolha própria. Sendo
assim, a graça pode ser resistida, embora seja oferecida livremente a todas as
pessoas. A fé é um dom de Deus, mas só é recebida pelos eleitos, os incrédulos
a rejeitam. Jesus morreu por todas as pessoas, mas não pagou por todos os
pecados. O único pecado que Jesus não teria morrido é o da incredulidade, que é
interpretada como sendo a blasfêmia contra o Espírito Santo. A salvação é assegurada
para a pessoa que está em Cristo, mas a apostasia é possível, caso a fé seja
perdida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em suma, os luteranos crêem na total
depravação, na eleição incondicional, na expiação ilimitada, na graça
resistível e na perseverança condicional dos santos. Curiosamente, eles são
monergistas. Deste modo, os únicos axiomas que estariam em convergência com a
TULIP seriam o T e o U.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn33" name="_ednref33" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[33]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Sendo assim, entendo que embora não sejam arminianos, estejam mais próximo do
arminianismo do que do calvinismo. Isso, inclusive, merece uma releitura do
termo “reformado” que acabou sendo apropriado pelos calvinistas, visto que o
luteranismo é o movimento precursor da reforma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Além dos luteranos, existe uma nova tentativa
de não se denominar arminiano e nem calvinista. </span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Timothy
George, que é um dos representantes do molinismo, sugere que ao invés de TULIP,
o acônimo ROSES, onde R significa <i>Radical
Depravity </i>(Depravação Radical), O <i>Overcoming
Grace</i> (Graça Superadora), S <i>Sovereing
Election </i>(Eleição Soberana), E <i>Eternal
Life </i>(Vida Eterna) e S <i>Singular
Redemption</i> (Redenção Peculiar).<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn34" name="_ednref34" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[34]</span></span><!--[endif]--></span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Kenneth Keathley, que é outro escritor
molinista, segue a proposta de George e diz concordar com três pontos da TULIP,
a saber: T, U e P. Os únicos dois pontos que ele alega não concordar são,
portanto L e I, que correspondem, respectivamente aos axiomas S (o segundo,
Singular Redemption) e O (Overcoming Grace) do acrônimo ROSES. S nada mais é do
que o que chamamos de expiação ilimitada no arminianismo e O nada mais é do que
a graça preveniente.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn35" name="_ednref35" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[35]</span></span><!--[endif]--></span></a> É
importante destacar que, a proposta de ROSES não é uma proposta molinista e sim
uma proposta de um molinista, visto que o molinismo trata da onisciência e
soberania divinas frente ao livre-arbítio libertário.</span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Além dessas propostas, desconheço outra
tentativa de sistematizar a soteriologia, a não ser equívocos que ficaram sendo
conhecidos como pelagianismo e semi-pelagianismo. O primeiro foi a posição
defendida por um monge britânico chamado Pelágio. Ele cria que o ser humano
nasce neutro espiritualmente e que aprenderá a pecar por socialização. Esse
extremo gerou um debate com Agostinho de Hipona, que, por sua vez, defendia o
pecado original e que o ser humano nasce morto espiritualmente. Pelágio, então,
negou o pecado original e suas ideias foram consideradas como heréticas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A posição pelagiana interfere nas demais
doutrinas da salvação, pois ao negar o pecado original, conduz a um sistema de
auto-salvação. Com isso, não importa se a graça é resistível ou irresistível,
ela se torna inútil. A eleição, bem como a perseverança, é realizada pelo
próprio individuo, que toma a decisão de ser salvo e de perseverar por conta
própria. Essa capacidade inata do homem configura um monergismo. O pelagianismo
é um ponto de vista popular em alguns círculos evangélicos da atualidade.
Muitas vezes é um ponto de vista defendido pelo desconhecimento
histórico-teológico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Já o semi-pelagianismo é foi uma tentativa
dialética (tese, antítese, <i>síntese</i>).
Um homem chamado João Cassiano pretendeu achar um meio termo na controvérsia
pelagiana e com isso negou tanto que o homem nasce neutro, quanto que o homem
nasce morto espiritualmente. Sua proposta foi a de que o homem nasce neutro,
isto é, de que é possível dar o primeiro passo em direção a Deus, quem
completará a ação salvífica. Isso só é possível nesse sistema, porque João
Cassiano entendia que a <i>imago Dei</i> não
foi completamente afetada. O semipelagianismo é, ainda, mais popular no Brasil
do que o pelagianismo. Grande parte das pessoas que se intitulam arminianas é,
na verdade, semipelagiana. Elas negam a depravação total e assumem uma
depravação parcial.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_edn36" name="_ednref36" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[36]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Considerações
finais<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Afirmar não ser arminiano e nem calvinista,
sob o pretexto de que é bíblico, configura uma falácia lógica. A frase pode até
parecer piedosa e resgatadora da bibliocentrocidade. Todavia, conforme já foi
analisado, os sistemas soteriológicos arminiano e calvinista são bíblicos.
Outrossim, é usada uma falácia para defender a falácia analisada. Trata-se de dizer
que não somos de Paulo, nem de Pedro, nem de Apolo, nem de Armínio e nem de
Calvino, mas de Cristo. Esta falácia também foi analisada e chegamos à conclusão
de que o texto bíblico que embasa esse argumento é utilizado de maneira
equivocada, pois os de Cristo eram tão facciosos quanto os três grupos
anteriores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Concluímos, ainda, que ser arminiano ou
calvinista não se trata de ser um seguidor integral de todos os pontos de vista
dos teólogos que representam esses sistemas, a saber, Jacó Armínio e João
Calvino. Dizer que não se segue o arminianismo por causa de Armínio é outra
falácia que foi desconstruída, haja vista outros pontos doutrinários que foram construídos
por pessoas altamente importantes no cristianismo histórico, tais como
Tertuliano, Cirilo de Alexandria Agostinho e William Durham, dentre vários
outros que não foram mencionados no presente artigo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Uma última conclusão importante é que, a
soteriologia não é bipolar, isto é, não está limitado aos pólos do arminianismo
e do calvinismo. É possível não ser arminiano e não ser calvinista e ainda
assim, propor alternâncias nos axiomas que envolvem a soteriologia. Creio que o
único axioma que não permite essa modificação seja o da depravação total, visto
que a neutralidade ou a parcialidade dele recairá em pelagianismo ou
semipelagianismo, e assim o sistema deixará de ser bíblico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Notas</span></b></div>
<div>
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="edn1">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref1" name="_edn1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> Bacharel em Teologia
pela Faculdade Nazarena do Brasil (FNB), especialista em Ciências da Religião
pela Universidade Cândido Mendes e Mestrando em Teologia pela Faculdade Batista
do Paraná. Professor de Teologia na FNB e no Seminário Teológico Nazareno do
Brasil (STNB). Email: prviniciuscouto@yahoo.com.br.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn2">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref2" name="_edn2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> Uma obra muito
importante que trata da desmitificação do arminianismo é OLSON, Roger. <i>Teologia arminiana: mitos e realidades</i>.
São Paulo: Reflexão, 2013.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn3">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref3" name="_edn3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> OLSON, Roger E. <i>Op. Cit.</i>, p. 243.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn4">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref4" name="_edn4" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> COPI, Irving. M. <i>Introdução à lógica</i>. São Paulo: Mestre
Jou, 1978, p. 73.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn5">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref5" name="_edn5" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> CUNHA, Marisa
Ortegoza da; MACHADO, Nilson José. <i>Lógica
e linguagem cotidiana: verdade, coerência, comunicação e argumentação</i>. Belo
Horizonte: Autêntica, 2008, pp. 13, 15.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn6">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref6" name="_edn6" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> GOLDSTEIN, Laurence;
BRENNAN, Andrew; DEUTSH, Max; LAU, Joe Y. <i>Lógica:
conceitos-chave em filosofia</i>. Porto Alegre: Artmed, 2007, p. 27.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn7">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref7" name="_edn7" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> Ibid, p. 29.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn8">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref8" name="_edn8" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> Idem.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn9">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref9" name="_edn9" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> CHAMPLIN, Norman;
BENTES, João Marques. <i>Enciclopédia de
Bíblia, Teologia e Filosofia</i>. São Paulo: Candeia, 1991, volume 2, p. 673.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn10">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref10" name="_edn10" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> Ibid, volume 1, p.
536.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn11">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref11" name="_edn11" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> <i>Eisegese</i> é uma expressão teológica que significa “de fora para
dentro.” Trata-se de interpretar o texto bíblico a partir de pressupostos, da
cultura ou de outros fatores externos, forçando a incorporação deles ao sentido
original do texto. O contrário disso é a <i>exegese</i>,
cujo significado é “de dentro para fora.” Esse é o método correto de
interpretação das Escrituras. Devemos analisar qual é o objetivo original do
texto a partir da cultura, geografia, etimologia, teologia e demais contextos
da época. Depois disso, podemos realizar aplicações para a nossa realidade,
interligando o texto antigo com o leitor ou ouvinte contemporâneo.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn12">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref12" name="_edn12" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">
Ibid, p. 40.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn13">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref13" name="_edn13" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">
Ibid, p. 40ss.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn14">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref14" name="_edn14" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> Apesar disso, o
calvinismo ainda defende que é mais do que um sistema soteriológico e
entendem-se a si mesmos como uma cosmovisão. Por isso, neste artigo tenho
procurado sempre me referir à soteriologia calvinista.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn15">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref15" name="_edn15" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> LLOYD-JONES, Martin.
Uma Escola Protestante Evangélica: In: <i>Discernindo
os Tempos</i>. São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1994, p. 389.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn16">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref16" name="_edn16" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> MORRIS, Leon. <i>1 Coríntios: introdução e comentário</i>.
São Paulo: Vida Nova, 2011, p. 32.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn17">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref17" name="_edn17" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> KISTEMAKER, Simon. <i>Comentário do Novo Testamento: exposição da
primeira epístola aos coríntios</i>. São Paulo: Cultura Cristã, 2003, pp.
147-148.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn18">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref18" name="_edn18" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[18]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> Para uma breve noção
sobre essa ideia, conferir o artigo que escrevi: COUTO, Vinicius. <i>Heresias contemporâneas: um reflexo das
controvérsias dos primeiros cinco séculos da era cristã</i>. Disponível em:
http://prviniciuscouto.blogspot.com.br/2013/12/heresias-contemporaneas-um-reflexo-das.html.
Acesso em 27 de outubro de 2016.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn19">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref19" name="_edn19" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[19]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> KELLY, J. N. D. <i>Patrística: origem e desenvolvimento das
doutrinas centrais da fé cristã</i>. São Paulo: Vida Nova, 2009, p. 84.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn20">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref20" name="_edn20" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[20]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> TERTULIANO. <i>Against Praxeas</i> 2. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn21">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref21" name="_edn21" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[21]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> KELLY, J. N. D. <i>Op. </i></span><i><span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Cit</span></i><span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">., p. 90.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn22">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref22" name="_edn22" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[22]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> Embora haja um
anacronismo na frase, pois o cânon neotestamentário ainda não estava fechado, a
ideia da mesma é apenas parafrasear a falácia que estamos analisando neste
artigo.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn23">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref23" name="_edn23" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[23]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> Para um estudo sobre
alguns itens da teologia de Tertuliano ver: SILVA, Elias Gomes da. <i>O pensamento teológico de Tertuliano</i>.
Disponível em:
http://www.monergismo.com/textos/biografias/pensa-teo-Tertuliano_Elias-Gomes.pdf.
Acesso em 27 de outubro de 2016.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn24">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref24" name="_edn24" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[24]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> COUTO, Vinicius. <i>Culto Cristão: origens, desenvolvimento e
desafios contemporâneos</i>. São Paulo: Reflexão, 2016, p. 65, 68. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn25">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref25" name="_edn25" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[25]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> REILY, Duncan. <i>A História da Igreja</i>. São Paulo:
Imprensa Metodista, 1993, p.46.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn26">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref26" name="_edn26" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[26]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">
KELLY, J. N. D. <i>Op. Cit</i>., p. 236.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn27">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref27" name="_edn27" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[27]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> A obra mais completa
sobre a visão de Wesley a cerca da inteira santificação e sua crença em apenas
uma obra da graça, em português, é: NOBLE, Thomas. <i>Trindade Santa, Povo Santo</i>: <i>a
teologia da perfeição cristã</i>. Maceió: Sal Cultural, 2015.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn28">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref28" name="_edn28" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[28]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> Para entender melhor
sobre a visão de Wesley sobre santificação, ver: COUTO, Vinicius. <i>Em favor do Arminianismo-Wesleyano: um
estudo bíblico, teológico e exegético de sua relevância na contemporaneidade</i>.
São Paulo: Reflexão, 2016, pp. 181-194.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn29">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref29" name="_edn29" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[29]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> COUTO, Vinicius. <i>Culto Cristão</i>, pp. 167,168.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn30">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref30" name="_edn30" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[30]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> Ibid, pp. 168-170.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn31">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref31" name="_edn31" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[31]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> As fotos dos dois
documentos citados podem ser vistos na matéria a seguir: GERMANO, Altair. <i>A origem do “cremos” das Assembleias de Deus
no Brasil</i>. Disponível em: http://www.altairgermano.net/2011/10/origem-do-cremos-das-assembleias-de.html.
Acesso em 27 de outubro de 2016. Uma curiosidade é que no documento de 1938, há
um claro posicionamento contra o calvinismo, mas ao mesmo tempo, não há um
posicionamento em favor do arminianismo: “...o movimento pentecostal não admite
o fanatismo das predestinações e salvação incondicional; mas, se adstringe à
Palavra de Deus, aceitando e pregando a salvação pelo sangue de Jesus...”.
Assim como os pentecostais assembleianos se posicionam no batismo no Espírito
Santo, também o fazem na escatologia, adotando o pré-milenismo (Cf o artigo
11°).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn32">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref32" name="_edn32" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[32]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> A Igreja do Nazareno
adota uma forma distinta de governo, chamada de representativo. Trata-se de uma
forma de governo no qual a comunidade é dirigida por ministros e leigos. Há uma
junta de governo que é responsável pelas decisões locais. Essa junta é composta
pelo pastor titular, que é o presidente da junta e por outras pessoas que são
eleitas pela igreja local, a saber, secretário, tesoureiro, presidente do
departamento de missões, presidente do departamento de EBD, presidente do
departamento de jovens, presidente do departamento de diáconos e os ecônomos.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn33">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref33" name="_edn33" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[33]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> Para consultar mais
sobre a soteriologia luterana, consultar: KOEHLER, Edward; KUHLMAN, Brent. </span><i><span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Summary of Christian
Doctrine: a popular presentation of the teachings of the Bible</span></i><span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">. Saint Louis: Concordia Publishing House, 2006; JACKSON, Gregory L. <i>Catholic, Lutheran, Protestant: a comparison
of three Christian confessions</i>. Glendale: Martin Chemnitz Press, 2007;
KOLB, Robert. <i>The Christian faith: a
Lutheran exposition</i>. Saint Louis: Concordia Publishing House, 1993.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn34">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref34" name="_edn34" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[34]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">
GEORGE, Timothy. <i>Amazing Grace: God’s
Initiative – Our Response</i>. Nashville: Lifeway, 2000, pp. 71-83.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn35">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref35" name="_edn35" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[35]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">
KEATHLEY, Kenneth. <em><span style="background: white;">Salvation and Sovereignty: a molinist approach. </span></em></span><em><span style="background: white; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Nashville:
B&H Academic, 2010</span></em><span style="background: white; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, pp. 1-4.</span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn36">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/N%C3%A3o%20sou%20arminiano%20e%20nem%20calvinista.docx#_ednref36" name="_edn36" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[36]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> Para um entendimento
mais detalhado dos sistemas pelagiano, agostiniano e semipelagiano, ver:
TITILLO, Thiago. <i>A gênese da
predestinação na história da teologia cristã: uma análise do pensamento
agostiniano sobre o pecado e a graça</i>. São Paulo: Reflexão, 2016, pp. 61-98.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-28937835839890936692016-02-01T11:54:00.002-02:002016-02-01T11:54:41.520-02:00Em Busca da Verdadeira Felicidade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/6BCBGJ3SDlw/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/6BCBGJ3SDlw?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-90765185327995556622016-02-01T11:53:00.002-02:002016-02-01T11:53:36.594-02:00Pérgamo: a igreja que se misturou com o mundo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/YeYS9GEhlns/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/YeYS9GEhlns?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-34479306287449358352016-01-04T22:57:00.000-02:002016-01-04T22:57:22.453-02:00Prolegômenos - Introdução à Teologia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/rdY4j3wzdCI/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/rdY4j3wzdCI?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-38276241327877193192016-01-04T22:55:00.001-02:002016-01-04T22:55:44.402-02:00Quem são os Filhos de Deus em Gênesis 6?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/7mKYaY_DPjk/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/7mKYaY_DPjk?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br />Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-3275904799480133572016-01-04T22:50:00.002-02:002016-01-04T22:50:58.090-02:00Jesus Morreu Espiritualmente?<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">A
doutrina que mais sofreu com interpretações equivocadas no decorrer da história
da Igreja foi, sem sombra de dúvidas, a cristologia. Temos os primeiros
indícios desses transtornos em uma das epístolas joaninas, ao nos depararmos
com uma defesa da dupla natureza de Cristo, diante dos gnósticos que negavam a
encarnação do verbo (1Jo 4.1-3). A discussão sobre a natureza de Cristo
perdurou alguns séculos da era cristã. Ário, por exemplo, negava a divindade de
Jesus e dizia que Ele era uma criação, ainda que a mais sublime. Tal
controvérsia foi debatida no Concílio de Niceia, em 325 d.C., mas só foi
solucionada definitivamente em Constantinopla, no ano de 381 d.C..<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">Apesar
do desfecho triunfante sobre o arianismo em Constantinopla, uma nova heresia
surgiria meio século depois. Dessa vez, a controvérsia cristológica tomaria
nova versão em Nestório, que fora empossado como patriarca de Constantinopla em
428 d.C.. Ele dizia que, em Jesus, havia duas pessoas distintas e
independentes, uma humana e outra divina. Suas ideias foram rebatidas e
anatematizadas no Concílio de Éfeso em 431 d.C..<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">Em
suma, podemos definir assim os três concílios supracitados: Niceia afirmou:
Jesus é Deus; Constantinopla, por sua vez, declarou: Jesus é também plenamente
homem; e finalmente Éfeso concluía com a</span><span style="font-size: 12pt;"> </span><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">união hipostática</span><span style="font-size: 12pt;">: Ele é
plenamente Deus e plenamente homem, são duas naturezas integradas em uma única
pessoa, a saber, Jesus Cristo.</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10pt; padding: 0cm;">1</span></sup><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">Além
das controvérsias sobre a natureza de Cristo, houve alguma discussão sobre a
expiação. Alguns diziam, equivocadamente, como foi o caso de Orígenes, que a
expiação de Cristo fora um resgate pago a Satanás. Outros defenderam uma teoria
mística, afirmando que Jesus venceu a própria natureza pecaminosa e que o
conhecimento deste triunfo despertaria o ser humano. Isso sem contar aqueles
que reduziram a expiação a um mero exemplo ou a uma influência moral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">Uma
heresia contemporânea vinculada à expiação pode ser encontrada nos círculos do
movimento neopentecostal. Proponentes como Hagin, Copeland e Milhomens ensinam
que a expiação de Cristo só teria efeito pleno caso o Salvador morresse
espiritualmente. Tal assunto tem sido palco de muitas dúvidas e confusões no
meio evangélico, de modo que carece de maiores esclarecimentos. Diante do
exposto, cabe a indagação: Jesus morreu espiritualmente?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="font-size: 12pt;">Quais
são os pressupostos para tal doutrina?</span></b><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">A ideia
de que Cristo morreu espiritualmente é baseada em textos como 2 Coríntios 5.21;
Mateus 27.46; Atos 13.33 e principalmente Salmo 16.10; Romanos 10.6,7; Efésios
4.8-10; e 1 Pedro 3.18-20; 4.6. Romeiro resume essa doutrina da seguinte
forma:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; margin-left: 4.0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
(…) ao
morrer na cruz, Jesus recebeu uma natureza satânica, foi feito pecado, desceu
ao inferno em nosso lugar e lá foi atormentado três dias e três noites pelo
diabo. Jesus teve que morrer espiritualmente para pagar pelos pecados do homem
no inferno, pois sua morte física e seu sangue derramado na cruz foram
insuficientes para fazer a expiação. Depois de três dias no inferno, Jesus
nasce de novo e derrota os poderes das trevas, completando no inferno a
expiação que havia começado na cruz. O Jesus nascido de novo ressuscita e é
elevado à mão direita do Pai. Hoje ele tem poder para devolver à Igreja tudo o
que ela havia perdido para o diabo através da queda de Adão e Eva.<sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 9pt; padding: 0cm;">2</span></sup><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">Apesar
das palavras assustadoras, podemos ver que Romeiro não está errado, visto que
seus proponentes realmente fazem declarações consistentes com o que acabamos de
ler. Kenneth Hagin, por exemplo, disse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; margin-left: 4.0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Seu
espírito, seu homem interior, foi para o inferno em nosso lugar (…) A morte
física não removeria os nossos pecados. Provou a morte por todo homem — a morte
espiritual (…) A morte espiritual significa mais do que a separação de Deus. A
morte espiritual significa ter a natureza de Satanás (…) Jesus se fez pecado.
Seu espírito foi separado de Deus, e Ele desceu para o inferno em nosso lugar
(…) Lá embaixo na masmorra do sofrimento — lá nos fundos do próprio inferno — Jesus
satisfez as reivindicações da Justiça para todos nós (…) Deus no céu disse: ‘É
suficiente’. Depois, O ressuscitou. Trouxe seu espírito e alma para cima,
tirando-os do inferno.<sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 9pt; padding: 0cm;">3</span></sup><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">Kenneth
Copeland, outro propagador do mesmo ensino comentou: “Uma vez que ele [Jesus]
foi feito pecado, ele teve que pagar a pena pelo pecado. Teve de morrer
espiritualmente, o que o levou às regiões dos perdidos, antes que ele pudesse
nos redimir (…) Quando seu sangue foi derramado, ele não fez expiação”.</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10pt; padding: 0cm;">4</span></sup><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">Além
dos dois proponentes já citados, vale citar uma representante nacional. Romeiro
conta que Valnice Milhomens, fazendo um comentário de Isaías 53.9 </span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10pt; padding: 0cm;">5</span></sup><span style="font-size: 12pt;"> </span><span style="font-size: 12pt;">durante um programa de televisão, afirmou que a
palavra “morte”, no texto original, está no plural – “mortes” – o que significaria
que Jesus morreu duas vezes, física e espiritualmente.</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10pt; padding: 0cm;">6</span></sup><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">Complementando
todas essas informações, podemos citar E. W. Kenyon, o qual explica que a morte
espiritual é “a natureza do adversário”</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10pt; padding: 0cm;">7</span></sup><span style="font-size: 12pt;"> </span><span style="font-size: 12pt;">e
que, através dessa morte, Jesus se identificou com a humanidade. Segundo ele,
Jesus tinha um corpo imortal e divino, não era como o corpo humano. Para que o
sacrifício de Cristo fosse eficiente e eficazmente substitutivo, Jesus deveria
morrer primeiro espiritualmente. “Era um corpo que não podia morrer até que o
pecado possuísse o Seu espírito”.</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10pt; padding: 0cm;">8<o:p></o:p></span></sup></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="font-size: 12pt;">Jesus
morreu espiritualmente?</span></b><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">Essa
deveria ser uma pergunta retórica, visto que a Bíblia não abre nenhuma margem
para uma resposta positiva. Apesar da obviedade, algumas interpretações
inconsistentes têm sido propagadas e gerado dúvidas e confusões.
Inequivocamente, Jesus não pode ter morrido espiritualmente e as razões são
mais do que óbvias, conforme será explicado doravante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">Uma das
argumentações para a morte espiritual de Jesus é a de que a ressurreição de
Cristo deveria ser diferente das demais ocorridas no Novo Testamento, visto que
o próprio Jesus operara três ressurreições. Entretanto, a diferença entre a
ressurreição de Cristo e as de Lázaro, do filho da viúva de Naim e da filha de
Jairo é que estes morreriam novamente, pois foi uma ressurreição para esta
vida, ao passo que aquele, primícias dos que dormem, foi o primeiro a vencer a
morte eternamente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">Os
defensores da morte espiritual de Cristo desejam mostrar que, para que a
expiação de Cristo fosse eficaz, Ele deveria morrer espiritualmente. O problema
desta ideia é que “morte espiritual” pressupõe pecaminosidade. Portanto, Jesus
teria que ter pecado para morrer espiritualmente. Lembrando as palavras
supracitadas de Kenyon: “Era um corpo que não podia morrer até que o pecado
possuísse o Seu espírito”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">McConnell
explica que essa crença é uma interpretação grosseira do sacrifício
substitutivo, cuja plataforma está em 2 Coríntios 5.21. Os sacrifícios
realizados no Antigo Testamento tipificavam o que Jesus faria por nós, mas tais
animais deveriam ser sem defeitos (cf Lv 4.3, 23, 32). “A pessoa que
apresentava essas ofertas santas colocava a sua mão sobre os animais para
simbolizar a transferência de seu pecado e culpa (Levítico 4.4, 24, 33). Essa
transferência de pecado era simbólica e não literal”. McConnell assevera que “o
animal sacrificial não se tornava pecado; o pecado era-lhe simbolicamente
atribuído”.</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10pt; padding: 0cm;">9</span></sup><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">A
teoria da expiação dos proponentes neopentecostais ainda não foi nomeada, mas
pode facilmente ser catalogada como “teoria da identificação”. Assim como
muitas teorias sobre a expiação não encontraram respaldo bíblico e foram
consideradas como heréticas, a ideia de que Jesus se identificou com a
humanidade e morreu espiritualmente segue a mesma trilha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">A
Bíblia mostra que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23) e que toda humanidade
pecou e está destituída da glória de Deus (Rm 3.23). Portanto, para que Jesus
morresse espiritualmente, teria que ter pecado, o que contradiz a própria
Escritura: “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das
nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas</span><span style="font-size: 12pt;"> </span><u><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 12pt; padding: 0cm;">sem
pecado</span></u><span style="font-size: 12pt;">” (Hb
4.15 – grifos meus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">Pedro
também disse: “(…) sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou
ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição
recebestes dos vossos pais, mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem
defeito e</span><span style="font-size: 12pt;"> </span><u><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 12pt; padding: 0cm;">sem mácula</span></u><span style="font-size: 12pt;">,
o sangue de Cristo (…)” (1Pe 1.18,19 – grifos meus). Não obstante, tal ideia
vai de encontro com o que Paulo declarou: “Aquele que</span><span style="font-size: 12pt;"> </span><u><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 12pt; padding: 0cm;">não
conheceu pecado</span></u><span style="font-size: 12pt;">, Deus
o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (1Co 5.21
– grifos meus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">O que
dizer da natureza diabólica? Teria Jesus assumido em sua suposta “morte
espiritual” a natureza de Satanás? O próprio Cristo contradiz tal hipótese: “Já
não falarei muito convosco, porque vem</span><span style="font-size: 12pt;"> </span><u><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 12pt; padding: 0cm;">o príncipe deste mundo</span></u><span style="font-size: 12pt;">, e</span><span style="font-size: 12pt;"> </span><u><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 12pt; padding: 0cm;">ele nada tem em mim</span></u><span style="font-size: 12pt;">” (Jo 14.30 – grifos meus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="font-size: 12pt;">Jesus
desceu ao inferno?</span></b><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">Para
dar mais sentido à “teoria da identificação”, seus proponentes afirmam que
Jesus desceu ao inferno e que foi atormentado pelo diabo por três dias. De
acordo com eles, somente depois de ter cumprido essa pena – que seria nossa – é
que Jesus pregou aos espíritos em prisão, tomou as chaves das mãos do diabo e
foi, em seguida, ressuscitado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">Apesar
dessa</span><span style="font-size: 12pt;"> <i>ordo resurrectio</i> </span><span style="font-size: 12pt;">proposta pelos defensores da morte espiritual de
Cristo, o clássico texto petrino sobre a descida de Jesus ao</span><span style="font-size: 12pt;"> <i>hades</i> </span><span style="font-size: 12pt;">é claro ao afirmar que Cristo morreu na carne, e
não no espírito, e que foi vivificado antes de pregar aos espíritos em prisão,
o que deixa um problema significativo para a interpretação de que Jesus ficou
no</span><span style="font-size: 12pt;"> <i>hades</i> </span><span style="font-size: 12pt;">sendo torturado ou pagando pelos nossos pecados:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">“Porque
também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para
levar-nos a Deus; sendo, na verdade,</span><span style="font-size: 12pt;"> </span><u><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 12pt; padding: 0cm;">morto na carne, mas vivificado no espírito; no qual
também foi, e pregou aos espíritos em prisão</span></u><span style="font-size: 12pt;">” (1Pe 3.18,19 – grifos meus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">O Rev.
Heber Campos explica o significado da expressão “vivificado no espírito” em uma
excelente abordagem sobre a “</span><i><span style="font-size: 12pt;">descendit
ad inferna</span></i><span style="font-size: 12pt;">”. O
texto é um dos mais interessantes sobre o assunto, e esgota-o completamente.</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10pt; padding: 0cm;">10</span></sup><span style="font-size: 12pt;"> </span><span style="font-size: 12pt;">Vejamos o que diz o texto:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; margin-left: 4.0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
A
expressão ‘vivificado em espírito’, que possui similares em outros textos da
Escritura, diz respeito à vitória de Cristo na ressurreição, combinando-se com
o que Paulo diz em 1 Timóteo 3.16. Todavia, neste texto específico de 1 Pedro
3.19, o espírito vivificado ou vivificador pode ter mais significado se o
entendermos como a natureza divina do Redentor, antes de ele encarnar-se. Ele
vivia nesse estado de poder e não-limitação que contrasta com o estado de
fraqueza em que esteve nos dias de sua carne, e foi neste tempo de
não-limitação que ele foi e pregou aos espíritos em prisão, quando estes viviam
no tempo de Noé.<sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 9pt; padding: 0cm;">11</span></sup><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">Outro
texto utilizado para incrementar a descida ao</span><span style="font-size: 12pt;"> <i>hades</i> </span><span style="font-size: 12pt;">é Lucas 23.43. Tradicionalmente, quem coloca uma
vírgula no versículo em questão o faz com o intuito de defender o sono da alma,
isto é, um estado de inconsciência</span><span style="font-size: 12pt;"> <i>post
mortem</i></span><span style="font-size: 12pt;">.
Todavia, os proponentes da “teoria da identificação” o fazem porque ficam em apuros.
Se Jesus disse “hoje estarás comigo no paraíso”, como conciliar a ideia de que
Cristo ficou padecendo três dias no</span><span style="font-size: 12pt;"> <i>Hades</i></span><span style="font-size: 12pt;">? Por isso pegam emprestada a ideia das Testemunhas
de Jeová e dos Adventistas do Sétimo dia, que traduzem Lucas 23.43 da seguinte
forma: “Em verdade te digo hoje, estarás comigo no paraíso”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">Tal
texto é muito bem interpretado por Hendrikssen, o qual explica que o ex-ladrão
fazia um pedido com expectativa longínqua, ao passo que Cristo mostra-lhe a
instantaneidade de sua obra salvífica. Não era necessário aguardar muito tempo,
a resposta era pontual: “hoje estarás comigo no paraíso”.</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10pt; padding: 0cm;">12</span></sup><span style="font-size: 12pt;"> </span><span style="font-size: 12pt;">A vírgula é descabida</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10pt; padding: 0cm;">13</span></sup><span style="font-size: 12pt;"> </span><span style="font-size: 12pt;">e só serviu para os defensores da morte espiritual
de Cristo darem um “tiro no pé”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">É
mister entender que Jesus não desceu ao inferno e tampouco tomou chaves das
mãos do diabo. A ideia de que o inferno é um local governado por Satanás e que
ele atormenta pessoas num caldeirão não passa de mera crendice popular. Não tem
apoio bíblico. Inferno (</span><i><span style="font-size: 12pt;">geena</span></i><span style="font-size: 12pt;"> </span><span style="font-size: 12pt;">no
grego) é o local de tormento eterno (Mt 5.22,29,30) e é identificado com o lago
de fogo (Ap 20.14,15). Jesus desceu ao</span><span style="font-size: 12pt;"> <i>hades</i></span><span style="font-size: 12pt;">, correspondente grego de</span><span style="font-size: 12pt;"> <i>sheol</i> </span><span style="font-size: 12pt;">(hebraico).</span><span style="font-size: 12pt;"> <i>Hades</i></span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10pt; padding: 0cm;">14</span></sup><span style="font-size: 12pt;"> </span><span style="font-size: 12pt;">é um lugar temporário, enquanto</span><span style="font-size: 12pt;"> <i>geena</i> </span><span style="font-size: 12pt;">é definitivo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="font-size: 12pt;">Considerações
finais</span></b><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">A
doutrina chamada neste artigo de “teoria da identificação” afeta seriamente a
cristologia e com maior perigo sua subárea, a expiação. Afirmar a morte
espiritual de Cristo é, além de uma heresia, uma ideia blasfema. Tais ensinos
não combinam com a ortodoxia e devem ser rejeitados pela comunidade cristã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">O
sacrifício de Cristo na cruz foi suficiente e eficiente, pois Ele (Jesus),
“subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus,
mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante
aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se
obediente até a morte [física], e morte de cruz” (Fp 2.6-8).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.75pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 12pt;">Por
falar em cruz, foi lá mesmo que Jesus riscou “o escrito de dívida que havia
contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário”, removendo-o do meio
de nós. Ainda na cruz, Jesus despojou “os principados e potestades, os exibiu
publicamente e deles triunfou” (Cl 2.14,15). Finalmente, na cruz, o Redentor
declarou decisivamente: “Está consumado” (Jo 19.30).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.05pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.05pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="font-size: 12pt;">Notas<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.05pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 10pt;">____________________________________<br />
<sup><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">1</span></sup> REILY, Duncan. <i>A História da Igreja</i>.
Imprensa Metodista, 1993, p.46.<br />
<sup><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">2</span></sup> ROMEIRO, Paulo. <i>Supercrentes</i>.
Mundo Cristão, 1996, p. 58.<br />
<sup><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">3</span></sup> HAGIN, Kenneth. <i>O Nome de Jesus</i>.
Graça Editorial, 1988, pp. 25-28.<br />
<sup><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">4</span></sup> KOPELAND Apud ROMEIRO, Paulo. <i>Op. Cit</i>.,
p. 59.<br />
<sup><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">5</span></sup> Is 53.9: “Designaram-lhe a sepultura com os
perversos, mas com o rico esteve na sua morte.”<br />
<sup><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">6</span></sup> ROMEIRO. <i>Op. Cit</i>., pp. 60,61.<br />
<sup><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">7</span></sup> KENYON, E. W.. <i>Realidades da nova
criação: uma revelação da redenção</i>. [s.n.: s. d.], pp. 51.<br />
<sup><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">8</span></sup> Idem. <i>Identificação</i>. [s.n.: s.
d.], p. 13.<br />
<sup><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">9</span></sup> MCCONNELL, D. R.. <i>A Differente Gospel</i>.
Hendrickson, 1988, pp. 126, 127.<br />
<sup><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">10</span></sup> A única observação a ser feita é sobre a
interpretação da “<i>descendit ad inferna</i>” na tradição arminiana. Apesar da
bibiografia usada pelo autor, não há uma interpretação unívoca na “tradição
arminiana”. Muitos arminianos concordam com a exposição reformada que ele
aborda no texto.<br />
<sup><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">11</span></sup> CAMPOS, Heber. <i>“Descendit ad
Inferna”: uma análise da expressão “desceu ao hades” no cristianismo
histórico</i>. Fides Reformata, 1999, 4/1.<br />
<sup><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">12</span></sup> HENDRIKSSEN, William. <i>Comentário do
Novo Testamento: Lucas</i>. Cultura Cristã, 2003, volume 2, pp. 658,659.<br />
<sup><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">13</span></sup> Ver a argumentação de GEISLER, Norman;
RHODES, Ron. <i>Resposta às seitas</i>. CPAD, 2001, pp. 249,250.<br />
<sup><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">14</span></sup> <i>Sheol/Hades</i> é uma esfera de
divisão territorial dicotômica – salvos e perdidos (cf Mt 11.23; 16.18; Lc
10.15; 16.23; At 2.27.31), sendo que o espaço daqueles é chamado de “Paraíso” e
“Seio de Abraão”. Ambos os territórios são separados por um “grande abismo” (Lc
16.26), mas quando Jesus subiu aos Céus, levou consigo os ocupantes do Paraíso
(Ef 4.8-10), deixando o <i>Sheol/Hades</i> intacto.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10pt; line-height: 115%; padding: 0cm;"><br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--></span><o:p></o:p></div>
Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-49038009218245838302016-01-04T22:32:00.000-02:002016-01-04T22:49:38.916-02:00O que é pecado original?*<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Muitas pessoas pensam que o pecado original foi a relação
sexual entre Adão e Eva. Essa crendice popular cai por terra quando nos
deparamos com os textos de Gênesis 1.27,28 e 2.24: “Criou, pois, Deus o homem à
sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Então Deus os
abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e
sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos
os animais que se arrastam sobre a terra.” “Portanto deixará o homem a seu pai
e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Como se pode ver, ambos os textos nos remetem a um período
anterior à queda e são muito claros no tocante à relação sexual como sendo
aprovada por Deus dentro do casamento. Mesmo assim, algumas pessoas insistem em
ligar a imagem “do fruto proibido” com a maçã, combinando este mito com o sexo
do primeiro casal. Visto que tal ideia acabou de ser desmitificada perante a
Bíblia, resta a pergunta: o que é pecado original?<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 9.75pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<strong><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; padding: 0cm;">O que é pecado original?</span></strong><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 9.75pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Para responder a essa pergunta, reportar-nos-emos às três
principais linhas teológicas da ortodoxia cristã: reformada, wesleyana e
pentecostal clássica.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Louis Berkhof, teólogo reformado, explica que a doutrina foi
denominada “pecado original” por três motivos: (1) porque deriva-se da raiz
original da raça humana; (2) porque está presente na vida de todo e qualquer
indivíduo, desde a hora do seu nascimento e, portanto, não pode ser considerado
como resultado de imitação; e (3) porque é a raiz interna de todos os
pecados concretizados que corrompem a vida do homem.</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">1</span></sup><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Orton Wiley, teólogo wesleyano, aceita a definição da Igreja
Anglicana: “O pecado original é o defeito e a corrupção de todo homem por meio
da qual o indivíduo está muito distanciado da retidão original e é, por sua
própria natureza, inclinado para o mal, de maneira que a carne sempre tem
desejos contrários ao Espírito; e, portanto, em cada pessoa nascida neste mundo
ele (o pecado original) merece a ira de Deus e a Sua condenação”.</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">2</span></sup><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Bruce Marino, teólogo das Assembleias de Deus nos EUA,
declara que o pecado original é o ensino escriturístico de que o pecado adâmico
afetou a humanidade em 4 aspectos: solidariedade, corruptibilidade,
pecaminosidade e punitividade. No primeiro aspecto, Marino ressalta como a raça
humana está vinculada (ligada) a Adão; no segundo, ele enfatiza que o alcance
da queda é total e alude à total depravação; no terceiro ponto ele enfatiza a
universalidade do pecado, isto é, toda a humanidade foi atingida pela queda de
Adão; e no último, integrado aos demais pontos, ele mostra que baseado em tais
premissas, toda a raça humana é merecedora de castigo, inclusive as crianças,
assunto que abordaremos com mais calma adiante.</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">3</span></sup><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Desta forma, podemos concluir que, o pecado original é a
herança pecaminosa que a humanidade adquiriu de Adão. É a propensão para o mal,
a inclinação para o pecado. Depois da queda, portanto, o homem passou a viver
com tendência intrínseca para o mal, nossa natureza foi corrompida e se tornou
propensa para o pecado. Elucidando ainda mais essa concepção, podemos citar
Sproul, presidente da </span><em><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; padding: 0cm;">ReformationBibleCollege</span></em><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"> e pastor auxiliar da </span><em><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; padding: 0cm;">Saint
Andrew’sChapel</span></em><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"> na cidade de Sanford,
na Flórida. Ele disse que não somos pecadores porque pecamos, mas que pecamos
porque somos pecadores, pois herdamos de Adão uma condição corrupta de
pecaminosidade.</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">4</span></sup><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<strong><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; padding: 0cm;">Quais são as origens dessa doutrina?</span></strong><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Embora alguns autores deem a Agostinho o primado por esse
ensino,</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">5</span></sup><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"> </span></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif;">podemos verificar com destreza que tal doutrina remonta ao período
apostólico. Apesar de tal nomenclatura não ser encontrada na Bíblia, seu
conceito é integralmente exposto nela, conforme podemos verificar nos axiomas
infracitados:<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 9.75pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">I) A herança de Adão: “Portanto, assim como por um só homem
entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a
todos os homens, porquanto todos pecaram” (Rm 5.12).<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 9.75pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">II) A universalidade do pecado: “Porque todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23).<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 9.75pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">III) A solidariedade adâmica: “Porque, assim como por um
homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Pois
como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados” (1
Co 15.21,22).<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 9.75pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">IV) A depravação total: “…já demonstramos que, tanto judeus
como gregos, todos estão debaixo do pecado; como está escrito: Não há justo,
nem sequer um. Não há quem entenda; não há quem busque a Deus. Todos se
extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem
um só” (Rm 3.9-12).<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 9.75pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">V) A punição da humanidade: “Ele vos vivificou, estando vós
mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais outrora andastes, segundo o
curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que
agora opera nos filhos de desobediência, entre os quais todos nós também antes
andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos
pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais” (Ef
2.1-3).<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 9.75pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Além dos textos bíblicos supracitados, há inúmeras passagens
que atestam o estado totalmente depravado do homem, sua inabilidade natural e,
consequentemente, a natureza corrompida da humanidade, bem como a
universalidade do pecado: Gn 8.21; Sl 51.5; Is 64.6,7; Jr 17.9; Jo 1.13,29;
3.5,6; 5.42; 6.44; 7.17-24; 8.34; 15.4,5; 16.8,9; Rm7.18,23,24; 8.7,8; 1 Co
2.14; 2 Co 3.5; Gl 5.17; Ef 2.1-3; 4.18; 8-10; 2 Tm 3.2-4; Tg 1.15; Hb 3.12;
11.6; 1 Jo 1.7,8.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Ainda que tenhamos evidências escriturísticas a esse respeito,
encontramos pessoas que questionam tal ideia, afirmando que o homem peca apenas
quando tem entendimento do bem e do mal, isto é, quando alcança a idade da
razão.</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">6</span></sup><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"> </span></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Negar o pecado original significa dizer que o homem é bom em sua
essência e que nasce neutro, isto é, sem pecado. Tal busca pela
pedo-justificação acaba fazendo seus proponentes caírem numa antiga heresia,
condenada pelo cristianismo histórico: o pelagianismo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<strong><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; padding: 0cm;">Agostinho x Pelágio</span></strong><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Pelágiofoi um austero monge e popular professor em Roma. Sua
austeridade era puramente moralista, ao ponto de não conseguir conceber a ideia
de que o homem não podia deixar de pecar. Ele estava mais interessado na
conduta cristã e queria melhorar as condições morais de sua comunidade. Sua
ênfase particular recaía na pureza pessoal e na abstinência da corrupção e da
frivolidade do mundo, resvalando no ascetismo.</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">7</span></sup><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 9.75pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Ele negava a ênfase de Tertuliano ao pecado original, sob a
argumentação de que o pecado é meramente voluntário e individual, não podendo
ser transmitido ou herdado. Para ele, crer no pecado original era minar a
responsabilidade pessoal do homem. Ele não concebia a ideia de que o pecado de
Adão tivesse afetado as almas e nem os corpos de seus descendentes. Assim como
Adão, todo homem, segundo o pensamento pelagiano, é criador de seu próprio
caráter e determinador de seu próprio destino.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">No entendimento pelagiano, o homem não possui uma tendência
intrínseca para o mal e tampouco herda essa propensão de Adão, podendo, caso
queira, observar os mandamentos divinos sem pecar. Ele achava injusto da parte
de Deus que a humanidade herdasse a culpa de outrem e desta forma negava a
doutrina do pecado original.</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">8</span></sup><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"> </span></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Para Pelágio, portanto, o
homem pecava por socialização e não pela natureza corrompida.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Agostinho, por sua vez, rebateu as ideias de Pelágio e
defendia a doutrina do pecado original. Para o Bispo de Hipona, uma vez que o
homem havia cedido ao pecado, a natureza humana foi afetada obscuramente pelas
consequências do mesmo, tornando-se desordenada e propensa para o mal. Sendo
assim, sem “a ajuda de Deus é impossível, pelo livre-arbítrio, vencer as
tentações desta vida”. Essa ajuda divina para escolher o certo, ou retornar
para Deus, era Sua graça, a qual Agostinho define como “um poder interno e
secreto, maravilhoso e inefável” operado por Deus nos corações dos homens.</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">9</span></sup><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Após tal discussão, outro grupo quis equilibrar ambas as
posições e eles ficaram conhecidos como semi-pelagianos. Esta antiga heresia é
oriunda dos ensinos dos massilianos, liderados principalmente por João Cassiano
(433 d.C), o qual tentou construir um elo entre o Pelagianismo, que negava o
pecado original, e Agostinho, que defendia que todos os homens nascem
espiritualmente mortos e culpados do pecado de Adão.</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">10</span></sup><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Cassiano acreditava que as pessoas são capazes de se
voltarem para Deus mesmo à parte de qualquer infusão da graça sobrenatural e
que<span class="apple-converted-space"> </span><strong><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Calibri","sans-serif"; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-hansi-theme-font: minor-latin; padding: 0cm;">“restou poder suficiente na
vontade depravada para dar o primeiro passo em direção à salvação, mas não o
suficiente para completá-la”.</span></strong></span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">11</span></sup><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"> </span></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif;">As ideias semi-pelagianas
foram condenadas pelo Segundo Concílio de Orange no ano de 529.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<strong><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; padding: 0cm;">O que é depravação total?</span></strong><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Berkhof explica que “Em vista do seu caráter impregnante, a
corrupção herdada toma o nome de depravação total”.</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">12</span></sup><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"> </span></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Mas o que vem a significar
essa expressão? A palavra depravação, segundo qualquer dicionário de português,
significa, nada mais nada menos, do que corrupção ou perversão. Como estaria o
homem não regenerado submetido a um estado de corrupção integral?<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Ronald Hanko clareia o uso dessa expressão ao dizer que que
a palavra “depravação” associada ao uso de “total”, quer dizer três coisas: 1)
que todos os homens, exceto Jesus, são depravados e ímpios; 2) todos os atos,
pensamentos, vontades, desejos, escolhas e emoções de todos os homens são
completamente ímpios aos olhos de Deus e 3) que todos os homens são ímpios em
sua totalidade (atos, pensamentos, vontades, desejos, escolhas e emoções).</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">13</span></sup><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 9.75pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Quando algumas pessoas leem essa definição, não compreendem
como um homem que nunca matou, nunca roubou e que nunca fez nenhum mal aparente
ao próximo, poderia, mesmo sendo não regenerado, ser enquadrado nesse estado.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Berkhof elucida essa questão explicando que, muitas vezes a
expressão “depravação total” é mal compreendida, e, portanto, requer cuidadosa
discriminação. Dessa forma, ele mostra que tal ensino, em consonância com o
pecado original, não afirma:“que todo homem é tão completamente depravado como
poderia chegar a ser” (cfLc 11.11-13), “que o pecado não tem nenhum
conhecimento inato de Deus, nem tampouco tem uma consciência que discerne entre
o bem e o mal”, “que o homem pecador raramente admira o caráter e os atos
virtuosos dos outros, ou que é incapaz de afetos e atos desinteressados em suas
relações com os seus semelhantes” e nem “que todos os homens não regenerados,
em virtude da sua pecaminosidade inerente, se entregarão a todas as formas de
pecado”.</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">14</span></sup><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Em contrapartida, a “depravação total” indica que “a
corrupção inerente abrange todas as partes da natureza do homem, todas as
faculdades e poderes da alma e do corpo” e que “absolutamente não há no pecador
bem espiritual algum, isto é, bem com relação a Deus, mas somente perversão”.</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">15<o:p></o:p></span></sup></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<strong><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; padding: 0cm;">Crianças estão debaixo do pecado original?</span></strong><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 9.75pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Mas, e as crianças? Elas também se encontram neste estado de
“depravação total”? Será que elas herdam de Adão a concupiscência e estão
debaixo do pecado original? Por mais que seja difícil para a mente humana
aceitar esse fato diante de uma criatura aparentemente inocente, é o que a
Bíblia afirma. As Escrituras não fazem distinções etárias: “… todos pecaram”
(Rm 3.23).<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 9.75pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Uma criança já nasce com a inclinação para o pecado (Sl
51.5). Podemos testificar essa verdade empiricamente. Qual é o pai que ensina
seu filho de dois anos a mentir? Mesmo assim, quando tal criança apronta alguma
travessura, ela trata logo de mentir para se livrar da bronca. Quem ensina as
crianças a serem desobedientes, egoístas, briguentas, pirracentas e rebeldes?
Entretanto, naturalmente, essas mazelas aparecem livre e espontaneamente,
cabendo aos pais educar tais crianças. Essas atitudes caracterizam a inclinação
natural que o homem tem para o pecado.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Mas, e em relação à salvação das crianças?</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">16</span></sup><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"> </span></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Este seria tema para outro
artigo, porém, visto que o assunto puxa automaticamente esse questionamento,
vale a pena comentar, ainda que de forma não confessional e panorâmica, visto
não ser esse o objetivo do presente artigo, que existem várias posições a esse
respeito na teologia, dentre as quais podemos destacar a eleição incondicional
dentro do calvinismo;</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">17</span></sup><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"> </span></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif;">o pedobatismo no sistema sacramentalista; a fé preconsciente; a
presciência de Deus a respeito de como a criança teria vivido, dentro de alguns
círculos arminianos; a graça preveniente na crença armínio-wesleyana; e a
graciosidade específica para crianças e incapazes.</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">18<o:p></o:p></span></sup></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<strong><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; padding: 0cm;">Considerações finais</span></strong><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 9.75pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">A doutrina do pecado original é inquestionável. O homem
pende para o mal, inclina naturalmente para a carnalidade e suas decisões são
malévolas, embora não tão más quanto poderiam ser. Essa pecaminosidade deixou o
homem num estado de separação de Deus, totalmente depravado e morto em seus
delitos e pecados, o que torna-o por conseguinte, filho da ira. A Bíblia é
clara: “assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a
morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram”
(Rm 5.12).<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 9.75pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Entretanto, há uma boa notícia, pois “não é assim o dom
gratuito como a ofensa; porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito
mais a graça de Deus, e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, abundou
para com muitos (…) assim como o pecado veio a reinar na morte, assim também
veio a reinar a graça pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso
Senhor” (vv. 15,21). Por Adão veio a morte, mas por Cristo a ressurreição! Por
Adão entrou o pecado, mas por Cristo a vivificação! O primeiro Adão, alma
vivente. Mas o último… Espírito vivificante!<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: 1.0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; vertical-align: baseline;">
<strong><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; padding: 0cm;">Notas<o:p></o:p></span></strong></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; vertical-align: baseline;">
<strong><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 9pt; padding: 0cm;">_________________</span></strong><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; padding: 0cm;">* </span></sup><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">Artigo escrito para o Centro de <a href="https://www.blogger.com/null" name="_GoBack"><i>Ensino Teológico Saber e Fé</i></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; padding: 0cm;">1</span></sup><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">BERKHOF, Louis.<span class="apple-converted-space"> </span></span><em><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">Teologia Sistemática</span></em><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">. Cultura Cristã, 2012, p. 227.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; padding: 0cm;">2</span></sup><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">WILEY, Orton H.<span class="apple-converted-space"> </span></span><em><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">Introdução à teologia cristã</span></em><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">. Casa Nazarena de publicações, 2009, pp. 187,188.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; padding: 0cm;">3</span></sup><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;"> </span></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">MARINO, Bruce.<span class="apple-converted-space"> </span></span><em><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">Origem, natureza e consequências do pecado</span></em><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">. In: HORTON, Stanley (Org.).<span class="apple-converted-space"> </span></span><em><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal</span></em><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">. CPAD, 1996, pp. 269-271.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; padding: 0cm;">4</span></sup><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;"> </span></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">SPROUL, R. C.<span class="apple-converted-space"> </span></span><em><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">Boa Pergunta!</span></em><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;"> </span></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">Cultura Cristã, 1999, p.98.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; padding: 0cm;">5</span></sup><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;"> </span></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">Conferir a expressão<span class="apple-converted-space"> </span></span><em><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">Péchéoriginel</span></em><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;"> </span></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">na<span class="apple-converted-space"> </span></span><em><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">EncyclopædiaUniversalis.<o:p></o:p></span></em></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; padding: 0cm;">6</span></sup><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;"> </span></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">Conferir FISHER, Gary.<span class="apple-converted-space"> </span></span><a href="http://www.estudosdabiblia.net/bd26.htm" target="_blank" title="As crianças nascem no pecado?"><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #006ea4; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 9.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-hansi-theme-font: minor-latin; padding: 0cm;">As
Crianças nascem no pecado?</span></a><em><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;"> </span></em><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">Acesso
em 12 de Junho de 2014; Igreja Monte Sião.<span class="apple-converted-space"> </span></span><a href="http://www.montesiao.pro.br/estudos/crianca/naturezapecado_infantil.html" target="_blank" title="A natureza do pecado infantil e suas explicações"><em><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #006ea4; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 9.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast; mso-hansi-theme-font: minor-latin; padding: 0cm; text-decoration: none; text-underline: none;">A natureza do pecado infantil e suas explicações</span></em></a><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">. Acesso em 12 de Junho de 2014; RUFINO, Natan.<span class="apple-converted-space"> </span></span><em><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">Realidades da nova criação</span></em><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">. </span><span lang="EN-US" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">Apostila.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<sup><span lang="EN-US" style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; padding: 0cm;">7</span></sup><span class="apple-converted-space"><span lang="EN-US" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;"> </span></span><span lang="EN-US" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">MCGIFFERT, ArhurCushman.<span class="apple-converted-space"> </span></span><em><span lang="EN-US" style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">A Historyof Christian
Thought</span></em><span lang="EN-US" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">, Volume 2. Charles Scribner’s Sons, 1953, p. 125.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; padding: 0cm;">8</span></sup><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;"> </span></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">KELLY, J. N. D.<span class="apple-converted-space"> </span></span><em><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">Patrística: Origem e desenvolvimento das
doutrinas centrais da fé cristã</span></em><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">. Vida Nova, 1994, p. 270.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; padding: 0cm;">9</span></sup><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;"> </span></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">COUTO, Vinicius.<span class="apple-converted-space"> </span></span><a href="http://prviniciuscouto.blogspot.com.br/2013/12/livre-arbitrio-uma-introducao-ao.html" target="_blank" title="Livre-arbítrio: Uma introdução ao conceito histórico do arminianismo"><em><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #006ea4; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 9.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast; mso-hansi-theme-font: minor-latin; padding: 0cm; text-decoration: none; text-underline: none;">Livre-arbítrio: uma introdução ao conceito histórico do arminianismo</span></em></a><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">. Acesso em 12 de Junho de 2014.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; padding: 0cm;">10</span></sup><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;"> </span></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">KELLY, J. N. D.<span class="apple-converted-space"> </span></span><em><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">Op.</span></em><span class="apple-converted-space"><i><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;"> </span></i></span><em><span lang="EN-US" style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">Cit.</span></em><span lang="EN-US" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">, pp. 289-291.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<sup><span lang="EN-US" style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; padding: 0cm;">11</span></sup><span class="apple-converted-space"><span lang="EN-US" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;"> </span></span><span lang="EN-US" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">WILEY, H. Orton.<span class="apple-converted-space"> </span></span><em><span lang="EN-US" style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">Christian Theology</span></em><span lang="EN-US" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">. Beacon Hill Press, 1941. p.103.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<sup><span lang="EN-US" style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; padding: 0cm;">12</span></sup><span class="apple-converted-space"><span lang="EN-US" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;"> </span></span><span lang="EN-US" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">BERKHOF, Louis.<span class="apple-converted-space"> </span></span><em><span lang="EN-US" style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">Op. Cit.,</span></em><span class="apple-converted-space"><span lang="EN-US" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;"> </span></span><span lang="EN-US" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">p. 229.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<sup><span lang="EN-US" style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; padding: 0cm;">13</span></sup><span class="apple-converted-space"><span lang="EN-US" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;"> </span></span><span lang="EN-US" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">HANKO, Ronald.<span class="apple-converted-space"> </span></span><em><span lang="EN-US" style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">DoctrineAccordingtoGodliness.</span></em><span class="apple-converted-space"><span lang="EN-US" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;"> </span></span><span lang="EN-US" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">2004,
ReformedFreePublishingAssociation, pp. 113,114.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; padding: 0cm;">14</span></sup><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;"> </span></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">BERKHOF, Louis.<span class="apple-converted-space"> </span></span><em><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">Idem</span></em><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; padding: 0cm;">15</span></sup><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;"> </span></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">Vale a ressalva de que, tanto a teologia calvinista quanto a
teologia arminiana (clássica e wesleyana) acreditam na depravação total do
homem. As ideias de que o homem está doente espiritualmente e que ele foi
parcialmente afetado pelo pecado de Adão correspondem ao semi-pelagianismo,
heresia já comentada acima e que ganhou grande popularidade entre os
evangelicais através dos ensinos do avivalista Charles Finney. Atualmente
muitos cristãos que se intitulam arminianos defendem equivocadamente a ideia
semi-pelagiana da depravação parcial, confundindo esse ponto na teologia
arminiana. Para uma melhor compreensão da doutrina da depravação total,
conferir COUTO, Vinicius.<span class="apple-converted-space"> </span><em><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Calibri","sans-serif"; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-hansi-theme-font: minor-latin; padding: 0cm;">Depravação Total.</span></em><span class="apple-converted-space"><i><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"> </span></i></span></span><em><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">In: Couto, Vinicius. Introdução à Teologia
Armínio-Wesleyana. Reflexão, 2014, pp. 53-65</span></em><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; padding: 0cm;">16</span></sup><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;"> </span></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">As principais bases bíblicas para salvação das crianças são
2Sm 12.22,23; Mt 18.1-6 e 19.13-15.<br />
</span><sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; padding: 0cm;">17</span></sup><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;"> </span></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">Apesar da crença na eleição incondicional, alguns
calvinistas interpretam-na de forma diferenciada em relação à salvação infantil
e dos incapazes. A diferença não reside no fato da condicionalidade. Na visão
dos que aceitam a salvação de todos os infantes, toda criança que morre era, na
verdade, eleita. Nomes como John MacArthur, Charles Hodge, A. A. Hodge, J.
Oliver Buswell, Charles Spurgeon, B. B. Warfield, e LoraineBoettner creem/criam
que todos os que morrem na infância, bem como os mentalmente incapazes são
salvos. Conferir em SANTOS, João Alves dos.<span class="apple-converted-space"> </span></span><em><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">Os que morrem na infância: são todos salvos?
Uma avaliação teológico-confessional reformada</span></em><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">. Fides Reformata, 1999, 4/2; MACARTHUR, John.<span class="apple-converted-space"> </span></span><a href="http://www.monergismo.com/textos/sotereologia/salvacao--incapazes-bebes_john-macarthur.pdf" target="_blank" title="A salvação dos bebês e outros "incapazes""><em><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #006ea4; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 9.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast; mso-hansi-theme-font: minor-latin; padding: 0cm; text-decoration: none; text-underline: none;">A salvação dos bebês e outros “incapazes”</span></em></a><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">. Acesso em 12 de Junho de 2014; SPURGEON, Charles.<span class="apple-converted-space"> </span></span><em><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">InfantSalvation</span></em><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">. Sermão pregado na<span class="apple-converted-space"> </span></span><em><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">MetropolitanBaptistChurch</span></em><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;"> </span></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">em 29 de Setembro de 1861; LYONS, Gordon.<span class="apple-converted-space"> </span></span><a href="http://www.monergismo.com/textos/pecado_original/pecado-original_lyons.pdf" target="_blank" title="Pecado Original"><em><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #006ea4; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 9.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast; mso-hansi-theme-font: minor-latin; padding: 0cm; text-decoration: none; text-underline: none;">Pecado original</span></em></a><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">. Acesso em: 12 de Junho de 2014.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<sup><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; padding: 0cm;">18</span></sup><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;"> </span></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">MARINO, Bruce.<span class="apple-converted-space"> </span></span><em><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">Op. Cit.</span></em><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">, p. 271.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 9pt; padding: 0cm;"><br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></div>
Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-16216738097436663162016-01-04T22:30:00.003-02:002016-01-04T22:30:26.169-02:00Considerações bíblicas e exegéticas sobre o Livro da Vida<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Introdução<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Um dos
assuntos que fazem parte do rol de temas polêmicos do estudo das Escrituras
Sagradas é a respeito do que conhecemos como Livro da Vida. Existem pessoas que
não crêem na existência literal desse livro. Outros crêem que ele, de fato, é
real e que contém o nome das pessoas que serão salvas. Se esse livro existe,
quando foi escrito? Seria possível que ele ainda estivesse sendo escrito? Os
nomes inscritos nesse livro divino podem ser riscados ou eles possuem um
caráter inapagável? Essas dúvidas são corriqueiras em neófitos, mas também
deixam os mais eruditos estudiosos de cabelo em pé.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O objetivo
do presente artigo é apontar algumas considerações sobre o assunto, tendo como
ponto de partida o que a Bíblia fala a respeito. Na medida em que o assunto
avançar, serão realizadas algumas análises exegéticas do texto grego com a
finalidade de ampliar o entendimento acerca desse assunto tão importante.
Pretende-se com essas abordagens bíblicas e exegéticas, averiguar quando os
nomes foram escritos e pensar se tais nomes podem ou não ser riscados. Não
obstante, é preciso reconhecer que este é um dos temas da teologia que não
possui unanimidade e, portanto, não é objetivo deste ensaio chamar para si o
título de detentor da verdade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Referências bíblicas do Livro da Vida<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Antes de
mais nada, é mister reconhecer que a Bíblia referencia a existência de um livro
da vida. Em Filipenses 4.3 Paulo comenta que os cooperadores que lutaram ao seu
lado pela causa do Evangelho têm seus nomes escritos nesse livro. As demais
referências diretas do Novo Testamento estão concentradas no livro de
Apocalipse. No capítulo 3 e verso 15, Jesus diz que “O vencedor será igualmente
vestido de branco. Jamais apagarei o seu nome do livro da vida, mas o
reconhecerei diante do meu Pai e dos seus anjos.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Em
Apocalipse 13.8 é possível ler que esse livro é do Cordeiro de Deus e que
algumas pessoas não tiveram o nome escrito nele. Em 17.8 a idéia anterior de
pessoas que não tiveram o nome inscrito neste livro é corroborada e aqui o
texto sugere que tal livro foi escrito desde a fundação do mundo, assunto que
será melhor abordado em seção adiante. Em 20.12 João tem uma visão na qual uma
massa de pessoas, i. e, uma multidão de mortos (grandes e pequenos) se
colocavam diante do trono e vê dois tipos de livros: um que provavelmente alude
ao <i>modus vivendi</i> desses indivíduos
enquanto estavam vivos e outro que ele denomina como “livro da vida.” O momento
apocalíptico dessa visão se refere ao juízo final e, portanto, as pessoas cujos
nomes não são encontrados no livro da vida, são condenadas ao lago de fogo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">No capítulo
21 João tem a visão da Nova Jerusalém. Ele a descreve como sendo um local muito
belo, com muralhas e ornamentações de pedras preciosas, além de ruas de ouro.
Lá não há sofrimento, choro, lágrimas, tristeza, dor e nem mesmo a morte. Não é
preciso de sol, pois Cristo é a luz que ilumina. Todavia, João alerta seus
leitores no versículo 27: “Nela jamais entrará algo impuro, nem ninguém que
pratique o que é vergonhoso ou enganoso, mas unicamente aqueles cujos nomes
estão escritos no livro da vida do Cordeiro.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O Novo
Testamento ainda mostra mais duas passagens que podem ser relacionadas com o
citado livro da vida. A primeira passagem é Hebreus 12.22,23, onde o autor da
epístola alega que existe uma igreja dos primogênitos. Sua localização é
celestial e os detalhes desta localização corroboram com a visão que João teve
da Nova Jerusalém em Apocalipse 21. Os nomes dos membros dessa igreja celeste “estão
escritos nos céus” (Hb 12.23).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A segunda
passagem é um relato de Lucas a respeito de quando o Messias envia os
discípulos em dupla para um treinamento prático sobre proclamação do Evangelho.
Eles anunciaram as boas novas e voltaram maravilhados, pois coisas
extraordinárias aconteceram. “Os demônios se submetem a nós,” disseram eles
estupefatos com a autoridade que há no nome de Jesus. Mas, Jesus, ao
corrigir-lhes, declarou: “alegrem-se, não porque os espíritos se submetem a
vocês, mas porque seus nomes estão escritos nos céu” (Lc 10.20).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Referências
sobre tal livro não se limitam aos escritos neotestamentários. Após a morte de
aproximadamente três mil israelitas no acampamento ao pé do monte Horebe,
Moisés sobe novamente no monte a fim de interceder pelo pecado de idolatria do
povo, quando confeccionaram um bezerro de ouro e blasfemaram dizendo que fora
este objeto feito por mãos humanas quem os livrou do Egito. A intercessão de
Moisés foi: “...perdoa-lhes o pecado; se não, risca-me do teu livro que
escreveste.” Um pedido completamente ousado que trouxe uma resposta imediata do
Deus Todo-Poderoso: “Riscarei do meu livro todo aquele que pecar contra mim”
(Êx 32.32,33). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Num Salmo
de lamentação, Davi se rasga o coração diante de suas tribulações e
adversidades. Ele se sente atolado de problemas até o pescoço e alega estar
deixando a vida o levar, como alguém que é carregado pela correnteza. Quem
nunca se sentiu assim? Todavia, a partir do versículo 7 ele começa a revelar
uma das razões de sua profunda tristeza. Ele alega que suportava zombaria,
insultos, maledicências e o terrível fato de ter seu nome como objeto de
sarcasmo na boca dos bêbados da cidade. Isto posto, Davi clama pela justiça
divina, dizendo a respeito dos que o perseguiam: “Acrescenta-lhes pecado sobre
pecado; não os deixes alcançar a tua justiça. Sejam eles tirados do livro da
vida e não sejam incluídos no rol dos justo” (Sl 69.27,28).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Finalmente,
duas últimas passagens veterotestamentárias que podem fazer alguma alusão mais
indireta ao livro da vida são as visões que Daniel tem do juízo final e da
grande tribulação, respectivamente. No primeiro caso ele tem uma visão
semelhante à que João teve em Apocalipse 20.12 e vê tronos sendo postos num
lugar e um Ancião de vestes brancas como a neve e cabelos brancos como a lã.
Seu trono ardia em fogo e tinha a parte inferior incandescente, semelhantemente
aos pés como latão reluzente de Apocalipse. Daniel continua descrevendo essa
cena, dizendo que “saía um rio de fogo, de diante dele. Milhares de milhares o
serviam; milhões e milhões estavam diante dele. O tribunal iniciou o
julgamento, e os livros foram abertos” (Dn 7.10). No segundo caso, Daniel vê um
tempo de angústia como nunca houve na história humana e relata que neste tempo,
“ocasião o seu povo, todo aquele cujo nome está escrito no livro, será liberto”
(Dn 12.1).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Quando os nomes são escritos nesse livro?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Algumas
pessoas usam Apocalipse 13.8 para apontar quando o livro da vida foi escrito,
entretanto, o texto em questão aponta para outra coisa. Antes de analisar a
passagem, é melhor citá-la: “Todos os habitantes da terra adorarão a besta, a
saber, todos aqueles que não tiveram seus nomes escritos no livro da vida do
Cordeiro que foi morto desde a criação do mundo.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Como se
pode perceber, o apontamento temporal “desde a fundação do mundo” não está se
referindo, no contexto imediato desta passagem, ao livro da vida e sim a Jesus,
o cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Stern concorda com isso e
afirma que “Deus planejou a morte expiatória dele antes da criação do mundo.”<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/Livro%20da%20vida.docx#_edn1" name="_ednref1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> Não
que o livro aqui não tenha importância. Ele tem. João enfatiza que seu dono é o
Cordeiro! Outra informação importante é a ocorrência do verbo “Foi,” que no
grego é <i>esphagmenou</i> e está no tempo
aoristo, o que indica algo instantâneo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Sobre o
tempo aoristo na gramática grega, Wiley comenta que, no nosso idioma “não há
tempo semelhante na conjugação verbal,” pois trata-se de algo que é feito de
modo instantâneo e de uma vez por todas e não gradativamente.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/Livro%20da%20vida.docx#_edn2" name="_ednref2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> O
verbo no aoristo faz toda a diferença por dois motivos: 1) porque Jesus não foi
morto várias vezes! 2) porque o texto semelhante, localizado em Apocalipse
17.8, usa o verbo em outro tempo gramatical grego, que é o perfeito e isso no
contexto imediato aponta para outro lado, conforme será visto logo a seguir. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A fim de
analisar a passagem de Apocalipse 17.8, segue a citação da mesma: “A besta que você
viu, era e já não é. Ela está para subir do abismo e caminha para a perdição.
Os habitantes da terra, cujos nomes não foram escritos no livro da vida desde a
criação do mundo, ficarão admirados quando virem a besta, porque ela era, agora
não é, e entretanto virá.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A locução
prepositiva grega “<i>apo kataboles kosmou</i>”
significa “desde a fundação do mundo” e denota uma considerável diferença entre
“antes da fundação do mundo,” pois “desde” fala da inserção dos nomes a partir
da criação do mundo, i.e, desde Adão até os dias presentes, significando que
Deus está agindo no <i>chronos</i>,
inserindo os nomes no livro da vida a partir da conversão das pessoas. Em
outras palavras, isso sugere que, quando a pessoa responde positivamente à
graça preveniente, Deus opera neste indivíduo – que outrora estava morto em
seus delitos e pecados – a salvação, regenerando o tal. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Ademais, o
texto diz que “os nomes não estão escritos.” Esse “estão escritos” está
conjugado no tempo perfeito do grego e a palavra ali é <i>gegraptai</i>. O tempo perfeito é usado numa ação que foi completada no
passado e que está ocorrendo no presente. Esse tempo não tem correlato em
português. É como se os nomes fossem conhecidos no <i>kairós</i> (haja vista os atributos naturais e incomunicáveis de Deus,
a saber: onisciência e presciência), mas estivessem sendo escritos no <i>chronos</i>. É algo que versa sobre o
contraste entre o tempo cósmico e o humano; o sobrenatural e o natural; o
metafísico e o físico; o objetivo e o subjetivo; o atemporal e o temporal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> “O perfeito grego [é] um tempo gramatical
aberto à evocação simbólica do além tempo.” Trata-se de “um recurso bastante
singular” e peculiar do idioma grego. Esse recurso, o tempo perfeito, “exprime a
idéia de uma ação começada no passado, mas que continua.”<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/Livro%20da%20vida.docx#_edn3" name="_ednref3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Corrobora com isso Bréal ao comentar que “o perfeito grego conservou sempre na
sua significação qualquer coisa que faz dele um intermediário entre o passado e
o presente,” sendo usado “para designar <i>uma
ação passada cujo resultado dura ainda</i>.”<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/Livro%20da%20vida.docx#_edn4" name="_ednref4" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Um exemplo
disso é a tradução do Salmo 2.7 na versão dos setenta (LXX – a septuaginta): “<i>hyios mou eis y, eg</i></span><i><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">ō</span></i><i><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> sèmeron gegennèka se</span></i><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">” ([tu és]
meu filho; eu hoje te gerei). O autor da carta aos hebreus interpreta esse
verso aplicando-o a Cristo por duas vezes (Hb 1.5; 5.5). O verbo <i>gegennèka</i> (gerei) está no perfeito
grego. A aplicação do Salmo 2.7 no Novo Testamento tem a ver com a ressurreição
de Cristo (cf. Atos 13.33). Na perspectiva do salmista, o Messias já havia sido
gerado (ressuscitado), mas ao mesmo tempo ainda não, pois seria um anacronismo,
afinal, o Verbo só encarnou séculos depois. Por isso, o fato estava consumado
na eternidade (<i>kairós</i>), porém, teria
uma ação efetiva e consolidada no decorrer do tempo humano (<i>chronos</i>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Outro texto
que cabe aqui a análise exegética é Hebreus 12.22-24, que de acordo com a NVI
diz assim: “Mas vocês chegaram ao monte Sião, à Jerusalém celestial, à cidade
do Deus vivo. Chegaram aos milhares de milhares de anjos em alegre reunião, à
igreja dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus. Vocês chegaram a
Deus, juiz de todos os homens, aos espíritos dos justos aperfeiçoados”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O verbo
“chegaram,” logo no início do verso 22 é </span><a href="http://biblehub.com/greek/prosele_luthate_4334.htm" title="proselēlythate: ye have come to"><i><span style="color: windowtext; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt; text-decoration: none; text-underline: none;">proselēlythate</span></i></a><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> em grego.
Ele está no tempo perfeito e tem o sentido de algo que já acontecera, mas que
permanece ocorrendo. Deste modo, poderíamos dizer que o autor da epístola diz
aos hebreus crentes que eles já haviam chegado ao monte Sião, mas que continuam
a se aproximar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">No trecho
“cujos nomes estão escritos nos céus,” do verso 23, o verbo “estão” é </span><a href="http://biblehub.com/greek/apogegrammeno_n_583.htm" title="apogegrammenōn: registered"><i><span style="color: windowtext; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt; text-decoration: none; text-underline: none;">apogegrammenōn</span></i></a><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> no grego e
também está conjugado no tempo perfeito, dando o sentido de que os nomes estão
escritos desde uma era passada, mas permanecem sendo escritos numa relação
além-tempo e além-espaço, rompendo assim, com o presente mensurável e quantificável,
ligando-o, ao mesmo tempo com o presente atemporal e metafísico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Gogues e
Talbot traduzem o versículo da seguinte maneira: “Mas vos começastes [e
continuais] a vos aproximar do Monte Sião e da Cidade do Deus vivo, a Jerusalém
Celeste, de milhões de anjos – reunião festiva e Igreja dos primogênitos [tendo
começado e continuado a estar] inscritos nos céus – e de Deus, o juiz de todos
e dos espíritos dos justos [tendo começado e continuado a se] tornar perfeitos.”<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/Livro%20da%20vida.docx#_edn5" name="_ednref5" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Um último
exemplo do tempo perfeito grego pode ser dado através do relato lucano acerca
de coisas ocorridas naqueles dias do ministério de Jesus. Em seu prólogo, Lucas
declara que “Muitos já se dedicaram a elaborar um relato dos fatos que se
cumpriram entre nós” (Lc 1.1). O verbo “cumpriram” ali é </span><a href="http://biblehub.com/greek/peple_rophore_meno_n_4135.htm" title="peplērophorēmenōn: having been fully carried out"><i><span style="color: windowtext; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt; text-decoration: none; text-underline: none;">peplērophorēmenōn</span></i></a><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">. Lucas
mostra que Jesus havia realizado muita coisa naquela região que se dedicou a
pesquisar e os atos de Cristo deixaram uma marca muito forte. As pessoas
entrevistadas por Lucas podiam sentir o efeito das palavras e dos milagres de
Jesus anos depois. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Não é assim
também entre nós? Quando tivemos o privilégio de conhecer a Cristo
verdadeiramente e entregamos nossas vidas a Ele, algo maravilhoso ocorreu: Ele
nos regenerou e ao mesmo tempo nos justificou e adotou. Todavia, essa
experiência com Cristo não foi tão somente posicional. Ela também tem seu
caráter gradativo. Simultaneamente com a regeneração, justificação e adoção,
fomos santificados. A experiência da santificação permanece em nós e só será
consumada, definitivamente, com a glorificação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Os nomes podem ser riscados?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A Escritura
aponta para a possibilidade dos nomes serem riscados. O primeiro exemplo a ser
tomado é Apocalipse 3.5: “O vencedor será igualmente vestido de branco. Jamais
apagarei o seu nome do livro da vida, mas o reconhecerei diante do meu Pai e
dos seus anjos.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Como se
pode perceber, a promessa de não ter o nome riscado é para os que vencerem, i.
e., aqueles que perseverarem até o fim e que não se apostatarão. Parafraseando,
é como se Jesus estivesse dizendo “não apagarei o nome daqueles que vencerem,
daqueles que perseverarem até o fim.” Em contrapartida, é óbvia a dedução de
que se existem pessoas que perseverarão e vencerão, haverá pessoas que se
apostatarão e serão derrotadas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O verbo
“riscar” é <i>exaleipso</i> e está conjugado
no tempo futuro. Algo que ainda será feito. Nomes ainda serão riscados por
Jesus enquanto outros não serão riscados e, por conseguinte, permanecerão
escritos no livro da vida. O verbo “riscar” usado no texto de Apocalipse 3
significa, em grego, aniquilar, apagar, cancelar. Tem a ver com passar tinta ou
cal a fim de apagar algo, ou com esfregar uma escrita e imprimir um selo em
alguma tabuleta de cera. Essa palavra era usada para se referir ao cancelamento
de obrigações e direitos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Um modo
interessante de mostrar essa verdade é analisando o que Paulo disse em 2
Timóteo 4.7: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé.” A NVI
já traduz a palavra grega <i>dromon</i> como
“corrida,” mas a maioria das outras versões em português traduzem como
carreira. Essa ilustração de Paulo é interessante porque a vida cristã é
exatamente como uma corrida. Existe o ponto de partida (conversão), o trajeto
(vida cristã e santificação) e a chegada (glorificação). Alguns vão começar
essa corrida e não a terminarão, ficarão no meio do caminho e tristemente terão
seus nomes riscados do livro da vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Outro texto
prova da possibilidade de ter o nome riscado é a oração intrépida de Moisés. Conforme
já foi apontado mais no início do ensaio, Moisés subiu mais uma vez no monte a
fim de interceder pelo pecado de idolatria do povo israelita, pois eles
confeccionaram um bezerro de ouro e blasfemaram dizendo que fora este objeto
feito por mãos humanas quem os livrou do Egito. A intercessão de Moisés foi:
“...perdoa-lhes o pecado; se não, <i>risca-me
</i>do teu livro que escreveste.” E a resposta de Deus, em seguida, foi: “<i>Riscarei</i> do meu livro todo aquele que
pecar contra mim” (Êx 32.32,33 – grifos meus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Moisés não
faria uma oração dessas se ele não acreditasse na possibilidade de um nome ser
riscado do livro da vida. Outrossim, Deus não responderia essa oração afirmando
que risca somente os nomes daqueles que pecam contra ele, ou seja, daqueles que
vivem na prática contínua e habitual do pecado. Kistemaker alega que no Antigo
Testamento, a expressão “ser apagado do livro” significava “morrer.”<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/Livro%20da%20vida.docx#_edn6" name="_ednref6" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Nessa concepção, Moisés teria dito a Deus, “perdoa o povo ou me mate.” Todavia,
Stern, que é um judeu messiânico, confirma que a crença judaica no episódio de
Moisés tinha a ver com a eternidade e não com a morte terrena e atesta, ainda,
que os judeus acreditam que “é possível sair da graça e ter o destino eterno
mudado de salvação para condenação.”<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/Livro%20da%20vida.docx#_edn7" name="_ednref7" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Concluindo
essa seção, é interessante abordar mais uma vez o relato de Lucas a respeito de
quando o Messias enviou os discípulos de dois em dois em Seu treinamento
prático sobre proclamação do Evangelho. Esses discípulos anunciaram as boas
novas e voltaram maravilhados, pois coisas extraordinárias aconteceram. “Os
demônios se submetem a nós,” disseram eles estupefatos com a autoridade que há
no nome de Jesus. Mas, Jesus, ao corrigir-lhes, declarou: “alegrem-se, não
porque os espíritos se submetem a vocês, mas porque seus nomes estão escritos
nos céu” (Lc 10.20).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Seria
possível um discípulo se desviar?</span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"> </span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">S</span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">egundo
o dicionário VINE, discípulo</span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> </span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">é
um aprendiz, alguém que aprende com esforço, </span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">um </span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">seguidor, alguém que permanece nos
ensinos de seu mestre e finalmente, imitador.</span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Jesus disse aos judeus que
creram em sua mensagem: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra,
verdadeiramente serão meus discípulos” (João 8.31). Observe que nesse texto há
uma condição: “se.” Somente aquele que permanece se torna um legítimo
discípulo. Em contrapartida, Jesus deixa claro com essas palavras que é
possível não permanecer, i. e., deixar de perseverar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Existem
inúmeras exortações para que os crentes permaneçam e perseverem na presença do
Altíssimo, bem como avisos sobre o perigo e possibilidade de apostasia (Mt
10.22; 24.12,13; 1 Co 10.12; Gl 5.4; 2 Ts 2.15; 1 Tm 4.1; 2 Tm 3.14; Hb 8.9; 10.39;
Tg 5.19,20; 1 Pe 1.5; 2 Pe 2.20-22; 1 Jo 2.24; Ap 2.11). Seria estranho que Deus
colocasse advertências contra a apostasia se isso não fosse possível acontecer.
Deste modo, um discípulo que teve o nome escrito no livro da vida, ao se
apostatar da fé, terá seu nome riscado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Pedro
comenta de obreiros que abandonaram o caminho reto, desviando-se dele (2 Pe
2.15). Ninguém abandona algo que não experimentou e vivenciou. E ninguém se
desvia de um caminho que não estava seguindo. O Apóstolo comenta, ainda, que
esses obreiros apóstatas chegaram a escapar das contaminações do mundo por meio
do conhecimento de Jesus, mas permitiram ser dominados de novo por essa vida
deliberadamente pecaminosa e estão piores do que estavam antes de se
converterem (v. 20). Ora, somente alguém que foi regenerado é que se torna
descontaminado (purificado ou santificado) do pecado. De acordo com a crítica
de Pedro, o que provocou essa descontaminação (libertação) do pecado é foi
conhecimento de Jesus, e João testifica isso em seu Evangelho (Jo 8.32).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Paulo
atesta essa verdade (de que o regenerado escapa das contaminações do mundo) ao
mostrar que quem nasce de novo é lavado, santificado e justificado (1 Co 6.11)
e que Cristo “nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”
(Tt 3.5). Jesus purifica sua igreja pelo lavar de água mediante a Palavra (Ef
5.26) e “se entregou por nós a fim de nos remir de toda a maldade e purificar
para si mesmo um povo particularmente seu, dedicado à prática de boas obras”
(Tt 2.14). A Bíblia declara que o sangue de Cristo purifica nossa consciência
de atos que levam à morte (Hb 9.14).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Deste modo,
Pedro conclui: “Teria sido melhor que não tivessem conhecido o caminho da
justiça, do que, depois de o terem conhecido, voltarem as costas para o santo
mandamento que lhes foi transmitido” (2 Pe 2.21). Tais apóstatas, na opinião
petrina, são como “o cão [que] voltou ao seu vômito” e como “a porca lavada
[que] voltou a revolver-se na lama” (v. 22).
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Considerações finais<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Após
refletir sobre o assunto, pode-se enumerar três informações coletadas a partir
da Bíblia em relação aos nomes do livro da vida:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">1) Alguns
não tiveram o nome escrito; <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">2) Alguns
tiveram o nome escrito; <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">3) Alguns
dos que tiveram o nome escrito poderão tê-lo riscado, caso não perseverem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Partindo
desses três pontos e de tudo o que foi considerado bíblica e exegeticamente
neste ensaio, é possível fazer uma analogia: é como se Deus tivesse uma espécie
de “cartório.” Quem nasce de novo tem seu nome registrado no livro da vida.
Quem continua morto (ou seja, que não se converte) nunca terá esse nome
escrito. Mas se esse que nasceu de novo se apostatar terá o nome apagado do
cartório de registros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Referências<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportEndnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="edn1">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/Livro%20da%20vida.docx#_ednref1" name="_edn1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 11.0pt;"> STERN, David. <i>Comentário
Judaico do Novo Testamento</i>. Belo Horizonte: Atos, 2007, p. 900<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn2">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/Livro%20da%20vida.docx#_ednref2" name="_edn2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 11.0pt;"> WILEY, Orton. Introdução à Teologia Cristã. Campinas:
CNP, 1990, pp. 353.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn3">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/Livro%20da%20vida.docx#_ednref3" name="_edn3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>
GOUGUES, Michel; TALBOT, Michel. <i>Naquele
tempo.... Concepções e práticas daquele tempo</i>. São Paulo: Loyola, 2004, p.
34.</div>
</div>
<div id="edn4">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/Livro%20da%20vida.docx#_ednref4" name="_edn4" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 11.0pt;"> BRÉAL, Michel. <i>Essai
de Sémantique</i>. Paris: Hachete, 1924, p. 349.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn5">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/Livro%20da%20vida.docx#_ednref5" name="_edn5" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> GOGUES; TALBOT.
Op. Cit., p. 36.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn6">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/Livro%20da%20vida.docx#_ednref6" name="_edn6" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 11.0pt;"> KISTEMAKER, Simon. <i>Comentário do Novo Testamento: Apocalipse</i>. São Paulo: Cultura
Cristã, 2004, p. 206. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn7">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/Livro%20da%20vida.docx#_ednref7" name="_edn7" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> STERN, David. <i>Op. Cit.</i>, p. 921.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-35117507444071555712016-01-04T22:29:00.000-02:002016-01-04T22:29:11.237-02:00Teologia liberal: cachorro morto ou leão adormecido?<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Há alguns
meses, enquanto entregava alguns convites para que certos pastores da cidade em
que resido participassem de um seminário de teologia, um deles disse de forma
sarcástica o seguinte: “Precisamos realmente de um curso de teologia por aqui,
pois o liberalismo teológico é uma grande ameaça nos nossos dias”. Acenei a
cabeça com um gesto positivo, mas devo admitir que pensávamos em liberalismos
diferentes. Enquanto aquele jovem pastor se referia a costumes e trajes de
vestimentas, eu refletia sobre a teologia liberal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Muitos
pensam que tal teologia não fornece nenhum perigo nos dias de hoje e adotam um
comportamento ufanista em relação a ela. Outros, mais desavisados, agem
indiferentes a seus meandros corrompidos, não dando a mínima para suas
confusões. E há aqueles que sabem de seus problemas e que não desejam ficar de
braços cruzados vendo o circo pegando fogo; Querem fazer algo para minimizar os
estragos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Mas,
afinal, depois de sabermos da existência dessa malévola corrente teológica, vêm
à mente algumas perguntas: o que é essa teologia? De onde vem? O que ensina?
Quais são seus riscos e perigos? Como devemos agir? Pretendemos, nesse artigo,
comentar de forma panorâmica, embora não superficial, sobre os desvios dessa
pseudo-teologia, respondendo às perguntas enumeradas na problematização e
viabilizando contramedidas práticas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">De onde vem a teologia liberal?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Alguns
estudiosos pontuam o início da teologia liberal no final do século XVIII, quando
o alemão Friedrich Scheleiermarcher passou a negar a autoridade, bem como a
historicidade dos milagres de Jesus. Além de questionar tais aspectos, passou a
defender uma posição soteriológica um tanto distante da ortodoxia cristã:
bastava a pessoa “sentir” comunhão com Deus e estaria salva, mesmo não crendo
nos Evangelhos. Doravante, Cristo era, oficialmente, um mero exemplo de ser
humano para os discípulos e simpatizantes da veia liberal e não mais o Redentor
da humanidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">É verdade
que tal pensamento inauguraria o que se conhece atualmente por “teologia
liberal”, mas não é exatamente no final do século XVIII que ela se origina.
Podemos retornar quase dois séculos à Europa racionalista, representada
principalmente pela pessoa de René Descartes. É nessa fase que o liberalismo
teria seu <i>start up</i>. O racionalismo
dava ênfase principalmente a dois pontos: 1) liberdade e dignidade, e 2)
investigação científica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A obra de
Emanuel Kant, <i>Crítica da Razão Pura</i>,
apresentou argumentos com a finalidade de desconstruir bases racionais de
doutrinas centrais do cristianismo. Ele chegou a convencer muita gente de que
os argumentos ontológico, cosmológico e teleológico em favor da existência de
Deus não eram válidos. Tais idéias levaram muitos teólogos a repensar suas idéias.
Schleiermacher foi um desses teólogos que “rejeitaram a teologia natural
especulativa, procurando alicerçar as crenças cristãs sobre a consciência
universal e subjetiva que o homem tem de Deus.”<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_edn1" name="_ednref1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Além de
Descartes, podemos citar como integrantes do estágio inicial do liberalismo,
homens como Baruch Spinoza (judeu holandês), Gottfried Wilhelm Leibniz e
Gotthold Ephraim Lessing (alemães), John Locke (inglês), os escritores e
filósofos ingleses conhecidos como Platonistas de Cambridge e também os deístas.
Alguns anos mais a frente, numa etapa que a sociologia denomina como
modernismo, é que surgem os primeiros liberais, representados pelo já citado
Schleiermacher, Albret Ritschl, H.E.G. Paulus, D.F. Strauss, Adolf Von Harnack
e Ernst Troeschl.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O Rev.
Augustus Nicodemus explica um pouco sobre a origem do liberalismo:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
Após a Reforma,
durante os séculos dezessete e dezoito, a Igreja protestante foi largamente
influenciada por idéias originadas do Iluminismo. O racionalismo desejava
submeter todas as coisas ao crivo da análise racional. Lentamente a razão
humana começou a triunfar sobre a fé. O filósofo L. Feuerbach tentou
transformar a teologia em antropologia, dizendo que tudo que se diz sobre Deus,
na verdade, é dito sobre o homem. Ele influenciou grandemente K.
Marx, S. Freud, R. Bultmann e F. Schleiermacher. Esse
último desvinculou a fé cristã da história e da teologia, reduzindo a
experiência religiosa ao sentimento de dependência de Deus. Somente depois
ficaria evidente que era impossível construir uma teologia em cima de um
terreno tão subjetivo, mas na época, e por mais de um século, Schleiermacher
foi seguido por muitos e sua influência continua até hoje.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_edn2" name="_ednref2" title=""><sup><!--[if !supportFootnotes]--><sup><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></sup><!--[endif]--></sup></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Além desses personagens, um evento histórico
mudou a cosmovisão desses homens que “pensavam fora da caixa.” Trata-se da Alta
Crítica, um método que parte do pressuposto de que a Bíblia não é inerrante, <span style="background: rgb(254, 253, 250);">negando a inspiração divina de seus
livros e tratando-a como meros registros humanos falíveis e contraditórios da
fé de Israel e dos primeiros cristãos. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="background: rgb(254, 253, 250); font-size: 12pt; line-height: 115%;">A Alta Crítica,
também chamada hoje de Crítica Textual, passou a defender que a Bíblia contém
erros e que foi escrita muito tempo depois de sua composição, alegando que
havia acréscimos e interpolações posteriores. Embora ouvimos que isso não
diminui a autoridade das Escrituras, tal afirmação é completamente
inconsistente, pois tais erros e modificações deixariam a Bíblia sem nenhuma
confiabilidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Crer numa Bíblia errante desestabiliza e
ridiculariza a fé cristã, pois rebaixa a Bíblia a um livro comum, comparável
aos demais escritos religiosos, bem como anula ou reduz a doutrina da
inspiração, além de jogar por terra sua confiabilidade. Que garantia teríamos
de que Jesus viveu sem pecado? Ou que Ele ressuscitou? Que Ele é o único
caminho? Qual é o sentido de viver em santidade? Por isso, concordo com Horton quando
comenta que, “abrir mão da doutrina da inerrância é o primeiro passo para se
abrir mão da autoridade da Bíblia.”<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_edn3" name="_ednref3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">O teólogo liberal alemão J. Solomon Semler,
seguindo a idéia não inerrantista da Bíblia, propôs uma distinção entre Palavra
de Deus e Escrituras. É daí que </span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">surgiu a famosa frase: “A Bíblia
não é a Palavra de Deus, mas contém a Palavra de Deus”. Tal frase mais uma vez
nega a autoridade das Escrituras, bem como a inspiração e a inerrância e cria
um problema ainda maior do que os liberais criaram, pois se a Bíblia é parcialmente
inspirada, como definir qual parte é e qual não é? Qual é o critério ou </span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">parâmetro para tal definição?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Quem teria autoridade para determinar o que é
inspirado e o que não é? Isso incorre num relativismo perigoso e descompensado.
O que é pecado na Bíblia, pode não mais ser pecado numa interpretação liberal. Na
ânsia de separar o que seria inspirado do que não seria, os liberais adotam o
método histórico-crítico,<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_edn4" name="_ednref4" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>
como se estivessem fazendo uma exegese “científica,” a fim de descobrir a
Palavra de Deus dentro do cânon da Bíblia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O que é e quais são suas principais ameaças?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O termo
“liberal” aparece em outros ramos além da teologia, a saber, na política e na
sociologia. De uma forma simplista, a expressão “liberal” reivindica para si a
ideia de que alguém tem a mente mais aberta para algo do que a maioria possui;
Outros entendem que ser “liberal” é ser liberto da coerção e de controles
externos de determinada cosmologia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Mas, para
fins teológicos, a definição mais precisa de liberalismo, é: um sistema que tem
“comprometimento com uma série de proposições religiosas que deram origem, na
realidade, a uma nova religião, que reteve traços da terminologia ortodoxa
tradicional, mas que redefiniu radicalmente esses termos, dando a eles um
significado especial”.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_edn5" name="_ednref5" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A
redefinição desses termos pode ser verificada na visão que eles têm da Bíblia.
Esta deixa de ser uma Obra inspirada pelo próprio Deus (isenta de erros) e
passa a ser considerado um mero documento humano, à semelhança de outros livros
antigos, tais como os Vedas, o Alcorão e o Mahabharata. Além de rebaixar a
autoridade das Escrituras e isolar um dos princípios da Reforma, o <i>sola scriptura</i>, a teologia liberal nega
abertamente os milagres narrados na Bíblia, bem como o nascimento virginal de
Cristo e sua ressurreição. O pecado se torna algo socialista e deve ser vencido
pela boa vontade e/ou pela pré-disposição do homem em fazer o bem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A negação
ou deturpação de tais doutrinas, essenciais do cristianismo, diga-se de
passagem, são as maiores ameaças para o cristianismo atual. Muitos seminários e
faculdades estão simplesmente ignorando a posição teológica de alguns
professores e contratando liberais para lecionarem em suas instituições. Além
de a teologia abordada nessas instituições não ser bíblica, elas não estão
preocupadas em preparar os vocacionados, atuam com relativização do pecado e
das doutrinas rudimentares da fé cristã, reconhecem todas as religiões como
válidas e propagam pensamentos liberais e neo-ortodoxos. Tais conceitos também
são vistos nas classes dos cursos de Ciências da religião.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Outro ponto
problemático da teologia liberal é a visão pragmática acerca da missão da
Igreja, reinterpretando-a como engajamento social a despeito da proclamação do
Evangelho para a salvação de almas. A ideia é transferir a práxis missionária
para obras de caridade e de responsabilidade social. Troca-se salvação por
compaixão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Nicodemus
enumera algumas das principais idéias do liberalismo:<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_edn6" name="_ednref6" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left: 78.55pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">1.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O
sobrenatural não invade a história. Milagres não acontecem como fatos no tempo
e no espaço, mas são explicações ou projeções das pessoas na tentativa de
descrever suas experiências ou entender Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 78.55pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A história
se desenrola numa relação natural de causas e efeitos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 78.55pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">3.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Milagres
como o nascimento virginal de Cristo, os milagres que o próprio Cristo
realizou, sua ressurreição física dentre os mortos, os milagres do Antigo e
Novo Testamentos nunca aconteceram na história. No máximo,
na heilsgeschichte(história santa, ou história salvífica), diferente do
mundo da história bruta, real, factível.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 78.55pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">4.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Temas como
criação, Adão, queda, milagres, ressurreição, entre outros, pertencem à
história salvífica e não à história real e bruta. Adão e Eva não foram pessoas
reais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 78.55pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">5.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Não
interessa o que realmente aconteceu no túmulo de Jesus no primeiro dia da
semana, mas, sim, a declaração dos discípulos de Jesus que diz que Jesus ressuscitou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 78.55pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">6.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Os relatos
bíblicos dos milagres são invenções piedosas do povo judeu e dos primeiros
cristãos, mitos e lendas oriundos de uma época pré-científica, quando ainda não
havia explicação racional e lógica para o sobrenatural.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 78.55pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">7.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A Escritura
contém erros e contradições, lado a lado com aquelas palavras que provêm de
Deus. Nossa tarefa é tentar separar as duas coisas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 78.55pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">8.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Interpretar
a Bíblia historicamente significa reconhecer que ela contém contradições.
Qualquer abordagem hermenêutica deixa de ser histórica se não aceitar essas
contradições.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 78.55pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">9.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A Igreja
Cristã se perdeu na interpretação da Bíblia através dos séculos e somente com o
advento do Iluminismo, do racionalismo e das filosofias resultantes é que se
começou a analisar criticamente a Bíblia e a teologia cristã, expurgando-as dos
alegados mitos, fábulas, lendas, acréscimos, como, por exemplo, os mitos da
criação e do dilúvio e de personagens inventados como Adão e Moisés, etc.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-left: 78.55pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">10.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O
sentimento religioso é algo universal, isto é, cada ser humano é capaz de experimentá-lo.
É esse sentimento que dá validade às experiências religiosas e que torna o
ecumenismo possível<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Como lutar contra ela?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Como se
pode perceber, a indiferença para com o liberalismo teológico pode ser perigosa
e já estamos vendo resultados pelo mundo a fora. Muitas denominações históricas
já entraram no processo de aceitar a união de pessoas do mesmo sexo, além de
estarem ordenando homossexuais e transexuais para o ministério. O ideário da
teologia liberal afeta diretamente o futuro de nossas igrejas. Sendo assim,
como podemos lutar contra ela?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">1) Preterindo,
evitando e se possível não aderindo a escolas que professem ou sejam
indiferentes com a propagação da teologia liberal: Infelizmente, a maioria dos
cursos de graduação em teologia reconhecidos pelo MEC são ministrados com
conteúdos e alguns professores liberais. Temo que nas próximas décadas, o
Brasil seja invadido por conceitos heterodoxos do liberalismo como numa
avalanche. A razão para esse temor é a extinção das integralizações de crédito.
Isso forçará os estudantes de teologia que desejam ter o reconhecimento do
curso pelo Ministério da Educação a ingressarem nessas instituições que apóiam
de modo direto ou indireto o liberalismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Tenho
certeza de que você, amigo leitor, jamais iria querer almoçar num restaurante
em que soubesse que a comida ali é preparada com alimentos estragados. Tal
comida, além de ter um gosto horrível, certamente não faria bem para seu
estômago e, por conseguinte, à sua saúde. Lembro-me de uma moça que congregava
comigo em certa comunidade e que foi trabalhar como cozinheira numa lanchonete.
Ele contou que quando os clientes deixavam algum bolinho ou porção sobrando na
mesa, os garçons eram orientados a recolher a sobra e guardar no forno. Quando
um novo cliente fizesse o mesmo pedido, então eles deveriam requentar aquelas
porções e enviar para os clientes. Bem, nunca tive coragem de ir comer naquele
lugar depois que ela me contou aquilo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">2)
Preparando-se de forma notória para com o conhecimento correto das doutrinas centrais
da fé cristã e resgatando o fundamentalismo teológico: heterodoxia não se
mistura com ortodoxia. São como água e óleo. Por isso, aquele que visa conhecer
as doutrinas centrais da fé cristã de forma bíblica, preocupado com a sanidade
doutrinária e em consonância com a ortodoxia, estará bem equipado com o
Evangelho puro e simples. A maioria das heresias são facilmente derrubadas pelo
correto entendimento da teologia sistemática. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A expressão “fundamentalismo,” na
atualidade, ganhou uma conotação um tanto quanto pejorativa, vindo a significar
algo como uma fidelidade absoluta à interpretação literalista da Bíblia e/ou
uma atitude de rigidez e intransigência sobre princípios e regras. Na visão
popular é como se fosse alguém “fechado” e que não dialoga com outras ideias,
mas que só pensa de forma unívoca. Pode significar, ainda, qualquer tipo de
conservadorismo. Nesse sentido, alguém que é contra o casamento entre pessoas
do mesmo sexo, pode ser taxado de fundamentalista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Dreher até comenta que há um conceito
realmente inflacionado.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_edn7" name="_ednref7" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Mas, apesar da conotação moderna de “fundamentalismo”, seu surgimento original
não tem a ver com isso e sim com uma reação ocorrida no início do século
passado para com os conceitos abertos e heterodoxos da teologia liberal. Por
isso, se alguém taxar você de “fundamentalista” não se chateie, pois como Dreher
colocou: “sempre os outros que são fundamentalistas” e o que esses grupos
esquecem é que eles também adotam um certo “fundamentalismo”, quando pensam que
os “fechados” deveriam ser “abertos” como eles.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Entretanto, o fundamentalismo que
defendemos ser resgatado, não é o que ganhou conceito contemporâneo, de pessoas
que parecem colocar uma “viseira” de cavalo e não enxergam mais nada na sua
frente. O fundamentalismo ao qual nos referimos é aquele teológico, que procura
manter os rudimentos da ortodoxia cristã. Aquele que nasceu do “movimento
apologético de defesa da fé, porque entendia que a tarefa da Igreja cristã era
defender a fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.” Nicodemus explica
que, “Nesse aspecto, é positiva a disposição de se lutar em favor da fé
bíblica, identificando inimigos potenciais do cristianismo, como o liberalismo
teológico, o humanismo, o evolucionismo e o “evangelicalismo”, que tem,
gradualmente, abandonado a doutrina da infalibilidade da Escritura e adotado o
ecumenismo e o evolucionismo teísta.”<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_edn8" name="_ednref8" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a>
E assim partimos para a terceira atitude de como lidar com o liberalismo:</span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">3)
Batalhando pela fé que foi dada aos santos: defender a fé cristã, isto é, fazer
apologia à sã doutrina, é uma ordenança bíblica (Jd 3). Contudo, é preciso que
antes de alguém se aventurar a fazer tal defesa, esteja preparado para tal.
Ademais, tal defesa deve ser feita com amor e nuca com soberba (1 Pe 3.15).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Como
exemplo de alguém que batalhou por essa fé, podemos nos reportar à biografia do
famoso teólogo reformado, John Gresham Machen. Ele foi estudar na Alemanha no
início do século XX, passando um semestre pela Universidade de Marburg e mais
outro na Universidade de Göttingen, ficando completamente exposto ao
liberalismo. Tal encontro deixou Machen bastante confuso, pois se deparou com
ensinos bastante controversos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Seus
professores propagavam que a essência da religião está no íntimo de cada
pessoa. Diziam que a Bíblia podia ser refutada pela história, que não servia de
alicerce para a fé cristã e que é completamente ineficaz para transformar o
homem. Tais pontos vão de encontro com verdades essenciais do cristianismo. De
que adianta a exposição das Escrituras, se não há fé para pregá-la?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A
experiência na Alemanha levou Machen a questionar sua vida de piedade e devoção
a Cristo e levou-o também a um desafio intelectual. Ele passou uma crise
intensa no tocante à sua identidade cristã e só oito anos depois de regressar
da Alemanha é que ele recobrou sua fé.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_edn9" name="_ednref9" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Depois de
sua recuperação, Machen mostrava sua preocupação. De acordo com ele, o
liberalismo não é um assunto exclusivamente acadêmico, “Pelo contrário”,
asseverava, “seu ataque aos fundamentos da fé cristã está sendo conduzido
vigorosamente através de ‘lições’ de Escola Dominical, do púlpito e da imprensa
religiosa.”<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_edn10" name="_ednref10" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Machen
posicionou-se contundentemente contra a teologia liberal e sofreu várias
perseguições por conta de seu posicionamento. Como atitude remonstrante, ele se
ajuntou a outros professores e participou da fundação do Seminário Teológico de
Westminster, além da coparticipação na criação da Igreja Presbiteriana
Ortodoxa.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_edn11" name="_ednref11" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Considerações finais<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A teologia
liberal por certo não está morta e não deve ser encarada de forma ufanista como
se fosse um cachorro morto. Ela tem produzido muitos estragos, embora não todos
quantos ainda possa produzir. Ela entrou em declínio desde a década de 20 do
século passado, arrefecendo-se, mas não estando morta por completa. Vemos seus resquícios
nas teologias sociais, que empunham a espada do Marxismo e através de conceitos
neo-ortodoxos.<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_edn12" name="_ednref12" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></a>
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A teologia
sadia não teme a ciência (ou as ciências) e tampouco a filosofia. A missão
precípua das três manifestações racionais é a busca pela verdade. Entretanto, a
verdade para a legítima teologia não está nos sistemas teológicos, mas, na
própria pessoa de Cristo (Jo 14.6) e em Sua Palavra (Jo 17.17), fundamentos
negados pela teologia liberal. Sendo assim, devemos encará-la como um leão
adormecido e trabalhar para que fique enjaulado, limitado e sem poder de
machucar ninguém.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Notas<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportEndnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="edn1">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_ednref1" name="_edn1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
CHAMPLIN, Noman; BENTES, João. <i>Enciclopédia
de Bíblia, Teologia e Filosofia</i>. São Paulo: Candeia, 1991, p. 802.</div>
</div>
<div id="edn2">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_ednref2" name="_edn2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>
NICODEMUS, Augustus. O Liberalismo Teológico Morreu? Disponível em: tempora-mores.blogspot.com.br/2011/09/o-liberalismo-teologico-morreu.html</div>
</div>
<div id="edn3">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_ednref3" name="_edn3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>
HORTON, Stanley (Org.). <i>Teologia
Sistemática: uma perspectiva pentecostal</i>. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.
109.</div>
</div>
<div id="edn4">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_ednref4" name="_edn4" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a> Em
breve estarei postando um artigo sobre o método histórico-gramatical, com a
finalidade de mostrar seus benefícios para uma interpretação ortodoxa.</div>
</div>
<div id="edn5">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_ednref5" name="_edn5" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>
CONSTANZA, José Roberto da Silva. <i>As
Raízes Históricas do Liberalismo Teológico</i>. Fides Reformata X, n° 1, 2005,
p. 80.</div>
</div>
<div id="edn6">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_ednref6" name="_edn6" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a>
NICODEMUS, <i>Op. Cit</i>.</div>
</div>
<div id="edn7">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_ednref7" name="_edn7" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a>
DREHER, Martim. <i>Fundamentalismo</i>. São
Leopoldo: Sinodal, 2006, p. 82.</div>
</div>
<div id="edn8">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_ednref8" name="_edn8" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Entrevista do Dr. Augustus Nicodemus à Revista Defesa da Fé. Disponível em: http://www.icp.com.br/86entrevista.asp.</div>
</div>
<div id="edn9">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_ednref9" name="_edn9" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a>
SANTOS, Valdeci da Silva. <i>John Gresham
Machen contra o liberalismo: em defesa da fé cristã.</i> Fides Reformata IX, n°
1, 2004, p. 149.</div>
</div>
<div id="edn10">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_ednref10" name="_edn10" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a>
MACHEN, John. <i>Cristianismo e Liberalismo</i>.
Os Puritanos, 2001, p. 27.</div>
</div>
<div id="edn11">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_ednref11" name="_edn11" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Para maiores informações sobre a biografia de Machen, ler o artigo de Valdeci
da Silva Santos supracitado na nota 2.</div>
</div>
<div id="edn12">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Windows/Desktop/PC/Teologia%20liberal.docx#_ednref12" name="_edn12" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Na visão deste autor, a neo-ortodoxia deveria ser chamada de neo-liberalismo,
pois é uma tentativa de ficar no meio da ortodoxia e do liberalismo,
entretanto, com uma maior simpatia por esta. </div>
</div>
</div>
Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-21133961281044938822015-03-26T01:23:00.003-03:002015-03-26T01:23:44.569-03:00Perspectivas Armínio-Wesleyanas da Soberania Divina<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/DZcy9S74px4/0.jpg" src="http://www.youtube.com/embed/DZcy9S74px4?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-57179144704390307412015-02-10T11:35:00.001-02:002015-03-26T01:22:04.843-03:00Teologias Arminiana e Calvinista<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://ytimg.googleusercontent.com/vi/3c_T0L9E8Ds/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="http://www.youtube.com/embed/3c_T0L9E8Ds?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br />Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-92216022835303282182015-01-28T14:35:00.000-02:002015-01-28T14:35:16.078-02:00Macumba pega no cristão?<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A crença de que crentes estão sendo atacados
por trabalhos de macumba, mau olhado, despachos ou coisas assim é muito comum. Vez
ou outra aparece alguém perguntando se o cristão pode “pegar” macumba. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Esse “pegar” dá a ideia de pegar uma doença,
uma maldição ou algo assim. É como se o feitiço lançado fosse propagado por um
canal invisível e atacasse o casamento, finanças, saúde, família, etc, assim
como o vírus da gripe que entra no organismo humano através das vias
respiratórias e ataca o funcionamento regular do corpo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Milhares de brasileiros têm essa mesma dúvida
e não são poucos os que se perguntam: o que é macumba? Ela funciona? O cristão
pode ser alvo de macumbaria? Ela terá efeito na vida dele? O que a Bíblia tem a
dizer de tudo isso? Essas perguntas rodeiam muitos cristãos e pretendemos sana-las
neste artigo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O que é macumba<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A definição de macumba não é fácil de se
conseguir. A ideia popular normalmente está associada a feitiços, trabalhos
para atrasar a vida de alguém, despachos, mandingas e coisas do tipo. A ideia
geral da sociedade é que a macumba é algo malévolo, maligno e até mesmo
diabólico. Oliveira sugere que esta fama ruim possa ter sua origem na provável
“associação ao adjetivo feminino de mau: ‘má’”.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn1" name="_ednref1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> Na
visão dele, se fosse então “boacumba”, a religiosidade afro-brasileira poderia
ter tomado outro rumo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Não há um significado concreto para o termo
macumba, etimologicamente falando. O <i>wiktionary</i>
sugere que, o termo talvez venha do quimbundo (idioma banto falado na Angola), <i>ma</i> (o que assusta) e <i>kumba</i> (soar assustadoramente). Quando se
fala nesse assunto, generaliza-se, portanto, todas as religiões
afro-brasileiras em um único termo: macumba. A ideia geral também é que essas
religiões trabalham com feitiçarias, magias, encantamentos, consulta a mortos,
bruxarias, vodus e coisas assim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
ideia não está de toda errada. Champlin explica que as religiões praticantes de
magias e feitiçarias partem da ideia de “que certas pessoas têm a capacidade de
manipular poderes sobrenaturais, a fim de alterar para melhor ou para pior a
sorte de alguém, tanto do próprio individuo como de outras pessoas”.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn2" name="_ednref2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Certo
representante do candomblé, por exemplo, publicou um livro em que traz ensinamentos
sobre como prejudicar outras pessoas através de feitiços e encantamentos.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn3" name="_ednref3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a> Alguns desses feitiços
seriam: colocar uma pessoa louca, destruir, arruinar, colocar feridas, trazer
separações matrimoniais, fazer perder tudo o que tem, fazer ir embora, fazer
vingança e até mesmo matar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Gaarder
comenta que o candomblé não é uma religião ética, mas mágica e ritualística.
Nela não há a ideia de salvação da corrupção do pecado e tampouco há espaço
para negação deste mundo em prol de uma vida eterna. “No candomblé o que se
busca é a interferência concreta do sobrenatural ‘neste mundo’ presente,
mediante a manipulação de forças sagradas, a invocação das potências divinas e
os sacrifícios oferecidos às diferentes divindades, os chamados orixás”.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn4" name="_ednref4" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Embora
o candomblé adote a prática de fazer o mal explicitamente, Lourenço Braga alega
que a umbanda se dedica à prática do bem (magia branca), ao passo que a
quimbanda se dedica à prática do mal (magia negra).<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn5" name="_ednref5" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
esforço de Braga cai por terra após o relato de Camargo. Segundo este, os
espíritos maus, que ele chama de “quimbandeiros” são mais fortes do que os
“bons” e diz que às vezes, os umbandistas têm necessidade de apelar para
aqueles.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn6" name="_ednref6" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
dicionário Melhoramentos define macumba como candomblé, feitiçaria e ainda como
um instrumento de percussão dos negros.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn7" name="_ednref7" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a> Trindade, sacerdote
umbandista, explica que uma das possibilidades para a origem da macumba talvez
seja a ligação que as pessoas fizeram dos praticantes das religiões afro com o
instrumento predominante de suas religiões.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn8" name="_ednref8" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a> Ou seja, como na maioria
das religiões afro usava-se o instrumento de percussão “macumba” e quem os
tocava eram “macumbeiros”, daí a fama popular genérica de que todas as
religiões afro sejam “macumba”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Macumba
também é, popularmente associado a feitiço. Quando alguém diz “fizeram uma
macumba para meu vizinho”, ele está na verdade dizendo que fizeram um trabalho
de feitiçaria (macumbaria) contra aquela pessoa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A macumba na sua forma
primitiva<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">De acordo com Oliveira, alguns pensadores da religião
acreditam que a umbanda deriva-se dos cultos hindus e egípcios, além de outros
povos da antiguidade.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn9" name="_ednref9" title=""><sup><!--[if !supportFootnotes]--><sup><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[9]</span></sup><!--[endif]--></sup></a>
Champlin comenta que, “a magia desempenhava um papel dominante nas religiões da
Babilônia, do Egito, de Roma, do hinduísmo brâmane e nas formas tântricas tanto
do hinduísmo quanto do budismo”.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn10" name="_ednref10" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 5.0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Lourenço Braga definiu a
umbanda da seguinte forma: “umbanda é magia, e fazer magia é saber jogar com as
forças ocultas existentes no Universo, quer sejam elas providas de espíritos de
categoria diferentes, quer sejam de vibrações provindas de planetas, em ondas
diversas; quer sejam elas emanadas dos corpos: fluídico, eletrônico, gasoso,
líquido e sólido; quer sejam elas provindas dos elementos: éter, fogo, ar, água
e terra, por intermédio dos elementais: etéreos, salamandras, silfos, ninfas e
gnomos”.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn11" name="_ednref11" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Partindo do pressuposto de que a “macumba” é
um sistema de crença animista, fetichista e espírita, suas formas primitivas,
por assim dizer, podem ser encontradas em alguns relatos bíblicos das religiões
babilônicas e egípcias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Essas religiões atuavam com técnicas práticas,
cerimoniais e combinadas entre as duas, semelhantemente à macumba moderna. Na
magia prática, o individuo executava algo que foi declarado pelo feiticeiro ou
sábio e realizava certos atos como banhos com ervas, entrega de oferendas e uso
de poções. Na magia ritualística, havia encantamentos e agouros, algumas vezes
acompanhados por ritos sacrificiais elaborados. Para esses rituais, divindades,
demônios, forças cósmicas, forças da natureza, dentre outras, eram invocados
como auxílios. Acreditava-se, ainda, que certas palavras revestem-se de poder,
e que certas orações ou declarações atrairiam os poderes superiores. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No Egito a crença mística envolvida nos
encantamentos e fórmulas mágicas era grande. Champlin comenta de um manual de
instruções mágicas, intitulado “Instruções para o Rei Merikare” (datado cerca
de 2200 a.C.). Segundo ele, este manual “é um bom exemplo das antigas fórmulas
mágicas egípcias”.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn12" name="_ednref12" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></a> As técnicas medicinais
também faziam parte do sistema egípcio de crença e seus mágicos eram conhecidos
como homens santos e operadores de prodígios. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Biblicamente podemos ver esses fatos como
quando faraó sonhou com as sete vacas magras e as sete vacas gordas, bem como
com as sete espigas boas e as sete secas, antes de ter a interpretação de seu
sonho pelo patriarca José, recorreu aos magos do Egito (Gn 41.24). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nos dias de Moisés, ele e seu irmão foram
visitar o faraó a fim de que este libertasse o povo hebreu. Chegando lá, Arão
lançou sua vara no chão e a mesma se transformou em serpente. Um sinal como
esse poderia espantar qualquer um que não estivesse envolvido com magia, porém,
para o faraó aquilo não era nenhuma novidade, tanto que ele chamou seus
feiticeiros os quais reproduziram tal transformação material através de seus
encantamentos (Êx 7.10,11). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Balaão ficou entusiasmado com a recompensa
financeira prometida por Balaque. Enquanto se dirigia para encontrar-se com o
rei de Moabe, sua jumenta lhe deu trabalho todas as vezes que se desviava do
Anjo do Senhor e por isso, Balaão a espancou repetidamente. A jumenta teve a
boca aberta pelo Senhor e lhe questionou as agressões, perguntando: “Que te fiz
eu, para que me espancasses estas três vezes?”. Ryrie comenta que,
provavelmente Balaão tenha tido envolvimento com rituais de feitiçaria, pois
não se assustou nem um pouco com o fato de sua jumenta ter falado.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn13" name="_ednref13" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nas religiões assírias e babilônicas os
deuses eram invocados por meio de fórmulas mágicas. Acreditava-se que através
dos encantamentos, Marduque exercia seu poder com mais força do que qualquer
outro deus ou deusa. Nos dias de Daniel, podemos ver Nabucodonosor, rei da
Babilônia, ficando perturbado por conta de alguns sonhos. Nenhum mago,
adivinhador ou encantador teve a capacidade de revelar qual era o seu sonho e
tampouco seu significado. Apesar da ineficácia dos rituais desses homens e de
suas entidades, Daniel disse que “há um Deus no céu, o qual revela os
mistérios” e desta forma lhe contou o sonho e seus significados escatológicos
(Dn 2).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
Origem da macumba<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">As
religiões afro-brasileiras tiveram sua origem no sincretismo das religiões
africanas, ameríndias e católicas. É difícil precisar a enorme variedade dessas
religiões. Dentre as principais, podemos destacar o babaçuê, (jeje-nagô),
batuque, candomblé, culto aos egunguns, culto de ifá, pajelança,
catimbó-jurema, omolokô, xangô do nordeste, xambá, umbanda e quimbanda. Em
contrapartida, é muito fácil fazer confusão com essas religiões, pois suas
crenças são aparentemente parecidas, talvez aí esteja a razão pela qual
chama-se genericamente todas essas religiões de macumba.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Bastos
reforça essa similaridade dizendo que, “os cultos afro-brasileiros disseminados
no Brasil, tomam nomes diferentes, pouco se distinguem entre si pelos ritos admitidos,
pelas divindades ou categorias protetoras ou pelas finalidades a que se
destinam. De maneira geral se confundem”.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn14" name="_ednref14" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></a> Segundo ele, o que é
candomblé na Bahia, é o mesmo que xangô em Pernambuco e Alagoas, canjerê em
Minas, Pará e no Rio Grande do Sul, babaçuê no Norte, encanteria, cabula ou
tambor de mina no Maranhão, cambinda, linha de mesa ou catimbó no Nordeste e a
macumba do Rio de Janeiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">De
acordo com Lima, a formação da macumba brasileira se formou a partir do
sincretismo do fetichismo africano, formada pelas culturas sudanesas e bantu,
do fetichismo ameríndio, com suas lendas e entidades míticas, do espiritismo kardecista,
com a ideia da transmigração de almas e o conceito de mediunidade e do
catolicismo europeu na apresentação dos santos, bem como crendices populares.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn15" name="_ednref15" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
sincretismo católico se deu em função da perseguição que os escravos sofriam
durante a era Brasil Colônia em relação a suas crenças. Uma vez que a missão
jesuítica era estabelecer o cristianismo romano, os escravos associaram seus
orixás com os santos católicos e essa tradição perdura até hoje. Como exemplos,
podemos citar a fusão de oxalá em Jesus, oiá em Santa Clara, oxum em Aparecida,
oxumaré em São Bartolomeu, oxóssi em São Sebastião, obá em Santa Joana D'Arc,
xangô em São Jerônimo, ogum em São Jorge, iansã em Santa Bárbara, iemanjá em
senhora da Conceição, da Glória e/ou dos Navegantes e nanã em Sant’ana.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Gaarden
assevera que, “as religiões afro-brasileiras formaram-se em diferentes regiões
e estados do Brasil e em diferentes momentos da nossa história. Por isso, elas
adotam não só diferentes formas rituais e diferentes versões mitológicas
derivadas de tradições africanas diversificadas, como também adotam nome
próprio diferente”.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn16" name="_ednref16" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ainda
conforme Gaarden, as nomenclaturas diferenciadas regionalmente seriam o
candomblé na Bahia, xangô em Pernambuco e Alagoas, tambor de mina no Maranhão e
Pará, batuque no Rio Grande do Sul e macumba (posteriormente umbanda) no Rio de
Janeiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
“macumba umbandista” vem da mitologia iorubá. Os iorubás compreendem a região sudoeste
da Nigéria e as partes adjacentes do Benin e Togo. O tráfico de escravos na
época da colonização brasileira, principalmente da região citada, é que
contribuiu para a formação das religiões afro-brasileiras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Conforme
relata Almeida, “os iorubá acreditam num criador supremo, chamado Olodumare ou
Olorun, que além de criar o céu e a Terra com todos os seus habitantes, criou
também as divindades (<i>orisa ou imole</i>)
e os espíritos (<i>ébóra</i>)”.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn17" name="_ednref17" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></a></span> <span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esses
seres (divindades e espíritos) são de naturezas diversas. “Alguns estão com o
Criador desde o princípio, antes da criação da Terra, e são chamados de
divindades primordiais. Outros são figuras históricas de reis, heróis,
guerreiros, etc., que se transformaram em orixás por seus feitos. Outros
representam elementos da natureza: árvores, rios, lagos.” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
crença iorubá era uma espécie de henoteísmo com elementos panteístas. Para os
iorubá, Olorum era o criador e possuía atributos naturais como imortalidade
(embora não haja o conceito de sempiterno), onipotência, onisciência e
transcendência.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn18" name="_ednref18" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[18]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Esta última é a que mais favorecia a ideia henoteísta, pois a divindade
principal estava muito longe e não deve ser incomodada. Olorum não atuava de
forma imanente. Ele é, ainda, visto como um rei muito importante, juiz
imparcial e único.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Visto
que Olorum não deve ser importunado, o povo recorria a intermediários, que são
os orixás. Na mitologia iorubá (embora haja outras histórias), Ogum, Xangô,
Oxossi, Oxum e Eleqqua eram filhos de Olorum e Yembo. Seus filhos eram todos
orixás. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ainda
na mitologia, Exu era também um dos orixás, um dos filhos de Orunmilá, outro
orixá. Almeida conta que, “Nessa época havia muitos orixás, mas Exu era o mais
corajoso, inteligente e brigão. Nas reuniões tomava a frente em tudo, e brigava
com os outros. Por isso deixavam-no fazer o que quisesse, e concordavam com
tudo que dizia. Assim Exu ficou sendo o braço direito de Orunmilá”.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn19" name="_ednref19" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[19]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Outro
nome conhecido é Iemanjá,</span> “<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">o orixá do rio Ogun, na Nigéria, sendo
conhecida também como Orisa-Odo, e sua saudação é "Odo-Iya" - Mãe do
Rio. O nome Yemoja significa Yeye-omo-eja - mãe dos peixes” A mitologia conta
que, ela “era uma mulher honesta, forte e respeitada. Um dia seu filho, já
adulto, ficou perturbado (...) e passou a tentar matá-la. (...) Um dia ele
violentou-a e ela com vergonha fugiu da cidade. O filho seguiu-a para matá-la
com uma faca. Antes de ser atingida Yemoja caiu para trás e morreu. Dos seus
seios brotou muita água, formando òsá, a lagoa. De seu corpo saíram muitos
orixás: Olosá, Olokun, Osoosi, Osun, e outros menos conhecidos”.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn20" name="_ednref20" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[20]</span></span><!--[endif]--></span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para
Costa é mais provável que seja da “cabula” que venha a macumba, que por sua vez
originou a umbanda.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn21" name="_ednref21" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[21]</span></span><!--[endif]--></span></a> Cabula é uma fusão das
práticas dos bantos com o espiritismo. Esse nome é uma deturpação do vocábulo
cabala. Carneiro por sua vez, sugere que macumba vem de “<i>mcumba</i>”, plural de <i>cumba</i>
(mestre de uma dança semi-religiosa, o jongo), ou seja, uma reunião de
jongueiros (dançarinos do jongo).<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn22" name="_ednref22" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[22]</span></span><!--[endif]--></span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Oliveira
comenta que a macumba primitiva, “longe de ser um culto organizado, era um agregado
de elementos da cabula, do Candomblé, das tradições indígenas e do Catolicismo
popular, sem o suporte de uma doutrina capaz de integrar os diversos pedaços
que lhe davam forma”.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn23" name="_ednref23" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[23]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Neves
diz que a “palavra macumba deriva de <i>macumbo</i>,
que significa casa de quilombola, formada por negros refugiados em florestas,
como em Palmares, que cultuavam os espíritos de seus antepassados e sonhavam
com sua volta a África.”<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn24" name="_ednref24" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[24]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
realmente muito difícil trazer informações científicas e precisas sobre a
origem da macumba. Nem mesmo os adeptos das religiões afro possuem unanimidade
quanto ao entendimento de coisas básicas de sua religiosidade. Trindade conta
que, “muita gente da umbanda desconhece o verdadeiro trabalho dos exus,
confundindo os guardiões da lei com seres de baixo nível, que se passam por
exus em alguns terreiros, e que na verdade são aqueles conhecidos como
kiumbas”.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn25" name="_ednref25" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[25]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Walter
Martin comentou que, “quando alguém passa a estudar os cultos afros, uma das
coisas que observa é a impossibilidade de se fazer uma análise objetiva sobre a
origem ou a atuação dos orixás, devido a tantas informações contraditórias”.
Isso acontece porque a maioria das informações variam de um terreiro para o
outro, de uma região para a outra, de um sacerdote para o outro e até mesmo de
uma entidade para a outra.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn26" name="_ednref26" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[26]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
macumba e o espiritismo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo, diz que a palavra “espiritismo”
tem sido usada para “descrever qualquer grupo que defenda a comunicação com os
mortos”.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn27" name="_ednref27" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[27]</span></span><!--[endif]--></span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Gaarden
diz que, “juntamente com a umbanda, o batuque, o xangô e o tambor de mina, o
candomblé representa o melhor exemplo de <i>politeísmo
explícito</i> que temos no Brasil.”<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn28" name="_ednref28" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[28]</span></span><!--[endif]--></span></a> Estas várias divindades
são os orixás (ancestrais africanos divinizados) exus (orixá da comunicação),
caboclos (espíritos de índios), pretos velhos (espíritos de escravos), erês ou
ibeijadas (espíritos de crianças) e espíritos de baianos, boiadeiros, mineiros
e marinheiros. Sem falar das pombas giras (forma equivalente feminina de exus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
umbanda nasceria através da fusão “de representantes da classe mais pobre com
elementos da classe média egressos do espiritismo Kardecista”.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn29" name="_ednref29" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[29]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Existem
diferenças consideráveis entre o espiritismo kardecista e o umbandista. Inicialmente,
vale comentar que, no primeiro há a postulação de um Deus criador, possuidor de
atributos naturais (onipotência, onisciência e onipresença) transcendente e não
imanente, inacessível aos homens. Mais próximos da humanidade estariam os
espíritos dos mortos, cuja missão é ajudar os vivos como meio de expiação para
suas faltas nas vidas passadas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
comunicação com esses espíritos se dá, segundo a doutrina kardecista, através
de médiuns. Embora as duas linhas de espiritismo assumam a comunicação com
mortos, Ortiz comenta que os espíritos consultados no umbandismo não podem ser
confundidos com “um espírito de luz, como o é um espírito de médico, de padre,
de freira, ou de um sábio qualquer, posto que no universo kardecista a cultura
do espírito corresponde à cultura de sua ‘matéria’. Como poderia um analfabeto
prescrever sabedoria? Quem levaria a sério a ignorância do espírito de um
antigo escravo? – este deve permanecer em seu ‘lugar’”.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn30" name="_ednref30" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[30]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
umbandismo já foi considerado como um baixo espiritismo ao passo que o
kardecismo como o alto espiritismo. É a ideia de que os espíritos que são
invocados nesta são superiores e mais evoluídos enquanto naquela é justamente o
oposto. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
relato a seguir explica o raciocínio anterior: “É assim que, na Umbanda,
ouvem-se coisas inusitadas como, por exemplo, o espírito de uma prostituta, que
viveu e morreu na zona do Mangue, aconselhando uma dona de casa do Méier sobre
como obter e proporcionar mais prazer no sexo. O mais interessante é que
prestar esse tipo de ajuda também conta pontos na escala umbandista da evolução
espiritual.”<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn31" name="_ednref31" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[31]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
Bíblia, por sua vez, traz severas proibições às práticas de comunicação com os
mortos. Era proibida a prática gentia de dilacerar o corpo em busca ou em favor
de algum morto. Tampouco o judeu deveria consultar alguém que já havia morrido
(Lv 19.28-31). “àquele que se voltar para os que consultam os mortos e para os
feiticeiros, prostituindo-se após eles, porei o meu rosto contra aquele homem,
e o extirparei do meio do seu povo”, dizia o Senhor (Lv 20.6).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Saul
em seus momentos de desespero buscou ao Senhor mas não pôde acha-lo. Nestas
circunstâncias resolveu recorrer a uma espírita, a fim de ouvir uma resposta do
já falecido profeta Samuel (1 Sm 28.11-13).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
Lei divina entretanto, era clara ao dizer que não deveria haver em Israel quem
fizesse “passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem
prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro nem encantador, nem quem consulte
um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos”. A opinião de
Deus acerca dessas práticas era de que “todo aquele que faz estas coisas é
abominável ao Senhor” (Dt 18.10-12).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Conhecendo
as religiões afro-brasileiras<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">De acordo com o censo
de 2010, feito pelo IBGE, 588.797 brasileiros se identificaram como seguidores
do animismo afro-brasileiro. Esse número não reflete de forma real a quantidade
de adeptos que essas religiões possuem, pois muitas pessoas de outras religiões
frequentam centros de umbanda, quimbanda, candomblé e até mesmo kardecista. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Alguns talvez por vergonha de se intitularem nominalmente
um religioso afro-brasileiro e outros por fazerem parte de outra denominação,
como a católica, por exemplo, não entraram para a estatística do IBGE. Podemos
citar também evangélicos que visitam tais centros, embora a quantidade, se
comparada às demais religiões, seja consideravelmente menor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Embora as religiões afro-brasileiras
sejam generalizadas por parte dos leigos no assunto, elas são distintas entre
si. Queremos nesta seção comentar, ainda que resumidamente, as particularidades
das seis principais: catimbó-jurema, batuque, tambor de mina, candomblé,
umbanda e quimbanda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Catimbó-jurema: é um tipo de culto xamânico
em que foram adotados elementos mágicos europeus, rituais indígenas e práticas
católicas. Está mais presente no nordeste brasileiro. Nesta religiosidade,
cultuam-se os santos católicos, Jesus, ervas sagradas e a Jurema, uma árvore
nativa do agreste e sertão nordestinos e que possui grande concentração de uma
substância alucinógena (dimetiltriptamina). Seus rituais consistem em cantigas,
toques, ingestão da Jurema e de incorporações dos mestres da Jurema (adeptos
que após morrerem foram encantados e transportados milagrosamente para este
estado espiritual, no qual aconselham e operam curas em seus atendimentos).
Esses mestres seriam neutros em sentido de fazerem o bem ou o mal. Além dos
mestres, há a possibilidade da incorporação dos caboclos, espíritos de pajés e
guerreiros indígenas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Batuque: é uma religião com maior
concentração no estado do Rio Grande do Sul. Nesta religião, os orixás são
adorados e recebem oferendas, inclusive de aspectos culturais, como chimarrão,
polenta, batata inglesa assada e churrasco. Uma das possibilidades da origem
dessa religião, é a implantação através de uma escrava vinda de Pernambuco. As
semelhanças do batuque gaúcho com o xangô pernambucano são grandes e o alcance
se deu a países como Argentina, Uruguai e Paraguai, dentre outros. Não existe
uma hierarquia estruturada em cargos sacerdotais. Seus médiuns são “filhos de
santo” e podem ser chamados de Babalorixá
ou Iyalorixá. Há, ainda, rituais de culto destinados aos eguns (espíritos dos
mortos). Nos rituais, as rezas para os orixás e os eguns são feitas na língua
ioruba ao som de tambores. Em seus rituais são usadas folhas e ervas sagradas e
interpretação do jogo de búzios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Tambor de mina: é uma religião mais
forte no Maranhão, Pará e Amazonas. À semelhança das demais, é um culto aos
voduns, orixás e caboclos, além de possuir características de transe e
incorporação. Os voduns são filhos e descendentes da deusa Mawu (deusa-suprema
dos povos Ewe e Fon) com Lissá. Eles recebem oferendas de alimentos e de
animais. Eles são incorporados e dão conselhos. Nos rituais do tambor de mina,
há também danças e batucadas nos tambores. Nesta religião há hierarquia
sacerdotal. Outro culto associado ao tambor de mina é a encantaria ou terecô.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Candomblé: As duas principais
religiões afro-brasileiras são o candomblé e a umbanda. Dos 588.797 adeptos de
todas as religiões afro-brasileiras, 407.331 (69%) são umbandistas, 167.363
(28%) são candomblecistas e 14.103 (3%) são de outras declarações de
religiosidades afro-brasileiras. O Candomblé está mais concentrado no estado da
Bahia e é uma religião na qual se cultuam orixás, voduns e minkisi (divindades
da mitologia bantu). Também está presente em outros países como Uruguai,
Argentina, Venezuela, Colômbia, Panamá, México, Alemanha, Itália, Portugal e
Espanha. Suas entidades recebem oferendas através de animais, vegetais e
minerais, cânticos, danças, roupas especiais e jogo de búzios. Seus sacerdotes
são o babalorixá (pai de santo) e a iyalorixá (mãe de santo). Depois que estes
morrem, são chamados de egunguns e são cultuados. No candomblé são feitos
despachos (também chamados de ebó ou sacrifício) tanto para o bem quanto para o
mal. São oferecidos pipocas, farofa de azeite-de-dendê, ou no sacrifício de
animais a ele dedicados, cão, galo, ou bode, de preferência pretos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Umbanda: esta religião é de origem brasileira. Nasceu por
volta de 1908. Os umbandistas se reúnem em templos, centros, tendas ou
terreiros. O médium incorpora pretos-velhos, caboclos, exus, marinheiros,
baianos e ciganos, dentre outros e as pessoas que vão em busca dessas entidades
o fazem com o intuito de obterem ajuda e conselhos para suas vidas, além de
curas, descarregos, e soluções para problemas espirituais diversos. Os
umbandistas se auto intitulam como espiritismo de magia branca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Quimbanda: trata-se de uma ramificação da umbanda em que
as forças negativas (espíritos atrasados) são manipuladas. Nas oferendas são
colocadas bebidas alcoólicas como cachaça, uísque ou conhaque, além de
charutos, velas, comidas e animais. É também chamada de magia negra. Despachos
para prejudicar ou atacar a vida de terceiros são praticados nesse ramo da
religiosidade afro-brasileira. Tendo em vista esses despachos, o cristão pode
“pegar” macumba?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A macumba pega no cristão?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A resposta para essa pergunta pode variar no
meio dos grupos evangélicos. Alguns representantes, principalmente de linhas
neopentecostais e cuja ênfase recai ao movimento de batalha espiritual,
acreditam que sim. Em contrapartida, as igrejas históricas, tradicionais e
pentecostais históricas (isso de uma forma genérica) acreditam que não. É
difícil rotular porque atualmente algumas igrejas históricas e tradicionais são
influenciadas pelas ideias que estamos discutindo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Para os adeptos do movimento de guerra
espiritual o cuidado deve ser muito grande, pois objetos que tenham sido
supostamente consagrados a espíritos malignos podem afetar a vida dos crentes.
Essa crença é chamada de fetichismo, isto é, o culto supersticioso aos
fetiches, amuletos e talismãs. Koch define fetiche como “um objeto artificial
que se adora ou venera ou que é levado em cima para a segurança pessoal. Crê-se
que os fetiches estão dotados ou animados de certo poder”.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn32" name="_ednref32" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[32]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Rebecca Brown, por exemplo, uma autora
conhecida do movimento de batalha espiritual ensina que, quando um feiticeiro
coloca objetos da pessoa que quer enfeitiçar (pedaço de cabelo, botão ou
fragmentos de roupa, unha ou o nome escrito ao invés de objetos pessoais) em
seu ritual, o faz com pelo menos 5 propósitos: 1) reclamar o local que está
realizando o feitiço para si e para satanás; 2) colocar demônios ao redor de
todo o limite da propriedade com o objetivo de guardá-la; 3) colocar demônios
especiais (abridores) que dão acesso à entrada para que o agoureiro possa
chegar à propriedade em projeção astral; 4) colocar demônios sentinelas a fim
de vigiar e informar tudo o que se passa naquela propriedade e 5) colocar
demônios que vão amarrar e cegar todos os que entrarem na propriedade,
aprisionando-os em jaulas.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn33" name="_ednref33" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[33]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Nas religiões afro, esses demônios seriam os
guias, orixás, caboclos, pretos velhos, exus, etc. O meio para desfazer, ou
quebrar essas maldições seria examinar a área onde foi feito o feitiço, andar
sobre ele como um ato profético baseado na promessa mosaica (Dt 11.24),
declarar que o local é santo e pedir que Deus envie anjos para aquele local.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn34" name="_ednref34" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[34]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A Dra. Brown, diz ainda, que o crente deve
tomar cuidado com os pertences que tem. É bom que vasculhe a casa, pois muitos
objetos que possui podem ter sido consagrados a demônios, até mesmo brinquedos
infantis.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn35" name="_ednref35" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[35]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">De acordo com Linhares, tais objetos devem
ser lançados fora, preferencialmente queimados ou destruídos.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn36" name="_ednref36" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[36]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Existe até uma contradição com esse ensino, pois em alguns livros de batalha
espiritual, seus autores colocam fotos como ilustração para seus leitores. Será
que seus livros também deveriam receber tal destinação?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">As maldições, provenientes de encantamentos,
mandingas, macumbas, ou de qualquer outro meio, traria efeitos não apenas a
pessoas, mas a locais também. Partindo desse pressuposto, teríamos que ter
muita cautela, pois hospitais, escolas, prefeituras, lojas, fábricas, restaurantes,
hotéis e até nossas igrejas podem estar sob a influência de uma macumba que
alguém fez.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_edn37" name="_ednref37" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[37]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Ao contrário do estereótipo popular, a
maioria dos praticantes das religiões-afro no Brasil está concentrada no estado
do Rio Grande do Sul. Se aceitarmos a ideia de que os feitiços (macumbas)
trazem influência sobre locais, poderíamos então concluir que a rivalidade
entre gremistas e colorados está muitíssimo equilibrada nos terreiros gaúchos,
visto que seus times não têm tido muita expressividade no futebol brasileiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Considerações finais<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O Brasil é um país místico por natureza. O
medo de “pegar” macumba é grande por parte de algumas pessoas. Por isso, alguns
andam com galhos de arruda na orelha, não saem de casa sem fazer “em nome do
Pai”, passam longe de uma oferenda na encruzilhada e fazem até simpatia para
afastar o mau-olhado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Existem também os evangélicos que estão
sempre atribuindo à obra de macumbaria o fracasso de seus casamentos, o mau
negócio que foi empreendido, o filho que está nas drogas, etc. Sempre temos
alguns membros em nossas igrejas com dúvidas e até medo de ficarem
“macumbados”. Alguns adotam posturas supersticiosas e alguns ensinos têm
fortalecido essa prática no arraial evangélico. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Respondendo à pergunta da seção anterior:
não! O crente não pega macumba. Melhor dizendo, O cristão autêntico, aquele tem
vida com Deus, que não dá lugar ao diabo (Ef 4.27), que anda sóbrio e vigilante
(1 Pe 5.8), que resiste ao tentador (Tg 4.7), este sim, jamais ficará
“macumbado”. O Apóstolo João bem nos lembra: “sabemos que todo aquele que é
nascido de Deus não vive pecando; antes o guarda aquele que nasceu de Deus, e o
Maligno não lhe toca” (1 Jo 5.18). Balaque bem que tentou, mas “não há magia
que possa contra Jacó, nem encantamento contra Israel” (Nm 23:23a).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Notas<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportEndnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="edn1">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref1" name="_edn1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
OLIVEIRA, José Henrique Motta. <i>Entre a
Macumba e o Espiritismo: uma análise comparativa das estratégias de legitimação
da Umbanda durante o Estado Novo</i>. UFRJ, 2007, p. 92.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn2">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref2" name="_edn2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
CHAMPLIN, Norman. <i>Enciclopédia de Bíblia,
Teologia e Filosofia</i>. Candeia. Vol. 4. 1991, p. 23.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn3">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref3" name="_edn3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
GIMBEREUÁ, Ogã. <i>Ebós Feitiços no Candomblé</i>. Eco, 1969; D'OBALUAYÊ, Batista. <i>Feitiços e Ebós no Candomblé</i>. Império da
Cultura LTDA, 2011.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn4">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref4" name="_edn4" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
GAARDEN, Jostein. <i>O livro das Religiões</i>.
Cia das Letras, 2001, p. 318.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn5">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref5" name="_edn5" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
BRAGA, Lourenço. <i>Umbanda e quimbanda</i>.
Spike, 1961, p. 12-15.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn6">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref6" name="_edn6" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
CAMARGO, Cândido Procópio Ferreira de. <i>Kardecismo
e Umbanda</i>. Pioneira, 1961, pp. 54,55.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn7">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref7" name="_edn7" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
<i>Grande Dicionário Brasileiro
Melhoramentos Ilustrado</i>, vol. 3, 1975.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn8">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref8" name="_edn8" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
TRINDADE, Diamantino Fernandes. <i>Você sabe
o que é macumba? Você sabe o que é exu?</i> Icone, 2013, p. 41.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn9">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref9" name="_edn9" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
OLIVEIRA. Op. Cit., p. 91.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn10">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref10" name="_edn10" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
CHAMPLIN. Op. Cit.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn11">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref11" name="_edn11" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
BRAGA. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Op. Cit., p. 13.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn12">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref12" name="_edn12" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> CHAMPLIN. Op. Cit., p. 24.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn13">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref13" name="_edn13" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
RYRIE. Charles C.. <i>Bíblia de Estudo
Anotada e Expandida</i>. Mundo Cristão. Comentário sobre Nm 22.28.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn14">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref14" name="_edn14" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
BASTOS, Abguar. <i>Os Cultos Mágico-Religiosos no Brasil. </i>Hucitec, 1979, pp. 29,30.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn15">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref15" name="_edn15" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
LIMA, Delcyr de Souza. <i>Analisando crenças
espíritas e umbandistas</i>. Casa Publicadora Batista, 1970, p. 88.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn16">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref16" name="_edn16" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
GAARDEN. Op. Cit., pp. 317,318.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn17">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref17" name="_edn17" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
ALMEIDA, Maria Inez Couto de. <i>Cultura
Iorubá: costumes e tradições</i>. Dialogarts, 2006, p. 94.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn18">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref18" name="_edn18" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[18]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
Ibid, p. 97,98.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn19">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref19" name="_edn19" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[19]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
Ibid, p. 100.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn20">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref20" name="_edn20" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[20]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
Ibid, pp. 111,112.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn21">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref21" name="_edn21" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[21]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
COSTA, Valdeli Carvalho da. <i>Umbanda: Os
“seres superiores” e os Orixás</i>. Loyola, 1983, v. 1, p. 92.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn22">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref22" name="_edn22" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[22]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
CARNEIRO, Edson Apud MAGNANI, José Guilherme. <i>Umbanda</i>. Ática, 1991, p. 22.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn23">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref23" name="_edn23" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[23]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
OLIVEIRA. Op. Cit., p. 93.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn24">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref24" name="_edn24" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[24]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
NEVES Apud TRINDADE. Op. Cit., p. 41.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn25">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref25" name="_edn25" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[25]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
TRINDADE. Op. Cit., p. 16.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn26">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref26" name="_edn26" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[26]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
MARTIN, Walter. <i>O Império das Seitas</i>,
volume IV. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Betânia, 1993,
p.164.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn27">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref27" name="_edn27" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[27]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> MATHER, Georg; NICHOLS , Larry. </span><i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Dicionário de Religiões, Crenças e
Ocultismo</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">. Vida, 2000, p.152.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn28">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref28" name="_edn28" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[28]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
GAARDEN. Op. Cit., p. 318.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn29">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref29" name="_edn29" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[29]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
OLIVEIRA. Op. Cit., p. 93.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn30">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref30" name="_edn30" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[30]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
ORTIZ, Renato. <i>A morte branca do
feiticeiro negro</i>. Brasiliense, 1999, p. 46.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn31">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref31" name="_edn31" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[31]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
LIGIÉRO, José Luiz e DANDARA. <i>Umbanda:
Paz, Liberdade e Cura</i>. Nova Era, 1998.p. 65.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn32">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref32" name="_edn32" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[32]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> KOCH, Kurt E. <i>Ocultismo
y cura de almas</i>. Clie. 1968, pp. 119, 120.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn33">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref33" name="_edn33" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[33]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
BROWN, Rebecca. Jaulas e Maldições. In: Vasos para Honra. Danprewan, 1998.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn34">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref34" name="_edn34" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[34]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
Ibid.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn35">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref35" name="_edn35" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[35]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
BROWN, Rebecca. <i>Maldições não quebradas</i>.
Danprewan, 2009, p. 43.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn36">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref36" name="_edn36" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[36]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
LINHARES, Jorge. <i>Bênção ou Maldição</i>. Getsêmani,
1992, p. 41.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn37">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Macumba%20pega%20no%20cristu00E3o.docx#_ednref37" name="_edn37" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[37]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
Ibid, p. 43.</span><o:p></o:p></div>
</div>
</div>
Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-65925219773475979222015-01-28T14:33:00.001-02:002015-01-28T14:33:20.378-02:0010 considerações sobre o filme “Noé”<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Estreado no
Brasil em 21 de Março desse ano, o filme Noé já gerou polêmicas desmedidas
antes mesmo de ter seu <i>start up</i> nos
cinemas. Países islâmicos como Qatar, Indonésia, Malásia, Kuwait, Bahrein e
Emirados Árabes, proibiram a exibição antes da estreia do longa. Tais nações
tomaram essa ação radical em função da representação imprópria, de quem os
muçulmanos consideram um de seus vinte e cinco profetas: Noé, cuja história é
narrada na <i>sunna</i> 71 do Alcorão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
O filme, lançado
pela <i>Paramount Pictures</i>, dirigido por
Darren Aronofsky e produzido por Scott Franklin, prometia ser uma grande
produção, com efeitos especiais e tecnologia 3D surpreendentes. O elenco é de
primeira: conta com Russel Crowe no papel de Noé, Anthony Hopkins como
Matusalém e Jennifer Connelly como a esposa de Noé. Além deles, estrelam no
filme, Emma Watson como a esposa de Sem, Douglas Booth como Sem, Logan Lerman
como Cam, Leo McHugh Carrol como Jafé e Ray Winstone como Tubal-Caim.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Em uma nota
emitida pelo site oficial, durante a pré-estreia do longa, líamos que: “O filme
é inspirado na história de Noé. Apesar de adquirida a licença artística,
acreditamos que o filme é fiel à essência, valores e integridade da história
que é pedra angular da fé de milhões de pessoas ao redor do mundo. A história
bíblica de Noé pode ser encontrada no livro de Gênesis”.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Nou00E9.docx#_edn1" name="_ednref1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Apesar dessa
nota e da expectativa de várias pessoas em relação à estreia, a fidelidade ao
relato bíblico é completamente frustrante e essa enorme quantidade de desvios
em relação à Bíblia, ofuscou todo brilho tecnológico e de efeitos especiais
produzidos para a película. Se por um lado o filme trouxe grandes
insatisfações, por outro rendeu 178,5 milhões de dólares em sua receita mundial,
logo em sua primeira semana de estreia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b>Outros filmes baseados na Bíblia<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
O filme “Noé”,
lançado em 2014, não é o primeiro a conter erros estranhos às Escrituras. Com
uma produção bem menos requintada, o longa-metragem “A arca de Noé”, lançado em
1999, dirigido por John Irvin e estrelado por John Voight, faz confusões
bizarras a respeito da história bíblica.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Antes de Deus
destruir a terra através do dilúvio, Voight, interpretando Noé, intercede por
Sodoma e Gomorra, a fim de que o povo seja poupado. Ele pergunta: “Mas não há
chance de salvá-la, Senhor?”. Deus pergunta: “Salvá-la?”. E Noé responde: “É a
minha terra natal”. Então a divindade diz que se houver 50 pessoas honradas, as
cidades impenitentes seriam salvas. Mas Noé pergunta: “Cinquenta? Não dá pra
deixar por dez?”. Chega a ser hilária a confusão entre Noé e Abraão (cf Gn 18).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Em “A arca de
Noé”, nem todas as pessoas morreram no dilúvio. Em certa ocasião, não apenas um
navio pirata, mas quatro aparecem do nada tentando saquear e tomar para si a arca.
O líder desse bando era Ló. Sim, isso mesmo, você não leu errado. Teria Aronofsky
se inspirado nesse personagem quando pensou em Tubal-Caim?“A arca de Noé” seria
cômico se não fosse trágico!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Em “Abraão, o
pai da fé” (1993), é dito que Ló fez um ritual numa noite de lua cheia para que
sua esposa engravidasse, algo não mencionado em toda a Bíbllia. A chamada de
Abrão, na Bíblia, acontece após a morte de seu pai, Terá. No filme, entretanto,
o pai ainda está vivo. Logo após a saída de Abraão de sua terra, ele encontra
um escravo fugitivo da terra de Damasco, por quem paga alta quantia em favor de
sua liberdade. Adivinhe quem é o escravo: Eliézer. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Quando Abraão
chega a Canaã, encontra um povo que alega ser dono da terra. O líder deles diz
que seus ancestrais cavaram-na e encontraram um rio, plantaram árvores e
deixaram tudo da forma como Abraão encontrou. O referido filme, assim como os
demais que serão citados, é cheio de ocorrências extra e anti-bíblicas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
O que falar
de “Sansão e Dalila” (1996)? Dentre tantos equívocos, podemos citar a aparição
de um “mensageiro” dando a notícia da gravidez à esposa de Manoá e não Cristo,
na figura teofânica do Anjo do Senhor. Na mensagem, ele diz que o filho que
nasceria seria “nazareno” ao invés de “nazireu”. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Outra
curiosidade reside no fato de que, pela Bíblia, a mãe de Sansão corre e conta a
seu marido tal experiência. Ele, ao invés de duvidar de sua esposa, suplica a
Deus que para que envie novamente o homem que deu as boas novas (cf Jz 13.6,7).
No filme, entretanto, Manoá age de forma cética e duvida da possibilidade de
sua esposa ter um filho, visto ser ela estéril. A reaparição do Anjo do Senhor
a Manoá é simplesmente ignorada no longa em questão. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Outro
clássico é o filme “Os 10 mandamentos” (1956). Segundo o longa, Moisés teria
destruído alguma cidade a pedido de faraó e ele obedientemente voltou em
triunfo, enquanto era morador do Egito. Ele não seria apenas um líder militar,
mas também um líder político, pois trouxe o rei da Etiópia para fazer aliança
com o rei do Egito. Nefreti é uma linda moça egípcia, apaixonada por Moisés.
Quando ela fica sabendo por uma senhora hebraica da origem mosaica, mata a
mulher, a fim de encobrir a descendência de sua paixão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Josué é uma
figura interessante. Sua primeira aparição na Bíblia acontece no acampamento de
Refidim, durante a batalha contra os amalequitas (cf Êx 17). No filme, porém,
Josué é um escravo ousado, um herói hebreu. Depois de bater num mestre de obras
egípcio, Josué é amarrado e está prestes a morrer, quando inesperada e
heroicamente aparece Moisés, o qual mata o mestre de obras e enterra-o na
areia, libertando Josué. Depois de vários anos, quando Moisés está vivendo em
Midiã, Josué o chama para exercer seu chamado de libertador do povo hebreu do
jugo egípcio.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Ainda de
acordo com “Os 10 mandamentos”, Datã, aquele que liderou a rebelião contra
Moisés no deserto, é um encarregado hebreu, em meio aos escravos conterrâneos.
Uma situação, sem sombra de dúvidas, fantasiosa. Poderíamos enumerar várias
outras incongruências, mas as que foram comentadas são suficientes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Sabendo que
tais filmes abusam da licença artística e propagam, em alguns casos, erros
destruidores, qual deve ser a nossa reação perante tais obras cinematográficas?
Será que devemos ser radicais como os muçulmanos que optaram por proibir a
exibição do filme? Devemos agir com indiferença ou conformismo em relação aos
erros deles? Ou podemos assumir uma posição mais equilibrada e moderada a
respeito?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b>Como deve ser a nossa reação?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Trevin Wax
fez uma boa abordagem a respeito desse questionamento. De acordo com ele,
normalmente nos círculos evangelicais, acontecem dois tipos de reações: a
crítica e a celebradora.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Nou00E9.docx#_edn2" name="_ednref2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Os críticos
são fundamentalistas e estão mais preocupados com a precisão bíblica que o
filme deve tomar. Esses críticos aparecem em blogs, sessões de comentários ou
outros meios de comunicação a fim de expor os erros contidos nas obras. Ele
caricatura esse grupo sugerindo a seguinte reação:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
“Se é ‘<i>Jesus, A História do Nascimento</i>’, eles
apontam que não sabemos se os sábios eram reis, ou se eles eram três; Se
é ‘<i>O Príncipe do Egito</i>’, eles
apontam que foi a filha de Faraó, não a sua esposa, que encontrou Moisés no
rio; Se é ‘<i>Os Dez Mandamentos</i>’, eles
nos lembram que não há registro bíblico de uma princesa egípcia dizendo
“Mooiiiséééés, Moooiiséééééés!” tantas vezes; Se é a série do History Channel ‘<i>A Bíblia</i>’, eles apontam que a Bíblia não
atribui movimentos ninjas aos anjos que ajudaram Ló a fugir de Sodoma.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Em contrapartida,
temos os celebradores. Eles reagem positivamente e se sentem lisonjeados em
relação a qualquer película baseada na Bíblia, afinal, Hollyood está
“anunciando a Palavra” indiretamente ou até mesmo “fazendo a Bíblia parecer
legal”. Os filmes são usados até mesmo como ferramenta para evangelização. A
caricatura desse grupo é assim pintada por Wax:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
“Se é ‘<i>Todo Poderoso</i>’, eles começam uma
discussão em grupo sobre como Deus pode ou não pode ser como Morgan Freeman; Se
é ‘<i>A Paixão de Cristo</i>’, eles
convidam seus amigos e vizinhos perdidos para um jantar e um banho de sangue; Se
é ‘<i>Homem-Aranha 3</i>’, eles
fazem uma série de sermões sobre vingança e a espiritualidade dos filmes de
super-heróis. Não importa o quão ruim o filme possa ser, é melhor do que sequer
abordar o tema. Faça o melhor que puder com um bom filme de Hollywood!”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Wax prossegue
em sua abordagem mostrando que “os críticos estão certos em manter uma visão
elevada da Bíblia e em julgar tudo pelo seu padrão”, bem como “à habilidade de
um filme em solidificar figuras mentais e detalhes em nossa mente, quer elas
reflitam bem a Bíblia ou não”. Ele também assevera que, os celebradores estão
certos “em ver uma oportunidade sempre que Hollywood entra na onda bíblica”,
afinal, é mais fácil “falar sobre coisas espirituais com os seus amigos e
vizinhos quando milhões de pessoas estão afluindo para filmes com temas
espirituais no fim de semana”. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Os erros das
duas posições, segundo Wax, é ver como sacrílega a licença artística por parte
dos críticos e esperar frutos espirituais que venham, não da Palavra, mas das
telas, por parte dos celebradores. Sua conclusão é que, cristãos devem assistir
ao filme “Noé” da mesma maneira que assistem a qualquer filme, usando de
discernimento e sabedoria. Não se deve, segundo Wax, “fazer excessiva
publicidade das falhas do filme e perder a oportunidade maior” e conclui,
mostrando que, “não devemos ver o filme como o mais promissor método de
evangelismo a aparecer hoje em dia, como se a Palavra de Deus precisasse de
representação visual para maximizar o seu poder”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
A posição de
Wax busca ser o mais moderada possível, entretanto, seu artigo foi escrito
durante a pré-estreia. Seria interessante saber sua opinião posterior à
exibição do filme. Não obstante, atendendo a uma análise biblicista de como
deve ser nossa reação, podemos comentar três coisas:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
1) A solução
não é sermos radicais e proibirmos as pessoas de assistirem. A Bíblia não
favorece posicionamentos extremistas. Não é pela força e nem pela violência que
conseguimos convencer as pessoas. Aliás, a Bíblia diz que, “até importa que
haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós”
(1 Co 11.19 - ARC).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
2) A solução
não é agirmos silenciosos, indiferentes ou acomodados. Não podemos nos
conformar com este século (Rm 12.2) e nem mesmo sermos amigos do mundo (coisas
corrompidas), pois nos tornaríamos inimigos de Deus (Tg 4.4). Todavia, isso não
quer dizer que devemos fazer manifestações, sairmos com dizeres e placas
condenando e tentando proibir a exibição, pois voltaríamos ao ponto 1.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
3) Nosso
posicionamento deve exprimir a insatisfação para com as heterodoxias contidas
no longa, principalmente depois do fato dos produtores terem se comprometido em
serem fiéis “à essência, valores e integridade da história que é pedra angular
da fé de milhões de pessoas ao redor do mundo”. Devemos analisar, mas não
discutir (no sentido pejorativo). Devemos “<span style="font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">responder com
mansidão e temor a todo aquele que (...) pedir a razão da [nossa] esperança” (1
Pe 3.15).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Embora a abordagem seja intrinsecamente relacionada aos protestos
populares, são muito úteis as considerações do Dr. Augustus Nicodemus: “</span>a
maneira de a igreja influenciar e mudar a sociedade é, fundamentalmente, pela
pregação do Evangelho de Cristo, chamando governantes e governados ao
arrependimento de seus pecados e à conversão, pela fé, a Jesus Cristo. Mas, não
somente isto! Devemos, também, ter em mente que, pelo procedimento e pelo
exemplo, os cristãos se tornam sal e luz do mundo, quando suas obras de amor,
arrependimento e fé são vistas pelos incrédulos.”<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Nou00E9.docx#_edn3" name="_ednref3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b>A visão do diretor e os perigos dos erros
cinematográficos<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Miguel
Bambieri Jr., comentarista cinematográfico da Veja, comenta que “Aronofsky foi
ousado. Como o livro sagrado dá curtas pistas da história de Noé, o diretor
imaginou o que teria ocorrido antes, durante e depois do dilúvio”.<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Nou00E9.docx#_edn4" name="_ednref4" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>É
um argumento comum para a produção de filmes baseados em histórias bíblicas,
porém, enquanto algumas cenas foram oriundas de imaginação, outras extravasaram
a unidade doutrinária da Bíblia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Aronofsky, em
uma entrevista concedida ao <i>Washington Post</i>,
é questionado sobre as “liberdades criativas” do filme e ele responde da
seguinte forma: “<span class="hps"><span lang="PT">Onde
estão</span></span><span lang="PT"> <span class="hps">lá</span>
<span class="hps">liberdades</span>? <span class="hps">Encontre-me</span> <span class="hps">uma contradição</span> <span class="hps">que</span> <span class="hps">não
possa ser explicada</span>. <span class="hps">Claro</span> que <span class="hps">há</span>
<span class="hps">liberdades</span>, quero dizer, <span class="hps">nós estamos
fazendo um</span> <span class="hps">filme.</span> <span class="hps">Se você ler os</span>
<span class="hps">quatro capítulos</span> <span class="hps">onde ocorre a história</span>
<span class="hps">de Noé</span>, veremos que Noé <span class="hps">nem sequer</span>
<span class="hps">fala.</span> <span class="hps">Como você escala</span> <span class="hps">Russell</span> <span class="hps">Crowe</span> <span class="hps">e não o
tem para</span> <span class="hps">falar</span>? <span class="hps">A esposa de</span>
<span class="hps">Noé e suas três noras nem mesmo são nomeadas na Bíblia</span>.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span lang="PT">Ele prossegue, dizendo: “<span class="hps">Se
você ler</span> <span class="hps">a história de Noé</span>, é muito <span class="hps">simples.</span> <span class="hps">O personagem de</span> <span class="hps">Noé</span> <span class="hps">apenas</span> <span class="hps">constrói</span>
<span class="hps">a arca</span> <span class="hps">e</span> <span class="hps">recolhe
os</span> <span class="hps">animais.</span> <span class="hps">Mas as</span> <span class="hps">lutas,</span> <span class="hps">o esforço</span> <span class="hps">de
construir</span> <span class="hps">uma arca</span>, <span class="hps">de ser</span>
<span class="hps">responsável por todos</span> <span class="hps">os animais</span>,
sendo responsável por <span class="hps">sua família</span>, não é totalmente <span class="hps">explorado.</span>”<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Nou00E9.docx#_edn5" name="_ednref5" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="PT" style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Apesar de entendermos que as lacunas precisam ser preenchidas para a produção
de um filme, sabemos que existe a</span> possibilidade de preenche-las sem tornar
o longa anti-bíblico.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Cenas que
contrariam um preceito ou história da Bíblia normalmente confundem as pessoas
que se deparam com tais filmes. É o caso de “A última tentação de Cristo”. O
longa, lançado em 1988, foi dirigido por Martin Scorsese e estrelado por Willem
Dafoe, Harvey Keitel, Barbara Hershey e David Bowie. Apesar de renomados atores
no elenco, o filme ilustra várias tentações em Cristo, como medo, dúvida,
depressão e relutâncias. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Além dessas
formas de tentação, o filme mostra Jesus imaginando-se envolvido em atividades
sexuais e sugere que Ele quase chegou a ter um relacionamento sexual com Maria
Madalena antes de iniciar sua vida monástica. A mulher adúltera de João 8.1-11,
é interpretada como sendo Maria Madalena. Muitas pessoas até pregam e ensinam
que era ela, baseadas no filme e não na Bíblia, que omite a identidade da
mulher adúltera.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
“A última
tentação de Cristo” chegou a ser um pouco mais polêmico do que “Noé”. Grupos de
cristãos tentaram boicotar a exibição dele nos cinemas e algumas lojas e
locadoras de vídeo recusaram a presença deles em seus acervos. Alguns países
proibiram sua exibição por muitos anos, como é o caso do Chile, que só liberou
o longa após 15 anos de censura.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Martin
Scorsese acabou trazendo em seu filme, uma espécie de concepção nestoriana de
Cristo. Nestório chegou a ser Arcebispo de Constantinopla e viveu de 386 a 451.
Ele ensinava que Jesus era hospedeiro de Cristo. No filme, Jesus é um
marceneiro que faz as cruzes com as quais os romanos crucificam seus
opositores. Ele vive atormentado por pesadelos e visões, desconhecendo o real
significado dessas “alucinações” e se auto-flagelando por isso, até que foge
para um mosteiro. Lá, ele tem uma visão decisiva e reveladora, e somente depois
dela é que ele toma consciência do seu papel como o tão aguardado messias. O
Jesus desse filme não passa de um profeta, um pecador nato. A Bíblia,
entretanto, assegura-nos que Cristo tinha consciência de sua identidade ainda
enquanto criança (cf Lc 2.49, 50).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Os erros dos
filmes baseados na Bíblia induzem milhares de pessoas que não se preocupam em
ler o livro Sagrado, a repassarem e até mesmo a acreditarem na história reproduzida
nas telas. Alguns erros não chegam a afetar a ortodoxia cristã, mas,
incongruências como as do filme “A arca de Noé” podem misturar as coisas nas
cabeças das pessoas. Não obstante, a apresentação de um Deus mutável, sujeito a
sombra de variações que tal filme passa, afeta a concepção de pessoas que não
conhecem profundamente a divindade cristã.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
O filme
“Noé”, por sua vez, mostra a figura de um Deus malvado, completamente
transcendente e não imanente. Vai de encontro com a profissão de fé cristã em
relação ao criacionismo, mostrando o evolucionismo como parte da tradição da
descendência de Noé. Transforma demônios, seres maus, em seres bons, heróis de
renome que ajudaram não apenas Noé a construir a arca, mas a humanidade
pré-diluviana. Aliás, são tantas distorções, que o maior perigo de tal filme
reside na contribuição para o aumento do ceticismo. Se o amado leitor acha que
é exagero, vejamos os 10 principais erros que o longa-metragem “Noé” apresenta:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b>Os erros do filme “Noé”<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
1) Depois que
Caim mata seu irmão Abel, ele é acolhido por uma legião de guardiões. Esses
guardiões são, segundo o filme, os anjos caídos e ajudaram a humanidade
pré-diluviana na habilidade de trabalhar com metais e outros tipos de serviços
afins. Segundo a Bíblia, Caim fugiu errante sobre a terra, mas não foi acolhido
por anjos ou demônios e sim por parentes próximos. Além do mais, não foram
outras formas de vida que auxiliaram o homem no desenvolvimento tecnológico,
mas eles próprios iniciaram tais atividades (Gn 4.20ss);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
2) Um dos
maiores problemas do filme é apresentar os anjos caídos como seres
injustiçados. O motivo pelo qual eles teriam sido expulsos, não é a rebelião
luciferiana, mas uma suposta ajuda não liberada por Deus a Adão. A sensação que
o filme passa é que Deus foi injusto com eles, pois só queriam ajudar. Sendo
impedidos de prestar tal auxílio a Adão, tornaram-se enormes monstros de pedra,
os <i>nefilins</i> de Gênesis 6 (que mais
parecem os <i>transformers</i>). As
Escrituras, entretanto, mostram que os anjos caídos são os demônios (Lc
11.14-20), não possuem natureza corpórea (Mt 10.1; 2 Co 11.14; Ap 16.13,14), não
ajudam a ninguém (Jo 8.44; 10.10), são adversários de Deus e dos homens (Zc
3.1; At 13.9,10; 1 Pe 5.8) e que foram expulsos do céu em função de uma
rebelião contra Deus (Lc 10.17-19; Ap 12.4-9);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
3) Lameque,
pai de Noé, teria morrido quando este ainda era pequeno, uma criança que partia
para a adolescência. Além disso, eles viviam como que foragidos de uma raça
completamente contaminada pela maldade. A impressão que dá inicialmente, é que,
Aronofsky estava sugerindo mais uma teoria para o debate filhos dos homens x
filhas de Deus de Gênesis 6, mas no decorrer do filme, percebe-se que não é
isso. A Bíblia chama Noé de pregador de justiça (2 Pe 2.5) e mostra que as
pessoas que rejeitaram a mensagem de Noé em seus dias estão aprisionadas no <i>hades</i> (1 Pe 3.18-20). Além disso, não há
como abrir nenhum precedente para a ideia de um campo de refugiados, como o
filme tenta passar. As pessoas moravam juntas em comunidade. Não obstante, o
pai de Noé morreu cinco anos antes do dilúvio (Gn 5.30; 7.11);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
4) A Bíblia
não relata o tipo de relacionamento que Matusalém e Noé tiveram. Embora algumas
pessoas possam pensar, de imediato, que os dois não foram contemporâneos, lemos
que Matusalém morreu no ano do dilúvio, pois viveu 782 anos depois que gerou a
Lameque, seu filho (Gn 5.25ss). No filme, Matusalém morre através do dilúvio e
é uma possibilidade real, visto que a Bíblia silencia-se a esse respeito. A
única ressalva é a forma como Matusalém vive: isolado numa montanha e protegido
pelos “guardiões”. A impossibilidade desse fato é explicada nos tópicos
anteriores. Outra possibilidade é a contemporaneidade de Tubal-Caim e Noé, pois
na árvore de gerações, corresponde ao mesmo nível de Lameque (anexo 1). Apesar
da possibilidade, a liderança do descendente de Caim é completamente imaginativa
e bem mais ainda a sua sobrevivência ao dilúvio;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
5) Durante a
construção da arca, diga-se de passagem que era uma engenharia bem superior
para a época, os anjos caídos ajudam Noé a edifica-la. Quando a chuva chega, os
homens resolvem lutar a fim de tomarem a arca para eles, mas Noé e sua família
é protegida e auxiliada pelos “guardiões” de pedra. O exército de rebeldes,
liderado por Tubal-Caim, trava uma épica batalha contra os demônios. Aquelas
enormes criaturas de pedra vão perdendo espaço tempo a tempo e quando uma delas
está prestes a morrer, suplica pela misericórdia divina, que em sua estranha
benignidade, acolhe o anjo caído ao lugar original de outrora. Depois desse, um
a um vai retornando ao céu. A Bíblia, por outro lado, mostra que para os
demônios, não há possibilidade de arrependimento e retorno celestial, antes, o
lago de fogo e de enxofre fora preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.41;
Ap 20.10);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
6) A fim de
contrariar a Bíblia, entram na arca apenas a esposa de Noé e seus filhos (Sem,
Cam e Jafé). O único que tinha uma esposa era Sem. Cam bem que tentou, mas seu
pai não deixou. De acordo com o filme, Noé havia entendido de Deus, que nem
mesmo eles deveriam sobreviver. Como não poderiam mais procriar, arranjar mais
esposas era algo inútil. A Bíblia, todavia, mostra que entraram oito pessoas na
arca: Noé, a esposa, os três filhos e três noras (Gn 7.1, 13; 1 Pe 3.20);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
7) Durante o
dilúvio, Noé faz uma reunião familiar na arca e conta a eles o que seus
descendentes ensinavam tradicionalmente. Enquanto ele vai contando a origem do
mundo, as imagens da película vão passando gráficos de um evolucionismo
misturado com a ideia do Big Bang: um peixe que vai se transformando em ave,
outro peixe que vai se transformando em um animal que rasteja, que por sua vez vai
se transformando em vários outros rastejantes e outros que se arrastam, passando
por ruminantes, ursos e todos os tipos de animais, até chegar num macaco. Para
completar o cúmulo do darwinismo, ficou faltando apenas o macaco se transformar
num homem, embora a cena pareça sugerir isso. Essa ideia contraria
completamente o criacionismo bíblico. As Escrituras não abrem espaço para esse
tipo de cogitação!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
8) Bem, não
era para haver procriação, mas a esposa de Sem engravida. Quando ela vai dar a
notícia para Noé, este fica tomado de ira e profere maldições de todo tipo. Sua
conclusão é de que, se for menina morrerá assim que nascer, mas se for menino,
será o último a morrer de velhice. Para loucura de Noé, nasce não apenas uma
menina, mas gêmeas. Ele fica possuído de ódio e vai em busca do suposto
cumprimento da ordenança divina de mata-las. Nenhum argumento de sua nora,
esposa e filhos, é capaz de aplacar sua fúria. Indiscutivelmente, o Noé deste
filme é um lunático, sanguinário e religioso fanático. Essa caricatura
contradiz completamente a revelação bíblica. Não somente isso, a forma como as
coisas vão se desenrolando, caricatura não apenas Noé, mas o próprio Deus como
alguém severo, maligno, indiferente e egoísta, uma divindade fruto da
imaginação humana;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
9) A boa
notícia é que Noé não matou as gêmeas. Ele ficou penalizado e tomado de
compaixão. O filme faz parecer que Noé foi mais benigno do que Deus. Mas isso o
levou a se sentir falho para com a divindade e afundou-se em uma profunda
depressão. Depois que as águas baixaram, Noé abandonou a família e foi morar
isolado numa caverna. Por lá, ele plantou uma vinha e se embebedava
freneticamente. Pelo menos é assim que Aronofsky interpreta a passagem de
Gênesis 9.20-28. Para piorar a imagem noética, só ficaram faltando as palavras
imprecatórias ao neto Canaã. Mas, como Cam não era casado no filme, não teve
como passar essa ideia;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
10) Por
último, mas não menos importante, o filme é um tanto quanto místico. Noé recebe
seu chamado de uma forma bastante esquizofrênica. Ele tem visões, sonhos,
inquietações e alucinações mostrando-lhe a destruição em massa. Em outro
trecho, Matusalém coloca a mão no ventre da esposa de Sem e ela, que segundo o
filme era estéril por causa de um ferimento que os rebeldes fizeram-na enquanto
criança, recebe uma experiência sobrenatural e é curada por uma força ativa.
Sem falar da pele da serpente que os homens carregavam. Essa pele era um
direito da linhagem de Sete e continha poderes mágicos. Contudo, como uma relíquia
oriunda da serpente, símbolo do mal, poderia ser herança da linhagem piedosa de
Sete?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b>Considerações finais<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
O filme
possui inúmeras outras inconsistências que não foram abordadas. O presente
artigo não pretendeu analisar a película sob o olhar de um crítico de cinema,
mas segundo a visão bíblica, partindo de uma premissa judaico-cristã. Conforme
vimos anteriormente, em uma nota oficial, a equipe de produção do longa
publicou que, “o filme é fiel à essência, valores e integridade da história que
é pedra angular da fé de milhões de pessoas ao redor do mundo”. Todavia, ele
deixou a desejar nos três quesitos que se propôs ser fiel: essência, valores e
integridade da história.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Sua
infidelidade à essência pôde ser vista na inversão de valores que a obra faz de
Deus e do próprio Noé. Ela faz de anjos caídos (demônios), seres benevolentes e
injustiçados e torna a graciosidade de Deus em malevolência. Se a história
bíblica deseja mostrar o favor imerecido de Deus frente à impiedade humana, o
filme mostrou o contrário: um Deus vingativo, mal e que não se importa com
ninguém. Absolutamente, o “Criador”, citado no filme, não é o Deus das
Escrituras Sagradas e tampouco o Noé, interpretado por Crowe, é o Noé da
Bíblia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
A
infidelidade aos valores pode ser verificada nos discursos apregoados pelo
sistema judaico-cristão. Noé é um exemplo de homem piedoso, alguém que andava
na contramão do mundo de sua época. Por isso é que ele achou graça aos olhos de
Deus. Contudo, o Noé do filme não passa de um lunático, de um religioso
fanático. O perfil noético proferido no filme, nem de longe se enquadra no
testemunho escriturístico (cf Ez 14.14-20; 2 Pe 2.5; Hb 11.7). Além disso, o
filme fere valores cristãos quando tenta conciliar o evolucionismo com o
criacionismo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
A infidelidade
à integridade da história nem sequer precisa de muitas explicações, tendo em
vista toda uma sessão do presente artigo que foi dedicada às incongruências do
filme em relação à história narrada na Bíblia. Os efeitos especiais, a
tecnologia empregada, o estrelato do elenco, dentre tantas coisas que poderiam
tornar o filme em uma mega produção, simplesmente tiveram seus brilhos
ofuscados pela pérfida versão que foi transmitida no longa-metragem “Noé”, que
passou em questão de minutos de fantástico para esdrúxulo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b>Anexo 01 – Genealogia das primeiras
gerações após Adão<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<v:shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter">
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0">
<v:f eqn="sum @0 1 0">
<v:f eqn="sum 0 0 @1">
<v:f eqn="prod @2 1 2">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @0 0 1">
<v:f eqn="prod @6 1 2">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="sum @8 21600 0">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @10 21600 0">
</v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:formulas>
<v:path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f">
<o:lock aspectratio="t" v:ext="edit">
</o:lock></v:path></v:stroke></v:shapetype><v:shape id="Diagrama_x0020_3" o:gfxdata="UEsDBBQABgAIAAAAIQC2MIQfXAEAANEEAAATAAAAW0NvbnRlbnRfVHlwZXNdLnhtbLSUy07DMBBF
90j8Q+QtStyyQAg17aKFFQIkygcM9iS16he2U5q/x80DQVWgkegmSmLPPUfWeCazrZLJBp0XRudk
nI1IgpoZLnSZk5flXXpNEh9Ac5BGY05q9GQ2PT+bLGuLPonV2udkFYK9odSzFSrwmbGo40phnIIQ
P11JLbA1lEgvR6MryowOqEMadhlkOllgAZUMye02/m5NHEpPknm7ccfKCVgrBYMQTelG8z1K2hGy
WNns8Sth/UXUIPQgYbfyM6Cre4xH4wTH5AlceAAVNSiTwr4acJxyB+/xoHz/Ms5+Dz1gbYpCMOSG
VSqeSNYl9tp/4AWUDlTEQ4B/YyuZ8TZ4EWMHmkioTRVO4HLfBA+0easEWz+HWuIJjJrcgULMSOP8
CWTmTfBAm67ZjtFRPm07te/QL13SXoLj2CEOCKTN8xjs90HSKXxeliam59JmIE0/AAAA//8DAFBL
AwQUAAYACAAAACEArTA/8cEAAAAyAQAACwAAAF9yZWxzLy5yZWxzhI/NCsIwEITvgu8Q9m7TehCR
pr2I4FX0AdZk2wbbJGTj39ubi6AgeJtl2G9m6vYxjeJGka13CqqiBEFOe2Ndr+B03C3WIDihMzh6
RwqexNA281l9oBFTfuLBBhaZ4ljBkFLYSMl6oAm58IFcdjofJ0z5jL0MqC/Yk1yW5UrGTwY0X0yx
Nwri3lQgjs+Qk/+zfddZTVuvrxO59CNCmoj3vCwjMfaUFOjRhrPHaN4Wv0VV5OYgm1p+LW1eAAAA
//8DAFBLAwQUAAYACAAAACEAq8knvk00AAAkDQEAHAAAAGNsaXBib2FyZC9kaWFncmFtcy9kYXRh
MS54bWzUndtyHUeWnu8d4Xdg8L6alVlZeVCMZiKP4Xao3e2etm8cDgeahFr0kAQbgNotO+Zp5lHm
xfytLaJQALE3swhgg1CEKGpL2KxctXId//Wvf/inv79/9+Jvp+cXb88+fP9S/WZ8+eL0w+uzN28/
/OX7l//tT23wL19cXJ58eHPy7uzD6fcvfzm9ePlP//gf/8M/vPnL++/enFye/O7szem7F3zLh4vv
+Oz7lz9dXn787tWri9c/nb4/ufjN2cfTD/zXH8/O359c8q/nf3n15vzk//D979+90uNoX715e/KX
85P3Lz99yclXfMX7k7cfXv7j7pk+Xv5wcXn12xfv5el+++b7l/9P56mlMM+DsVYPZuSXNOk4jN6N
JVkbctP/+vLF5S8fOeWbs9dXX3f+z6eXL96d/YnP5Xt+Pv/w3fu3r8/PLs5+vPzN67P3r85+/PHt
69NP/zg5v5RDza/8q3cnv5z9fPnqp7en5yfnr3/6Rb3ka/LJpXzL8uHLF3+92P7Vf/357et/ubj8
5d3pq4u37z++O+W7/3rx6bt//eTli9df8cWvz96dnV+8Onn9+vTDpfpfWr7l09d++uzli48/vXtz
jqq8fPWrlC8+/uH802+R+8l3fz5788vuk5Pv3l1c/vPuKeXzj/LL6Yc3fzg5P/njH85fvDsRFft4
OaQ/yle92v0fr0St+JrdPz/e9R5VNDWrMQ8mzm0w2rYhBhMHXZz3JiXTmv/XGy9v98B/+v7l//jT
6d8vz/7nVz33uTz8+edPfcLDxjf//m9n8vzy3Pxf/WeZp2RjcHpwOqOYk2lD8joMU3aqBO2nlMZF
Jz+enP/p/OTDBe/k7x92Kj1FFycd9FCnbAcz85Oxljy4pmq1uuaY4g1RPM0bm0xt8+zqEM2cOOUU
B59CHGqINU6u5lTbcsqLt39+pqdUbkx2noY6mmkwAeUMuoShpJzGpkKMyd14Gb9epEfUy3zy9v1X
qWWes26hmmGeMkdJsxpSVm5IXLFoTG5TNMsLu0MtU7V5NGmwaQyo5RyH1JoZcs4TVxTrGHjfn0y0
mNenUUvfsB01zUOcdeGUnhemRjXUWgISKKOdeGGfHMIdavk8TjmN1bXJ5qFMFZs5ezuEaSxDay7g
D/Wo9E0b8ehqWT+c/fXn069STGOaxYtPQwnND8a1PHhV4mCqmypHC8qW5ZV9rpiulTJnFYZ5Hvkh
tHyIY4yDyy5VbZoP34RimmJRy4a9LMkNRk1cv2m2QzJe2Ra5ij4sp/xcMZ/JKduUWnRmxl4meZel
DMFZPwRTvY9prjbdtBKPrphYoq9US6uz1XbEDxOIEF+OvLBpHubY2uSwf3i/5YV9rpbeza7E7AcO
zY+7jCQ0V1R8hpnw5JNX34C9nJ2vySo16BjFXrpCtOHHIVvlCg4jBX/IjT+TUxpEb4jEhugkWBmD
4V2OdZhH60otsxmnI6sl9vLiq6xlUA0rYtVgJ60Il51EJDYNThlb7Th7pzD9nxzc52rZwuzajAXy
ORFoj8kMoWg/lGxKS4Th2dtvQS3LWEzhgLaZOpiSyQcKCjrPxoxzcbiL62Dlc2v5TE45kaaqhK/y
YUQtcxHX5eswBtFITGmZbmY9XxNTHUpy/uvPpx/+/d++Sg9taylmHju6hH1LxIMhYe7QT2OTNYpQ
64Aezs234FwcrBevnfklRLP78azUFLyecIdPHk6GYAguDMmb9ryh6pwElqRlox4nrlEz8ob2hpPP
5JQTEZSqaeSOSZYTsZGxOJIelyfeyqyb4rbd82Uc0sPfnZy8O3l3+u6rNHFU4xytN5gJS2QVchyi
pgZEuG911NGMbVre0ecWkZOrkninFiEQP45YRKfrwOWr2jrb3Hj/w9+/QqJ9M3HEZodK0o0VnAbv
CZUnS6UrxLHmQjyxXxOfySld9omEYJhCkSSVMkiqJJ1V1TD7UU+p1kfVxP98cn765usCxhoVpZnZ
DTwoGbLXM+8KT1u1U0GVyeX5kB4GP00NyzlkKf4YFXnBkzYD+Y93Udk4hW9BD1tpGEX8cckTj1k8
dQCfKU8pW4OtFBHcoTzmmZzSlbn60NTQghklJ/UETHoctCuU8sJUbXlcPbxHPq0VhcPZayo1Gnto
eexkKIbUYOapurHFdqj+mBTRlSLRiTbg8khihpgKaml0QJH93MSx39MZPIA91G0KgXo/lR0yTQoF
Q4qKkD4mklCbJh/KAXv4TE7pPG+OCuTAC+FlNJ2pumEZm7OKtxsnU+5vFA555h9O3p9+bWFntsEZ
iSNIUIjxqkSHmmN4Wyj1Y+5cOaSIJY9Z16qoMGMLyaCpo08UYGeV5tRGP7rx/tHx/RVRyoutuHFQ
KRE/lEotzsrLipHKKKm10dctqM9TlWdySu2a9iWHYWwzZj9RrvO2UhyJ09iwiIpQ6d5W4ZAi/vb8
5Cv9MtmxwV5HGjDSUAmJmMJSITbRF1yXSpSvF0vxeXyYS5MXiRqSA0iFhEyFcGTgzbrkbMXafguF
HLpFbrTGDM5k4sPoyVQShiO6WltURWuVllN+robP5JSjTQEtJDoPBt82UdlPtmAY4myb1oVgHat/
T+d0SA1/d/rz/z75ykSlEMlhDexQfEMR3VSkChOGTEvJ2eL9ZK5f0eeKSH3Gq7nN9Nkm7KEaObai
8hNUbLObwmQ98eU9z35/e1irGL2UB6WIQQxOWlzWTP8y5zj7oFum1rY3UXkmp/RS3SU9RvqVlzFR
kEuZdMzSS4u0nSJp2b1fxmFFvPz54ms1MTQTxknFoZiIJkoRER1Swzg7jVULtNyv39Hnmki6qZwb
qfJnqf143HNKyMJLmmKoRJb4LZhEar6NEgBOyk8NzyxV30LEqEladFXGkWwe0MRncsox03KPHJAY
hHdpeaspVC4dhY1xNM7StH1UTbxPiBjtVFwgwddNc40KpQ3+jbQrTdjKqKYar4OnOxTRTEkFFDHT
X0KPJdXJIBF23RkjJTr1LVQRadCCZplHAkNBhBgatynFRmUgAi5oKpVV6/1z3xyeySmNosWOMy4U
3aTJwnlVzMNoagpjDCMx/6Mq4p9+/vPJu+GrARK0TkbSQjdoPRFBBTTK8+ZohY2k09laJbHF3s6K
V1OZGm2+JoaVoJ+I0aLU5Gl8rR1x/vO9j39/9zypbKyhdDMZKp1mIpKl80dzMtSRDrUtRh+qIz6T
U5pYqJMCCqBmKtUBW4ZEp3Mg9sArZDvVtHqX58AfV3HTi498EC8uzl7/tvRjDOWH/gvZ8q84wPzT
23dvAPDJpzu0XP5w+f3LcfljTi9+2CEJ//vJ+cWvf/Trn/5wfvrji7+dvFvB8N68vULhnXx4+/73
H05//e9/BjL2+qcrzJv8px/+BuBTfvTd395dfc4f/fb/nv4nYJ7vTi8EjCcwPHmg9R/96UPa5L8+
xpGBf5F7QXUN26+tpGQ4AO+AvBGG+Az2jYx/5QB49kWCguCUw1y/qD4Q4e6Hrl/UH8/OLu94Tzc7
bfuBiyE4YA2CVtHSOsFM0MwDIDbFaQ4zFWEb4rXReODnB6j68ezi7eXp53rW+/xzSzqJmaq2iQOm
ywUWxQ02TyqkWcdQ7KM9/59PXv/LX87Pfv7wZnWAH/6MFn8A4Qtoebk9v33zd7k91x/srtNttOr+
10Q7kRooZWrSC4Kk2XusHi2UCrYvBmrrlNce7ZiXIFRXj7474I9/ia9frw+074RXdunmrZWbvDYY
k9z5b/F+07QoU6ZC6yZNNhiJerz0U30BzlqoLodVu0Be90Pf750hBvK8qNInQ9x7QQhJKfRYzBII
Jg6QcetE1YMyVCCtCmRLq1Tp8AE6IZjyqL8aKPlVrbVkpzvEwfmnHZ6Wss7qZHerkL5yB0e27M60
oBTAZcI/zKPUzVLmXwPghjDSQC/jqh12WHBTFwz3Dsu+Fs/WFz8mmkAU3AmIMBnOUEszBEouzMpX
+ihOAFxX4eADP/9i2e9xgLHUpHSwg5YEy3Aa+kCERBQsKebyDrw0FB/pANemfX2CxbavP+xT2/22
vflCfzTOQ6PESV0MP+YF/MvlGHOMYGvqqs3wwC9KbPv6MNfGff3pviM+c+OutQFNJmhP1Ikrgmv1
mt43kwFAbwuZRsmPpmEybbMz7tPKBG6842OzFdBIGqR2TnuNtk1SM03EMJZ5Vi3Wdcv+sOp0wphv
GXe3evjPjPv6ZPtU6KYf+zRo8+jzOjMdYucJoLDj/DIVunrVGnpCgG48Xr2swbGHBdcHZr/DuK/F
s/HFE97SVKSfQxuSFz+By05TNsM46uwqCfyc+21GFxh/9fyLcb/HAcbE3IWj6kfXkbjKAmaNE2HW
5IHDO5N0Nf3edesBro37+gSLcV9/2Ke2+4271rqOin5HsVQqiB+p4TqmVmh3JDPNpoE+7DYxW88p
xn19mGvjvv503xGfuXGnRALCGAhMDlI9jwwsgEMiMzfe+1Gm8vozw6+64jvjblb2ceMdByetrFcZ
QBUJrbF0zigoS/g+51DokmZ7jVT6QurR2UO+adz1Wks+M+7rk92tQkT+T2PdS2OsSBqskRieiMpR
rwYVKm6RKoErRuXuokAfcGBlHcWvS1FmLZ+tb36MnoY2/SxetVRm6PjnPA7O0g9IM1VpwbP2Rb6b
n3+x7vc4AJ3F4DONRVcbUxlOYJDJ0C422jPlFOeQgJ890gGurfv6BIt1X3/Yqbf7zbsCJ94ov4Ad
x7LTRmUecXZ2AHpbpiStYtVd/tv8psS8r09zbd7Xn+494zO374y92Eizl4YbsB76hvTOAEvTwdaJ
G1Kc7o99N4t+Cd7nr7fvhm4z0O6J0SVP6RgACIho+vCRkA7culME9b2XpBOacS/7/lmV+cns+ywl
uQQEKgCBwr5T0wotjkMZR1CuIetUrxvjX/CMfYich7XvczA2NPAv1JMUnTpqHKHS+wVuB0bN2sS0
ZO+b3/z8D2HflatzmcH/uFl6hRMo8VhpVFEaU1Vrr/TYHdVuPsBW+/5lvd1v3yN5IvAkTb13p2kz
44WzAOOLdIrTzEADTdE+R7b5oBvs+11nfOb2nUE/P5tIXlik0VuBnIUEGFeNzoLSx8LPj3vJd/H7
vey7a02Jb5qkulS0zABySeYcA6BNbontDoI6AU/3su/rgt8uYH0y+248vjELGQdTdOIZMxP1QLC1
D9ZhN7US5HTfresDuj2sfW9gITGQZShVZqc9rgmPJLjbEW4Hp42auz375ud/CPs+c8kgajEyVS11
xQSsCdM+TBAVpKkozd18tBew1b5/WW/323diyATymMxkR8LUQB0HwkdBuM6OIrwGefxoB91g3+86
4zO37yO0GMrT1Jk9c7PE8LTWhGUAlJILowJN7LrN4+ZL8hDxu1RhJphjIOsilDMQlwywtwChzcCh
x7kZ198g7MQR3su+r6s5T2vfYeJRoMepxU0CPmaiawieTK5NAOCNbqXO/VFVF3z0Ye07hkFBxUMs
ODam6wL0NUA3KV4zN+7CFAvEbb1Wow/+unr+h7DvNiagjoqw1s44WFWw75EizaiqVMvwXaa7bLH5
AFvt+5f1dr99h30BeiiUjLaCBGIyDDhibmZCdztDqdRcf6KyVdM22Pe7zvjc7XvMjiTRDMrL9NxM
+Y/UKcjAASOO2Ujq+GiX5CHsO+P0hOncCptlOD9i39MsY5ow6BDFMSFRultUndjce9n3ddHvae37
FJXSnnyHcjvhYyF+j4H2BYwZtSSgKG2NRD7cXTVdqOyVfXyA+ntmtBPyJBkIoTTDPAxI6hQBVjeg
xlSYGHrqDk02P/9D2HevKtShOw6JQoGp0ftIliJjnCt4yMJfK5C0KN0B1NrmA2y171/W2/32nRl3
0wxRe1ZEkhh7Mq0ADSe8F4G3ONOH6O70bD7oBvt+1xmfuX2nAAb4nvCBGocgIwPjfJ75zeZaANAE
NrJ2p06bRf8Q9t1N80idPdGalyYVww+MYVLThDcltEx5yc3dDgqWgh6ytZv2fSMy8rMa31MhI8cK
h4SinlEEk2eQIemzMvwrVHlzsBSxuwXXR7h3h3n/LCO+3WzebzQ0yMdigMwwI4N5F3hn5LcwlUDS
oiANyr4b9rX5+Rfzfo8DQDklGAa8qvAEUVmUgjSjxEwIAv/iVWTTXV/afIBr874+wdJeXX+4az1+
UW33v6iRUkCEDoSeHqA2k6lFMexOH1zSRziFpVnSG0JuPqdY9/Vhrrur60/3HfGZG3cKM4w7M0zB
ACoIBAcbNAkiHFMGygGY0WSk7NEkvxj3z7Ki/jteFIOzxAaDZmSbiw4EJMwy1K0TbFNQClTTnaJ3
UhbeMu7bkJFfvCXHQkYKKbaFAntwQgUFJ6OMpIK/ZhgtTQGeu9a671wfbeUdxv0eL54Ql/kM4Tml
S4TNyAAEIpUOOGp1gszE4ON7NXfz8y/G/R4HQO4NclaYSgCPcPXgbfVkH7hYUDVq5lLabu+6+QDX
xn19gsW4rz/cZ/luQr72G3cYV+BlCkReMM1K+RQIK40FIeICGgkt99yPjNx8TjHu68NcG/f1p/uO
+MyNewAcbJsCe+sAHZA9gXumPkO3KkFKpLSDIf7Rrshi3D9LifqNe5ALDnR/yHDtgY8DGpeayQOs
o7rMBTCx6U49OnlAbxr3jcjIz5rIT9ZZbcqP8AoIlFDGJYV1jKlxO4wT/MKUN5is7q5s9LG/3mHd
7/HmZ2ovkKsKcweTePB0AA9QYDxx6EFnqFwZaetV3c3Pv1j3exyAfiLhBEzOzAzT9RI6nMAQBzVG
+FiYRxmhg3u0A1xb9/UJFuu+/nBn+r6st/vN+wg/mqf/DTEL8FUIF/mdZCuz8exdAD80Td1J1uY3
taEyc9cZn7l9rxjzUUG16jW8ATQ9KLoT9gyZdApYRRk3VN43i36x758Jtt++j9BU0rWBYCRCKc1p
6A/ORAolQkoaRu1tf37bya57L/tub4NAn8y+C1pNs0hiKLPQ4VuGPkOiBAxOGUQDs+LRrUj/Dxd+
+1iVH9a+w69YvJnw7IXyOxk/nM4TLRgoE0uuSaO93cHv5ud/EPs+tzgBAQfLEDiArPRI7NiB9JGU
GkoWSNFbt33vorVevYCt9v3LervfvntiLJMoOmViLrHvrHmSdRF5HEF26AJXYXeeuPlNbbDvd53x
mdt3yOkmlsYRsDPGKINBdFaxl4xIK4h+GLkgA340HXsI+w72QDvCA6CQVGjYvwX/GtHnELKF+KYy
mV662Sw6WavvZd/XpZyn7ayCbh91ZYptasw7QBgmnVV4HdgaRfG6eWv7kTO6i6t8ZV7k1d9zsmkE
5qUZBRLPTtK/2x0hlFUjiKAM2rPOtTt+3/z8D2HfAyTnRkABrcCxb2THH/KHmMloVuJkuH9qt+pu
PsBW+/5lvd1v32HkL8WA3AhsyeCOTpSh0L2BtZSM10XZaNgdv28+6Ab7ftcZn7l9r5OdlJWsaeam
G808WbIB3tQ2UioDczZvGf/rWUhw65LfF/k+AiCzYpvYfsYppLMKtTlZiB7dZGeSkNoNL6P908MG
fy/7zjZZ+flrnrMni99nqJ7ZKoOoWFlCVCVbMiroaxDlmHiP5e8frOnbAXDr1d/TvmPQa5hAYciC
MOpLjnE2wcBDgNOgT6T0pLrD383P/xD2HU4IiaJwsLv1VBU6SM+ezB1teAWx3OBG742tNh9gq33/
st7ut++Agio5Io5MNjaBXyB+Z24SeiA4ohifxsd1O7LNB91g3+864zO370Lt6GbSw7nKxh4G+dl+
acnUG5vBLAvr+PvRdOwh4ndYk2GWorZgbZ3xUrQHaU4ZCnzAomVSC5Rf7wE6lyzcy76Hb8a+07fA
CbKNBSpxiX9lbRjTnqw6YfdMglqMBK5Xcn27NR7WvgOpm3xkpo3labz5WnnzGWvJcH9ksw50G6a7
PrP5+R/CvjNBGHVj7RsVsYTZY79uAucFNUSZsIGRZUeP9wK22vcv6+1++w6VrwXaZDEywhBEYQ3m
Og+ZSBjZsDBZeDP7HVnXFpeVpm2w73ed8Znbd1/RpUDrA5ASqVOFwgVHyyVH8WjwzCAku5PczZfk
K+z7JyX64eIThS6b3Ne/f/EeMtN3G3a7v7g4f73733VmL/JusM5KHjDyC5w8kYEp1lwkhmRgM8ba
vTm9uNz9/50EuHz978/f7PhU5Uevfn9Fr777qs4l9ldk5b+ermsl/Cd8A0JaCaZvYecimE4w2iKY
TnxDj2A6wUw3BDN3bTO9UzB93O+LYDoH+RbBdA4f9QimcwTvhmD6iPHvFAwIWued0EXPCUcUBNs4
wvMku0YUIM4Gb9iNSOD3P75cxNRZ9FzE1Flw3ScmcmO5ID+ff/ju/dvX52cXZz9e/gZv/Orsxx/f
vj799I+T88tXQAvmV/7Vux03+CuxRSfnr3/6ZSE6vnlr8LmstRcEtuCd2BQGOVpjDhScVo5MVsK5
e7NbtZZBJ53CIoNOKodjy4AFEgyNsp6JXrlMqOEs4ANlqQ69LxxG0Wxl2asHnd5hkUFnUHBsGUBw
VVipVmEz3C3nggkHVm+KILBrzEyGKtVuolLWerDVlnaCio8tAzaD2syqE1IB2b7JBhDuQjPoAcu7
uAsjJgE94LG2uMrrN9/HQLzv1CfnO77m3R/dyQJ9w1BK9YqhOZlAkm5hIuyWvXOy/BDbxCytnbjp
dxrKCtyHqhHdLtnYw7AwaLUqjH6M7FNVJO8wdu8F6RwsWcTUOU+0T0yPZSgLoVLW3A0lG6vZBESx
wDJ6DAiKACtWuMhvFlTXF6Qzw15k0JndH1sGTGZ07DleLkgncGU5dWcPet+p1xekE3Jy44L0rUe+
84LQCTZVNu0CFeaCKApLMUKqCsOlZRVMLkwz7b8gfYNLi5g6h6b2iemxLghbLBxbDTGXTqwnwEYY
Y9jcpnx2aiLfJaTYK4NOcsxFBp3EnMeWgS0ETVCIkWxGMRLCaazEUgDOaMA+ISe4CQtYG4nONssi
g84Wz7FlQNMpztMs+FAhvYfahfIOQIPcSgJVhgFx4kUvf/nInhupKa5l0OnYFhl0rlY4tgz6VgMv
hrKzObucurPYv+/Ua0PZqXQ3DWXX3uS7DWXXhvJFMJ0eYRFMpyB7BNOZ390QTN9i8zsFA1UyE3bs
N8FmcGuEkxI2cT04ZzPL0iu0SPstR2dBYRFT52TWPjE9lgeBY3mqTDEzvyyV7bk61tdDbsisPyTC
LtXZ3gRmry1HJ73DtQz6qCWOLYO+5WjLBeksviyn7gzG9516bTk6BX7jgvRtjrvzgtDtYtadoTL2
otLWhr6CTZwCZodMusBTNY+32jZr5ejkZr0WUx8v7D4xPdYFSRB8Gk1cWYEYE2ZStaKExWDgxCqC
AtXL7dGRtQw6C5iLDDqHw44tA0e2ZbWsHPRgeg2oDMHYs0wp+zFBUzjCQLs3vOgkGb6WQR+39LFl
wOi5q+wW4uTSWBK26+io7LN1wrFbHYyK3y+DrT61E2V8bBkIkTxLovMw0dIRhykob1nU62IG2cje
zHygcNnHI7XoQSeH1bFl4DCIDhqCgbAa7DG/AgJg6IB9Y4giMWidbk4Rru1BZ7F9kUEn196xZcAW
LUZRZIc5O4ylIgWSYxTMFgyvxo+BLuD+oKGz27XIoHMH4LFloGG7a8D9aKHP2APm20g7SUArq+Ys
hE+RBcd7bWLnYo1FBrpvncqxZcAqmwJXWJPSHL6xWNYzOqBjdU6lslfXB79fD7b2vDo5S48tAxwB
OwUZQ6hRSL9474zuePb0BlB/82wtsKe9etA5hbvoQecE8LFloAu8ippRGKqPGd/YSCIMnNWZYjdb
eyvw/f216s78cZFBJ0L72DKwuVQm9BhBa4pS/wzFTnBUpWYZ+oBTqbLNeK8eEEOMrBRnseko62jD
TJ+AaXSohXIawWFS2BTHusigc3fesWVQ8ph1rdwA9g5BcJBpaE2cZWaOLQG4HN2OwJrH2nVUOksq
y6k72377Tn0jkcJEs7Z+QszC0gjuk9+xRs5DzgtgFyK8Itb7RiIlnZtGN0Z2d4FfLPKGLT/Ddit6
VcRFLA/f08xhbsmy/ADzCIU7ykHX2wv1UnPUqckvGPPbHzhtFVMnxHWfmB4rkWK5Q4FHOwzMaSLy
mUJLZCcOrEZUGbRpPtzo9G29Ep0udd+p18rRuRLwhnLg/OjzybQ3tVbCARZWofqAGwwU7o3dzMoT
Ft6ZZQPJqzoy/MnmT27Nrng7ISKrvGbp1RQh8NlrOToZ8pc7xKruHnb+fWJ6LOVgqYRXwgrgE1U4
o2CWBo8uqXaEkZytcdZPch+vEFZsQoUF61d8On1VJum8UPbUOEGTHwJ59A172Qma2HfqtXJ0ljVu
KEetYh6EholXCtiBDo3gXQYH2VSEqEkWJu1RDo/vKDJgmmbmCTCpRcZJoAvHJ1B5YNxgt872SjBb
g+tOFMGVYKBrEk26E3rWyQV4QzDw6VODVUoI96U/7hjprDCdZatcIaJIoML3CGZunvok24kttHAy
MiIjWzCWUpfNSkGWwQ6FlcZsrcR09lGvBMOy572C6QzybgiG8jPG0hBRadjIZDhGIATEl6Me2XnO
9tYJvO6d5gRABVOF0AZ4x/DabssOvmamF0SnUIdphNpsrznZCl2kBAaqH6NuIkTghDhUCHmn8Kc1
LaEfJXbJAPaJ6bHMCVvkxCdLKM6yUPQK5ajUr1A1B1sjuUmWviiPtQtEOn3HYkQ7S1r7Tr02J51N
2BvKgYeQBJzON0MUSB4e2JjoYEQHHwxMK5qFynuUA8OqIT2qlGykilUadpZSPxkbM1ctFlb/7g9E
Ou/EIqZOLpR9Ynos5VBlhADTIDlJ36lmMqbncL8ALaLzu2mEm1j4dQWnE+RwLYM+To9jyyDEkflj
cBMV2IusaqH1xXg9FRwWzhinmGtYX5BO/7mcujO333fq9QXpDHBuXBBMD2MAUpj0gpiCH5S+BbVa
XXzUwCUcI+B7LojGeNYGHo1tDETqLOVlSAniJVuYYJnBrOKw91rPzsBxEVPnHut9YnqsCxKpbrMP
WnE3YP/GtYJfE18SiLPYJwDcRmLZFZrgDyfn6zvS6RQWMcSRjgrEUFRTLT1IzBi+i8E8DVSY7BkC
xllgXkcXg+K5Gvz9zWnEoGH+hUvRCWoXIvTimfc8KIbOYy1iCKB5SAS5jlqKAD6TJAaKAFNkegrM
X7QhPoUYIKPNoKmYoyE8M4TXeBt6gkilkERPRs83MUa3tKHzWIsYZkZ0QHBRC9lxtRXiH9InB1XY
JFtgdYTK/SnEwPIqyCeo84G9JEOhA0CqQg4LNb6wD/uYbtZ77ymGjWXv25H5Y9kGzGfRgTy1OWHi
mJikTZVyRiUAmWsjwb9V8r0lhq2XgjKqbL309FsBalBqYTBZ4mKIegHBGlbWu09h/i4pOZYYKOiE
QhWOjA6YFcTTdIEErAvFWGMDrlK/xr3XgKtbYug81nIpvlHMFTWdZh2WO2Zyd7OLIDRQAQgJU6Xm
oRmMPOQptoqBFRpBqZLJNCRskbg+sUwU0zSbwJCZLrvdU1ee4ljawGI7+JVxkxlMBLYhAr8bKfSx
ydFSTUxUxAnI9zvMzmNdawN9aLAZiEEL3M8xkhwJVRhin5WvdOdgen8CE1kBa7OmcBxgIkUMYh1B
8FMIs5R+CQosVa1DYih9x1rEQL0skdHaQcPzhzZQUUnggAdFftQ0CuGDaN+VNtzO0R/LRM4MtvBH
QxwzoQiGNbGIAXcR4EGDqwpU2a0591u2YasYNjYDjnUpas0gtOHEoC9OJB2w4dGBLMN/OCo1bEov
N5uDt8Sw9VLAIjpTFyGl4dVzKUiIvQYVjVOivszmMlOk7nGlDccSA5OAgTCOymYQwgnY+2FOwl24
eaTEU1zS6mAU2Xms60shNAQWgJLUCAjXaFAQnlTa1GOZZyX0F58qqVdVPPnRq98LNlhKIg8+80aU
aJN0xoBl4zCZICQloz80eyJeBv8IMG9WpW5pw1YxQBEHTANMAk6BXyZBhZP0y+a3bD1hQ5ml0HFs
bTBBSShPFGlhqzT0j4TgvDLkAxF4xnzTDT1kIjuPtWgDQTOtOGpg9LTQhknYxqdshnEEqgN0KVL3
WYnhWCaSQF6x/h2mJJh/UFLgdRHriPnm9UB3SRZ+M8u+pQ2dx1rEMCbGyRy1AFp3RJH4JyqDGKSJ
/XjFmaSreYpLAekOZgBMGRQFvB0AUohBuO3ghZuC8NXuWmJ7o8itYtgIIzmaicyNldd0zAyLiYjx
sVbMy1OQw2ZTsmFy8dYExy1t2HopKErDcsSWgRykPBT5k72QT2m8tB+ZOqRYtLoUxxID68qAk4Kl
8kEuBeECDpOiA+SpqEcZa2sHPUXnsZZL8Y3O86jEDHQESMHdJHwCiy+Qy8LuSnYUoRttjAcT7a1i
gNYPy2uooZNcELyzMiWhg+IwKUC4YtRu286xPQWIDw3nOxlmEsp3JplwYABrFB1BiGY9fUMxWXtt
Q+exrrWB5Uq0TRSuYUbszCaTWkGB6OwsZRcasbtU7koMx/IU8CuZnHgO3bgKpFbk/1AjQ6+eJpCW
WStz0FOgLT3HWsTAshHoYqhvwCdLtcuBa4O3k2Ya9T9wCwzsJ4FzHVsMlg5gIk6CekqabRQfZciN
9S4JbBUx3pxvcd/eMpFbxQAmgcyerkBIAliZAHvD7myHiUh6StKvVuuS7LFMJGEjaApwARRfuRSQ
6mMlsOGZXcphbJm2hljuB7sUFdBhFLQ/UStit5S8kkYg1jOnr4D/6xvB9LHEME6KhIZeK3srqEzP
dDo8aGzqpCztZFWE5w0dEkPnsZZLYb7N0QzZZuc9+DJ22RM3QEEO5I61acRRxpiR/D8eLLtsFQOb
H3NJTPOHSOUPv0DRr0HVzvQD21GF4bdK4/DKNhxLGzKEKorQAZNFQgU9OeHTWCwNf9AlDCtkMBaH
tKHzWIs2zCDZAnUeyOqRwA5gECoqCAZONtNZ0AlP0fOX9Rq2kks1OwoCS9q6Gj9e2b+RaJ1M1R/0
FJ3HWsSgqPWVmcBENjpjIukMRWaFWNkgeC7tld5Vu6604VgOs7LGfKywEmIDsNwyvcV+0jxQdcmZ
Rb4TCnFQG/re7iKGjfwyx7oUkf6EnqRRoLKUZLHhXvJgOooTZZcI/cZNoMMth7n1UgSgTCzsEPzf
KGIHCw7D4TSo0bGQjbil7EblrrThWGJAFUCgYyJHB+iMGIbwiQ00gIm8Dew0BAdzMIrsPNaiDd8q
vFCRWVFzHAjhLJViCWc8NtzByDw3CMynW8Nbt7RhsxjIYFg5E6lFEqsaRuTQQ8Am2gcLI3DTNBKf
wFNQ/GOb5QzILrDVnXIpIYOw/LLbknFnQUzMBzNM03esRRsYFPQYSTbYCBkyKBPCp0oYH+ooq+Q1
fZOnqD5lGjS8E8I4iezZ9Qj4pWG+GxbTeBaZ6MNRZOexFjHMGAEWdxlBOaJ9DWJrcRLDRLc0TYXt
fzvyzSvbcCxPYQSxiZ7itmDJJOMTJlsGWXDrdYTxlIVDB+OGrWLYOMBzLBNJ4VUnljHCdc1qYZDb
wDwi4HRi6UZgBxjo1m61W7Zh66VgTUyhSU6Bga4QRT8ZnhNYr2JNVRjBFTBY/RS2AUI+Q1ozkO8T
TAfaakDZBcVOHBMs2WY+GDd0Huv6UrDTaKI9CCsmoSR7MHHQNM6AeWhhvGrG3WjlHutSzJ5MW55j
3HWYFc07qm+Zac88aUJIyOgPZphbxQD7GUudQdfw5YidPJb2EMFKI8F1LIcpdbfZ5Mo2HOtS4CbZ
IEwmAfRGwhlZJ0vgxMR3G/FmdA30wSJc57GutUEadNBtUvqWyWIphzNNS4Ee9h42StE7tmuYx7G0
wVOIpxpM2YXGHY+FLABjManBZwXkc6LlfTCY7jvWIgZWwxKYsraXNhVxgyp4CjoCw6iqFCbxpWZd
djmWGGojjeQPZ0mtAAJjxkTOlF0i9CBsrsGajfJYe8sukN/1vN1FDBtHv491KULy1NtgSGHOj1Yu
dhpoAzstgXjQcQUUmQ/bhq2XYoyZsJWFV8oLUHkmWGEIACCeqjG1jM9Sa0DgscQwBcAtBSfBWkIe
qzJ5wdQvhWPiOwsaDkzYQdBP57EWbRBi2CS7h6hkYIuo/FKLlP7xHCWKjNYVyWGuTOSxLkVmLCfL
KI4TVIOhFAhSOOPM6VCABxozj3foUmwVw0T5V3v4tGlLEEUWcgrCeHCYDJsXAhihZ1mJ4VjaYEuC
bY85gsLkPzE+A04p8UuAL4TXxvYWd9Bhdh5r0YbMbKZmsETIBhCDjPywJpw7SW2jUIZjmmEdPh1L
GxoOW0mOrSkRkmEiELwFg00jgAt6dzHbgw6z81iLGLyqkGNy//LM1QOoTZkHMisMRAUfW/hLPwUE
DI4UxtUI6LBQ3FWW0tO1oiCSoD6XFaZAhg/ahs1iYDyAxWQszlRE1KYCN0qBMN6yUITvmunmiPZd
2YZjXYqZ/giom2nQDFRxKVh1ERr9pBmC5xkUFG/uYNyw+VJQrlKVkKEpMhfovKiJe/I5KPcD8G1w
sjtCjmOLQbU2MrhJGBckp/CKsksBjgNHBAAPZjTnWxsBbqVWm+GhJK0AJyDWluWQuwVcCZzHAN82
ZKCU4Fh5sdIG/fLm0N5jYZ8SdHKaFiqeAlSDUXRxEyhAMi3DSAX4g+kwgn6rGMbqoVmnzsLOOi4F
EgFSoGASZvTNz8FSpl+LYTqSGAC7NVoz2AYGSAifmF3zAHZBYchcDlhhAv2DDrPvWIuJpJYhHSIi
Nca9sA0ghqMM3cvKSFh1KYd7uYRXl+JYniKzQ1DA4wMoJ7TBe5rZpJwUo2wEsseU0a61ujeY7jzW
IgbGYwXWQrQge8hNkTilgMrFEsvcggK8/hRFOBBoVBzBN7DxD4cZaGR6+pZkfFmNFOJSqgcL9FvF
sJH//FieIloCA5pm5P9E9kzTKN4TaR9oi2nEQDCBdbAI13nXF20gV6MtyEwNA3JktFgkyTBZaWXo
BsBHbvlDV5fiWGIAGp4zr5yRVrIqw3QFj8VsCTMVWfjgwTdIVLf3UnQeaxHDN8rGmZkyFOoo9kxJ
uwaYLJUAoEkwKSlNsRho1MFgeqsY2DPgLE2BAWAVtkgoFKj3QG4I5GcKzNS39hThEyF0YYKb9eEA
QqlMkwIn2RnCXBwzeSzZhFHnkDZ0HmvRBoJmZorolM706nCYUu3CIQ0Qd2hmeQwLe58iw4R+ljQb
XIfMq2MiZUWIsDqT/7NWgKGo28zWt8KnzmMtYkAJ2iwrSUbCV0HeASshtxKEsstAtD0eamUbjuUw
WSQF3o06i2qCmaapD6KdDWyVFCeOEHwDhzmkDVvFsJGE81gmUnZoAQUE0ACCHdsgKKgdf04Sdhmg
kdPhnGLrpQgUeS2r7QblAHeQwwCepwZFLy9B5ARQnVxupQ3HEgO43Rk0HBKAwonH2kV17JOEiZDe
DZvHmBo+pA2dx1ouxTdKuZbZHINfZDZWWHnpZhI+QRQ16ErUC+99wWw9pBiaYoSLNUfgQTFILBqg
7CIDJuM0GtoUESTauuxyLG1oYrEhLACtKyVZS2rFDLUAAqG1MJBU0t8+JIbOYy3aMFNfYp5HeBME
lVsE8KGADUO8AXCfWG3cNQuPnVMw9wRwHXvtmO7g7QggkNXJxPgOBBBXYt4h0/aGT53HWsQAyQjj
rphkpvZJ5YS4KTB3RIWW6g+jOiND0ivbcCxPIdUPxmikHk1DFYocfBdQHywmvHQAtDSl5EPasFUM
GwlOjnUpMnOGUdGuSUJAyAiYzBDwC1M1hdhJu7RDtO/Vhq2XouIWRpWAFmkwqcxaEbwTMnEJCzvP
STafpk8xj5QVPFPj88TNMEytMzpO+WFsDcS0rpp/HtKGzmMtl4JFGwXuI6l9krkgE1q57FeFL8Jr
qX0Srj1Fog15BK3D6DHVAsLRUEFB2lQoTdKVY1yY4O5g2WWrGKC+izClAItlzzYmmQg+0C6VzbOe
GARz7Z5i8g5LSA+Z2LGM0sNs4sAqOYWsHzY1ZEza4dSq71iLNlDHKV7g2Zm5Z3IKsE/MLZDRQvGR
KzNu4UYR7lgmEhgS0D8oOi1sFsT4QGXxk8w3jET4lhopzuLQpeg81iIGUoo4MToAxoUFTUaoH4lX
8dfSNWbkbyK7fwJPAVZ7nCNLxZgUx4+PhJKAZHk7GggxuTYjugfLLlvFsJHQ/ViegpiB9i2metyN
qkcY02TH+UCPDcg/mxmxD4e0ofOuL9oAByLDbJJEMM0l4RodbWwmBR/FBnBGbsjDV9pwLDE4Wvcy
SEPTUpSU5gR9NArmCrIJcHFslPY3GcFuJdqdx1rE8I3uJWUmmdYyr5+de1wKSy0S/KaFVoKylKdq
GNNBT7FVDEicIjDx2QSxjiT20tGGKIGliZTom6dHJGWeq2D6WNpAGSwTO1JuSugASxthvqrwbIDp
ZtVFDkkbCW73hk+dx1q0ga/EHNEuJW7AMyU4cemUATICGgY+eapAbFZiOJankF0fMAloxmnERFZD
fCddKzSE9iYTu3o8mGh3HmsRQ5gmshg8JMtfpWcj4RPqNzSjYTnNMILtxliutOFYYgiATIplRptp
Q8IZ0FlkfIiB/IdyQ8N55nhIG7aKYSO9+bEuhUX3AfnQwwQVKugTeorSQVDNQlFefKmHtWHrpaiT
nRStIUIGDARrNiz4BkJX30YYcUEYYJ9Xl+JoYmA6huJTZUpWlk4a6g3QrBLcEtSBiWKUfMfRttc2
dB5ruRTf6L5BkMqwMBE+gUmU1AosINOpcLuMDEQGKgDQvR+6FFvFQB8AWC6KECCU4hLKrhHAl5gK
2bDL7p1wY9bqWNowQmxEUgN5xY6czNFkJdUD6zGCBUJEAFcPgn46j7VoA66hBmgHKTdJTgHxLth9
kjpZQQQIkfqceopgmu3BAL3I81IRkhGm4OgwE1Ra1vY6+EcSHZxD2tB5rEUM0LpIvEjcAI0DYqCX
7mWMBaMAPZ0tjRmXlW04mqcAx500rgHCUS4FjTX0QkZe4P+CAcjTUDsYN2wVA73hSoqNw2RKgXBt
R8wYYBbCdWY4DfClksNcOcyjXYrE5DwEsgLXxHJLjZpKsbB5yMgygbaaBHax10RuvRRkkc7NxO1z
xTdDogIEcyKCBxtZQIH5xt9PIYaxMvdHNZaBDsInzo42CDiy4kECjPaQuh8SQ+exlkvxja6vnoJV
sTJ5B/CN8AnQPMF0ARjH+VgOA53sjpVrrzZsFQNdXPjxG1NMu442SGWZwxR0DQ0CSj0zeeYTaAPr
0cKu1EB9GiWF+ouSLJQCM6OISsvWoC90rfqOtWgDkDKq3/wBjXweE0m7lKSTST9aFnA2ErsaiVqv
bMOxTCTj2WpHeoXjJrQjucZXEkMVPgQx+f+JO8PWBmEgDP+V4g9opGXSylboug4G29d9zzRqwBhJ
MurP3xOpMhiUjrHtk1EkXl6Su3h3eS9jQlx0u1w5rBkGwuV7KAnvo/ORXWtGSATGpVizC0u1gniL
LKJ/gOEAh226JnOZc+J7VCTKawuDZEzzSKmT80D85KKl+C4Ma5J9yH+jGBEbL36tYgpYPNR02KZQ
yK8z+Lc+G8y/shQrKpyAA/mg2REf0COsXNDaRGXJaZsUvzTHZS+pyCvX+jwbNigePAskGREmZlFQ
yBDziW5gigA5ZavGYOG0KH4HBlHWJi+G7tmH3W1sv9XnMg6nxrbq3FZDGF+QOa3Fu9N3SRNCnwvh
i0YZ6ZdGF856W4VlYY2wVaULJUonT7qrBYHajSi1rJ00CZ/xfV7KIF9sqdojHQ6m7XzO4x90u3Cq
jVSB7qm8SRZGd6/KfenO9qrjY5V1Rga/tK6eZDRtlDKbpWTgYhwt1wjLhMB4Mwu/+wAAAP//AwBQ
SwMEFAAGAAgAAAAhAJfD0ayaAQAAagQAAB8AAABjbGlwYm9hcmQvZHJhd2luZ3MvZHJhd2luZzEu
eG1srFPLTsMwELwj8Q+W7zQvQpuIwIFSxAUqAR+wst3EIraDnZb271knQQ1FAgTcxuv1eDw7Pr/c
qppshHXS6IJGk5ASoZnhUpcFfXpcnMwocS1oDrXRoqA74ejlxfHROeSlhaaSjCCDdjkUtGrbJg8C
xyqhwE1MIzTurYxV0OLSlgG38IrMqg7iMDwLFEhNL/ZUc2iBrK38BVVt2LPgV6A34JCyZvm4Mmis
2d+ZIdebG9s8NEvrlbO7zdISyQuKzmlQaBENho2hDZfBwalyT7BdWeX7zWpFtgWdTZMoTinZFTQ5
C7NsmvZ0YtsShvtpkoVphA0MO9J4FsXZ0MGq+68pWHX9DQnK7OUgGEkcBr2w+Dwv1RvQjb6rHPoQ
v/swl4AnFZBk5Mj43N6YcdXfMNw4gn+IBu91YCp4qXIr6lvuhkBg4ReJeCccSOxPKHC8kom5YWsl
dNvHH6VAi//OVbJxlNicoxp7yyOPa9NhdNPmL67Dicesx6fe025MnXfenvHaO/dPyfoYiv2k8LqD
XzYW8EnQGwAAAP//AwBQSwMEFAAGAAgAAAAhADk9/s8wAQAA/AMAACoAAABjbGlwYm9hcmQvZHJh
d2luZ3MvX3JlbHMvZHJhd2luZzEueG1sLnJlbHO0k1FLwzAUhd8F/0PJu007dYos3YNFGPiizh9w
SdM2rMmtSar23xs7Niyk1Qf3EkgOOfcjOWe1/lRN9C6MlagZSeOEREJzLKSuGHndPlzcksg60AU0
qAUjvbBknZ2frZ5FA85fsrVsbeRdtGWkdq69o9TyWiiwMbZCe6VEo8D5raloC3wHlaCLJFlS89OD
ZCPPaFMwYjbFJYm2fesn/+6NZSm5yJF3SmgXGEELCZUB9dRJvntxfSO8OZhKOEbi+KBa+nbU09jz
ExpGW5wA7RF67FwYqxm0WaT0BEg5OAgDFV6ZxVn+J47zoRp/2HBCh3UW43oCQ0lu0GLpYo6K7uPz
HZubcTIPwcgNfPheTLzFXpzluJrgCPTkz1m+xwaNDTPxQTsi0VFnsy8AAAD//wMAUEsDBBQABgAI
AAAAIQBsm1C51QYAAPUbAAAaAAAAY2xpcGJvYXJkL3RoZW1lL3RoZW1lMS54bWzsWU9v3EQUvyPx
HUa+t9n/zUbdVNnNbgNtSpRsi3qctWftacYea2Y26d5Qe0RCQhTEgUrcOCCgUitxKSc+SqAIitSv
wJsZ2+vJOk1aIqigOWTt59+8/+/NG/vylbsxQwdESMqTnle/WPMQSXwe0CTseTfHowurHpIKJwFm
PCE9b06kd2X93Xcu4zWf0XTCsQjGEYkJAkaJXMM9L1IqXVtZkT6QsbzIU5LAsykXMVZwK8KVQOBD
EBCzlUat1lmJMU28deCoNKMhg3+JkprgM7Gn2RCU4BikD6UvqPr5saDcLAj26xom53LABDrArOcB
44Afjsld5SGGpYIHPa9m/ryV9csreC1bxNQJa0vrRuYvW5ctCPYbRqYIJ4XQ+qjVvbRZ8DcAppZx
w+FwMKwX/AwA+z6Ya3Up82yNVuv9nGcJZC+XeQ9q7VrLxZf4N5d07vb7/XY308UyNSB72VrCr9Y6
rY2Ggzcgi28v4Vv9jcGg4+ANyOI7S/jRpW6n5eINKGI02V9C64CORhn3AjLlbKsSvgrw1VoGX6Ag
G4oU0yKmPFEvTbgY3+FiBCiNZljRBKl5SqbYh+wc4HgiKNZS8BrBpSeW5MslkhaIdFKnque9n+LE
K0FePP3uxdPH6Ojek6N7Px7dv3907wfLyFm1hZOwvOr5N5/++fAj9Mfjr58/+LwaL8v4X7//+Jef
PqsGQg0tzHv2xaPfnjx69uUnv3/7oAK+IfCkDB/TmEh0gxyiXR6DYcYrruZkIl5txTjCtLxiIwkl
TrCWUsF/qCIHfWOOWRYdR48+cT14S0APqQJend1xFN6LxEzRCsnXotgBbnPO+lxUeuGallVy83iW
hNXCxayM28X4oEr2ACdOfIezFDponpaO4YOIOGruMJwoHJKEKKSf8X1CKqy7Tanj123qCy75VKHb
FPUxrXTJmE6cbFos2qIxxGVeZTPE2/HN9i3U56zK6k1y4CKhKjCrUH5MmOPGq3imcFzFcoxjVnb4
dayiKiX35sIv44ZSQaRDwjgaBkTKqjUfCLC3FPRrGNpWZdi32Tx2kULR/Sqe1zHnZeQm3x9EOE6r
sHs0icrY9+Q+pChGO1xVwbe5WyH6HuKAkxPDfYsSJ9ynd4ObNHRUWiSIfjITOpbQr50OHNPkZe2Y
UejHNgfOrx1DA3z21cOKzHpTG/EG7ElVlbB1rP2ehDvedAdcBPTN77mbeJbsEEjz5Y3nbct923K9
/3zLPamez9poF70V2q6eG+xkbObk+OVj8pQytqfmjFyXZlKWsFkEIyDqxeZgSIqzUxrBZdbcHVwo
sFmDBFcfUhXtRTiFKbvuaSahzFiHEqVcwhHPkCt5azxM6soeENv66GCbgsRqmweW3NTk/IRQsDFb
TmjOormgpmZwVmHNSxlTMPt1hNW1UmeWVjeqmX7nSCtMhkAumwbEwpswhSCYXcDLHTiaa9FwOsGM
BNrvdgPOw2KicJ4hkhEOSBYjbfdyjOomSHmumBcDkDsVMdLHvVO8VpLW1Wz/hrSzBKksrnWCuDx6
fydKeQYvoqSL91g5sqRcnCxBhz2v2260PeTjtOdN4WALl3EKUZd68MMshJdDvhI27U8tZlPli2h2
c8PcIqjDCwvr9yWDnT6QCqk2sYxsaphHWQqwREuy+jfa4NbzMsBm+mto0VyFZPjXtAA/uqEl0ynx
VTnYJYr2nb3NWimfKSL2ouAQTdhM7GIIv05VsCegEt5PmI6gb+CNmva2eeQ256zoyu+xDM7SMUsj
nLVbXaJ5JVu4qeNCB3NXUg9sq9TdGPfqppiSPydTymn8PzNF7yfwuqAZ6Aj48I5WYKTrtedxoSIO
XSiNqD8SMD2Y3gHZAm9l4TEkFbxQNr+CHOhfW3OWhylrOPWpXRoiQWE/UpEgZAfaksm+U5jVs73L
smQZI5NRJXVlatWekAPCxroHdvTe7qEIUt10k6wNGNzx/HPvswqahHrIKdeb00OKvdfWwD89+dhi
BqPcPmwGmtz/hYoVu6pdb5bne2/ZEP1gMWa18qoAYaWtoJuV/Wuq8Ipbre1YSxY32rlyEMVli4FY
DEQpvPRB+h/sf1T4jJg01hvqmO9Cb0XwyUEzg7SBrL5gBw+kG6QlTmBwskSbTJqVdW02Ommv5Zv1
OU+6hdxjztaanSXer+jsYjhzxTm1eJ7Ozjzs+NrSTnQ1RPZ4iQJpmp9mTGCqPkJt4xRNwnrPg29A
EOi7cAVfkTygNTStoWlwBZ+GYFiy33N6XnaRU+C5pRSYZk5p5phWTmnllHZOgeEs+3KSUzrQqfTH
Dvjipn88lH/XgAku+w6SN1XnS936XwAAAP//AwBQSwMEFAAGAAgAAAAhAAPAojwRBAAA30EAAB4A
AABjbGlwYm9hcmQvZGlhZ3JhbXMvY29sb3JzMS54bWzsnF1P2zAUhu8n7T9Evh9pGSBWERAfq4SE
0KSx68lNnDTCcTLbhfLvZzuf7aClsbs0xdyUJsqx8+T49fHxSc8u5gl2nhBlcUo8MDwYAAcRPw1i
Enng18P4yylwGIckgDglyAMviIGL88+fzoIoGfkpTim7QaEjrBA2Esc8MOU8G7ku86cogewgzRAR
Z8OUJpCLrzRyAwqfhf0Eu4eDwYkbxDCiMAGFEdjCRAJjApwZif/M0G3ggRkloyT2acrSkB/4aeKm
YRj7qPiAlMumj91TN78FF/o+Inz4+xCcqzvjMcfIeYLYA8DNDwWI+YtHfMjvGM/Piv8d/pIJQoUp
4GQ0FkSHoiFpwlXAGlcw/oLR3QQ7BCbiMpIGaFC0HsYYX2MqjDsJ4lMPUJQhyMVZOFJckTib96Vs
rWyhvjTvF47JOy1hPqz6WV2VG0FhiHye2ylo8Pldabk6Mq66XR36vnilglDeeG67/FZggDiOyL1g
MeySxTLV7nhIt+gUxW64Be7eJ3YDxBMiuiikikCcTWGuIMcD8adGfkNcCr3qu5rI0VNKen0vH05U
JYavXerpbowdieHIYgij2yT6gaGvM7FIEeEx4X3RkLVjvumifF6HMnmUwuftIhlL+t+Q1TjpiXXo
V1YGxjGzePJAIWGHNxoB6aJunGwl9iij9/e31V18H0Y/LVa11K3WjLX2Voc2Ft+JxVqs+yuGJrCW
EjDUkQDRI5UHqAPyTVMV5QAvLekO37XBAZ/XuREjwYEPMU5nMqMj00I1ibU9Wb71+tK2EBdVctVq
sH+YIWPcJtWAxKAxZ5fDrL2vNWMRXS+qBG3jSUFisNkA5Q02G6Aw2GwAyCC9ntq4Xuy1VMIyrvYx
1k7HTWEzEhg0H0enWrUcaOjKdrcoO9W7/ULZqWbuE8odWUSp1NEUBsV296qUzNY1wPg6q5bT4c1O
yOmHob0TirtE+3RFurHfvr0TorzXtMPo0vdbLKJlhCjBNHbcv61ww/Zr7P8+NQaPppNiKRlbyksF
XsYpqwor68uyPLEuozNOmdNLWclmjPOR1Yw8wb1ULzixgrFtwWApjgMdYdbPH/d/blMQNSXBcvSA
4nilMegtRA+oWHacii3I53u9+uK3Ittmcdh2py7dHmx93Wc8tCgDOPsAVRlB/x6gilns0+vp01Pi
2aKowCYC5AtN5fRbhvGvBvUKcYt0rUW8GeIWOVqLeDPELRKzFvG7EYsyz2nWvohOxo71SwzbjVNL
4etfuBI8XuljZvUO46pdmB6lv+UwLR+qkdIPTg1wrt25quRc2HvYEyc3Dl/U4ZtTklV76O09vHnP
/VMRip4e5ptL9SuTofmXVeUSfSmP8FYjWwevVwKh1lT5bxqIn2U4/wsAAP//AwBQSwMEFAAGAAgA
AAAhAFnLpJrbAwAADVEAACIAAABjbGlwYm9hcmQvZGlhZ3JhbXMvcXVpY2tTdHlsZTEueG1s7Jzd
TtswFMfvJ+0dIt+PtLBNqCJFfKgSEkKIsQdwHSe1cOxgu1DefraTpkxioqGEOeHctGma49T+2ecc
/+306HhV8OiBKs2kSNB4b4QiKohMmcgT9Pt29u0QRdpgkWIuBU3QE9XoePr1y1GaFxNtnjg9p1lk
CxF6Yk8laGFMOYljTRa0wHpPllTYbzOpCmzsR5XHqcKPtviCx/uj0c84ZThXuEB1IfgNRRSYCRQt
Bbtf0os0QUslJgUjSmqZmT0ii1hmGSO0fsPKuFv/iA/j+yUjd74asWZFyekYTX3VDDOcRg+YJwjF
1amUavL3GYLNpTbVt/Y4Mk+lbaKqIBSVitkWHY1HI1dC7BrsuYEmVNCDdHqE7emCKmwNtEmQVGYh
bYuUC0ZmSgrjrPGEs3xhblgeKWbJmIWi9NqgKGXKfmpu0BTa4Lmc80jY8hMkZEpHdfWa67q7eXmQ
1g1nVteqPvRN7asjbmy/YekqQfv2N+GJJiqfn3EV2frYTmjraF/n7tU1nq2/M3AXZozzxtbhet22
NnGX0iyjxDT2rj1et2+M/P0tksa+YEKqugzb4amrgO803IzrH55V19c9oG4A3xv8seVTdaD1p5oW
F1eW17o7Aq+qr4TL64EKIPaRI8ysdhxh2LpUQPaRyHZ2ii6EgUvsSwhztFxw97lI99kOJBxVpvTG
hMPROgBaPUkPHa3vQKsntLL8osivOSYQvZq51Hsm9M7xNTPe58f/ml353A+Y1FPqMJjMYZA4YaOz
hLz1INFsfquw0PvnIebc20kBn002yvJfQK3TYeTGp1e331HsmwO1StXtzPl1QW3tH8dB+sftpPGX
/eN2vrVrWb11wCKYc7k0MC3qYFrUGgbW2rh+BOrPZrlou3HVpOPOadVqTjVb6m65ydEKMcuDxcHN
SvtmKdfRAmW1Lzq4owXKap9ogbLaF1olVmeLgFUKiF8vxa/n1CCO9XGsQTzrIzWIa/2jFqa6tEtc
224WHJy6tAla4/OhBa0BIBlaRBoAkqGFm54iyfITQkDc6yL0t1bFiRQzwNHVgxitcfh9QDA6Onou
pjUOo07cpvxAgeyyorqdbXA57xx8VTC+SkvOUggenW0Rae2tPJCQHdYuk/SeOizP5BS8VjBey08+
ZtJuzHm8gqe3Qkm01nkvgPEPk4cTU3zCBVQCo+KdmFN/YDPbe29ma511eRZD0997mm15FkMT3vvM
YmiKe09Z2Oc5FmWA4WK7BYyXnwnoKYr07hRghDLtMApgBDQzD9NJfULVStGH29XA4sV2seb/rnhs
/jTA/ovh9A8AAAD//wMAUEsDBBQABgAIAAAAIQC4Zw/hSgkAAEBLAAAeAAAAY2xpcGJvYXJkL2Rp
YWdyYW1zL2xheW91dDEueG1s7Fzbbts4EH1fYP9B0Hvj2GnTJKhbFM0Wu0CaBGkX+0xLtK2uLKkU
nUu/foeXEUmJsi2lbpuunmJL5Aw5MxyeM6Tz6s39Kg1uKSuTPJuG44PDMKBZlMdJtpiGf396/+wk
DEpOspikeUan4QMtwzevf//tVbxYnaXkIV/zczoPQEpWnsGzabjkvDgbjcpoSVekPMgLmsHbec5W
hMNXthjFjNyB/FU6mhweHo/ihCwYWYVaCOkhYkWSLAzWWfJlTf+Kp+GaZWerJGJ5mc/5QZSvRvl8
nkRU/yGMC9UvRicjNYXRMqGMsGj5MA5fy6nxhKc0uCXpNAxH6lFMy8h9EhF+UXL1Fj4H/KEAE1Wy
wqBgyTQETYdCxkiYzO5SklVxTjjR4uHThzymqfpaGNEFD1bihZgZ+EdpifMIB2a/x/EX7CPlQbFM
YwZurdQXerR2l4mecpcufdT00HPUfWhHOwxNesIycHSfGT/eZ8bazyH4WaTtDv7n4uNYPrxiyhvi
qf6s4wSkGQkvKgnQDSVMukg49kk4MhK03A1jmKjWYuyguRpEp3lMjClsGdZMto/jyIwDPuE4wGHC
yH57qjVjuWe20Fa+W+YpxVUVm7Uje7grq+QPKf32C00PxF5KY7nSxDp3nk6s9WcHmv3ZhIyy6WOC
bmwMrb0i43aToWVusgN3bBxuy9jk8L7Oct0Tpey7+Eo6pe6qideBE79fj3wJGMLZExhHSsKQeEQO
6hSHduKxAlG4pD1tNKK5R+ppyjArQuQsk782jaTnmnAWgcIolwABgoysNMJ4t0zSGPe6W8JMLlle
M0BkErpUsRgnTEclyZLVVaahzYyRLFpiwIpXF7cABwXqSW9TfM5omXylfwIITGmJKddVmeclDu4S
hnio9+1krkcsHoKZ5ussmobQNQwIA4AJwwqDvJiG9Ms6VHozAIq6N0kXFqSSE0Y8QAAw6ndpkp0L
MXLUc5avLsS4pd1BgP6UzBWqoqkzToQkPTXdeDQJDYj1lsIsSnG5JAXVCBcQ2XaQrADreR6tVzST
cPV4xGhKOAD1cpkUZRiws1magPHQXPFnCAKcu1SooSQ48Gqu/R9Bd25Fi/yqTQlwdfU+z/jHr+Cq
HIYJMQ4gln+SuDaDAKx76/gFBomSqwXd2f1BknD/NAQcXuRlwkEKRKgSeuftv+zQX8h6Xw1WfWno
m5OIA3g+OD5+6VW4ZcCw61kj3kWjY22M4s2zspWAAXaYlk/JlpkAMtj/TGwle5sJZOP9z8RWsreZ
AEfY/0xsJf1nUiazj0Xn4Qa4/Kr9yMkWWqjJOFXGEFRa5n17bajmvtjfQZAdmo8SZEfGowTZjnmU
ICCKVRhtEATua7H0TZ5z2KQrIbuFSeXciX8vKDcrdDyrQsufzUUsqBF6Xb9Zi+P2vWlxYmJvWpyA
2VmLAqLu5s/WKVWQQYBdiIo/SLS0EBtYjdwnJezcS40xmm1gzqpNSdN5DSwo+OGFr8qTqoGLvsQb
3KOfBGqa0Sw+T0puryvETAVhnwBjl9aqkutBwxG5YrZ7pmFBg6TqFjRv9Cp5EiZE0AJxJpKTgm8z
Ev27YPk6iy3riZbaeKcYJc5moiTIkN0uClKdTDZCr/rcVI3qjo/8+Q393jZ2X7ZKdax06eO1Eaf3
oL/K2P2s0xTSZhfVspdFmkpQzOGp37BeI7WLkdiix1qyw0xWCi9mQH8F2TkMoSh3S/9J+HIaSsX1
1QZr2VlmqjQvY/aGRuAZdS6yV8KnxxR/DpL4XlanJRM+PDAGIZIZala6lRjqGZnNQRrV5CCl0HzX
G4byjLHgfPE2irAQ4FYLriG+FF+XJTQp325hNgR+/wsY2N4gnWxgajY2C+cfoDZiLWqHlevcV5Ue
ndw3690z7d2T7dpzw9JUESUCzlOIkNEMmEeli0tyCauSQKCLT2BNKVbHqv5mQtPzQCAd06BeUMOC
UCRLNxYUeqEBkFPRAsT9s1W0XmIxqF/t7ElXtBqJy49qTxCxwu6rIq+Jak+xjYtqDZyLMqgnYfm1
EU8CRYwx95lsBos10ypBUlXBjBM4/JZhPj7HdGe/B3z5kT9U9dG3jPlaCeE3cByv2wlU6msmnl9j
o9Y2i2sOmFWOafaOe/VJOdiItzSCg71LWTZUogyi076ypxmX3Nt2Ui1zsKRymAK1areVRt3XRht8
hXNJyq7m82n47PT0FFfX5lJrx4Q/o4trUjnLyejCyOrVhvSJWdCEoc57Oq7bglwcofTlbpgoTXAj
P8egexLE40dyt6YJf0nyZhd4+vETg9BrstpoitMBaUZP/iazjzwLtDGal5vYanV+cxZzK4OrTQtH
3IHgCvBdk9JmHN0UlXQyi0cNyunM4mrDRTmGtSjbVRjZ8BEvhLONX6NtzYU28DZzmKx9WiNuaDOb
lkXWyfJA3OQ1QWd9D8QttLnqdyVueFOwQdzGGMkOcxM3pH426gY3rhRSczHVzvceblycLAHjk7mN
sCN3G0MhYOuRxBh4uQ/XdmJvTSINa31gb7K2WWGiXeib2SkG+tZ2/CbXamf6VhUy3CKFKF3rTGJE
WoUuccCG6dJNNcPRGxQHt+DMiqM1TVi9elIU2MtKDJqGjRKYBF7WetzhW01WG0NxlCMv6MRTbAk+
JraFvvmr615DCfRcmxaOuCN9q0lpM45WiEo6mWXDYDvTt9pwcTyPp28g2D11ay60gb659A1MVqNv
aLOBvk1DuTs6WaCqKQz0TW94P/rcDalPk75hyd2hbxM4mv/Z6Bv8rGGgbxsulDFaUAIHT1vp2wQq
g4+lb/CTN+WMRkDB70nUGzegKl6psLQKrpgWHG4GiR8opOLWuqxoYH8DnQdiiBe1KuC0CzF87qlX
tP1O47ixtgajo9GlHUVNvK/RNxaJhkPWKqf1YumTl/5stgtLb6aa4ZBV/4B9V5beNOEvydKff0OW
XpPVRkQNx4YOSP860VFbgoPPNRrdwtKrvOeg+FaWXpsWjrgjS69JaTOOYNp9zaL7guhG1aUzS68N
Fyf9eJYOgl2W3lxoA0t3WTqYrMbS0WYDSx9YurliUlUnqlut4p348qNZOl6CbZKqEy+pgluUPxtL
P2reyqx+ZKjnYMPoxo/L/w+HrOK/G8DuMw01ZYe92Q99zfFS/cKhbF9dP/w1e8P/vXr9HwAAAP//
AwBQSwMEFAAGAAgAAAAhAM9Zrz7gAAAAkAEAAB8AAABjbGlwYm9hcmQvZGlhZ3JhbXMvZHJhd2lu
ZzEueG1shJDBbsMgDIbvk/YOyPeFbIepikp6625VpXUPgIBQpNggjNLt7UebZIf2sJvt//dn+Le7
bxzF5DKHSApemxaEIxNtIK/g67R/2YDgosnqMZJT8OMYdv3z09Zy6mzWl2oUlUHcWY8KzqWkTko2
Z4eam5gcVXWIGXWpbfZyWcJRvrXtu7RB+6wRVginBwgGkyPHoTQmoozDEIxbMVfI5h6iHxD/vwN1
IOhv3+J0ys7NNU0fOX2mY55bc5iOWQSroAZFGmsiIP+kxVoH8hrP3a6fQau6XrlZl1D6XwAAAP//
AwBQSwECLQAUAAYACAAAACEAtjCEH1wBAADRBAAAEwAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAW0NvbnRlbnRf
VHlwZXNdLnhtbFBLAQItABQABgAIAAAAIQCtMD/xwQAAADIBAAALAAAAAAAAAAAAAAAAAI0BAABf
cmVscy8ucmVsc1BLAQItABQABgAIAAAAIQCrySe+TTQAACQNAQAcAAAAAAAAAAAAAAAAAHcCAABj
bGlwYm9hcmQvZGlhZ3JhbXMvZGF0YTEueG1sUEsBAi0AFAAGAAgAAAAhAJfD0ayaAQAAagQAAB8A
AAAAAAAAAAAAAAAA/jYAAGNsaXBib2FyZC9kcmF3aW5ncy9kcmF3aW5nMS54bWxQSwECLQAUAAYA
CAAAACEAOT3+zzABAAD8AwAAKgAAAAAAAAAAAAAAAADVOAAAY2xpcGJvYXJkL2RyYXdpbmdzL19y
ZWxzL2RyYXdpbmcxLnhtbC5yZWxzUEsBAi0AFAAGAAgAAAAhAGybULnVBgAA9RsAABoAAAAAAAAA
AAAAAAAATToAAGNsaXBib2FyZC90aGVtZS90aGVtZTEueG1sUEsBAi0AFAAGAAgAAAAhAAPAojwR
BAAA30EAAB4AAAAAAAAAAAAAAAAAWkEAAGNsaXBib2FyZC9kaWFncmFtcy9jb2xvcnMxLnhtbFBL
AQItABQABgAIAAAAIQBZy6Sa2wMAAA1RAAAiAAAAAAAAAAAAAAAAAKdFAABjbGlwYm9hcmQvZGlh
Z3JhbXMvcXVpY2tTdHlsZTEueG1sUEsBAi0AFAAGAAgAAAAhALhnD+FKCQAAQEsAAB4AAAAAAAAA
AAAAAAAAwkkAAGNsaXBib2FyZC9kaWFncmFtcy9sYXlvdXQxLnhtbFBLAQItABQABgAIAAAAIQDP
Wa8+4AAAAJABAAAfAAAAAAAAAAAAAAAAAEhTAABjbGlwYm9hcmQvZGlhZ3JhbXMvZHJhd2luZzEu
eG1sUEsFBgAAAAAKAAoA5gIAAGVUAAAAAA==
" o:spid="_x0000_s1026" style="height: 418.55pt; left: 0; margin-left: 32.75pt; margin-top: 22pt; mso-position-horizontal-relative: text; mso-position-horizontal: absolute; mso-position-vertical-relative: text; mso-position-vertical: absolute; mso-wrap-distance-bottom: 0; mso-wrap-distance-left: 9pt; mso-wrap-distance-right: 9pt; mso-wrap-distance-top: 0; position: absolute; text-align: left; visibility: visible; width: 424.45pt; z-index: -251657216;" type="#_x0000_t75">
<v:imagedata cropleft="-67591f" cropright="-67426f" o:title="" src="file:///C:\Users\VINICI~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image001.png">
<o:lock aspectratio="f" v:ext="edit">
</o:lock></v:imagedata></v:shape><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxo8fDggUcyRIzROmSAMfGOMAyDpbktLJv_23fiar-g9_26qUEcJeSZPjjYR06LzC_1AKWnh7zVDqFuR_tbf_aJBDD7UzSiDnLPwpNmtat-6AuAAD2qfrQQ6p3aHUJZ6YvHaHh3qzlLDU/s1600/Ad%C3%A3o.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxo8fDggUcyRIzROmSAMfGOMAyDpbktLJv_23fiar-g9_26qUEcJeSZPjjYR06LzC_1AKWnh7zVDqFuR_tbf_aJBDD7UzSiDnLPwpNmtat-6AuAAD2qfrQQ6p3aHUJZ6YvHaHh3qzlLDU/s1600/Ad%C3%A3o.png" height="435" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Notas<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportEndnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="edn1">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Nou00E9.docx#_ednref1" name="_edn1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> LEE, Morgan. </span><i><span lang="EN-US" style="font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">'Noah' Movie Director Denies Controversy, Says Film
Will Challenge Preconceptions Non-Believers Have About Bible Movies</span></i><span lang="EN-US" style="font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">. </span>Disponível
em: <a href="http://www.christianpost.com/news/noah-movie-director-denies-controversy-says-film-will-challenge-preconceptions-non-believers-have-about-bible-movies-115787/">http://www.christianpost.com/news/noah-movie-director-denies-controversy-says-film-will-challenge-preconceptions-non-believers-have-about-bible-movies-115787/</a>.
Acesso em 12 de Abril de 2014.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="edn2">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Nou00E9.docx#_ednref2" name="_edn2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>
WAX, Trevin. <i>Como os cristãos devem
reagir ao filme Noé?</i> Disponível em: <a href="http://voltemosaoevangelho.com/blog/2014/04/como-os-cristaos-devem-reagir-ao-filme-sobre-noe/">http://voltemosaoevangelho.com/blog/2014/04/como-os-cristaos-devem-reagir-ao-filme-sobre-noe/</a>.
Acesso em 16 de Abril de 2014.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="edn3">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Nou00E9.docx#_ednref3" name="_edn3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>
NICODEMUS, Augustus.<i> O Cristão pode
participar dos Protestos Populares?</i> Revista Defesa da Fé, ano 13 - n° 104,
Julho / Agosto de 2013, p. 39.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="edn4">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Nou00E9.docx#_ednref4" name="_edn4" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>
BARBIERI, Miguel. <i>Noé: licenças e
diferenças entre o filme e a Bíblia</i>. Disponível em: <a href="http://vejasp.abril.com.br/blogs/miguel-barbieri/2014/04/03/noe-filme-biblia-diferencas-licencas/">http://vejasp.abril.com.br/blogs/miguel-barbieri/2014/04/03/noe-filme-biblia-diferencas-licencas/</a>.
Acesso em 14 de Abril de 2014.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="edn5">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Vinicius%20Note/Downloads/Nou00E9.docx#_ednref5" name="_edn5" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> BAILEY, Sarah Pulliam. <i>A conversation with ‘Noah’ director Darren
Aronofsky</i>. </span>Disponível em: <a href="http://www.washingtonpost.com/national/religion/a-conversation-with-noah-director-darren-aronofsky/2014/03/28/8c469388-b46d-11e3-b899-20667de76985_story.html">http://www.washingtonpost.com/national/religion/a-conversation-with-noah-director-darren-aronofsky/2014/03/28/8c469388-b46d-11e3-b899-20667de76985_story.html</a>.
Acesso em 14 de Abril de 2014.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoEndnoteText">
<br /></div>
<div class="MsoEndnoteText">
<br /></div>
<div class="MsoEndnoteText">
<br /></div>
<div class="MsoEndnoteText">
<br /></div>
<div class="MsoEndnoteText">
<br /></div>
</div>
</div>
Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-85339488738481100622014-10-20T15:57:00.000-02:002014-10-20T16:01:41.884-02:00Devemos ou não julgar?*<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm 0pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 11pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p><span style="font-family: Arial;"></span></o:p></span></b></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 6pt 0cm 0pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 11pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p><span style="font-family: Arial;"></span></o:p></span></b></div>
<h1 style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc370467978"><span style="font-family: Arial; font-size: small;">O significado de julgar</span></a></h1>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Sempre ouvimos expressões como “não toqueis nos meus ungidos”, “não julgueis para não serdes julgados”, ou frases afins, sendo utilizadas com o intuito de contrariar a prática do julgamento doutrinário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Antes de mais nada, faz-se importante conceituarmos a palavra “julgar”, pois somente assim poderemos fazer o bom e correto uso dessa ordenança bíblica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">De acordo com a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">International Standard Bible Encyclopedia</i>, as palavras "discernir" e "discernimento" ocorrem em três formas no Novo Testamento (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">dokimazo</i>, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">anakríno</i> e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">diakríno</i>).<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn1" name="_ednref1" style="mso-endnote-id: edn1;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[1]</span></span></span></span></a> Duas delas têm raiz no verbo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">krino</i>, cujo significado é "peneirar", "distinguir", "selecionar", "separar", “decidir” ou “julgar”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">De acordo com Vine, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">dokimazo </i>significa distinguir, por à prova, provar, examinar, julgar com a expectativa de poder aprovar. É encontrada em 1 Ts 5.21 na ordenança de Paulo para avaliarmos todas as coisas, em Lc 12.56 no questionamento de Jesus aos fariseus sobre o discernimento do tempo e em Gl 6.4 no sentido de pôr à prova nossas próprias obras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">O verbo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">anakríno </i>significa distinguir, examinar, esquadrinhar, interrogar, separar com o fim de investigar em um exame exaustivo. Esta palavra é usada por Lucas em 23.14, citando uma fala de Pilatos: “Apresentastes-me este homem como pervertedor do povo; e eis que, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">interrogando-o</i> diante de vós, não achei nele nenhuma culpa, das de que o acusais”. Ela também ocorre em 1 Co 2.14 e 1 Co 4.3.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Diakríno</i> significa distinção, discriminação clara, discernimento e juízo. Aparece em 1 Co 12.10 na relação dos dons espirituais, em Hb 5.14 se referindo à característica de um cristão maduro na fé e em Rm 14.1 dizendo para que não julguemos (condenemos) os fracos na fé.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Vine acrescenta, ainda, outra palavra, o adjetivo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">kritikós</i>, cujo sentido é relativo a juízo, discernimento.<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn2" name="_ednref2" style="mso-endnote-id: edn2;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[2]</span></span></span></span></a> Strong também comenta que esta palavra faz alusão a julgamento, aptidão ou habilidade para julgar, discernir.<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn3" name="_ednref3" style="mso-endnote-id: edn3;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[3]</span></span></span></span></a> Esta é a palavra empregada no texto de Hebreus 4:12: "Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz, (...) e apta para <i style="mso-bidi-font-style: normal;">discernir</i> os pensamentos e propósitos do coração". <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Como podemos verificar, nosso adjetivo “crítico” deriva-se da mesma raiz. Normalmente olhamos para essa palavra em seu sentido pejorativo e assimilamos a pessoas que sempre reclamam ou que constantemente observam os defeitos e falhas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Entretanto, “crítico” vem de “critério”. Um crítico de cinema, por exemplo, precisa realizar sua análise baseado em critérios pré-estabelecidos. Somente desta forma, ele poderá realizar uma boa avaliação e chegar a um veredicto consistente acerca dos prós e contras da obra cinematográfica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Outro exemplo simples pode ser usado na figura de uma dona de casa que vai à feira comprar tomates. Ela sabe que não deve comprar qualquer um que esteja à sua frente. Possui critérios de escolha, de seletividade. Os que estão muito maduros ficam no estoque do vendedor, pois correm o risco de estragarem antes de serem aproveitados por esta mulher. Em contrapartida, os que estão num estado intermediário, isto é, nem tão verde e nem tão maduros serão mais provavelmente os escolhidos na compra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Não é partindo do mesmo pressuposto que se escolhe o feijão que será consumido? Destarte, o ensino paulino é que julguemos todas as coisas, retendo o que é bom (1 Ts 5.21).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<h1 style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc370467979"><span style="font-family: Arial; font-size: small;">O julgamento hipócrita</span></a></h1>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Normalmente são usadas duas passagens bíblicas para contestar o trabalho apologista das Escrituras em contraste com um ensino heterodoxo: Mt 7.1-5 e 1 Cr 16.22.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Analisaremos em separado os dois assuntos em seções individuais. Nesta primeira comentaremos sobre o que Jesus proferiu em um dos trechos de Seu conhecido Sermão da Montanha (Mt 5-7).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Mateus 7.1-5, portanto, diz o seguinte: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão a vós. E por que vês o argueiro no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu irmão.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Tal passagem é constantemente utilizada na tentativa de encerrar uma discussão (no bom sentido da palavra) doutrinária. Quem se utiliza do texto supracitado entende que os apologistas estão julgando personalidades e/ou lideranças carismáticas.<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn4" name="_ednref4" style="mso-endnote-id: edn4;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[4]</span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">O texto é bem claro nos dizeres de Jesus. Não devemos julgar as pessoas como se fôssemos mais especiais, com ar de superioridade, falsa santidade, arrogância, vaidade, orgulho ou vanglória. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Muitas pessoas olham para terceiros e esquecem de averiguar seus próprios erros. Os fariseus eram duramente criticados por tal postura hipócrita. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Analisando Mt 7.1, Kuiper diz que “é claro que Jesus aqui proíbe o julgamento. A questão, contudo, é se Jesus proíbe <i style="mso-bidi-font-style: normal;">todo</i> julgamento, ou somente <i style="mso-bidi-font-style: normal;">certo tipo</i> de julgamento.”<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn5" name="_ednref5" style="mso-endnote-id: edn5;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[5]</span></span></span></span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Para obtermos a resposta para essa questão, devemos observar uma das regras de hermenêutica: olhar o texto dentro de seu contexto. Se assim o fizermos, poderemos constatar dois pontos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Primeiro ponto: Jesus não está proibindo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">todo</i> julgamento, mas o julgamento hipócrita. Não podemos ignorar nossos pecados e condenar deliberadamente outras pessoas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Jesus contou uma parábola em Lc 18.9-14 referindo-se a tal prática anticristã. Dirigiam-se para oração um fariseu (ícone religioso de seus dias) e um publicano (ícone dos pecadores). O primeiro agradecia a Deus por não ser como aquele cobrador de impostos e tampouco como outras classes de pecadores, a saber, ladrões, injustos e adúlteros. Não obstante, ele era um dizimista fiel. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Num olhar aparente e externo, o religioso era um modelo a ser seguido. Entretanto, o outro homem reconheceu seu lugar de pecador. Neste estado, ele confessava sua necessidade da misericórdia e graça divina, bem como sua posição de criatura diante do Soberano Criador. Ele não se auto justificava com uma falsa piedade, antes, reconhecia ser indigno de um simples olhar para o céu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">O que aquele fariseu não percebeu era que, a confiança depositada em suas próprias obras havia se tornado como uma trave que cegava seus olhos, fazendo dele um “crente” nominal, ao passo que o publicano, realmente pecador, reconhecia esse fato, professando dependência em Deus e não em si mesmo. Essa sinceridade lhe fazia ter um cisco nos olhos se comparado ao fariseu, que se achava “santarrão”, mas na verdade era um iníquo enrustido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Segundo ponto: considerando que Jesus estava no meio de um sermão o qual tratou de diversos assuntos, Ele ainda comentou sobre a necessidade de “julgarmos” os falsos profetas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Embora “julgar” não seja a palavra usada no contexto da passagem de Mt 7.15-23, podemos raciocinar desta forma. Nos versos que precedem este trecho, Jesus alerta sobre o perigo de se seguir um caminho largo, pois seu final é a perdição eterna. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Na sequencia, Cristo alerta sobre a prudência em nos guardarmos dos falsos profetas. Não seria uma insinuação de que estes conduzem seus seguidores por este caminho largo e espaçoso? De qualquer forma, ficou o alerta. Devemos nos precaver e o meio pelo qual os identificaremos se dá por meio de um critério analítico de seus frutos: “Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7.16a). Fica claro que precisamos aperfeiçoar nosso senso <i style="mso-bidi-font-style: normal;">kritikós</i>, afinal, os tomates “proféticos” estão fresquinhos ou estragados?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<h1 style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc370467980"><span style="font-family: Arial; font-size: small;">Não toqueis nos meus ungidos</span></a></h1>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">A outra expressão utilizada com maior frequência é “não toqueis nos meus ungidos”. Ela está baseada nas passagens de 1 Cr 16.22 e Sl 105.15.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Há, ainda, o episódio de Davi quando se escondeu numa caverna. Naquela ocasião, ele estava sendo perseguido por Saul há um tempo considerável e optou por fugir do rei e de seus homens. No meio dessa fuga, Davi se escondeu aguardando que Saul se fosse com seus homens.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Para sua surpresa, o rei precisava aliviar o ventre e foi justamente ao esconderijo em Davi se emcontrava. Enquanto Saul fazia suas necessidades, teve um pedaço da orla de seu manto cortado sem que percebesse.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Os homens que estavam com Davi até o incentivaram a se aproveitar da oportunidade, mas após obter um pedaço do manto de Saul, o jovem foragido acabou ficando com remorso e declarou a seus homens: “O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, ao ungido do Senhor, que eu estenda a minha mão contra ele, pois é o ungido do Senhor” (1 Sm 24.6).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Dessa forma, alguns evangélicos entendem que este é um princípio bíblico no tocante aos cuidados que devemos ter com os pastores e líderes de nossas igrejas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Contradizer, discordar, questionar ou criticar os pastores, apóstolos, bispos, patriarcas ou qualquer outra categoria de “ungidos” de Deus seria um delito espiritual. É como se a unção de Deus fosse um ato de imunidade para tais líderes e o não cumprimento desse dever implicaria em consequências desastrosas para os transgressores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Este conceito tomou corpo no meio evangélico e algumas pessoas preferem omitir suas opiniões com medo de represálias ou até mesmo da ira divina caso questione a postura pastoral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Obviamente que não estamos aqui incentivando o desrespeito e a insubmissão às autoridades eclesiásticas. De modo nenhum! Antes, queremos demonstrar que tais conceitos são biblicamente deturpados e não podem servir para acobertar falhas morais e teológicas de determinadas lideranças evangélicas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">No caso do “ungido do Senhor” podemos ver algumas inverdades que vêm sendo propagadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Primeira inverdade: os ungidos são os líderes eclesiásticos. Isso se dá porque não há nenhuma ligação entre o cargo do rei com os ofícios eclesiásticos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Como explica Nicodemus, a expressão “ungido do Senhor” é usada na Bíblia em referência aos reis de Israel que “eram oficialmente escolhidos e designados por Deus para ocupar o cargo mediante a unção feita por um juiz ou profeta. Na ocasião era derramado óleo sobre sua cabeça para separá-lo para o cargo”.<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn6" name="_ednref6" style="mso-endnote-id: edn6;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[6]</span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Embora algumas denominações até utilizem de óleo para ungir seus pastores ou bispos em consagrações ou até mesmo nas cerimônias de ordenação, a expressão veterotestamentária “ungido”, referindo-se a líderes evangélicos, não encontra paralelo no Novo Testamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Os Apóstolos não tiveram nenhuma cerimônia de unção com Jesus, os diáconos tampouco com os Apóstolos, Paulo não descreve esse ritual para o comissionamento dos obreiros, enfim, sendo assim não podemos traçar tal paralelo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Em contrapartida, os crentes em geral e não apenas líderes, são sim ungidos de Deus, selados com o Espírito Santo, o penhor de nossa salvação (2 Co 1.21,22; 1 Jo 2.20).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Segunda inverdade: não toqueis se refere a discordar, questionar, reprender, etc. Como já foi declarado, a proposta desse capítulo não é fomentar um desrespeito pelas autoridades eclesiásticas. Afinal, a Bíblia nos ensina: “Obedecei a vossos guias, sendo-lhes submissos; porque velam por vossas almas como quem há de prestar contas delas” (Hb 13.17).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Podemos citar várias outras passagens que incentivam de forma saudável a honra aos nossos líderes (Mt 10.40; Rm 15.30; 1 Co 4.1; 16.16; 2 Co 1.11; Gl 4.14; Ef 6.19; Fp 2.29; 3.17; 1 Ts 5.13; 1 Tm 4.12; 5.17; Hb 13.7).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">O que está em questão é a proposta enganadora de sujeitar e manipular os fiéis sob um falso discurso de submissão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Se voltarmos ao episódio de Davi na caverna, perceberemos que ele não tocou no “ungido do Senhor”, isto é, não o feriu, machucou, espancou ou matou. Todavia, é nítido que Davi repreendeu Saul por sua injustiça e falta com a verdade, além de colocar a causa que o afligia nas mãos do único que pode intervir com perfeita justiça (cf 1 Sm 24.8-12).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Romeiro explica essa situação dizendo que as passagens referentes à expressão em análise “não se referem a um questionamento ético ou doutrinário do líder, mas a algum perigo para a integridade física de um ungido de Deus”<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn7" name="_ednref7" style="mso-endnote-id: edn7;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[7]</span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Podemos ver um caso semelhante ao de Davi no episódio de Abraão em Gerar. Nesta ocasião, o patriarca contou a meia verdade de que Sara era sua irmã, temendo a Abimeleque. Este até tomou Sara, mas foi avisado em sonho que seria punido caso tomasse-a por esposa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Apesar de Deus ter proibido Abimeleque de tocar no profeta e ungido do Senhor, ou seja, de causar-lhe algum dano físico, ele não hesitou em repreender Abraão por ter-lhe mentido: “Que é que nos fizeste? E em que pequei contra ti, para trazeres sobre mim o sobre o meu reino tamanho pecado? Tu me fizeste o que não se deve fazer (...) Com que intenção fizeste isto?” (Gn 20.9,10).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Recorrendo à Igreja Primitiva, vamos perceber que “nunca os apóstolos de Jesus Cristo apelaram para a ‘imunidade da unção’ quando foram acusados, perseguidos e vilipendiados pelos próprios crentes”.<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn8" name="_ednref8" style="mso-endnote-id: edn8;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[8]</span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<h1 style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc370467981"><span style="font-family: Arial; font-size: small;">O julgamento bíblico</span></a></h1>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Afinal de contas, devemos ou não julgar? O que a bíblia diz, portanto, sobre esse assunto? Veremos doravante alguns conceitos firmados pela Palavra de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Conforme já vimos, somos exortados a exercer o nosso discernimento. Paulo disse que devemos julgar todas as coisas e reter o que é bom (1 Ts 5.21). Este julgar não diz respeito a conjecturar ou especular a salvação de terceiros. Vale ressaltar outro ponto importante. Há uma enorme diferença entre julgar e condenar. Talvez seja este o maior temor que algumas pessoas enfrentam ao se deparar com livros ou artigos de apologética cristã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Kuiper explica que, “julgar e condenar são duas coisas distintas, relacionadas, mas não idênticas”. Em seguida, ele exemplifica essa afirmação através do caso da mulher adúltera em Jo 8, mostrando que, “Jesus de fato julga esta mulher, mas não a condena. Ao dizer-lhe ‘vá e não peques mais’, Jesus indica que ela <i style="mso-bidi-font-style: normal;">tinha</i> pecado. Em si mesma, a acusação dos fariseus estava correta, e Jesus julgou o pecado como sendo pecado (...) Embora Jesus tenha julgado a mulher, ele não a condenou”.<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn9" name="_ednref9" style="mso-endnote-id: edn9;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[9]</span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Como bem lembra Romeiro, quando Paulo chegou a Beréia, já possuía um currículo bem respeitado e até invejável. Ele havia estudado com um mestre renomado de sua época, Gamaliel, e desfrutava da confiança das autoridades que lhe deram autorização para perseguir os cristãos, além de ter passado por uma conversão fantástica.<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn10" name="_ednref10" style="mso-endnote-id: edn10;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[10]</span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Apesar de tudo isso, os bereanos exerceram o juízo enquanto Paulo e Silas lhes anunciavam as boas novas. Lemos em Atos 17.11 que eles “receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim”.</span><span style="color: black; font-family: 'Tahoma','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">É como se o Apóstolo dos gentios fizesse uma citação messiânica de Isaías, por exemplo, e os ouvintes de Beréia procurassem na Escritura Sagrada, a fim de confrontar com o ensino paulino. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Encontramos, ainda, as advertências do Apóstolo João sobre o cuidado com heresias propagadas por pessoas que “não eram dos nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; mas todos eles saíram para que se manifestasse que não são dos nossos” (1 Jo 2.19).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Sendo assim, João afirma à Igreja que não desse crédito a qualquer pregador, “mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo” (1 Jo 4.1).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Estes falsos profetas , gnósticos como chamamos hoje, estavam ensinando heresias cristológicas, negando a natureza humana de Cristo. Seus ensinos eram místicos e misteriosos e eles alegavam uma revelação especial para suas doutrinas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Como diferenciar, então, um pregador cristão de um gnóstico? A Igreja deveria julgar o ensino do mesmo: “Nisto conheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não é de Deus; mas é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir; e agora já está no mundo.” (1 Jo 4.2,3).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Outra controvérsia que a Igreja enfrentou em seus primeiros anos foi a dos judaizantes. Alguns fariseus que passaram a professar a fé cristã, não se contentaram com a simplicidade do Evangelho e não quiseram abrir mão de alguns aspectos do judaísmo farisaico e fizeram de tudo para misturar o Evangelho puro e simples com a Lei de Moisés.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Essa controvérsia trouxe sérios aborrecimentos ao Apóstolo Paulo, o qual exortou irmãos que estavam deixando a doutrina de Cristo para ir após outro evangelho em sua carta aos gálatas. Uma mensagem diferente da mensagem de Cristo deveria ser descartada, ainda que fosse pregada por anjos ou qualquer apóstolo (Gl 1.8).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">As principais religiões judaicas do primeiro século da era cristã eram os fariseus, saduceus, zelotes e essênios. Cada um desses grupos tinham costumes que lhes eram próprios e com a proliferação do cristianismo para os gentios, houve um grande choque cultural entre estes e os judeus, os quais quiseram impor a continuação da circuncisão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Esta discrepância doutrinária trouxe uma discussão acalorada entre Paulo, Silas e os fariseus recém-convertidos. Tal controvérsia só pôde ser apaziguada em uma reunião conciliatória em Jerusalém por volta do ano 51. d.C. (cf At 15).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Esse problema judaizante ainda teve outras repercussões. Paulo chegou a ter uma leve desavença com Pedro por conta de um posicionamento mais explícito e chegou até mesmo a repreendê-lo (Gl 2.11-21).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Houve julgamento (peneiramento, distinção, seleção, separação e decisão) neste encontro de Paulo em Antioquia. Não dava para seguir dois evangelhos, um da circuncisão e outro da graça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Mas isso não é uma falta de amor ou um ato faccioso? De forma alguma, o próprio Paulo deixou claro que, o amor não se alegra com a injustiça e sim com a verdade (1 Co 13.6). Seria muito fácil defendermos um falso amor baseado numa falsa tolerância. Porém, isso não seria o amor bíblico, mas um ecumenismo de “teologias” variadas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Apesar de todas essas bases bíblicas, muitos líderes não têm abertura para uma discussão teológica. Preferem permanecer no erro ao invés de dar o braço a torcer humildemente. Mesmo sabendo disso, Paulo lutou pela sanidade do evangelho. Aos que não aceitavam suas ideias, ele perguntava: “Tornei-me acaso vosso inimigo, porque vos disse a verdade?” (Gl 4.16). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<h1 style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc370467982"><span style="font-family: Arial; font-size: small;">O julgamento na História da Igreja</span></a></h1>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">A Bíblia trata do caráter apologético das doutrinas centrais da fé cristã em praticamente todos os seus livros do Novo Testamento. Desde a ressurreição de Cristo, muitas heresias se introduziram no meio da Igreja. Embora os Apóstolos, os pais apostólicos, os pais apologistas e os pais polemistas tenham lutado pela fé que uma vez nos foi dada, alguns resquícios dessas falsas doutrinas permaneceram e/ou evoluíram para os séculos posteriores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Na presente era da Igreja, encontramos esses resíduos primitivos em conceitos teológicos profundamente equivocados. Os atributos de Deus são confundidos em muitas seitas pseudo-cristãs. A natureza de Cristo ainda sofre má interpretação em relação a Sua divindade e humanidade. O Espírito Santo é questionado e confundido em alguns grupos religiosos. A doutrina da graça ainda é pervertida. O cânon das Escrituras continua a ser atacado por alguns supostos cristãos. Certos homens insistem em recosturar o véu. A simonia permanece desgraçando a autenticidade do cristianismo... E por aí vai.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">A maioria das heresias ocorre em virtude da ênfase exageradamente mística que alguns dão à religiosidade.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn11" name="_ednref11" style="mso-endnote-id: edn11;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[11]</span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;"> É certo que Deus é um ser pessoal e que se relaciona com seu povo. Todavia, devemos buscar explicações para nossas experiências à luz da Palavra de Deus e não vice-versa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Berkhof diz que, esta “posição deve ser sustentada em oposição a todas as classes de místicos”, pois eles alegam revelações especiais, bem como um conhecimento metafísico não mediado pela Palavra de Deus, o que pode nos levar “a um oceano de ilimitado subjetivismo”.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn12" name="_ednref12" style="mso-endnote-id: edn12;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[12]</span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Na história da Igreja, os primeiros cristãos precisaram seguir a orientação de Judas por inúmeras vezes: “senti a necessidade de vos escrever, exortando-vos a pelejar pela fé que de uma vez para sempre foi entregue aos santos” (Jd 3).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Os efésios são elogiados por Jesus por não se conformem com um grupo chamado em Apocalipse de Nicolaítas (Ap 2.6,15). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">A interpretação dessa passagem é analisada em pelo menos três perspectivas: 1) eram seguidores de Nicolau, um dos sete que foram designados diáconos em At 6 e que acabou deixando a ortodoxia; 2) gnósticos que queriam se infiltrar na igreja e 3) pessoas que seguiam o ensinamento de falsos Apóstolos e de Balaão.<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn13" name="_ednref13" style="mso-endnote-id: edn13;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="color: black; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[13]</span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Embora não haja consenso sobre a origem dos nicolaítas, sabemos que eles pregavam uma versão inovadoramente imoral do Cristianismo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Era um evangelho sem exigências, liberal e sem proibições, no qual queriam gozar o melhor da igreja e o melhor do mundo. Eles incentivavam os crentes a comer comidas sacrificadas aos ídolos e diziam que o sexo antes e fora do casamento não era pecado, estimulando a imoralidade.<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn14" name="_ednref14" style="mso-endnote-id: edn14;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="color: black; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[14]</span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Clemente de Alexandria disse que Nicolau (ele cria que fosse um dos sete diáconos) foi repreendido por se enciumar de sua mulher que era muito bonita. Respondendo a essa reprovação, ele disse que quem quisesse poderia tomá-la como esposa, ou seja, ter relações sexuais com ela. Clemente acrescenta, ainda, que Nicolau passou a ensinar que os apóstolos tinham permitido relações promíscuas e comunitárias com as mulheres.<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn15" name="_ednref15" style="mso-endnote-id: edn15;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="color: black; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[15]</span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Eusébio de Cesaréia confirma a citação de Clemente em sua história eclesiástica. Entretanto, alega ter pesquisado sobre a vida de Nicolau e descobriu que, embora este tenha ensinado que “cada um deve ofender a própria carne”, ele mesmo não viveu com outra mulher a não ser sua esposa, manteve suas filhas em virgindade até idade avançada, bem como seu filho incorrupto. Eusébio entende que Nicolau tenha permitido sua mulher se relacionar com outros homens para suprimir sua paixão carnal e os prazeres que buscava com tamanho empenho.<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn16" name="_ednref16" style="mso-endnote-id: edn16;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="color: black; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[16]</span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Infelizmente, alguns seguiram a prática nicolaíta e se entregaram às paixões sob a alegação de que a carne para nada se aproveita. Easton disse que “eles se pareciam com uma classe de cristãos professos, que procuravam introduzir na igreja uma falsa liberdade ou licenciosidade, desta forma abusando da doutrina da Graça ensinada por Paulo”.<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn17" name="_ednref17" style="mso-endnote-id: edn17;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="color: black; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[17]</span></span></span></span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">A Igreja precisou lidar com muitas heresias no decorrer de sua história. Paulo até declarou que, “até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós” (1 Co 11.19 – ARC).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">As heresias faziam separação dos verdadeiros crentes – que buscavam seu estilo de vida no uso da aplicação correta da sã doutrina – e dos falsos – que optavam por uma versão incongruente do evangelho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Podemos ver exemplos da luta doutrinária da Igreja com os maniqueístas que davam ênfase num dualismo onde Deus e o diabo eram dotados de poder co-iguais, com o arianismo que negava a natureza divina de Cristo, com o</span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">s monarquianistas dinâmicos (ou adocianistas) que diziam que Cristo tinha assumido a forma divina somente após o batismo, com os ebionitas que entendiam que Jesus fosse apenas humano; com os docetas que criam que Ele fosse apenas divino e que Seu sofrimento tinha sido apenas simbólico; com os eutiquianistas (monofisistas) que ensinavam uma natureza amalgamada da divindade e humanidade de Cristo; com os apolinarianistas que negavam a natureza humana completa de Jesus, alegando que o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Logos</i> substituiu a alma humana de Cristo; com os sabelianos (monarquianistas modalistas ou somente modalistas) que diziam ser Cristo o segundo modo das três sucessivas manifestações de Deus; com os patripassianistas, uma variante desta última, que ensinavam que o próprio Pai havia morrido na cruz (patripassianismo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Embora dezenas de heresias tenham sido citadas aqui, muitas outras ainda ficaram faltando. Algumas por falta de espaço, outras por falta de pertinência temática. Contudo, que a Igreja continue utilizando o divino </span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">par de lentes que “coletando-nos na mente conhecimento de Deus de outra sorte confuso, dissipada a escuridão, mostra-nos em diáfana clareza o Deus verdadeiro”,<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn18" name="_ednref18" style="mso-endnote-id: edn18;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[18]</span></span></span></span></a> <span style="color: black;">afinal, "A Bíblia, toda a Bíblia e nada mais do que a Bíblia, é a religião da igreja de Cristo."<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn19" name="_ednref19" style="mso-endnote-id: edn19;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="color: black; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[19]</span></span></span></span></a> Ela é efetivamente “absoluta ou obsoleta”.<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn20" name="_ednref20" style="mso-endnote-id: edn20;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="color: black; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[20]</span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<h1 style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc370467983"><span style="font-family: Arial; font-size: small;">Conselhos práticos</span></a></h1>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Para finalizar esse capítulo gostaria de trazer alguns conselhos práticos para que os cristãos melhorem seus critérios e exerçam o discernimento bíblico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Segundo Romeiro, é preciso tomarmos cuidado em pelo menos quatro circunstâncias: nas livrarias evangélicas, nas editoras evangélicas, na educação teológica e até mesmo ao escolher uma igreja.<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn21" name="_ednref21" style="mso-endnote-id: edn21;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[21]</span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Não é porque uma livraria se diz evangélica que ela possui apenas materiais evangélicos. Algumas delas vendem produtos de outras religiões. Precisamos verificar criteriosamente do que se trata.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Recentemente, um amigo meu me emprestou um livro alegando ser muito bom. Segundo ele, era um ótimo material escatológico que ele havia comprado numa livraria evangélica em Juiz de Fora, Minas Gerais. Como ele disse que me traria o livro no dia seguinte, perguntei-lhe, curioso, qual era o autor e ele me respondeu que era Paiva Netto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Fiquei assustado com a resposta, pois Netto é o atual presidente da LBV, um grupo espírita. O livro chama-se “Apocalipse sem medo” e é recheado de heresias. Não sei como o meu amigo conseguiu acha-lo bom!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Algumas dicas para se evitar leituras controvertidas, é tentar conhecer o autor, saber de que igreja ele é, qual a sua reputação e a afinidade teológica dele com sua denominação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Outro cuidado se dá em relação à editora. Longe de querer generalizar, existem algumas que apoiam visivelmente materiais controversos e cujo forte é a publicação de livros de batalha espiritual, demonologia, etc. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Algumas denominações possuem editoras específicas, como é o caso das Assembléias de Deus com a CPAD e a Betel; a Igreja do Nazareno com a CPN; a Metodista Wesleyana com a CPIMW; a Batista com a Editora Batista Regular e a JUERP e a Presbiteriana com a Cultura Cristã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Há, ainda, outras excelentes editoras que não foram citadas, como a Vida Nova, Hagnos e Fiel. De qualquer forma é preciso estar atento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">O cuidado na educação teológica também é muito importante. Muitas pessoas estão aderindo a cursos de teologia que não possuem nenhuma integridade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">A grande maioria de cursos teológicos no Brasil é sem o reconhecimento do MEC. Isso, todavia, não os desmerece, pois há o reconhecimento denominacional. Antes de fazer algum curso é importante verificar a que denominação o mesmo é ligado, qual a confissão de fé e se sua igreja o aprova.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Há muitos cursos prometendo formar um “teólogo” em alguns meses. Conheci, recentemente, um rapaz que se intitula Doutor em Divindade. Segundo ele, o título foi conseguido em três anos de estudo, sendo um para o bacharel em Teologia, mais um para o mestrado e mais um para o doutorado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Cursos como esse, além de manchar a reputação dos verdadeiros teólogos, formam titulados superficiais e que estão muito aquém do que se espera deles. Infelizmente, há muitos irmãos sendo enganados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Finalmente, fica o alerta para a escolha de uma igreja. Com isso, não estou sugerindo ao amado leitor que mude de denominação. No meu caso não houve oportunidades de mudar o sistema gedozista e optei em me desligar de meu primeiro ministério. Saí de lá amigavelmente e a escolha seguinte seria muito séria. Eu precisava ser criterioso antes de tomar a decisão de qual denominação me filiaria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Romeiro dá algumas dicas nesse sentido: 1) compromisso em ensinar a Bíblia de forma séria e equilibrada; 2) preferência por igrejas filiadas ao invés de independentes; 3) declaração de fé consistente; 4) prestações de conta e uso responsável dos recursos e 5) denominação e liderança moralmente idôneas.<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn22" name="_ednref22" style="mso-endnote-id: edn22;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[22]</span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Meu desejo é que esse livro sirva para mover o coração de líderes a uma mudança positiva, a uma volta ao cristianismo puro e simples. Ao invés de dissidências e separações, que haja humildade para consertar o que vem prejudicando o autêntico Evangelho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 150%;">Notas<o:p></o:p></span></b></div>
<div style="mso-element: endnote-list;">
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<div id="edn1" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;">*Trecho do livro “A Verdade Sobre o G-12”, de Vinicius Couto.<o:p></o:p></span></div>
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref1" name="_edn1" style="mso-endnote-id: edn1;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[1]</span></span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: EN-US;"> BROMILEY, Geoffrey W. (Ed.). <i style="mso-bidi-font-style: normal;">The International Standard Bible Encyclopedia</i>. </span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;">Grand Rapids, Michigan, 1979, vol.l, p. 947.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn2" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref2" name="_edn2" style="mso-endnote-id: edn2;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[2]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"> VINE, W. E. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Dicionário Exegético e Expositivo</i>. CPAD. Rio de Janeiro, 2009, p. 568.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn3" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref3" name="_edn3" style="mso-endnote-id: edn3;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[3]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"> STRONG, James. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Nueva Concordancia Strong Exhaustiva</i>. Editorial Caribe. Nashville, 2002, p. 605.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn4" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref4" name="_edn4" style="mso-endnote-id: edn4;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[4]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"> Entenda-se carismático como uma pessoa que tem a atratividade de um público em geral. Não confundir com o movimento carismático.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn5" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref5" name="_edn5" style="mso-endnote-id: edn5;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[5]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"> KUIPER, Doug. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Julgar: o dever de todo cristão</i>. </span><span lang="EN-US" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: EN-US;">Byron Center Protestant Reformed. Michigan, 1999,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>p. 13.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn6" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref6" name="_edn6" style="mso-endnote-id: edn6;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[6]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"> <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">NICODEMUS, Augustus. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Como entender a ordem para não tocar no ungido do Senhor? </i><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Revista Defesa da Fé. </span>Ano 13, n°104 - Julho/Agosto de 2013, </span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Calibri;">p.64</span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-bidi-font-weight: bold;"> .</span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn7" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref7" name="_edn7" style="mso-endnote-id: edn7;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[7]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"> ROMEIRO, Paulo.<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> Evangélicos em Crise</i>. São Paulo: Mundo Cristão, 1999, p. 41.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn8" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref8" name="_edn8" style="mso-endnote-id: edn8;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[8]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"> NICODEMUS, Augustus, Op. Cit., p. 65.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn9" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref9" name="_edn9" style="mso-endnote-id: edn9;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[9]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"> KUIPER, Doug. Op. Cit., p. 14.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn10" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref10" name="_edn10" style="mso-endnote-id: edn10;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[10]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"> ROMEIRO, Paulo. </span><span lang="EN-US" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: EN-US;">Op. Cit., p. 202.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn11" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref11" name="_edn11" style="mso-endnote-id: edn11;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[11]</span></span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: EN-US;"> BREESE, Dave. </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;">Conheça as marcas das seitas</span></i><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;">. Fiel, 2001, pp.18-22<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn12" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref12" name="_edn12" style="mso-endnote-id: edn12;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[12]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"> BERKHOF, Louis. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Teologia Sistemática</i>. Cultura Cristã, 2012, p.614.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn13" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref13" name="_edn13" style="mso-endnote-id: edn13;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[13]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"> KISTEMAKER, Simon. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Comentário do Novo Testamento: Apocalipse</i>. Cultura Cristã, 2004, pp. 158-159.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn14" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref14" name="_edn14" style="mso-endnote-id: edn14;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[14]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"> LOPES, Hernandes Dias. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Comentário bíblico expositivo de Apocalipse</i>. Hagnos, 2005, p. 21.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn15" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref15" name="_edn15" style="mso-endnote-id: edn15;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[15]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"> CLEMENTE, Tito Flávio. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Stromata </i>3.4.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn16" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref16" name="_edn16" style="mso-endnote-id: edn16;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[16]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"> CESAREIA, Eusébio de. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">História Eclesiástica</i>. </span><span lang="EN-US" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: EN-US;">CPAD, 1999, pp. 107-108.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn17" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref17" name="_edn17" style="mso-endnote-id: edn17;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[17]</span></span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: EN-US;"> EASTON, George. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Easton’s Bible Dictionary</i>: Nicolaitanes. </span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;">Thomas Nelson, 1897.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn18" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref18" name="_edn18" style="mso-endnote-id: edn18;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[18]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"> CALVINO, João. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Institutas</i>. </span><span lang="EN-US" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: EN-US;">I, VI, 1.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn19" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref19" name="_edn19" style="mso-endnote-id: edn19;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[19]</span></span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: EN-US;"> SPURGEON apud BLANCHARD, John. </span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;">Pérolas para a vida. Edições Vida Nova, 1993.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn20" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref20" name="_edn20" style="mso-endnote-id: edn20;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[20]</span></span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: EN-US;"> HAVNER apud BLANCHARD, John. Op. </span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;">Cit.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn21" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref21" name="_edn21" style="mso-endnote-id: edn21;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[21]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"> ROMEIRO, Paulo. Op. Cit., pp. 194-205.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn22" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref22" name="_edn22" style="mso-endnote-id: edn22;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[22]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 8pt;"> Ibid, pp. 199-205.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-22181416219836280082014-09-17T11:33:00.000-03:002014-09-17T11:33:19.897-03:00A Vingança pertence a Deus<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Vingança é um prato que se come frio, diz o ditado popular. O sabor desse prato não é amargo e nem salgado, mas doce, segundo pesquisa realizada por neurocientistas suíços que se basearam em tomografias cerebrais.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn1" name="_ednref1" style="mso-endnote-id: edn1;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[1]</span></span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A pesquisa, liderada pelo Professor Dominique de Quervain, da Universidade de Zurique, consistiu em uma atividade realizada com duplas. Afirmando que se tratava de um estudo econômico, quinze estudantes do sexo masculino e de idade entre 20 e 30 anos se submeteram a um jogo que envolvia trocas monetárias. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Nesse jogo, um dos jogadores (A) podia conceder todo o seu dinheiro ou parte dele a seu par (B), o qual poderia devolver parte do que recebeu ou nada. Caso o primeiro jogador resolvesse dar todo seu dinheiro, sua verba poderia ser multiplicada quatro vezes e o jogador B poderia dividir sua recompensa com A. O primeiro jogador teria motivação suficiente para dar todo seu dinheiro a B, uma vez que ambos poderiam sair beneficiados. Caso B se recusasse a dividir o montante, A poderia se vingar de seu par, contanto que pagasse por isso.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Enquanto os jogadores passavam pelo evento, tomografias por emissão de pósitrons registravam a atividade cerebral deles, sendo possível verificar um claro padrão de atividade nos gânglios de base dorsal – área cerebral envolvida na sensação de prazer – quando um jogador penalizava o outro por ter sido egoísta. Os resultados da pesquisa mostraram que, as pessoas possuem uma sensação de auto satisfação e de prazer quando se vingam. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A vingança e a psicologia<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Segundo a psicóloga Milena Frankfurt, o desejo de se vingar é algo inerente do ser humano, entretanto, o ato de se vingar e como se vingar “é particular e especifico de cada pessoa. Está bastante relacionado com a capacidade de perdoar que a pessoa exerce ou não durante a sua vida.”</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn2" name="_ednref2" style="mso-endnote-id: edn2;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[2]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"> A fim de mostrar a naturalidade desse sentimento, Milena comenta que, todos “nós já imaginamos aquela pessoa que nos feriu se machucando de alguma maneira, mesmo que em fantasia”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Saber lidar com as frustrações da vida é um fator preponderante na visão psicológica sobre esse assunto. Pessoas rancorosas tendem a imaginar com mais frequência atos vingativos, sem necessariamente executar o que está em suas mentes. Em outros casos, acontece a autoflagelação psíquica, na qual a pessoa ofendida usa toda a energia de sua amargura contra si mesma, vivendo estágios de depressão, transtornos alimentícios e/ou problemas psicossomáticos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Na sociedade hodierna conseguimos verificar esse tipo de comportamento em situações ocorridas na dissolução de um casamento ou nas brincadeiras de crianças que outrora eram taxadas como pueris, isto é, típico do período compreendido entre a infância e a adolescência.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">No primeiro caso, atitudes vingativas começam a brotar quando o casamento não vai bem e os pais usam os filhos para servirem de arma um contra o outro. Depois de consumado o divórcio, as coisas tendem a piorar. Usualmente um dos ex-cônjuges, inconformado com a separação, passa a difamar, desmoralizar e/ou criar descrédito sobre a figura da outra parte para o(s) filho(s). Esse processo é chamado de Síndrome da Alienação Parental (SAP) e apesar de produzir satisfações esporádicas a quem pensa se vingar, prejudica a formação dos filhos.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn3" name="_ednref3" style="mso-endnote-id: edn3;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[3]</span></span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O caso das brincadeiras de crianças já foi tratado como algo tão comum na vida humana, que chegou a ser comparado como uma passagem para a vida adulta</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn4" name="_ednref4" style="mso-endnote-id: edn4;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[4]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;">. Gozações com o mais gordinho da turma, o mais alto, o mais magro, o mais narigudo, etc, fizeram parte da infância de todas as pessoas. Até o profeta Eliseu passou por essa situação constrangedora quando os meninos gritavam repetidamente “sobe calvo” (2 Rs 2.23).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Todavia, as consequências desses <i style="mso-bidi-font-style: normal;">bullyings</i> – baixa autoestima, baixo rendimento, estresse, introspecção, timidez, ansiedade e agressividade, dentre outros – têm despertado a atenção de estudiosos para outro rumo. Essas consequências podem evoluir para estágios ainda mais graves e gerar transtornos psicopatológicos profundos, tais como fobias, pensamentos suicidas, depressões e desejos de vingança.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">É o caso trágico do massacre em Realengo que chocou o Brasil em 2011. Wellington Menezes de Oliveira entrou na Escola Tasso da Silveira e matou 12 crianças, além de ferir outras 12. Em um dos vídeos encontrados pela polícia, o atirador dizia que sofria <i style="mso-bidi-font-style: normal;">bullying</i> e justificou seu ato criminoso dizendo: “que o ocorrido sirva de lição, principalmente para as autoridades escolares, para que descruzem os braços diante de situações em que alunos são agredidos, humilhados, ridicularizados, desrespeitados".</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn5" name="_ednref5" style="mso-endnote-id: edn5;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[5]</span></span></span></span></span></a></span><span style="color: black; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 13pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A Vingança na Justiça brasileira<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Nos vários casos noticiados pela mídia brasileira, podemos ver o desejo de punição das pessoas quando algo trágico acontece, principalmente quando o veículo de informação é um canal que abusa do sensacionalismo. Normalmente essa punição está associada ao desejo de vingança. Há uma linha muito tênue entre uma e outra.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Este sentimento vingativo é constantemente visto nas produções hollywoodianas, nos mais variados filmes e seriados e possui grande aceitação do público. Muitas tramas seguem o mesmo tipo de raciocínio: alguém faz algum tipo de mal para alguma família e quem foi prejudicado resolve se vingar do ocorrido. Muitos telespectadores ficam torcendo para que a vingança ocorra com êxito.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">No filme “Tempo de Matar”, é difícil não haver identificação (empatia) entre o personagem que se vinga e quem o assiste. O longa, além de possuir um dos melhores diretores de cinema dos EUA, Joel Shumacher, e um elenco de primeira (Samuel L. Jackson, Sandra Bullock, Mathew McConaughey, Oliver Platt e Kevin Spacey), consegue estimular o senso de justiça (para não dizer senso de vingança) que há em cada ser humano. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A história se passa em Canton, Mississipi. Dois homens brancos espancam e estupram uma menina negra de dez anos. Os estupradores foram presos, mas teriam o valor de fiança decretada no tribunal. O pai da garota, Carl Lee Hailey (interpretado por Jackson), fica atônito e desesperado, e resolve fazer justiça com as próprias mãos, matando-os na frente de todos e vingando-se do ato cruel que eles cometeram.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Embora sua sede de vingança tenha sido saciada, Hailey é preso e enfrenta um julgamento complexo por conta de seu duplo assassinato. O filme é capaz de dividir a opinião dos telespectadores, afinal, estamos de frente de um caso trágico que se finalizaria com impunidade e ao mesmo tempo diante de um ato criminoso de justiça feita com as próprias mãos. Dificilmente quem assiste o filme não torce para que Hailey seja absolvido.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">No Direito Brasileiro, a autotutela, chamada popularmente de “justiça com as próprias mãos”, é crime previsto no Artigo 345 do Código Penal Brasileiro, mas podemos encontrar algumas exceções (excludentes de ilicitude), como nos casos que se seguem:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">I – Em casos como o do Movimento Sem Terra (MST), nos quais pessoas tentavam se apossar de alguma propriedade, o possuidor tem direito de se manter no local, usando até mesmo de força própria, contanto que essa resistência não ultrapasse o necessário à manutenção ou restituição da posse (Artigo 1.210 do Código Civil de 2.002);<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">II – Qualquer pessoa pode efetuar voz de prisão caso se depare com alguém em flagrante delito (Artigos 301 e 302 do Código de Processo Penal);<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">III – De acordo com o Artigo 23 do Código Penal Brasileiro, não há crime quando o agente pratica o fato em quatro circunstâncias: 1) em estado de necessidade (detalhado no Artigo 24), 2) em legítima defesa (detalhado no Artigo 25), 3) em estrito cumprimento de dever legal ou 4) no exercício regular de direito. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Origens do sentimento de vingança<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O sentimento de vingança, bem como o comportamento agressivo, tem sua gênese, segundo a psicologia, primeiramente no instinto do homem. Além disso, fatores como a aprendizagem, aspectos situacionais, frustrações e provocações, contribuem para a execução desses atos. Essas posições não levam em conta fatores de personalidade, fisiológicos e sociológicos.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn6" name="_ednref6" style="mso-endnote-id: edn6;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[6]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"> <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A exemplo do filme supracitado, os moradores do bairro Cidade Tiradentes, Zona Leste de São Paulo, invadiram, depredaram e picharam um imóvel do local.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn7" name="_ednref7" style="mso-endnote-id: edn7;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[7]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"> O motivo seria a indignação da população após o estupro e morte de Angélica Barbosa Romasco, de oito anos. A menina brincava na frente de casa na noite do dia 15 de Maio deste ano. Seu corpo foi encontrado algum tempo depois em um terreno baldio do bairro, com várias perfurações e hematomas no corpo. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O estuprador desfigurou o rosto da menina com um alicate e usou uma chave de roda para matá-la. Andreus Vieira Batista, que já conhecia a criança, bem como a família, confessou o crime e não mostrou sinais de arrependimento, quando preso no dia 17 de Maio.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Movidos por fatores de frustrações, os moradores do bairro destruíram o imóvel onde o criminoso residia no dia 18 de Maio, numa clara demonstração de inconformismo e descrença em relação ao poder de punir do Estado.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Outra possível porta de entrada para os atos agressivos e consequentes sentimentos vingativos pode estar na sala de nossa casa. Somos atraídos por filmes de ação, de lutas, policial e de suspense. A presença de armas e de violência física, emocional e verbal está constantemente presente nessas categorias de filmes, os quais estão à disposição de toda faixa etária, inclusive das crianças, apesar da censura. De acordo com alguns estudos</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn8" name="_ednref8" style="mso-endnote-id: edn8;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[8]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;">, esses tipos de cenas podem trazer influências comportamentais nas pessoas, como insensibilidade frente a atrocidades, imitação do modelo cinematográfico e atitudes violentas como resposta às frustrações.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Além dos milhares de filmes que instigam o sentimento vingativo, existem outras programações televisivas que fazem sucesso com esse mesmo tipo de trama. No Brasil não faltam novelas (nacionais e mexicanas) e séries importadas dos EUA. Todos esses programas retratam os fatores citados acima, que originam o sentimento vingativo, seja no triângulo amoroso da novela, na lembrança que o lutador tem em sua luta final do filme ou nas histórias das séries americanas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Por falar em série, recentemente a maior emissora de TV brasileira começou a transmitir um seriado que conquistou um dos maiores índices de audiência estadunidenses. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Revenge</i>, que no português significa “Vingança”, é uma série baseada no livro “O Conde de Monte Cristo”, de Alexandre Dumas. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O seriado global conta a saga vingativa de Amanda Clarke, alguém que perdeu o pai e a infância depois de uma conspiração. David Clarke, seu pai, foi acusado injustamente de terrorismo e morto na prisão para que a verdade permanecesse oculta enquanto Amanda passou a infância numa casa de detenção juvenil. Assim que completou dezoito anos, ela foi solta, recebeu sua herança e uma caixa com informações sobre as pessoas que armaram para seu pai. Decidida a se vingar dessas pessoas, ela muda seu nome para Emily Thorne e volta a sua antiga cidade, Hamptons.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Os principais conspiradores seriam o casal Conrad e Victoria Grayson – antigo patrão e antiga amante de David – mas no desenrolar dos episódios percebe-se que eles são apenas a ponta do iceberg. Para concluir sua vingança, Amanda conta com o apoio de seu amigo bilionário, Nolan Ross, um gênio da espionagem e da vigilância eletrônica, e de sua melhor amiga, Ashley Davenport, que trabalha para os Graysons.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A série é produzida pela emissora norte-americana ABC e já está com sua terceira temporada agendada nos EUA, além de vir mantendo altos índices de audiência. No Brasil a primeira temporada estreou em 14 de Abril desse ano. De acordo com o site oficial, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Revenge</i> não é uma história sobre perdão, mas um show sobre retribuição.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn9" name="_ednref9" style="mso-endnote-id: edn9;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[9]</span></span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O lado bom da TV<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Mas nem tudo no cinema é ruim. Existem alguns filmes que dramatizam muito bem a atitude oposta à da vingança: o perdão. Dentre os poucos filmes, podemos destacar pelo menos dois: “O Poder da Graça” e “Graça e Perdão”, lançados em 2010 e 2011, respectivamente.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Em “O Poder da Graça”, vemos Mac McDonald, um policial que perdeu seu filho num acidente ser transformado pela Graça de Deus. O menino morreu atropelado por bandidos enquanto andava de bicicleta na calçada de casa e essa tragédia trouxe grandes revoltas no pai do menino que não conseguiu superar a ira e sentimentos vingativos por vários anos. Sua vida se tornou rancorosa e amargurada, o que lhe impediu inclusive promoções no departamento de polícia. Embora ele fosse mais experiente, viu seu companheiro assumindo o posto de Sargento, o qual passou a ser seu parceiro. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Em casa as coisas também não iam bem. Seu relacionamento com a esposa era péssimo, pois sua amargura lhe fazia ataca-la com palavras revestidas de ódio. Seu filho mais novo não tinha um pai amigável, com quem podia conversar e ia muito mal na escola. Tudo parecia terrível naquela família e depois de uma discussão entre pai e filho, o rapaz se ajuntou com alguns ladrões num assalto a uma loja. O pai, em seu serviço policial, foi até o local e atirou no próprio filho sem saber que era ele. Seu parceiro, que era pastor, ofereceu-lhe um ombro amigo enquanto via-o arrasado, mas recebeu palavras iracundas e racistas, ainda recheadas de amargura e agora de culpa, pelo tiro que deu no próprio filho. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O poder da Graça é mostrado em duas situações: primeiramente na cirurgia que o rapaz precisou ser submetido. Um de seus rins não funcionava e o outro que era normal teria que ser retirado, pois foi baleado. Se não encontrasse um doador, corria risco de morte. Nesse ínterim é que o Sargento Wright, pastor e parceiro de McDonald se dispõe a doar um de seus rins para ajudar o filho de seu colega. Essa atitude mexeu com o policial durão e o levou a ter um encontro com Cristo. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O segundo ato de Graça do filme se dá no final dele. Um dos homens que dirigia o carro que atropelou o menino foi preso, converteu-se a Jesus e queria pedir perdão aos pais do garoto, mas não conseguia chegar até eles. Um dia, quando o casal estava na igreja, o homem consegue entrar e pedir perdão aos pais do garoto. Somente um coração quebrantado pela Graça de Deus poderia retribuir o mesmo favor divino de perdoar a quem o havia ofendido.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Já o filme “Graça e Perdão” mostra a dificuldade do ser humano em perdoar. O longa é baseado em fatos reais e conta como um homem entrou numa escola de uma comunidade Amish no dia 02 de Outubro de 2006. Nessa ocasião, o homem matou cinco meninas e deixou outras cinco em estado crítico. Logo em seguida, ele se matou. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">As pessoas que perderam as filhas perdoaram o assassino e se mobilizaram para ajudar a família do atirador. Todavia, uma das mães não conseguiu perdoa-lo tão facilmente assim. Ela sabia do que a Palavra de Deus diz. Seu marido e sua comunidade conseguiam praticar o perdão, mas ela não estava tendo forças para isso, até que ouve o relato de como sua filha reagiu antes de morrer, liberando Graça e Perdão sobre a família do homem que a fez esse terrível mal.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A Vingança e a música<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Até mesmo as músicas possuem o tema presente em suas letras. No meio secular podemos fazer algumas citações. Lupcínio Rodrigues, compositor que marcou as décadas de 30 a 50, buscava em sua própria vida inspirações para suas canções. Ele acreditava que um homem devia ter uma mulher em casa e várias outras na boemia. Dessa forma, suas músicas eram constantemente baseadas em suas experiências extraconjugais, como é o caso da música “Vingança”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Lupcínio foi traído por uma de suas amantes, cujo nome era Mercedes.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn10" name="_ednref10" style="mso-endnote-id: edn10;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[10]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"> Em um desabafo a respeito desse ocorrido, ele escreve “Vingança”, que foi gravada por Linda Baptista em 1951. A canção fez grande sucesso no Brasil e até mesmo no Japão. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Nessa música, ele descreve como gostou quando ficou sabendo que encontraram sua ex-amante em um bar, bebendo e chorando. Perguntaram-na sobre ele, mas a resposta não saiu porque um soluço cortou sua voz. A canção é finalizada com o sentimento vingativo extenuado em suas letras: “Mas, enquanto houver força em meu peito, eu não quero mais nada. Só vingança, vingança, vingança. Aos santos clamar, ela há de rolar como as pedras que rolam na estrada, sem ter nunca um cantinho seu pra poder descansar.”<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Essa música lhe rendeu um bom dinheiro e Lupcínio comprou um carro, o qual batizou pelo nome homônimo da canção. Essa mesma composição já foi interpretada por outros grandes nomes da música brasileira, como Maria Bethânia e Nelson Gonçalves.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Numa música mais recente, Sorocaba, que faz dupla com Fernando, mostra um dos motivos pelos quais algumas pessoas acabam traindo o cônjuge: “A Vingança” (nome da música). Determinada mulher tomou seu banho, vestiu-se com a melhor roupa, perfumou-se, tomou um gole de whisky, fumou seu cigarro, pegou as chaves do carro e saiu para se vingar: “É hoje que ela vai se vingar, que ela vai se entregar. Vai ficar com o primeiro que ver (...) A vingança vai doer”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Até mesmo letras religiosas não escaparam desse tema. Certa música interpretada pela cantora gospel, Damares, relata o período de adversidade que enfrentamos. Muitas vezes, nesses momentos em que precisamos de ajuda, as pessoas se afastam e nos sentimos mal com isso: “Quem te viu passar na prova e não te ajudou, quando ver você na benção vão se arrepender, vai estar entre a plateia e você no palco (...) Quem sabe no teu pensamento você vai dizer: meu Deus, como vale a pena a gente ser fiel. Na verdade a minha prova tinha um gosto amargo, mas minha vitória hoje tem sabor de mel.”<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Não é fácil enfrentarmos acusações injustas, difamações e maledicências. Muitas pessoas não sabem lidar com essas situações e acabam nutrindo um sentimento vingativo contra quem o fez. Na música gospel “Estou de Pé”, Rose Nascimento interpreta o desejo que se passa no coração de muita gente, o de mostrar para aquela pessoa que estamos por cima e não por baixo: “Vai lá e pega quem falou da minha vida, avisa que eu Estou de Pé. E quem contou o fim dos meus dias, avisa que eu Estou de Pé (...) Vai ter até quem não acredita e avisa que Estou de Pé”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Seria interessante se descobríssemos alguma canção que se baseasse em Mt 5.44 ou Lc 6.28: “Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem”. “Bendizei aos que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam”. Será que encontramos?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Como as religiões enxergam a vingança?<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">As primeiras civilizações buscaram formas de se organizarem e uma delas era através das leis civis. Quando alguém cometia algo que desonrava a ética de determinado povo, deveria haver uma punição. Embora punição e vingança pareçam coisas muito distintas, elas estão mais próximas do que podemos imaginar. A punição é o que satisfaz quem sofreu prejuízo. A impunidade gera desejos de fazer justiça própria, o que leva à vingança. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Uma das formas mais antigas de punição é o da Lei de Talião, uma relação recíproca entre o crime e a pena, o famoso “olho por olho, dente por dente”, cujos primeiros indícios são encontrados no código de Hamurabi e na Lei de Moisés. Juntamente com suas leis civis, havia os conceitos religiosos. Vejamos como as principais religiões enxergam o tema vingança.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O Budismo ensina que, todas as ações “são comandadas pela mente:<br />a mente é o senhor delas, a mente é quem as fabrica”. Dessa forma, não se devem abrigar pensamentos hostis, de coisas que maltrataram, golpearam, derrotaram ou roubaram no passado, pois “aqueles que abrigam pensamentos como esses a raiva nunca será apaziguada”, uma vez que “a raiva nunca é apaziguada com outras ações enraivecidas, ela é apaziguada pela não-raiva”. Para o budismo, essa é “uma lei imutável e atemporal” (Dhammapada 1.3-5).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O islamismo ensina no Alcorão que, “se tiverdes que vos vingar vingai-vos na medida em que fostes agredidos. E se tolerardes com paciência, melhor será para vós” (Surata 16.126). Além disso, faz alusão à lei de Talião: “Ó vós que credes, a pena do talião é prescrita contra quem infligir à morte: homem livre por homem livre, escravo por escravo, mulher por mulher” (Surata 2.178b).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Embora haja personagens e vários deuses vingativos em seus escritos sagrados, o hinduísmo, de uma forma genérica, também não incentiva a prática da vingança. Como esta é mais uma religião que crê em reencarnações e no Karma, a prática de se vingar formaria um ciclo interminável de mortes e nascimentos para aquele que o faz. Para os hindus, portanto, levar uma vida pacífica e de boas ações é melhor. Um trecho do Thirukural diz que, “perdoar ofensas é sempre bom, esquecer-se delas, traz ainda mais louvores” e que "aqueles que ferem os outros vingativamente são inúteis, enquanto aqueles que suportam estoicamente são como o ouro guardado" (Thirukural 152, 155).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O Taoísmo ensina uma busca de paz interior, de equilíbrio entre as coisas. Os três tesouros dos ensinamentos de Lao Tsé são a humildade, a simplicidade e a afetividade. Encontramos no capítulo 3 do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Tao Te Ching</i>, principal obra do Taoísmo, uma amostra do que seria a entrada dos males na vida humana: “Não valorizando os tesouros, mantém-se o povo alheio à disputa. Não enobrecendo a matéria de difícil aquisição, mantém-se o povo alheio à cobiça. Não admirando o que é desejável, mantém-se o coração alheio à desordem”. O homem sagrado, isto é, o homem que consegue unir a consciência pura com a vida infinita, deve esvaziar o coração de intenções, razões e emoções e encher-se de vitalidade. Dessa forma, ele não viverá na perversidade e evitará contendas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O confucionismo foi influenciado pelo taoísmo e ensina princípios humanistas. Em sua doutrina maior, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Jen</i>, a prática da cortesia, complacência, bondade e benevolência são incentivadas, sendo, portanto, contrária a atos vingativos e violentos. Na obra doutrinal do confucionismo, “Os Analectos”, podemos ver esses ensinos: “...Existe uma palavra que possa guiar toda a nossa vida? (...) Não seria reciprocidade? O que não desejas para ti, não faça aos outros” (15.24). Ele ensina, ainda, que, “um homem sem humanidade não poderia viver por muito tempo na adversidade nem poderia conhecer a alegria por muito tempo. Um homem bom apoia-se em sua humanidade, um homem sábio beneficia-se de sua humanidade” (4.2), pois “se ele sobrevive sem isso é pura sorte” (6.19).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Para Alan Kardek, quem se vinga é “cem vezes mais culpado do que o que enfrenta seu inimigo o insulta em plena face”. O ato vingativo para ele, é como um costume selvagem, por isso, “Todo espírita que ainda hoje pretendesse ter o direito de vingar-se seria indigno de figurar por mais tempo na falange que tem como divisa: Sem caridade não há salvação!” e que o espírita não deve “ceder ao impulso da vingança, senão para perdoar”.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn11" name="_ednref11" style="mso-endnote-id: edn11;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[11]</span></span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Existe, ainda, a posição das religiões-afro frente às atitudes de vingança. Há livros no mercado que ensinam como prejudicar outras pessoas através de feitiços e encantamentos</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn12" name="_ednref12" style="mso-endnote-id: edn12;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[12]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;">. Alguns desses feitiços seriam: colocar uma pessoa louca, destruir, arruinar, colocar feridas, trazer separações matrimoniais, fazer perder tudo o que tem, fazer ir embora, fazer vingança e até mesmo matar.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">E o cristianismo, o que diz? Vejamos a seguir.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A vingança no Antigo Testamento<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Freud entendia que o sentimento de vingança é instintivo no homem, mas de acordo com a Bíblia, esse sentimento faz parte da depravação total, da natureza decaída do homem, da nossa herança na queda de Adão (Rm 5.12). Depois da queda, o homem passou a viver com tendência para o mal, nossa natureza foi corrompida e se tornou propensa para o pecado. Sproul disse que não somos pecadores porque pecamos, mas que pecamos porque somos pecadores, pois herdamos de Adão uma condição corrupta de pecaminosidade.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn13" name="_ednref13" style="mso-endnote-id: edn13;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[13]</span></span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Foi essa tendência que levou Caim a matar o próprio irmão. Movido de ciúmes, ele não quis ouvir a voz de Deus, que o advertiu a se dominar desse impulso repugnante, mas cedeu a suas inclinações carnais (Gn 4.7). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Devemos repreender nossos filhos e até castiga-los quando necessário (Pv 13.24; 22.15; 23.13,14). Todavia, deve haver controle emocional para que a punição não se torne em vingança. A repreensão é para correção e não para autossatisfação. Noé não se conteve e acabou usando de palavras imprecatórias contra seu neto Canaã (Gn 9.22-27).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Assim como Caim e Noé, temos vários outros exemplos de pessoas que agiram impulsionadas por suas emoções na Bíblia. Entretanto, o motivo desses casos serem narrados não é para que os copiemos e sim para que aprendamos com essas falhas e busquemos fazer o certo diante de Deus.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Embora haja casos de fracassos, há também casos onde a vingança foi derrotada. Esaú nutriu o desejo de matar seu irmão por vários anos. Só de Jacó pensar em Esaú quando retornava para sua terra, ele sentia frio na espinha. O ódio que estava alojado no coração de Esaú foi quebrado quando os irmãos se reencontraram e a vingança deu lugar ao quebrantamento (Gn 33.1-4).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Do mesmo modo, José, um dos filhos de Jacó, poderia ter agido vingativamente contra seus irmãos depois das terríveis experiências às quais foi submetido: os irmãos debocharam dele, tiveram ciúmes e quiseram mata-lo. Jogaram-no numa cisterna e depois resolveram vende-lo como escravo, como se José fosse um pedaço de pão. Quando se reencontrou com os irmãos aproximadamente vinte anos mais tarde, não ficou remoendo as coisas do passado, mas perdoou-os. De sua vida podemos tirar lições magníficas.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn14" name="_ednref14" style="mso-endnote-id: edn14;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[14]</span></span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Isso sem falar de Davi, que foi perseguido injustamente por Saul inúmeras vezes. Davi chega a descrever a sensação de ser perseguido em alguns de seus salmos. Ele até teve oportunidade de se vingar de Saul pelo menos duas vezes, mas não o fez, pois entendia que essa causa deveria ser julgada por Deus e não por ele (1 Sm 24; 26).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Temos, ainda, na Antiga Aliança, exemplos de contramedidas criadas por Deus a fim de evitar a propagação de vinganças sistêmicas. No caso de Caim, foi-lhe posto um sinal “para que não o ferisse quem quer que o encontrasse” (Gn 4.15). Com o advento da Lei, as punições objetivavam reciprocidade, evitando impunidade e reincidência. A máxima da Lei era vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé (cf Dt 19.20,21). Caso houvesse morte por legítima defesa, a pessoa que matou deveria ficar exilada em uma cidade de Refúgio até a morte do Sumo Sacerdote, a fim de evitar novas vinganças (Nm 35). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A vingança no Novo Testamento<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Encontramos no Novo Testamento fortes referências sobre como lidar com os sentimentos vingativos. Os ensinos de Jesus começam logo em Suas primeiras palavras. Das nove bem aventuranças, podemos dizer que quatro dizem respeito a comportamentos opostos ao sentimento exposto: humildes de espírito, mansos, misericordiosos e pacificadores (Mt 5.3,5,7,9).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Ainda no sermão da montanha, Jesus explica que, embora a Lei de Moisés ensinasse o olho por olho, dente por dente, o plano divino é que não sejamos vingativos. Ao invés de respondermos na mesma moeda, devemos “dar a outra face” (Mt 5.39-41). Semelhantemente, Paulo ensina que não devemos responder o mal com mal, mas até mesmo ajudar aqueles que nos perseguem (Rm 12.20,21). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Em outras palavras, se alguém gritar com você, não há necessidade de revidar com gritos, pois a “resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Pv 15.1). Quando a pessoa revida a grosseria, acontece o interminável efeito pingue-pongue. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Apesar da dificuldade humana, a melhor resposta para vencer a vingança é exercendo o perdão. Na parábola do credor incompassivo, Jesus mostra a necessidade de perdoarmos nossos semelhantes, pois as ofensas horizontais (entre os homens) não se comparam com nossas dívidas verticais (contra Deus). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Essa parábola foi proposta como ilustração para a dúvida de Pedro: “Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu hei de perdoar? Até sete? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete; mas até setenta vezes sete” (Mt 18.21-22). Se Deus nos perdoou de uma dívida impagável, quem somos nós para negarmos o perdão às pessoas? <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Esta doutrina está inserida na oração modelo que Jesus ensinou a seus discípulos (Mt 6.12-15) e pode ser vista também na teologia paulina (Ef 4.32). Ao invés de agirmos reativamente, obedecendo aos instintos de nossa natureza caída, devemos agir pró-ativamente, de forma pacífica, evitando intrigas, dissensões, facções, contendas e vinganças (cf Rm 12.18; Hb 12.14).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Questionado sobre qual era o maior mandamento da Lei, Jesus respondeu que o primeiro maior é amar a Deus de todo coração, alma e entendimento, fazendo alusão a Dt 6.5. Complementando a resposta, o Messias ainda deixou espaço para o que considerou o segundo maior: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.39). Este segundo maior mandamento está registrado em Lv 19.18: “Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas <u>amarás o teu próximo como a ti mesmo</u>.” (Lv 19.18 – grifos meus).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Apesar de tudo isso, não é tão simples assim amar ao próximo quando este nos fere sobremaneira. Não é fácil para um pai amar um homem que matou seu filho maliciosamente, ou para uma mãe perdoar alguém que tenha estuprado sua filha. O que fazer nessas circunstâncias? Como amar este inimigo? O conselho bíblico é para que “se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira de Deus, porque está escrito: Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor” (Rm 12.18,19).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Um dos meios pelos quais Deus executa esta vingança é através da justiça humana. Ele usa as autoridades competentes para que os homens sejam julgados (Rm 13.1-4). Embora nem sempre esses órgãos executem as leis com eficácia e algumas leis nem sequer pratiquem uma verdadeira justiça, nada escapará do juízo vindouro de Deus. Neste juízo, a punição será o sofrimento, a perdição eterna e o banimento da presença do Senhor (2 Ts 1.4-10). Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo (cf Hb 10.26-31).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Considerações finais<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A vingança está presente nas mais variadas áreas da vida. Podemos encontra-la nos contos infantis, desenhos animados, artes, filmes, seriados, histórias em quadrinhos, novelas, mitologias, religiões, músicas, livros, esportes, jornais, história, sociedades, etc. Apesar de encontrarmos seus efeitos no externo, a vingança procede do interno (Mt 15.19,20).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A vingança pode até produzir prazer, pode até ser um prato que se come frio, pode até parecer saborosa, quem sabe até tenha sabor de mel? Apesar de tudo isso, ela não é a melhor resposta e certamente causará indigestão.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Quem ocupa a mente com vingança, sofrerá danos físicos, emocionais e espirituais. Físico porque a pessoa estará mais suscetível a outros tipos de doença, pois a liberação de cortisol no organismo reduzirá a defesa do organismo. Emocional porque o indivíduo estará amontoando lixo em seus pensamentos e não terá uma mente sã. E espiritual porque existirá sempre uma pedra de tropeço atrapalhando o crente em sua santificação e comunhão com Deus (Hb 12.14). Isso sem falar nos prejuízos sociais. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Ao invés de “pré-ocupar” a mente com vinganças, “pensai nas coisas lá do alto” (Cl 3.2). É melhor trazer à memória o que nos dá esperança (Lm 3.21), esquecendo-nos “das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão adiante”, prosseguindo “para o alvo pelo prêmio da vocação celestial de Deus em Cristo Jesus.” (Fp 3.13,14).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Notas</span></b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div style="mso-element: endnote-list;">
<br clear="all" /></div>
<span style="font-family: Calibri;"><div style="mso-element: endnote-list;">
<hr align="left" size="1" width="33%" />
</div>
<div style="mso-element: endnote-list;">
<span style="font-size: x-small;">* Este artigo foi publicado pela Revista Defesa da Fé, Edição 105.</span></div>
</span><div id="edn1" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref1" name="_edn1" style="mso-endnote-id: edn1;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[1]</span></span></span></span></span></a><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Calibri;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"> KNUTSON, Brian. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Sweet Revenge?</i> Revista </span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold;">Science</span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-weight: bold;">, Vol. 305, Issue 5688, 27 August 2004, pp. 1246-1247.</span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
</div>
<div id="edn2" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref2" name="_edn2" style="mso-endnote-id: edn2;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[2]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri; font-size: x-small;"> Entrevista com Milena Frankfurt para a revista Coops. Disponível em: </span><a href="http://www.marisapsicologa.com.br/desejo-de-vinganca.html"><span style="color: blue; font-family: Calibri; font-size: x-small;">http://www.marisapsicologa.com.br/desejo-de-vinganca.html</span></a><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Calibri;">. <span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Acesso em 05 de Julho de 2013. <o:p></o:p></span></span></span></div>
</div>
<div id="edn3" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref3" name="_edn3" style="mso-endnote-id: edn3;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[3]</span></span></span></span></span></a><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Calibri;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"> GARDNER, Richard. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Parental Alienation Syndrome vs. Parental Alienation: Which Diagnosis Should Evaluators Use in Child-Custody Disputes?</i> </span>American Journal of Family Therapy. March 2002, pp. 93-115.</span></span></div>
</div>
<div id="edn4" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref4" name="_edn4" style="mso-endnote-id: edn4;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[4]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri; font-size: x-small;"> MASCARENHAS, Suely. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Gestão do bullying e da indisciplina e qualidade do bem-estar psicossocial de docentes e discentes do Brasil</i>. Psicologia, Saúde & Doenças, 2006, 7 (1), pp. 95-107.</span></div>
</div>
<div id="edn5" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref5" name="_edn5" style="mso-endnote-id: edn5;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[5]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri; font-size: x-small;"> Matéria sobre o massacre em Realengo. Disponível em: </span><a href="http://extra.globo.com/casos-de-policia/atirador-de-realengo-confessa-em-novo-video-que-bullying-motivou-massacre-1600031.html"><span style="color: blue; font-family: Calibri; font-size: x-small;">http://extra.globo.com/casos-de-policia/atirador-de-realengo-confessa-em-novo-video-que-bullying-motivou-massacre-1600031.html</span></a><span style="font-family: Calibri; font-size: x-small;">. Acesso em: 12 de Julho de 2013.</span></div>
</div>
<div id="edn6" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref6" name="_edn6" style="mso-endnote-id: edn6;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[6]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri; font-size: x-small;"> RODRIGUES, Aroldo. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Psicologia Social</i>. Vozes, 1972, pp. 313-331.</span></div>
</div>
<div id="edn7" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref7" name="_edn7" style="mso-endnote-id: edn7;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[7]</span></span></span></span></span></a><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Calibri;"> Matéria sobre menina de oito anos que foi estuprada e assassinada. Disponível em: <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span><a href="http://noticias.r7.com/sao-paulo/porteiro-suspeito-de-estuprar-e-matar-menina-de-oito-anos-e-preso-em-sp-17052013"><span style="color: blue; font-family: Calibri; font-size: x-small;">http://noticias.r7.com/sao-paulo/porteiro-suspeito-de-estuprar-e-matar-menina-de-oito-anos-e-preso-em-sp-17052013</span></a><span style="font-family: Calibri; font-size: x-small;">. Acesso em: 24 de Julho de 2013.</span></div>
</div>
<div id="edn8" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref8" name="_edn8" style="mso-endnote-id: edn8;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[8]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri; font-size: x-small;"> RODRIGUES, Aroldo. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Op. Cit</i>. pp. 331-334.</span></div>
</div>
<div id="edn9" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref9" name="_edn9" style="mso-endnote-id: edn9;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[9]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri; font-size: x-small;"> Sinopse das temporadas. Disponível em: </span><a href="http://abc.go.com/shows/revenge/about-the-show"><span style="color: blue; font-family: Calibri; font-size: x-small;">http://abc.go.com/shows/revenge/about-the-show</span></a><span style="font-family: Calibri; font-size: x-small;">. Acesso em 01 de Agosto de 2013.</span></div>
</div>
<div id="edn10" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref10" name="_edn10" style="mso-endnote-id: edn10;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[10]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri; font-size: x-small;"> Curiosidades sobre Lupcínio Rodrigues. Disponível em: </span><a href="http://vingancamusical.com.br/curiosidades.html"><span style="color: blue; font-family: Calibri; font-size: x-small;">http://vingancamusical.com.br/curiosidades.html</span></a><span style="font-family: Calibri; font-size: x-small;">. Acesso em 02 de Agosto de 2013.</span></div>
</div>
<div id="edn11" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref11" name="_edn11" style="mso-endnote-id: edn11;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[11]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri; font-size: x-small;"> KARDEK, Alan. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O Evangelho Segundo o Espiritismo</i>. Federação Espírita Brasileira, 2013, p. 171.</span></div>
</div>
<div id="edn12" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref12" name="_edn12" style="mso-endnote-id: edn12;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[12]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri; font-size: x-small;"> GIMBEREUÁ, Ogã. <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">Ebós Feitiços no Candomblé</span></i>. Eco, 1969; D'OBALUAYÊ, Batista. Feitiços e Ebós no Candomblé. Império da Cultura LTDA, 2011.</span></div>
</div>
<div id="edn13" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref13" name="_edn13" style="mso-endnote-id: edn13;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[13]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri; font-size: x-small;"> SPROUL, R. C. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Boa Pergunta!</i> Cultura Cristã, 1999, p.98.</span></div>
</div>
<div id="edn14" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref14" name="_edn14" style="mso-endnote-id: edn14;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[14]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri; font-size: x-small;"> COUTO, Vinicius. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Os Três Choros de José do Egito</i>. Ágape, 2013.</span></div>
</div>
Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-70682538662260717112014-08-12T15:28:00.001-03:002014-08-12T15:28:21.087-03:00O Legado dos Jesuítas no Brasil<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Calibri;">Certa jovem está trabalhando em uma loja, vendendo roupas como de costume, quando é abordada por um homem que a chama no canto, a fim de lhe falar em particular:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Calibri;">- Moça, com licença. Sou pastor evangélico e preciso entregar uma revelação a você. Fizeram uma obra de feitiçaria contra sua família. Pagaram R$ 1.000,00 para acabar com seu casamento.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Calibri;">A moça ficou assustada com aquelas palavras e logo tratou de buscar uma forma de quebrar aquelas maldições, afinal, sua família está em jogo. Ligou a TV e viu outro pastor fazendo uma oração forte. Em seguida, o tele evangelista pediu que o telespectador colocasse um copo com água sobre o aparelho de televisão, pois iria orar repreendendo todos os tipos de demônios, cujos nomes são os mais variados.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Calibri;">Ela bebeu a água benta do pastor e depois decidiu fazer uma visita na campanha das causas impossíveis daquela denominação do universo neopentecostal do Reino de Deus. Chegando lá, a sessão de descarrego pegou fogo e os espíritos malignos tinham oportunidade de contar seus objetivos antes de serem expulsos. Depois desse fogo, o que pegou fogo foi a fogueira de dinheiro. Parecia a sarça que Moisés viu. Ardia em chamas, mas não se consumia. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Calibri;">A mensagem foi muito emocionante. A partir de agora a moça estava determinada a determinar. O desfecho daquela reunião de poder foi realizado com a proposta de que as pessoas levassem uma rosa ungida, pois este objeto protegeria a família e sugaria todos os maus espíritos e maus olhados daquela casa. A moça, mais do que depressa pegou a sua, pois tinha certeza que seria mais eficaz que o galho de arruda de sua avó. Ela estava se agendando para participar da próxima reunião, pois o pastor havia avisado que iria ungir os celulares para que cessassem as cobranças de cartão de crédito.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Calibri;">Esse caso é baseado em fatos reais e num primeiro momento pode surgir o seguinte questionamento: o que ele tem a ver com o legado dos jesuítas? Somente obteremos a resposta para essa pergunta voltando alguns anos na história.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;">A origem dos Jesuítas<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Calibri;">Os Jesuítas fazem parte de uma ordem religiosa da Igreja Católica chamada “Companhia de Jesus”. Esta ordem foi fundada em 1534 por sete estudantes da Universidade de Paris, os quais visavam desenvolver um trabalho de acompanhamento hospitalar e missionário, sob os votos de pobreza e castidade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Calibri;">Além disso, a Companhia de Jesus foi um movimento oriundo da contrarreforma, cujo um dos principais objetivos era o de impedir o avanço da Reforma Protestante. Este grupo de sete estudantes liderados por Inácio de Loyola, organizou esta ordem com características de muita disciplina e rigidez, dando ênfase à absoluta abnegação, conforme já vimos anteriormente e à obediência total ao papa e às doutrinas católicas. Essa postura antiprotestante pode ser vista nas famosas palavras de Inácio de Loyola em sua obra <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Exercícios Espirituais</i>: “Acredito que o branco que eu vejo é negro, se a hierarquia da igreja assim o tiver determinado.” </span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn1" name="_ednref1" style="mso-endnote-id: edn1;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[1]</span></span></span></span></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Calibri;">O Papa Paulo III confirmou a nova ordem em 1540, sendo a mesma reconhecida por bula papal. Inácio de Loyola foi escolhido como primeiro superior geral, enviou seus companheiros e missionários para vários países, primeiramente entre os europeus e em seguida entre os asiáticos, africanos e americanos, com o intuito de criar escolas e seminários.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn2" name="_ednref2" style="mso-endnote-id: edn2;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[2]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"> Quando Inácio de Loyola morreu em 1556, já havia aproximadamente mil jesuítas em vários países da Europa e missionários na África, Índia, China, Japão, Paraguai e Brasil.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Calibri;">A Companhia de Jesus nasceu em um período muito fértil, pois a Europa estava vivendo o ápice da “Era dos descobrimentos” em busca de novas rotas comerciais para as Índias. As explorações marítimas pioneiras (Portugal e Espanha) levavam consigo equipes de desbravadores, representantes da Igreja Católica e posteriormente os missionários jesuítas. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Os primórdios da colonização<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Calibri;">Em 22 de Abril de 1500 chegava a tripulação portuguesa com cerca de 1.350 homens e oito franciscanos liderados pelo frei Dom Henrique Soares de Coimbra, totalizando nove capelães, um para cada cento e cinquenta tripulantes. O capitão-mor das dez naus e das três caravelas fazia parte de outra ordem religiosa e militar, a Ordem de Cristo. Esta ordem foi criada em 1319 pelo Papa João XXII e foi através dela que a expedição portuguesa foi financiada. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Calibri;">Na véspera da partida da expedição de Cabral, houve uma cerimônia religiosa. Num Domingo, 8 de Março de 1500, o Bispo Diogo Ortiz benzeu a bandeira da Ordem de Cristo. A bandeira foi passada para Dom Manuel I e em seguida para o descobridor do Brasil, Pedro Álvares Cabral.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Calibri;">No primeiro Domingo em solo brasileiro, dia 26 de Abril, os portugueses celebraram a também primeira missa, dirigida pelo Frei Henrique. Na primeira Sexta-feira da paixão, dia 01 de Maio, frei Henrique celebrou a segunda missa, a qual foi precedida por uma procissão. Participaram desta cerimônia mais de mil portugueses e aproximadamente cento e cinquenta nativos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Calibri;">Pero Vaz de Caminha, escrivão da armada de Cabral, escreveu sua famosa carta, datada de 1° de Maio de 1500, contando as coisas que viu em solo brasileiro. Caminha conta que durante a segunda missa, os nativos ajudaram a carregar a cruz para o local designado, ajoelharam-se, colocaram-se de pé e ergueram suas mãos imitando os portugueses em seus ofícios religiosos:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">“<em><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif';">Ali disse missa o Padre Frei Henrique, a qual foi cantada e oficiada por esses já ditos. Ali estiveram conosco, assistindo a ela, perto de cinquenta ou sessenta deles, assentados todos de joelhos, assim como nós. E quando se chegou ao Evangelho, ao nos erguermos todos em pé com as mãos levantadas, eles se levantaram conosco e alçaram as mãos, estando assim até se chegar ao fim; e então tornaram a assentar-se, como nós. E quando levantaram a Deus, que nos pusemos de joelhos, eles se puseram todos assim como nós estávamos, com as mãos levantadas, e em tal maneira sossegados que certifico a Vossa Alteza que nos fez muita devoção.”</span></em></span><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;"> <a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn3" name="_ednref3" style="mso-endnote-id: edn3;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[3]</span></span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Calibri;">Com esse episódio Caminha ficou entusiasmado e solicitou ao rei D. Manuel I que enviasse missionários para a terra, a fim de batizá-los o mais depressa possível: “O melhor fruto que nela se pode fazer, me parece que será salvar essa gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.”</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn4" name="_ednref4" style="mso-endnote-id: edn4;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[4]</span></span></span></span></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Calibri;">Havia mais de um milhão e meio de habitantes divididos em mais de mil etnias. Dentre esses habitantes, estavam os aimorés, apinajés, caetés, botocudos, caipós, tupinambás, canelas, tupiniquins, cariris, tabajaras, goitacazes, guaianazes, guaranis e tupis.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Calibri;">A solicitação de Caminha para o envio de missionários não foi atendida e sua carta esteve arquivada por quase trezentos anos, tendo sido encontrada na Torre do Tombo em Lisboa pelo historiador espanhol Juan Bautista Muñoz no ano de 1793.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn5" name="_ednref5" style="mso-endnote-id: edn5;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[5]</span></span></span></span></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;">A chegada dos Jesuítas no Brasil<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Calibri;">Dom Manuel I não atendeu à solicitação de Caminha. Somente durante o reinado de seu sucessor, D. João III, é que chegaram novos religiosos em nossa pátria. João III declarou que “a principal coisa que me moveu a mandar povoar as ditas terras do Brasil, foi para que a gente delas se convertesse à nossa Santa Fé católica”.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn6" name="_ednref6" style="mso-endnote-id: edn6;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[6]</span></span></span></span></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Calibri;">Em 1549 chegava ao Brasil um grupo de seis missionários liderados pelo Padre Manuel da Nóbrega. Os missionários vieram acompanhados de mais de mil pessoas, entre soldados, artesãos, colonos, funcionários e aproximadamente quatrocentos criminosos que haviam sido condenados a viverem fora de sua terra natal, além de Tomé de Sousa, que seria o primeiro Governador do Brasil.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Calibri;">Nóbrega e os outros missionários moraram entre os indígenas por quase um ano. A percepção inicial de Manuel da Nóbrega era de que os índios eram como “papel branco em que se poderia escrever à vontade”.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn7" name="_ednref7" style="mso-endnote-id: edn7;" title=""><sup><span style="mso-special-character: footnote;"><sup><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[7]</span></span></sup></span></sup></a><span style="font-family: Calibri;"> Ele pensava que teria um futuro promissor com aqueles índios: “estão estes Negros mui espantados de nossos officios divinos. Estão na egreja, sem ninguem lhes ensinar, mais devotos que os nossos Christãos”.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn8" name="_ednref8" style="mso-endnote-id: edn8;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[8]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Calibri;">Aparentemente seria fácil evangelizar os nativos “não alcançados”, mas logo Manuel da Nóbrega foi percebendo que não era tão fácil assim, pois os portugueses não eram cristãos tão devotos e os índios viviam se revoltando contra as constantes tentativas de serem escravizados. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Calibri;">Diante destas circunstâncias, Nóbrega solicitou que se enviassem novos reforços missionários, <span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">mesmo que fossem fracos de engenho</span><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> e <span style="mso-bidi-font-style: italic;">doentes do corpo. Nesta leva de missionários jesuítas aparece José de Anchieta, que na ocasião era noviço e que ficou apelidado depois de “Apóstolo do Brasil”. Anchieta sofria de espinhela caída.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Essa nova leva de missionários não se preocupava com a genuína conversão dos índios e sim na conversão religiosa dos mesmos. Entre 1558 e 1566, os jesuítas teriam batizado entre 12 a 15 mil índios. O padre Eusébio Dias Laços chegou a batizar num só dia 3.700 nativos. Anchieta disse feliz em uma de suas cartas: “Os que em toda esta província foram este ano, pelo trabalho dos nossos, arrancados à impiedade e purificados pelo batismo chegam a dois mil (tal é a bondade de Deus!)”,</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn9" name="_ednref9" style="mso-endnote-id: edn9;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="PT" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[9]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"> mostrando certo conceito banalizado com respeito à ordenança de Cristo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">O legado dos jesuítas<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Os jesuítas deixaram legados inquestionáveis. O que é discutido entre os historiadores, antropólogos, cientistas políticos, pedagogos, filósofos e cientistas da religião é a qualidade desses legados. A análise histórico-educacional se divide entre apologistas que avaliam a herança da Companhia de Jesus de forma positiva e críticos negativistas que olham a partir de um prisma pessimista.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">O Dr. Ronaldo Vainfas, um dos maiores expoentes da historiografia nacional, disse em uma entrevista ao SESC-SP que, o papel dos jesuítas foi enorme,<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">“Do ponto vista do catolicismo, os jesuítas foram praticamente os únicos a defenderem a Igreja tridentina em colônia onde a própria instituição eclesiástica era débil. Assumiram a educação dos filhos dos colonos, formando quadros para a Igreja e para o Estado. Combateram o escravagismo dos colonos, embora utilizassem a mão de obra indígena em seus aldeamentos. Lutaram por um tratamento mais humano para os escravos africanos, embora considerassem a escravidão deles legítima. Tentaram, em resumo, combinar os valores espirituais da Igreja com os objetivos comerciais do sistema colonial. Conciliadores por vocação. Combatentes por tradição. Goste-se ou não dos jesuítas, é impossível minimizar a importância dos inacianos na nossa história.” </span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn10" name="_ednref10" style="mso-endnote-id: edn10;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[10]</span></span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Já a professora Maria Elizabete Xavier, Doutora em educação na área Filosofia e História da educação pela PUC/SP, comenta que a tarefa educativa dos jesuítas era “basicamente aculturar e converter ‘ignorantes’ e ‘ingênuos’, como os nativos, e criar uma atmosfera civilizada e religiosa para os degredados e aventureiros que para aqui viessem”. Em sua visão isso se tratava de “dominar, pela fé, os instintos selvagens dos donos de terra, que nem sempre recebiam pacificamente os novos proprietários”.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn11" name="_ednref11" style="mso-endnote-id: edn11;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="PT" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[11]</span></span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Podemos verificar em vários documentos históricos a forma como os nativos eram descritos. Os negros e escravos eram constantemente chamados de “peças”. Os índios eram comparados a animais e deviam ser “amansados”, “domados” ou “domesticados”. Sweet diz que, são muito raras as citações de índios por seus nomes, salvo os caciques. Além disso, esses documentos não trazem nenhuma inferência de amizade estreita entre os padres e os índios, bem como não há citações de nenhum jesuíta aprendendo algo com algum desses povos. Para piorar, ainda eram encontradas pessoas no século XVIII que duvidavam que esses índios fossem de fato humanos ou que possuíssem a faculdade da razão.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn12" name="_ednref12" style="mso-endnote-id: edn12;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="PT" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[12]</span></span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">O professor João Antônio Monlevade, Doutor em Educação pela UNICAMP, faz sua crítica sobre esse tema dizendo que, “nos colégios jesuíticos (...) quem mandava eram os padres, e os que mandavam – falar português e aprender latim – tinham a virtude de revelar a ignorância dos alunos, inculcar a obediência, despertar o complexo de inferioridade e justificar a desigualdade e a exclusão”.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn13" name="_ednref13" style="mso-endnote-id: edn13;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="PT" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[13]</span></span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Os jesuítas deixaram quatro legados incontestáveis: artístico, cultural, pedagógico e religioso. Vejamos um pouco sobre cada um deles.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">O legado artístico<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Quando os missionários jesuítas chegaram no Brasil encontraram os nativos que, tinham sua própria religiosidade. Embora Manuel de Nóbrega pensasse o contrário: “este gentio não adora nada, nem crê nada”</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn14" name="_ednref14" style="mso-endnote-id: edn14;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="PT" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[14]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;">, os índios possuíam um tipo de crença pagã, na qual adorava-se os elementos da natureza e buscava-se contatos com espíritos através de rituais, como beberragem de poções, danças e cânticos de invocação. Essas cerimônias eram lideradas por um pajé ou xamã que tocava um instrumento sagrado chamado <i>maracá</i>, uma espécie de chocalho.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Depois de uma melhor observação, os jesuítas perceberam que os índios possuíam sua maneira original de crenças e adotaram medidas evangelizadoras com linguagens artísticas para obterem êxito em sua missão catequética, fazendo missas cantadas e teatros. Manuel da Nóbrega descreveu a celebração de uma missa cantada, ocorrida em 19 de julho:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">“Tivemos missa cantada com diacono e subdiacono; eu disse missa, e o padre Navarro a Epistola, outro o Evangelho. Leonardo Nunes e outro clerigo com leigos de boas vozes regiam o côro; fizemos procissão com grande musica, a que respondiam as trombetas. Ficaram os Indios espantados de tal maneira, que depois pediam ao Padre Navarro que lhes cantasse como na procissão fazia”.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn15" name="_ednref15" style="mso-endnote-id: edn15;" title=""><sup><span style="mso-special-character: footnote;"><sup><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[15]</span></span></sup></span></sup></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Nóbrega ainda elogia o padre Navarro a respeito da facilidade que teve para ensinar algumas crianças cânticos religiosos: “À noite ainda faz cantar aos meninos certas orações que lhes ensinou em sua lingua delles, em logar de certas canções lascivas e diabolicas que d’antes usavam”.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn16" name="_ednref16" style="mso-endnote-id: edn16;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="PT" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[16]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"> <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Além da música, os jesuítas adaptaram nas missas peças teatrais baseadas em passagens dos Evangelhos. Eles escreviam essas peças em latim ou português e depois traduziam para o idioma nativo. Os índios gostavam de participar dessas encenações, pois os jesuítas permitiam que eles dançassem e cantasem da mesma forma como faziam em suas comemorações de vitórias guerreiras.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn17" name="_ednref17" style="mso-endnote-id: edn17;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="PT" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[17]</span></span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Essas estratégias deram certo, como podemos ver em mais um trecho da carta do Padre Manuel: “Os mininos desta casa acustumavão cantar pelo mesmo toom dos Indios, e com seus instromentos, cantigas na lingua em louvor de N. Senhor, com que se muyto athraião os corações dos Indios”.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn18" name="_ednref18" style="mso-endnote-id: edn18;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="PT" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[18]</span></span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">O padre José de Morais conta que, em aldeias situadas desde a Amazônia até o Peru, havia nas igrejas muitos instrumentos musicais, tais como órgão e harpa e que os próprios nativos dessas regiões sabiam tocá-los.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn19" name="_ednref19" style="mso-endnote-id: edn19;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="PT" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[19]</span></span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Marcos Holler, doutor em musicologia pela Unicamp considera que, embora seja difícil determinar a extensão do legado artístico dos jesuítas, a atuação musical deles “certamente influenciou a formação da cultura brasileira ou de identidades culturais regionais”.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn20" name="_ednref20" style="mso-endnote-id: edn20;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="PT" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[20]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"> Dizer se esse legado é positivo ou negativo é difícil, pois a musicalidade brasileira perdeu sua identidade há muito tempo e os ritmos contemporâneos, bem como suas letras, não mais expressam suas raízes jesuíticas, se é que já expressaram. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">O legado cultural<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">O maior legado cultural dos jesuítas é o da arte barroca, estilo que predominou durante período colonial brasileiro. Podemos encontrar grandes exemplos dessa cultura na arte sacra, evidenciada em estátuas, pinturas e outras obras feitas principalmente para a decoração de igrejas, além da própria arquiterura dessas igrejas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">O barroco teve sua origem na Itália entre os séculos XVI e XVII, na mesma época em que estourava a Reforma Prostestante e teve grande utilidade para a Igreja Católica na Contrarreforma. Tal estilo conseguia influenciar os sentimentos das pessoas. Pinturas de Cristo açoitado, crucifixos ensanguentados, pessoas com olhar piedoso, dentre outras, eram capazes de estimular o estado emocional dos que as visualizavam.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn21" name="_ednref21" style="mso-endnote-id: edn21;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="PT" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[21]</span></span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">O estilo barroco europeu foi sendo aprendido pelos brasileiros e depois de algum tempo foi tomando características nacionais. Esta herança pode ser vista nas obras de Mestre Ataíde e principalmente de Aleijadinho, bem como na arquitetura de algumas cidades históricas do nordeste, de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul. Cidades como Ouro Preto, Diamantina, Congonhas, Salvador, Olinda e São Luís são exemplos desse legado. Elas foram classificadas como Patrimônio Mundial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para Cultura, Ciência e Educação – UNESCO.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">O legado pedagógico<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Um dos assuntos mais comentados acerca dos jesuítas é sobre o legado pedagógico. Existem centenas de livros a esse respeito, sem contar os milhares de trabalhos acadêmicos e é um fato incontestável. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Os missionários inacianos tinham por principal propósito “a propagação da fé e o progresso das almas na vida e doutrinas cristãs”</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn22" name="_ednref22" style="mso-endnote-id: edn22;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="PT" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[22]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;">. Para que os nativos compreendessem essa fé os índios precisavam aprender a ler e a escrever. Ao longo de 20 anos, pelo menos cinco escolas de instrução elementar (Porto Seguro, Ilhéus, São Vicente, Espírito Santo e São Paulo de Piratininga) e três colégios (Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia) foram fundados pelos jesuítas. Além disso, eles ajudaram na fundação de cidades, dentre elas Salvador e São Paulo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">A principal crítica sobre a área pedagógica ou de doutrinação, como chamam alguns, se dá a respeito dos interesses da coroa portuguesa que enxergava no processo de educação dos índios uma espécie de domesticação dos mesmos. Sendo eles “amansados” seria mais fácil tirar vantagens econômicas da exploração agrária, latifudiária e escravista.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Outra crítica comum é feita no tocante à aculturação dos índios, conforme podemos verificar nas palavras da Professora Solange Zotti, Doutora em Educação na área de História, Filosofia e Educação pela UNICAMP: “praticamente toda a cultura pré-‘descobrimento’ foi massacrada, sufocada, reprimida (...) ocorrendo com isso, toda uma transformação, tanto em relação à produção dos bens materiais, quanto em nível de valores, costumes e crenças”.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn23" name="_ednref23" style="mso-endnote-id: edn23;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="PT" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[23]</span></span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Entretanto, o que não é tão comentado assim é a forma como os índios eram constantemente citados pelos missionários: sem capacidade para ter fé, feras, bestas e mais próximos dos brutos animais do que os homens, dentre outras. Vendo a dificuldade que estava sendo ensiná-los, Nóbrega disse que<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">“A ordem que desejamos é fazer juntar o gentio, este que está sujeito em povoações convenientes, e fazer-lhes favores em favor de sua conversão, e castigar neles os males que forem para castigar, e mantê-los em justiça e verdade entre si como vassalos d’El-Rei, e sujeitos à Igreja (...) e desta maneira podiam ir cada dia ganhando gente e sujeitando-a ao julgo da razão”.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn24" name="_ednref24" style="mso-endnote-id: edn24;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[24]</span></span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">O padre José de Anchieta compartilhava desse pensamento e disse que “nenhum ou certamente muito pouco fruto se pode colher deles, se a força e o auxílio do braço secular não acudirem para domá-los e submetê-los ao jugo da obediência. O que faz com que, como vivam sem leis nem governo”.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn25" name="_ednref25" style="mso-endnote-id: edn25;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="PT" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[25]</span></span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">A aparência piedosa dos padres logo se vai quando descobrimos que usaram de subterfúgios mais bestiais e animalescos do que o que eles mesmos abominavam dos ditos índios, torturando, segregando e forçando-os a trabalho escravo, sob o pretexto de catequiza-los. Em outros casos chegaram a apoiar o extermínio de tribos inteiras.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn26" name="_ednref26" style="mso-endnote-id: edn26;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="PT" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[26]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"> <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Apesar de todas essas críticas, não podemos negar que os jesuítas foram os mentores da educação brasileira. Encontramos um pouco desse legado em universidades famosas tanto nacional como internacionalmente como a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-RJ, a Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP e vários outros colégios famosos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">O legado religioso<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Conforme vimos, os jesuítas adotaram estratégias pragmáticas e com isso conseguiram batizar milhares de indígenas em poucos anos. Entretanto, esses mesmos supostos neófitos, não haviam tido uma genuína conversão, pois pouco tempo depois de terem recebido os ensinamentos cristãos voltavam a seus costumes pecaminosos,</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn27" name="_ednref27" style="mso-endnote-id: edn27;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="PT" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[27]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"> por serem “inconstantes e não lhes entrar a verdadeira fé nos corações”.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn28" name="_ednref28" style="mso-endnote-id: edn28;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="PT" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[28]</span></span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">O sucesso missionário dos jesuítas foi superficial, aparente e insustentável. Essa ineficácia se deu por alguns motivos: primeiramente porque a igreja portuguesa demorou muito a enviar novos missionários ao Brasil e quando mandou durante o reinado de D. João III, o fez com péssimos representantes e isso quem diz é o próprio Manuel da Nóbrega: “cá há clérigos, mas é a escória que de lá vem”.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn29" name="_ednref29" style="mso-endnote-id: edn29;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="PT" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[29]</span></span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Além disso, os batismos eram realizados com muita facilidade. O pastor Elben César fez uma observação pertinete sobre esse assunto: “o missionário europeu aplicava o batismo (...) não necessariamente porque o candidato se tornara cristão, mas para que ele se tornasse cristão (...) nem sempre havia alegria no céu quando alguém era batizado, mas certamente havia alegria na corte”.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn30" name="_ednref30" style="mso-endnote-id: edn30;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="PT" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[30]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"> Devia ser frustrante ver os nativos retornarem a costumes antigos como o narrado:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">“Estes fazem umas cabaças a maneira de cabeças, com cabellos, olhos, narizes e bocca com muitas pennas de côres que lhes apegam com cera compostas à maneira de lavores e dizem que aquelle santo tem virtude para lhes poder valer e diligenciar em tudo, e dizem que falla, e à honra disto inventam muitos cantares que cantam diante delle, bebendo muito vinho de dia e de noite, fazendo harmonias diabolicas. Tem para si que seus santos dão a vida e a morte a quem querem“.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn31" name="_ednref31" style="mso-endnote-id: edn31;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[31]</span></span></span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Além dos índios brasileiros, havia a leva de escravos africanos. Se observarmos a mistura dessas três culturas dentro do campo religioso, conseguimos entender o porquê do grande misticismo que tem o povo brasileiro. O já citado historiador Dr. Ronaldo Vainfas, comentou na mesma entrevista que, “a ‘feitiçaria’ foi se moldando como religiosidade multiétnica desde o século 17, em especial as mesclas entre um catolicismo popular e diversas crenças africanas”. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Ainda segundo ele, um dos motivos para que isso tenha acontecido é porque a Igreja colonial sempre foi fraca, com o clero reduzido e com a maioria dos padres muito despreparados. Quando a Igreja se fortaleceu, no século XIX, em meio ao processo de “romanização” já era tarde, pois a “forma das identidades religiosas no Brasil se fez com moldes para crenças plurais”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">O legado religioso dos jesuítas foi um cristianismo superficial, nominal, sincrético, místico, supersticioso e completamente deformado, para não dizer falso. Dessa faceta religiosa colhemos frutos até os dias de hoje.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Considerações finais<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Com a chegada dos europeus ao “Novo Mundo”, muita coisa nova também chegou com eles. Anchieta conta que, no ano de 1562 sobreveio uma grande enfermidade que causou a morte de aproximadamente 30.000 pessoas entre índios e escravos num espaço de quase três meses.</span><a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_edn32" name="_ednref32" style="mso-endnote-id: edn32;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[32]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"> Além de doenças, os colonizadores também trouxeram violência física, emocional, sexual e conceitos corruptos ao Brasil.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Se pesarmos na balança toda a herança adquirida durante a fase do Brasil colônia, observaremos que os jesuítas tiveram de fato, grande peso e extrema importância na formação do processo pedagógico do nosso país. Já o reflexo religioso dessa pedagogia não é bom, pois enquanto atuavam em sua catequese, não tiveram força e nem sabedoria para impedir que o sincretismo se alastrasse pelas terras brasileiras.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">Esse sincretismo não impactou apenas o catolicismo – que tem fiéis participantes, ainda que esporadicamente, de terreiros de umbanda, centros espíritas e de outras religiões distintas do cristianismo – mas também ao protestantismo, que em suas dissidências permitiu a entrada de práticas animistas e místicas, disfarçadas em um pseudo-pentecostalismo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="mso-bidi-font-style: italic;"><span style="font-family: Calibri;">O legado pedagógico foi sendo aperfeiçoado com o passar dos anos, embora ainda esteja bem longe do que realmente é o desejável, mas o legado religioso precisa ser revisto, pois os impactos negativos continuam manchando o autêntico cristianismo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Calibri;">Referências<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div style="mso-element: endnote-list;">
<br clear="all" /><span style="font-family: Calibri;"><hr align="left" size="1" width="33%" />
</span><div id="edn1" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref1" name="_edn1" style="mso-endnote-id: edn1;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[1]</span></span></span></span></span></span></a><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"> LOYOLA, Inácio de. <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><a href="https://es.wikisource.org/wiki/Categor%C3%ADa:Ejercicios_espirituales" title="Categoría:Ejercicios espirituales"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Exercícios</span></a> Espirituais.</i><span style="background: white; color: black;"> </span>365.1, 13ª regra.Edições Loyola, 1990.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn2" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref2" name="_edn2" style="mso-endnote-id: edn2;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[2]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"> </span><span lang="PT" style="color: black; font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">CÂMARA, Jaime de Barros. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Apontamentos de História Eclesiástica</i>. Vozes, 1957, p.267.</span><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn3" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref3" name="_edn3" style="mso-endnote-id: edn3;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[3]</span></span></span></span></span></span></a><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"> <strong><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-weight: normal; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-weight: bold;">A Certidão de Nascimento de um País</span></i></strong><strong><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-weight: normal; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-weight: bold;">. Disponível em: </span></strong><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><strong><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-weight: normal; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-weight: bold;"><a href="http://www.senado.gov.br/senado/ilb/BrasildasLetras/mod1_01.html"><span style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: blue;">http://www.senado.gov.br/senado/ilb/BrasildasLetras/mod1_01.html</span></span></a>. Acesso em 06 de Junho de 2013.</span></strong><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn4" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref4" name="_edn4" style="mso-endnote-id: edn4;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[4]</span></span></span></span></span></span></a><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"> PEREIRA. Paulo Roberto. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Os três únicos testemunhos do descobrimento do Brasil</i>. Lacerda Editores, 1999, p. 58.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn5" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref5" name="_edn5" style="mso-endnote-id: edn5;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[5]</span></span></span></span></span></span></a><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"> CÉSAR, Elben M. Lenz. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">História da Evangelização do Brasil. Dos Jesuítas aos neopentecostais</i>. Ultimato Editora, 2000, p. 23.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn6" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref6" name="_edn6" style="mso-endnote-id: edn6;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[6]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"> VAINFAS, Ronaldo. Trópico dos pecados; moral, sexualidade e inquisição o Brasil. Nova Fronteira, 1997, p. 26.</span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri;"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn7" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref7" name="_edn7" style="mso-endnote-id: edn7;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[7]</span></span></span></span></span></span></a><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"> NÓBREGA, Manuel. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Cartas do Brasil e mais escritos</i>. Ao Padre Simão Rodrigues, p. 20.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn8" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref8" name="_edn8" style="mso-endnote-id: edn8;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[8]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"> </span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri;">Ibid</span><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;">, 1</span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri;">5</span><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"> de abril de 1549, </span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri;">p. 78. Ele chama de “Negros” aos índios, os “negros da terra”.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn9" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref9" name="_edn9" style="mso-endnote-id: edn9;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[9]</span></span></span></span></span></span></a><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"> ANCHIETA, José de. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Cartas; correspondência ativa e passiva</i>. Loyola, 1984, p. 383.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn10" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref10" name="_edn10" style="mso-endnote-id: edn10;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[10]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"> </span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri;">Entrevista com Ronaldo Vainfas. Disponível em: </span><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><a href="http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas/revistas_link.cfm?Edicao_Id=424&Artigo_ID=6454&IDCategoria=7453&reftype=2"><span style="color: blue;">http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas/revistas_link.cfm?Edicao_Id=424&Artigo_ID=6454&IDCategoria=7453&reftype=2</span></a></span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri;">. Acesso em: 03 de Maio de 2013.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn11" style="mso-element: endnote;">
<div class="Preformatted" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 0cm 47.95pt 95.9pt 143.85pt 191.8pt 239.75pt 287.7pt 335.65pt 383.6pt 431.55pt; text-align: justify;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref11" name="_edn11" style="mso-endnote-id: edn11;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; layout-grid-mode: line; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: blue;">[11]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; layout-grid-mode: both; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"> </span><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; layout-grid-mode: both; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;">XAVIER, M. E. S. P.; RIBEIRO, M. L S, NORONHA, O. M. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">História da educação: a escola no Brasil</i>. FTD, 1994</span><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; layout-grid-mode: both; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;">, p.41.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn12" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref12" name="_edn12" style="mso-endnote-id: edn12;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[12]</span></span></span></span></span></span></a><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"> SWEET, David. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Misioneros Jesuitas y Índios "Recalcitrantes" en la Amazonia Colonial</i>. IN Portilla, Miguel León et alii (orgs). <i style="mso-bidi-font-style: normal;">De palabra y obra en el nuevo mundo</i>. Volume 1: Antropología y etnología. Siglo XXI de España Editores, 1992. pp. 272-276;<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn13" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref13" name="_edn13" style="mso-endnote-id: edn13;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[13]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"> MONLEVADE, J</span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri;">oão </span><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A</span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri;">ntônio</span><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;">; SILVA, M</span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri;">aria</span><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"> A</span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri;">bádia</span><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;">. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Quem manda na educação no Brasil?</i> Idea, 2000</span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri;">, p. 12.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn14" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref14" name="_edn14" style="mso-endnote-id: edn14;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[14]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"> NÓBREGA, Manuel. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Cartas do Brasil e mais escritos</i>. Ao Padre Simão Rodrigues, p. </span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri;">66</span><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;">.</span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri;"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn15" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref15" name="_edn15" style="mso-endnote-id: edn15;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[15]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"> </span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri;">Ibid</span><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;">, p. </span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri;">86</span><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;">.</span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri;"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn16" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref16" name="_edn16" style="mso-endnote-id: edn16;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[16]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"> </span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri;">Ibid, p. 105.</span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn17" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref17" name="_edn17" style="mso-endnote-id: edn17;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[17]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt;"> </span></span><span style="font-size: 9pt; mso-fareast-language: X-NONE;">EISENBERG, José. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">As missões jesuíticas e o pensamento político moderno: encontros culturais, aventuras teóricas</i>. UFMG, 2000, p. 84.</span><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
</div>
<div id="edn18" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref18" name="_edn18" style="mso-endnote-id: edn18;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[18]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt;"> </span></span><span style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;">NÓBREGA, Manuel. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Cartas do Brasil e mais escritos</i>. Ao Padre Simão Rodrigues</span><span style="font-size: 9pt; mso-fareast-language: X-NONE;">, p. 39.</span><span style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn19" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref19" name="_edn19" style="mso-endnote-id: edn19;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[19]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: 9pt;"> </span><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;">Morais, </span><span style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;">José de</span><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;">. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">História da Companhia de Jesus na extinta província do Maranhão e</i></span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"> </span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;">Pará</span></i><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;">. </span><span style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;">Editorial Alhambra, 1987 [1759], p. 364.</span><span style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn20" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref20" name="_edn20" style="mso-endnote-id: edn20;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[20]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"> </span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR;">HOLLER, Marcos. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Os jesuítas e a música no Brasil colonial</i>. Unicamp, 2010, p. 12.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn21" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref21" name="_edn21" style="mso-endnote-id: edn21;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[21]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"> DE LA FLOR, Fernando. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Pasiones Frías – Secreto y disimulación en el Barroco Hispano</i>. Marcial Pons. 2005</span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR;">, pp. 113-122.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn22" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref22" name="_edn22" style="mso-endnote-id: edn22;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[22]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"> </span><span lang="X-NONE" style="color: black; font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: CDHBGK+Arial;">O’MALLEY, John W. </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="X-NONE" style="color: black; font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: 'CDHBHM+Arial,Italic';">Os Primeiros Jesuítas</span></i><span lang="X-NONE" style="color: black; font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: CDHBGK+Arial;">. UNISINOS, 2004, p. 39.</span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn23" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref23" name="_edn23" style="mso-endnote-id: edn23;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[23]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"> </span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR;">ZOTTI, Solange Aparecida. Sociedade, Educação e Currículo no Brasil: dos jesuítas aos anos de 1980. Plano, p.14.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn24" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref24" name="_edn24" style="mso-endnote-id: edn24;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[24]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"> NÓBREGA, Manoel da. <i>Cartas do Brasil, 1549-1560 – Cartas Jesuíticas I</i>. Itatiaia</span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR;">,</span><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"> 1988</span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR;">, p. 173.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn25" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref25" name="_edn25" style="mso-endnote-id: edn25;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[25]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR;"> ANCHIETA, José de. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões</i>. Itatiaia, 1988, p. 55.</span><span style="font-size: 9pt;"> </span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn26" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref26" name="_edn26" style="mso-endnote-id: edn26;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[26]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"> </span><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;">SWEET, David.</span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri;"> Op. Cit. pp,, 290-291. </span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn27" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref27" name="_edn27" style="mso-endnote-id: edn27;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[27]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"> </span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR;">ANCHIETA, José de. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Op. Cit.</i> p. 102.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn28" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref28" name="_edn28" style="mso-endnote-id: edn28;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[28]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"> </span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR;">LEITE, Serafim. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Diálogo sobre a conversão do gentio</i>. União Gráfica, 1954, p. 48.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn29" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref29" name="_edn29" style="mso-endnote-id: edn29;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[29]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"> </span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR;">NÓBREGA, Manuel da. In: </span><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;">HOORNAERT, Eduardo et al. <em><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif';">História da igreja no Brasil</span></em>. Vozes, 1992</span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR;">,</span><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"> p. 184</span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR;">.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn30" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref30" name="_edn30" style="mso-endnote-id: edn30;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[30]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"> </span><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;">CÉSAR, Elben M. Lenz. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">História da Evangelização do Brasil. Dos Jesuítas aos neopentecostais</i>. Ultimato Editora, 2000, p. </span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri;">57</span><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Calibri;">.</span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn31" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref31" name="_edn31" style="mso-endnote-id: edn31;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="color: blue;">[31]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: 9pt;"> </span><span style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-language: PT-BR;">CORREIA </span><i><span style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: 'Verdana,Italic'; mso-fareast-language: PT-BR;">apud </span></i><span style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-language: PT-BR;">NAVARRO, </span><span style="font-size: 9pt; mso-fareast-language: PT-BR;">Azpilcueta et al. <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">Cartas Avulsas (1550-1568)</span></i>. Itatiaia, 1988, </span><span style="font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-language: PT-BR;">pp. 123-124.</span><span style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn32" style="mso-element: endnote;">
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.blogger.com/editor/static_files/blank_quirks.html#_ednref32" name="_edn32" style="mso-endnote-id: edn32;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Calibri','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: X-NONE;"><span style="color: blue;">[32]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Calibri;"><span lang="X-NONE" style="font-size: 9pt;"> </span><span style="font-size: 9pt; mso-ansi-language: PT-BR;">ANCHIETA, José de. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Op. Cit.</i> p. 356.</span></span><span style="mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-45859741620533596412014-07-07T10:09:00.000-03:002014-07-07T10:09:27.947-03:00Papisa Joana – verdade ou mito? <div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Houve na
história da Igreja Católica Apostólica Romana uma mulher assumindo o cargo mais
alto da organização religiosa? Será que alguma vez aconteceu de uma mulher
suceder a cadeira de Pedro?<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn1" name="_ednref1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a><span class="MsoEndnoteReference"> </span>Esse assunto já foi palco de grandes debates
nos séculos que precederam a Reforma, ficou adormecido por certo tempo e tem ganhado
corpo nos últimos anos, principalmente em função do Best-Seller “Papisa Joana”
de autoria de Donna Wolfolk Cross lançado em 1996 e do filme “A papisa Joana”,
baseado no livro citado anteriormente, dirigido por Sönke Wortmann e lançado em
2009 na Alemanha. Existe, ainda, outro filme um pouco mais antigo, “Papisa
Joana”. Ele foi lançado na Grã-Bretanha em 1972 e dirigido por Michael
Anderson. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
O tema vem conquistando
espaço por alguns sedentos de teorias anticlericais e não é difícil encontrar
as mais variadas opiniões em meio aos blogueiros e internautas de plantão. Embora
seja tida pela maioria dos historiadores modernos e estudiosos religiosos como
fictícia, possivelmente originada de uma sátira antipapal, o assunto merece a
nossa reflexão. Até mesmo o National Geographic Chanel preparou em 2010 uma
série de documentários sob o tema “Arquivos Confidenciais” em que aborda a
biografia de pessoas que deixam os estudiosos intrigados, a saber, Hitler,
Zorro, Capitão Kidd, Alexandre o Grande, Marco Polo, Saladino, Billy The Kid,
Cleopatra, Robin Hood, Jack o estripador, Nostradamus, Rasputin, Joana D’Arc,
Rei Arthur, dentre outros e dedicou um dos episódios à papisa. Afinal, é a
Papisa uma lenda ou uma história real?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<b>Principais Referências<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
O monge
irlandês Marianus Scotus (1028-1083) está entre os primeiros a escrever sobre a
papisa. Ele se tornou monge em 1052 e teve sua vida monástica aprovada pelos
mosteiros nos quais passou, de Saint Martin em Colónia e de Fulda, e em Mainz ,
morrendo em Dezembro de 1082 ou 1083 e sendo sepultado na Catedral de Mainz,
cidade esta que 200 anos antes via nascer Joana.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Marianus
escreveu em sua “<i>Storia sui temporis
clara</i>’’ que, “o papa Leão morreu nas calendas de agosto. Foi sucedido por
Joana, uma mulher, que reinou durante dois anos, cinco meses e quatro dias”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn2" name="_ednref2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Martinho de
Opava é uma das principais personalidades a defender a existência de Joana. Ele
fez parte da Ordem de Pregadores em sua juventude, o que o fez ficar conhecido
como Martinus Polonus. Em meados da década de 50 do século XIII foi nomeado
capelão papal por Clemente IV e Arcebispo de Gnesen em 1278 por Nicolau III,
ano em que morreu. Como capelão papal por cerca de vinte anos, Martinho teve
acesso a vários documentos do Vaticano. Em "<i>Chronicon Pontificum et Imperatum</i>", ele escreve:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">“John
Anglicus, nascido em Mainz, foi papa durante dois anos, sete meses, e quatro
dias, e morreu em Roma, pelo que depois ficou vago o cargo de papa durante um
mês. Reivindica-se que este João foi mulher, que quando moça fora levada a
Atenas vestida com roupas de homem por certo amante seu”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn3" name="_ednref3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 2.0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
De acordo
Martinho de Opava, Joana era filha de um casal inglês que residia em Mainz, na
Alemanha. Em sua fase adulta, Joana se apaixonou por um monge e eles acabaram
indo para Atenas. Depois de três anos foram para Roma e, a fim de preservar seu
relacionamento e de evitar escândalos, ela travestiu-se de homem e se passou
por monge, sob o nome de Johannes Angelicus e ingressou no mosteiro de São
Martinho. Chegou a ser nomeada Cardeal e após a morte de Leão IV foi eleita por
unanimidade ao cargo de Papa em 17 de Julho de 855.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Ela teria
conseguido manter sua identidade oculta por certo período, mas após engravidar,
não tendo em conta o tempo em que a criança haveria de nascer, começou a sentir
as dores de parto durante uma procissão numa rua estreita, entre o Coliseu de
Roma e a Igreja de São Clemente e acabou dando à luz em meio à multidão, que
reagiu atando-a em um cavalo e apedrejando-a até a morte. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
A primeira
pessoa a registrar tal assunto foi Anastasius, o bibliotecário, autor do “<i>Liber Pontificalis</i>”, uma coleção de
biografias papais que vai até Nicolau I (858-67). Anastasius viveu no mesmo
período de Joana e em seu escrito biográfico, podem ser encontradas palavras
idênticas às de Martinho. Seu manuscrito pode ter sido uma das fontes para o "<i>Chronicon Pontificum et Imperatum</i>"
de Polonus.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<b>Outras Referências<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Outra pessoa
que cita a existência de Joana é o historiador e monge beneditino Sigeberto de
Gembloux (1030 – 1113). Em sua "<i>Chronographia</i>",
escreveu: “Houve rumores de que esse João era uma mulher e era conhecida como
tal apenas por um companheiro que teve relações com ela e a deixou grávida. Ela
deu à luz quando era papa. Por isso certas pessoas não a incluem na lista dos
papas, razão pela qual ela não tem um número em seu nome"<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn4" name="_ednref4" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Godofredo de
Viterbo, historiador e secretário dos imperadores Henrique VI, Conrado III e
Frederico I, escreveu uma crônica denominada de “Panteão”. Ele traça a história
desde Adão até o ano de 1186. Godofredo comenta que, “Joana, a papisa, não é
contada depois de Leão IV”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn5" name="_ednref5" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Há, ainda, o
relato de Jean Pierier de Mailly, cronista dominicano francês da cidade de
Metz, que viveu em meados do século XIII. Em sua obra “<i>Chronica universalis Mettensis</i>”, ele diz que “Há uma interrogação a
respeito de um certo papa, ou melhor, papisa, que não é incluído na lista dos
papas de Roma porque era uma mulher que se disfarçava de homem e a motivo de
seus grandes talentos tornou-se secretário curial, cardeal e papa. Um dia, quando
montava a cavalo, deu à luz uma criança”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn6" name="_ednref6" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Esse fato, entretanto, diverge do relato de Polonus, sendo datado por Jean mo
ano de 1099.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Estevão de
Bourbon, outro dominicano francês, usou a obra de Jean de Mailly como fonte
para seu “<i>Diversis Materiis
Praedicabilibus</i>”, mas data o ocorrido em 1100, diferentemente de sua fonte
e abomina a atitude de Joana, dizendo: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">“Mas uma
ocorrência de maravilhosa audácia ou mesmo insanidade aconteceu por volta de AD
1100, conforme é relatado nas crônicas. Certa mulher, culta e bem versada na
arte notarial, adotando roupas masculinas e fingindo ser homem, chegou a Roma.
Por sua diligência, assim como seu saber em letras, foi nomeada secretário
curial. Depois, sob a direção do Demônio, foi feita cardeal e finalmente papa.
Tendo ficado grávida, deu à luz quando montava (um cavalo). Mas quando a
justiça romana foi informada disso, ela foi arrastada para fora da cidade,
amarrada pelos pés aos cascos de um cavalo, e ao longo de meia légua foi
apedrejada pelo povo.”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn7" name="_ednref7" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 2.0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Teodorico
Engelhusius diz em sua “<i>Chronicon</i>”
que, “ela era chamada de João Anglicus. Ela não é contada entre os papas. Ela
se tornou grávida e deu à luz um filho em procissão”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn8" name="_ednref8" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 2.0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<b>Motivos para acreditar na existência da
papisa<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
De acordo com o
Professor aposentado da Universidade Federal do Espírito Santo, Carlo Bússola,
em uma série de artigos intitulados “Os Bispos de Roma e a Ideologia do Poder”
publicados no Jornal “A Tribuna” de Vitória – ES, apesar de todos os esforços para
negar a existência da papisa, existem quatro motivos fundamentados para crer na
veracidade da história desta mulher. Vejamos a seguir:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 74.7pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>1.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b><u>A rua evitada<o:p></o:p></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Conforme vimos
anteriormente, conta-se que Joana deu à luz enquanto a procissão passava por
uma rua estreita entre o Coliseu de Roma e a Igreja de São Clemente. Há relatos
que, após esse episódio, a rua estreita, local onde aconteceu o trágico parto
da papisa, passou a ser evitada, bem como impedida de receber as procissões
subsequentes. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Certo bispo de
Estrasburgo, por nome João Burchard, e também mestre de cerimônias papal,
relata em seu <i>Liber Nitarum</i> que
recebeu uma crítica bastante severa por ter rompido com essa tradição enquanto
organizava uma procissão para o papa Inocêncio VIII:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">“Na ida e na
volta, ele (o papa) passou pelo Coliseu e por aquela rua reta onde está
localizada a estátua da papisa (<i>imago
papissae</i>), como sinal de que, segundo dizem, João VII Anglicus lá deu à luz
uma criança. Por essa razão, muitos dizem que nunca é permitido aos papas
passar por lá a cavalo. Por isso, o Senhor Arcebispo de Florença, o Bispo de
Massano e Hugo de Bencii, Subdiácono Apostólico, fizeram-me uma reprimenda.”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn9" name="_ednref9" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 2.0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Burchard
continua seu relato dizendo que, foi se informar desse assunto com o Bispo de
Pienza, o qual lhe disse que evitar tal rua era tolice e heresia e que
desconhecia qualquer documento que proibia tal travessia. Entretanto, fica mais
do que evidente, que havia uma tradição de evitá-la, tradição esta que levou
outros três líderes católicos a repreendê-lo veementemente. Não obstante, o
próprio Burchard afirma que não apenas esses três, mas “muitos” diziam que era
proibido passar um papa naquela localidade. Com isso, entendemos que Burchard,
o Bispo de Pienza e possivelmente outra minoria não ligavam para essa tradição,
mas que a tradição era viva. Outra observação interessante é a de que Burchard
não questiona a existência da papisa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Alguns
defensores modernos de que a história da papisa não passa de um mito, explicam
que a rua era evitada não pelo fato de ter supostamente ocorrido tal
atrocidade, mas que em função de ser estreita, isso dificultava a passagem de
uma multidão de pessoas durante uma procissão. O fato de essa rua ser estreita,
entretanto, não atrapalhou em nada o evento organizado por Burchard, conforme
vimos anteriormente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 74.7pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>2.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b><u>A pedra memorial<o:p></o:p></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Tempos depois
da morte da papisa foi posto nesse trajeto uma estátua de uma donzela com uma
criança no colo com a inscrição "<i>Petre,
Pater Patrum, Papisse Prodito Partum</i>", que significa “Ó Pedro, Pai de
Pais, Denunciai o Parto da Papisa” de acordo com o relato de Jean de Mailly.
Segundo Estêvão de Bourbon, o conteúdo da inscrição varia ligeiramente para
“Parce Pater Patrum, Papisse Prodere Partum” que significa “Abstende-vos, Pai
de Pais, de Denunciar o Parto da Papisa”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Além desses
dois relatos, temos mais duas citações a analisar. A primeira é a de um frade
franciscano de Erfurt, na Alemanha. Ele escreveu em sua <i>Chronica Minor</i>:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">“Houve outro
falso papa, cujo nome e ano são desconhecidos. Pois era uma mulher, como é
reconhecido pelos romanos, de aparência refinada, grande saber e hipocritamente
de elevada conduta. Disfarçava-se com roupas de homem e finalmente foi eleita
ao papado. Quando papa ficou grávida e, quando estava dando à luz, o (ou um)
demônio anunciou abertamente o fato a todos no pátio público, gritando este
verso para o papa: <i>Papa, Pater Patrum,
Papisse Pandito Partum</i>”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn10" name="_ednref10" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 2.0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
O significado
da frase é o seguinte: “Ó Papa, Pai de Pais, Revelai o Parto da Papisa”. Encontramos
um relato semelhante em outra crônica alemã, <i>Flores Temporum</i>. Neste relato, o autor conta a história de João
Anglicus, que na verdade era uma mulher que se vestia de homem e que foi levada
para Atenas por seu amante para estudar. Quando ela foi para Roma,
distinguiu-se tanto por seu saber que foi eleita papa. Ela, porém, fingindo ser
homem, engravidou-se de seu antigo amante e, nesse tempo, “um endemoniado foi
indagado sob juramento sobre quando o demônio partiria. O demônio respondeu em
verso: “<i>Papa, Pater Patrum, Papisse
Pandito Partum. Et tibi tunc edam, de corpore quando recedam</i>”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn11" name="_ednref11" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Repare que a
frase é igual à descrita em <i>Chronica
Minor</i>. O autor de <i>Flores Temporum</i>
apenas acrescenta mais uma frase que significa: “E então eu vos farei saber
quando partirei do corpo” e conclui seu relato dizendo que “ela morreu no parto
entre o Coliseu e a Igreja de São Pedro. Por isso, os papas sempre evitaram
essa rua”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Num primeiro
momento, poderíamos considerar esse tópico como algo irrelevante, visto que há
divergências nos relatos. Entretanto, o monge flamengo Van Maerlant disse em
seu <i>Spiegel Historical</i> que o memorial
com a inscrição “pode ser inspecionado no local”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn12" name="_ednref12" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Quando uma
história é passada e/ou repassada de uma pessoa para outras, ela pode acabar
sofrendo com a interpretação particular de cada uma delas e fugir do seu estado
original. É como quando Mateus, evangelista e um dos Apóstolos do Senhor, diz
que Judas se suicidou através de enforcamento (Mt 27.5). A notícia de como
Judas morreu correu pela circunvizinhança e quando Lucas foi em busca de
respostas para sua pesquisa, registrou nos Atos dos Apóstolos que o filho da
perdição morreu precipitando-se, isto é, caindo de algum lugar (At 1.16-18). O
que pode ter acontecido, então? De fato, Judas foi se enforcar. Pulou e morreu
sufocado ou com o pescoço quebrado. Depois de certo tempo, ou imediatamente, a
corda ou o galho de uma árvore não suportou e arrebentou, vindo ele a
precipitar-se e cair prostrado, arrebentando-se pelo meio e derramando suas
entranhas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
De fato, alguém
possuído por um demônio pronunciou tais palavras e quando o papa Benedicto III
erigiu a estátua da papisa, provavelmente colocou juntamente com a estátua o
tal memorial com as palavras inscritas, mas isso será assunto para o próximo
tópico. Não temos motivos para duvidar que o memorial existiu e as divergências
da inscrição não são suficientes para negar sua veracidade, principalmente porque
as diferenças das frases são mínimas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 74.7pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>3.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b><u>A estátua<o:p></o:p></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Conforme vimos
anteriormente, pouco depois da morte da papisa, foi confeccionada uma estátua
de uma donzela com uma criança no colo, bem como com a famosa inscrição já
discutida. De acordo com Teodorico de Nieheim, Bispo de Padeborn, advogado,
tabelião da corte papal e secretário de Urbano VI, disse que a estátua foi
“erigida pelo Papa Benedicto III, a fim de inspirar horror pelo escândalo que
ocorreu naquele lugar”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn13" name="_ednref13" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Em visita a
Roma, Martinho Lutero viu a tal estátua e ficou surpreso de ver tal objeto lá,
pois era motivo de embaraço<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn14" name="_ednref14" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Essa visita foi mais provavelmente no final do ano de 1510, portanto, antes do
ano em que publicou suas 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg,
em 1517<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn15" name="_ednref15" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
De acordo com
os autores do livro “A Papisa Joana, o Mistério da Mulher Papa”, Rosemary e
Darroll Pardoe, a estátua foi removida durante a segunda metade do século XVI,
possivelmente a mando do Papa Sixto V<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn16" name="_ednref16" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></a>.Os
Pardoe são da opinião de que a história da papisa não passa de uma lenda e
prometem ser imparciais em sua pesquisa, entretanto, chegam eles mesmos a
admitir que, “de quase nada podemos ter certeza a respeito da estátua, a não
ser o simples fato de que ela existiu e esteve estreitamente relacionada com a
papisa durante pelo menos 150 anos”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn17" name="_ednref17" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left: 74.7pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-left: 74.7pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>4.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b><u>A cadeira furada<o:p></o:p></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
A consagração
de cada papa era realizada na catedral papal, a Basílica de Latrão. Para essa
cerimônia eram usadas duas cadeiras furadas. Uma dessas cadeiras existe até o
dia de hoje e pode ser encontrada no museu do Vaticano. O uso das cadeiras foi
uma forma de prevenir que novamente de uma mulher se tornasse papa e o furo era
para que fosse realizada uma contraprova de que o papa era efetivamente homem.
Durante as reformas do papa Adriano VI, o uso delas foi abolido em
aproximadamente 1522-3.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Os Pardoe
encaram a história das cadeiras como uma invenção para acalentar a existência
da papisa enquanto outros pensam se tratar de uma conspiração para “ocultar e
obscurecer a verdade da história da papisa Joana”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn18" name="_ednref18" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[18]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Não podemos ignorar o fato de que o período medieval foi marcado por líderes
católicos inescrupulosos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Latourette
comenta que, por volta do ano 500 a Igreja era invadida por ideais que eram
totalmente contrários ao Evangelho, principalmente a concepção e o uso de poder
que estavam em rigoroso contraste com a espécie de poder mostrado na vida e nos
ensinamentos de Jesus. O cristianismo estava sendo seriamente afetado pela
doença fatal do Império Romano. Desde então, os bispos tendiam a tornar-se
magnatas não diferindo grandemente dos senhores seculares, exceto em seus
títulos e em algumas de suas funções. Não era difícil ouvir de bispos que eram
glutões, beberrões e lascivos. Muitos acabaram sucumbindo. As últimas décadas
do século IX foram anos de profundas trevas tanto para Igreja Católica quanto
para a Europa Ocidental. No ano de 1095, a primeira cruzada foi promovida pelo
papa Urbano II e ainda muitas outras (até o final do século XIII) seriam
empreendidas com o apoio ou senão com a promoção de um pontífice romano<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn19" name="_ednref19" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[19]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Não é surpresa
e tampouco segredo que desde que a Igreja se ajuntou ao Estado no final do
século IV, a decadência espiritual foi enormemente progressiva. O frade
franciscano Guilherme de Ockham (1288-1347), além de filósofo, lógico e teólogo
escolástico, denuncia em sua <i>Opus
Nonaginta Dierum</i> que, os papas eram corruptos, hereges, impuros, sujos e
dados ao pecado. Ele ainda comenta de uma mulher que “sustenta-se nas crônicas
que (...) foi reverenciada como papa pela igreja universal durante dois anos,
sete meses e três dias”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn20" name="_ednref20" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[20]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Baseados na
podridão em que se encontrava o clero desse período não é de se admirar que
tenham omitido a existência de uma papisa ou se esforçado para adulterar
documentos que comprovariam tal fato, afinal, seria uma mancha na história da
“Santa Igreja”. Dependendo da motivação, as pessoas empreendem tal esforço.
Temos como exemplo, a ressurreição de Jesus. Mateus nos relata que os homens
que vigiavam o Sepulcro para onde o corpo de Jesus havia sido levado, correram
até os principais dos sacerdotes para lhes falar acerca da ressurreição. Os
soldados então receberam propina para omitirem tal fato. Eles deveriam dizer
que os discípulos roubaram o corpo do Cristo enquanto os incompetentes
vigilantes dormiam. Obviamente que o Governador os puniria por essa
negligência, mas os anciãos judeus garantiram que iriam persuadi-lo a não
fazer-lhes nenhum mal. Mateus encerra dizendo que “Então eles, tendo recebido o
dinheiro, fizeram como foram instruídos. E essa história tem-se divulgado entre
os judeus até o dia de hoje” (Mt 28.15). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
João Capgrave
escreve em seu <i>Solace</i> que “adiante em
outra parte deste claustro existe uma capela e lá fica a cadeira em que o papa
é sentado para verificar se é homem ou mulher, porque a igreja foi enganada uma
vez por uma mulher que morreu em procissão”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn21" name="_ednref21" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[21]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
William Brewyn,
um inglês que escreveu um guia das igrejas de Roma, declara em concordância com
Capgrave que na Capela de São Salvador, na Basílica de Latrão, existem “duas ou
mais cadeiras de pedra de mármore vermelho, cadeiras sobre as quais, segundo
ouvi dizer, é feita a prova de que o papa é macho ou não”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn22" name="_ednref22" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[22]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Bartolomeo
Platina, prefeito da biblioteca do Vaticano durante o pontificado de Sixto IV,
declara em sua obra Vidas dos Papas que, “quando os papas são pela primeira vez
entronizados na cadeira de Pedro, que para esse fim é furada, seus órgãos
genitais são apalpados pelo mais jovem dos diáconos presentes”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn23" name="_ednref23" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[23]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Felix
Haemerlein relata de forma mais detalhada em sua <i>De Nobilitate et Rusticitate Dialogus</i> como era realizada a
consagração papal:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">“(...) até o
presente dia (a cadeira) está ainda no mesmo lugar e é usada na eleição do
papa. E a fim de demonstrar seu valor, seus testículos são apalpados pelo
clérigo mais jovem presente como testemunho de seu sexo masculino. Quando
verifica ser assim, a pessoa que os apalpa grita em alta voz: ‘Ele tem
testículos’. E todos os clérigos presentes respondem: ‘Deus seja louvado’.
Depois prosseguem alegremente na consagração do papa eleito”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn24" name="_ednref24" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[24]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 2.0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Seria cômico se
não fosse trágico!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<b>Considerações Finais<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Entre os
séculos XIV e XV a papisa foi incluída entre os bustos papais feitos para
decorar a nave da Catedral de Siena. A Imagem foi colocada entre Leão IV e
Benedictus III, acompanhada pela inscrição “Johannes VIII, foemina de Anglia”,
sem ser incomodada por pelo menos 200 anos. Essa série de bustos encontra-se em
Siena até os dias de hoje, excetuando, é claro, a da papisa que foi removida
aproximadamente no ano de 1600 pelo Papa Clemente VIII<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn25" name="_ednref25" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[25]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Durante o
concílio de Constança, quando o pré-reformador John Huss defendia sua posição
confiando na promessa de ser salvaguardado, o “Ganso” (Huss), preparador do
caminho do “Cisne” (Lutero), acusado de herege, batalhou pela fé que uma vez
nos foi dada e por várias vezes citou essa mulher, que era conhecida como Papa
João<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn26" name="_ednref26" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[26]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Certo escritor e
jornalista grego, Emmanuel Royidis, publicou em 1886 seu romance “Papisa
Joana”. Apesar de ser um romance, Royidis afirmou que continha provas
conclusivas de que a papisa Joana realmente existiu e que a Igreja Católica
tinha tentado encobrir o fato de durante séculos. O livro foi controverso e por
isso ele foi excomungado da Igreja Ortodoxa Grega<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_edn27" name="_ednref27" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[27]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
O livro foi traduzido para o inglês por Lawrence Durrell e pode ser encontrado
na língua portuguesa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Não acredito
que um mito ou uma invenção conseguiria transcender pelo menos sete séculos de
história. Penso que por trás dos
interesses de uma organização que tinha poder para controlar o pensamento do
povo, do fanatismo religioso, da fraqueza intelectual e da falta de
conhecimento de boa parte das pessoas, a história que tentaram mitificar,
possui mais evidências do que se pensa. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Como disse o
historiador, arqueólogo, arquivista e paleógrafo francês Auguste Vallet de
Viriville: "<i>Onde quer que vejais uma
lenda, podeis ter certeza, se a investigardes a fundo, que encontrareis uma
história</i>".<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b>Notas</b></div>
<div>
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="edn1">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref1" name="_edn1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Este artigo saiu na revista
Defesa da Fé 102.</span><o:p></o:p></div>
</div>
<div id="edn2">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref2" name="_edn2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt;"> SCOTUS, Marianus.
<i>Chronicon Pontificum et Imperatum</i> ; <i>Ferum Germanicarum Scriptores aliquot insignes</i>,
Ed. J. Pistorius. 1745, p. 639. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn3">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref3" name="_edn3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt;"> POLONUS, Martinho.
<i>Chronicon Pontificum et Imperatum</i>;<i> Monumenta Germaniae Historica: Scriptores</i>,
XXII, p. 428.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn4">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref4" name="_edn4" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt;"> GEMBLOUX, Sigeberto
de. <i>Chronographia; Chronicon Pontificum
et Imperatum</i> ; <i>Ferum Germanicarum
Scriptores aliquot insignes</i>, Ed. J. Pistorius. 1745, I, p. 794. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn5">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref5" name="_edn5" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt;"> VITERBO, Godofredo
de. <i>Pantheon</i>; <i>Ferum Germanicarum Scriptores aliquot insignes</i>, Ed. J. Pistorius.
1745, II, p. 372.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn6">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref6" name="_edn6" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt;"> MAILLY, Jean
Pierier de. <i>Chronica universalis
Mettensis</i>;<i> Monumenta Germaniae Historica:
Scriptores</i>, XXIV, p. 514.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn7">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref7" name="_edn7" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt;"> BOURBON, Estevão
de. <i>Diversis Materiis Praedicabilibus;
Scriptores Ordinis Praedicatorum. 1719, p. 367.</i><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn8">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref8" name="_edn8" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt;"> ENGELHUSIUS, Teodorico.
<i>Chronicon; Scriptorum Brunsvicensia
Illustrantium. </i>Ed. G.G. Leibnitz. 1710, II, p. 1065.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn9">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref9" name="_edn9" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt;"> BURCHARD, John.
<i>Liber Notarum, Rerum Italicarum
Scriptores</i>, Ed. L.A. Muratori, XXXII, pt. 1, vol. 1, p. 176.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn10">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref10" name="_edn10" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt;"> <i>Chronica Minor</i>;
<i>Monumenta Germaniae Historica: Scriptores</i>,
XXIV, p. 184.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn11">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref11" name="_edn11" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt;"> <i>Flores Temporum</i>;
<i>Monumenta Germaniae Historica: Scriptores</i>,
XXIV, p. 243.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn12">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref12" name="_edn12" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> <span lang="EN-US">DÖLLINGER, John. J. I. Von. <i>Fables Respecting the Popes of the Midle
Ages</i>, 1871, p.44.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn13">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref13" name="_edn13" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt;"> </span><span lang="EN-US" style="font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">RHÖIDES, </span><span style="font-size: 9.0pt;">Emmanuel D.. <i>Pope
Joan – A Historical Study</i>, 1886, p.82.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn14">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref14" name="_edn14" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt;"> </span><i><span style="font-size: 9.0pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">La statua delia papessa Joana</span></i><span style="font-size: 9.0pt;">; </span><span style="font-size: 9.0pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Bollettino della Commissione
Arqueológica Comunale di Roma; XXXV; 1907; pág. 82-95</span><span style="font-size: 9.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn15">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref15" name="_edn15" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt;"> MUNTZ, Eugène. <i>La Lègend de La Papesse Jeanne; La
Bibliofilia</i>, 1900, pt. II, p. 333.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn16">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref16" name="_edn16" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt;"> PARDOE, Rosemary;
PARDOE, Darroll. <i>A Papisa Joana, o
Mistério da Mulher Papa</i>. Ibrasa, 1990, p. 69.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn17">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref17" name="_edn17" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt;"> Ibid, p, 71.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn18">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref18" name="_edn18" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[18]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt;"> Ibid, p. 73, 75.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn19">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref19" name="_edn19" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[19]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt;"> LATOURETT, Kenneth
Scott. <i>Uma História do Cristianismo</i>. Hagnos,
2006, Volume I, pp. 361-919<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn20">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref20" name="_edn20" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[20]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> </span><span style="font-size: 9.0pt;">OCKHAM, </span><span lang="EN-US" style="font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">Willian de. <i>Opera Politica</i> (1963), II, p. 854.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn21">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref21" name="_edn21" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[21]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> CAPGRAVE, John. <i>Ye Solace of Pilgrimes</i>, 1911, p. 74.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn22">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref22" name="_edn22" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[22]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> BREWYN, Willian. <i>A XVth Century Guide Book to The Principals Churches of Rome</i>, 1933,
p. 33.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn23">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref23" name="_edn23" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[23]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> MUNTZ. Eugène. Op. cit. p, 330.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn24">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref24" name="_edn24" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[24]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> HAEMERLEIN, Felix. <i>De Nobilitate et Rusticitate Dialogus</i>, 1490, p. 99.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn25">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref25" name="_edn25" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[25]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> PARDOE, Rosemary; PARDOE, Darroll. Op. cit.
p. 49.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn26">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref26" name="_edn26" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[26]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> L’ENFANT, James. <i>The History of the Council of Constance</i>, 1730, I, p. 340.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn27">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/DF%20102_Papisa%20Joana/Papisa%20Joana%20-%20Artigo%20Defesa%20da%20F%C3%A9.docx#_ednref27" name="_edn27" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[27]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> DURRELL, Lawrence. <i>Papisa Joana.</i> Record, 1954, p. 5-10.</span><span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-65704599414016334112014-06-26T15:08:00.000-03:002014-07-07T10:10:41.467-03:00As heresias de Joseph Prince<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
“E logo, de
noite, os irmãos enviaram Paulo e Silas para Beréia; tendo eles ali chegado,
foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes eram mais nobres do que os de
Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente
as Escrituras para ver se estas coisas eram assim” (At 17.10,11).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Nossa
proposta neste artigo é fazer como os irmãos bereanos, os quais examinavam os
ensinos de Paulo e Silas antes de acatarem-no como ortodoxo. Isto posto,
faremos um exame dos ensinos do pregador cingapuriano Joseph Prince contidos no
livro “<i>Destined to Reign</i>” (Destinados a Reinar). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><u>A origem de seus ensinos<o:p></o:p></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><u><br /></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Joseph Prince,
nascido em 15 de Maio de 1963 em Cingapura, é pastor sênior e um dos fundadores
da mega igreja <i>New Creation</i>. Filho de
um sacerdote indiano Sikh<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_edn1" name="_ednref1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
e de uma mulher chinesa, tornou-se um preletor conhecido internacionalmente em
função do Best-seller “Destinados a Reinar”. Ele possui, ainda, um programa de
TV, homônimo do livro citado, que é transmitido em mais de 150 países. Seus
principais ensinos se baseiam num entendimento adquirido em revelações sobre a
graça de Deus, conforme ele mesmo conta:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 99.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">"Tudo
começou em 1997, quando eu (...) ouvi distintamente a voz do Senhor dentro de
mim. Não era uma impressão do Espírito. Era uma voz, e eu ouvi claramente Deus
me dizer: 'Filho, você não está pregando a graça.’ Eu disse: ‘Como assim,
Senhor? Isso é um golpe baixo. Isso é um verdadeiro golpe baixo!’ E
acrescentei: ‘Eu sou um pregador da graça. Tenho sido um pregador da graça
durante anos e, assim como muitos pregadores, prego que somos salvos pela
graça!’ Deus disse: ‘Não. Toda vez que você prega a graça, você a apresenta
misturada com a lei. Você se esforça para contrabalançar a graça com a lei como
muitos pregadores, e no momento em que equilibra a graça, você a neutraliza. Não
se pode colocar vinho novo em odres velhos. Você não pode colocar a graça e a
lei juntas’. Ele prosseguiu: 'Filho, muitos pregadores não estão pregando a
graça do modo como o apóstolo Paulo o fazia’.”<span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_edn2" name="_ednref2" title="">[2]</a></span></span><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_edn2" name="_ednref2" title=""><!--[endif]--></a></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 99.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span class="MsoEndnoteReference"><span class="MsoEndnoteReference"><br /></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Nestes novos
entendimentos, Prince acaba mexendo em algumas doutrinas essenciais do
cristianismo, fazendo confusão sobre a Graça, Justificação, Santificação e
alguns atributos divinos como a justiça e a soberania. Vejamos a seguir alguns
desses pontos controvertidos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><u>A Graça de Deus<o:p></o:p></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><u><br /></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Prince
entende que a Graça de Deus nos perdoa de todos os pecados do passado, do
presente e do futuro e que desta forma não somos mais responsabilizados por
eles<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_edn3" name="_ednref3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Assim sendo, sob a Nova Aliança “não precisamos ficar pedindo ao Senhor (...)
perdão <b>porque Ele já nos perdoou</b>.”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_edn4" name="_ednref4" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a><span style="background: aqua; mso-highlight: aqua;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
O grande
risco desse ensino é gerar nas pessoas uma falsa segurança, como se a
santificação fosse algo desnecessário, uma vez que “todos” pecados já estão
perdoados e que não temos responsabilidade sobre eles. Isso leva a uma doutrina
antinomiana, que despreza inconscientemente a santificação, sob uma falsa ideia
triunfalista do perdão dos pecados.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Sobre pedir
perdão, a Bíblia fala por si só:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->Jesus nos ensinou a orar assim: (Mt 6.9-15);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->Simão, o que quis comprar o dom de Deus é
instruído a pedir perdão a Deus (At 8.17-24);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->As conversões em Éfeso foram marcadas por queima
de livros de magia e confissão de pecados (At
19.17-19);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->Quando confessamos nossos pecados uns aos outros
e oramos uns pelos outros somos perdoados (Tg 5.14-16);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->Se confessarmos nossos pecados, Deus é fiel e
justo para nos perdoar e nos purificar (1 Jo 1.9);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->O que não confessa o pecado a Deus não prospera,
mas o que confessa e deixa alcança misericórdia (Pv 28.13);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->Enquanto Davi não confessou seus pecados, seus
ossos (sua vida espiritual) se consumiam, a mão de Deus pesava sobre ele e seu
humor ficava seco e ríspido (Sl 32.3-5);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->As parábolas das 100 ovelhas, da dracma perdida
e do filho pródigo mostram a necessidade de arrependimento diante do Senhor que
estará sempre de braços abertos para nos receber (Lc 15);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->Arrependimento produz frutos visíveis, dentre os
quais está o abandono dos pecados (At 26.19,20);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->Quando pecamos, Deus nos contrista por tal
prática através do Espírito Santo, levando-nos ao arrependimento (Rm 2.3,4);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->A tristeza de Deus produz arrependimento para a
salvação (2 Co 7.8-10);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->Paulo temia que ao voltar em Corinto encontrasse
pessoas que não haviam se arrependido do pecado, isto é, que não haviam
abandonado práticas impuras, lascivas e de prostituição (2 Co 12.20,21);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->Devemos corrigir com mansidão e ter esperança
que Deus conceda arrependimento às pessoas para que cheguem ao pleno
conhecimento da verdade, isto é, da Palavra (2 Tm 2.24-26);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->As igrejas da Ásia são aconselhadas a
arrependerem-se (Ap 2.5,16,20-22; 3.3,19);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->Não devemos pecar, mas se isso acontecer
acidentalmente, temos um Advogado junto ao Pai (2 Jo 2.1).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->A confissão de pecados era uma prática comum
entre grandes homens piedosos do A.T. (Ne 1.1-11; Dn 9.2-6; Jó 1.5; Sl
38.17,18).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><u>A Igreja é exortada a vencer o pecado<o:p></o:p></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><u><br /></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
A necessidade
de vencer o pecado é uma doutrina completamente bíblica e faz parte das
exortações às igrejas em todas as epístolas. Uma mensagem que cobre do cristão
essa postura de santificação é encarada por Prince como legalismo:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 99.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">“Eles
pregam que o pecado não tem domínio sobre você quando você está cumprindo a lei!
Isso, meu amigo, é como adicionar lenha ao fogo, porque a força do pecado é a
lei. O pecado é fortalecido quando mais lei é pregada! Mas o poder de ter
domínio sobre o pecado é transmitido quando mais graça é pregada!”<span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_edn5" name="_ednref5" title="">[5]</a></span></span><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_edn5" name="_ednref5" title=""><!--[endif]--></a></span> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 99.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span class="MsoEndnoteReference"><span class="MsoEndnoteReference"><br /></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Na versão em
inglês, o início da citação toma uma conotação um pouco diferente: “Então,
quando eles [os pregadores] veem pecado, pregam mais da lei. Isso, meu
amigo...” (p. 26). Essa diferença na tradução muda completamente o sentido
expresso originalmente pelo autor, uma vez que não ouvimos ninguém pregando que
o cumprimento da Lei nos afasta do pecado. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
O problema de
Prince nessa afirmação é duplo: 1) enxergar como legalista uma mensagem de
confronto contra o pecado e 2) confundir exortação à santificação com apologia
à Lei. Não sei o que faremos com textos da Bíblia que nos exortam a vencer o
pecado, já que se nos basearmos neles, seremos pregadores legalistas. Sem
contar textos vetrotestamentários, os Evangelhos e o livro de Atos, vejamos
como nós, cristãos, somos exortados a vencer o pecado e vivermos em santidade
ao Senhor:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->Os romanos são exortados a se tornarem servos da
justiça para a santificação (Rm 6.19);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->Os coríntios são advertidos a não praticarem
obras como devassidão, idolatria, adultério, homossexualismo, furtos, avareza,
bebedice e maledicência, pois foram lavados, santificados e justificados em
Cristo (1 Co 6.9-11). Assim sendo, eles deveriam se aperfeiçoar no processo de
santificação (2 Co 7.1);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->Os gálatas foram prevenidos sobre uma série de
obras carnais que não deveriam praticar (Gl 5.19-21);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->Os efésios foram instruídos a se revestirem do
novo homem que foi criado para santidade, deixando, portanto, uma série de
obras pecaminosas (Ef 4.20-31);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->Os filipenses foram aconselhados a se tornarem
irrepreensíveis, sinceros e imaculados (Fp 2.14,15);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->Os colossenses deveriam exterminar as
inclinações carnais. E a lista não era pequena (Cl 3.5-10);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->Os tessalonicenses foram notificados de que
deveriam cumprir a vontade de Deus: a santificação. Quem rejeitasse essa
doutrina estava rejeitando o próprio Deus (1 Ts 4.1-8). A conduta deles não
deveria ser desordenada, mas segundo a tradição de santidade que receberam (2
Ts 3.6,7);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->Timóteo foi instruído a seguir a caminhada
cristã sem mácula e irrepreensível (1 Tm 6.13,14), afastando-se da injustiça (2
Tm 2.19);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->Tito recebeu uma verdadeira revelação: a de que
a Graça de Deus se manifestou ensinando-nos que devemos renunciar à impiedade e
às paixões mundanas, a fim de esperarmos o aparecimento da glória de Deus (Tt
2.11-13).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->Filemom deveria esquecer-se das mágoas passadas
e Paulo sabia que ele obedeceria essa direção fazendo ainda mais do que era
pedido (Fm 1.21);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]--> Os
hebreus deviam deixar todo pecado e resisti-lo com todas as suas forças (até o
sangue), afinal, sem santidade ninguém verá o Senhor (Hb 12.1,4,14);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->Tiago mostra a necessidade de suportarmos as
provações e diz que somos tentados segundo nossas próprias concupiscências.
Sendo assim, precisamos ser vigilantes, caso contrário, essas cobiças inerentes
de nossa natureza caída podem consumar o pecado, gerando morte (Tg 1.12-15);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->Pedro diz que os crentes não devem se conformar
com as concupiscências da vida passada, mas que devemos ser santos em todo o
nosso procedimento, pois quem nos chamou é Santo (1 Pe 1.13-16). Ele diz,
ainda, que alguns irmãos não haviam buscado com diligência as virtudes do
Espírito, esquecendo-se da purificação dos seus antigos pecados (2 Pe 1.5-9);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->João disse que todos nós pecamos. Entretanto,
isso não quer dizer que o pecado é habitual, mas acidental, pois aquele que é
nascido de Deus não pode continuar pecando. Se pecarmos acidentalmente, temos
um Advogado Fiel e Justo que nos perdoa e purifica dos pecados e de toda
injustiça (1 Jo 1.9,10; 2.1; 3.1-9); Na segunda epístola, ele diz que quem vai
além do ensino de Cristo não é de Deus. Originalmente ele se referia aos
gnósticos. Mas a passagem pode abranger mais situações dos nossos dias. Se
alguém vai além do ensino de santidade ao Senhor, induzindo a igreja ao pecado,
obviamente o tal não é de Deus (2 Jo 9). Em sua terceira carta ele diz a Gaio
que não imite as obras do mal, mas as de Deus, fazendo o bem (3 Jo 11);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->Judas lembra das palavras dos Apóstolos sobre os
homens dos últimos tempos: escarnecedores, de ímpia concupiscência, que causam
divisões, são sensuais e sem o Espírito. Mas os crentes deveriam se conservar
no amor de Deus, confiando nAquele que é poderoso para guarda-los de tropeçar e
para mantê-los imaculados e jubilosos (Jd 17-24);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]-->João disse em Apocalipse que ficarão de fora os
cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras e todo o que ama
e pratica a mentira (Ap 22.15).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-left: 71.45pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><u>Justificação pela fé<o:p></o:p></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><u><br /></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Prince
confunde justificação com santificação. A justificação é um ato judicial de
Deus e acontece instantaneamente e junto com a regeneração e a santificação
inicial. O Dr. Orton Wiley definiu a justificação como um ato “declarativo de
Deus pelo qual considera os que, com fé, aceitam a oferta propiciatória de
Jesus Cristo, como absolvidos dos pecados, libertados da pena e aceitos como
justos diante de Deus”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_edn6" name="_ednref6" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Em contrapartida, Prince entende equivocadamente que os pregadores ortodoxos
ensinam uma justificação pelas obras:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 99.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">“(...) dizem
que Deus dá a você a dádiva da justiça, sob a condição de que você guarde os
Dez Mandamentos pelo resto de sua vida, para manter a justiça. Agora, isso é mesmo
um presente? Ora, vamos – quando Deus deu a você a dádiva da justiça, foi um
presente real. Pare de tentar alcançá-lo com suas próprias obras. Os presentes
de Deus para nós são incondicionais!”<span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_edn7" name="_ednref7" title="">[7]</a></span></span><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_edn7" name="_ednref7" title=""><!--[endif]--></a></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 99.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span class="MsoEndnoteReference"><span class="MsoEndnoteReference"><br /></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
A
regeneração, a justificação e a santificação inicial são o ponto de partida e
não a linha de chegada. Mas a confusão de Prince sobre esse assunto é grave,
pois jamais veremos um pregador ortodoxo ensinando que nossa obediência nos
trará justificação, pois somos justificados pela fé através do sacrifício de Cristo
(Rm 5.1,8,9).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Embora nossas
obras não sejam suficientes para satisfazer a ira de Deus e nos justificar do
pecado, isso não quer dizer que não tenhamos que produzi-las. Vejamos o que diz
o texto clássico sobre salvação pela graça:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
“Porque pela
graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de
obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, <u>criados em
Cristo Jesus para boas obras</u>, as quais Deus de antemão preparou para que
andássemos nelas” (Ef 2.8-10 – grifos meus).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Embora nossa
salvação não seja pelas nossas obras, Deus nos preparou de antemão para que
andemos em boas obras, afinal, a fé sem obras é morta e não excede à fé dos
demônios (Tg 2.14-20). Obras não salvam, mas todo salvo deve produzir obras.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><u>A justificação na visão de Prince<o:p></o:p></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><u><br /></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
O ensino de
Prince sobre a justificação é perigoso, pois gera uma falsa expectativa nas
pessoas acerca da salvação e necessidade de santificação. Vejamos o que ele
pensa:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 99.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">“Meu amigo,
a justiça é um dom por causa do que Jesus conquistou na cruz para você. Todos
os nossos pecados – passados, presentes e futuros – foram lavados por Seu precioso
sangue. Você está completamente perdoado, e a partir do momento em que recebeu
Jesus em sua vida, nunca mais será aprisionado (responsabilizado) por seus
pecados novamente.”<span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_edn8" name="_ednref8" title="">[8]</a></span></span><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_edn8" name="_ednref8" title=""><!--[endif]--></a></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 99.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span class="MsoEndnoteReference"><span class="MsoEndnoteReference"><br /></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Analisemos
duas passagens a seguir:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
“Nem todo o
que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, <u>mas aquele que faz a
vontade de meu Pai</u>, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor,
Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos
demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi
claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a
iniquidade.” (Mt 7.21-23 – grifos meus).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
“Porque <u>esta
é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação</u> (...) Porque Deus não
nos chamou para a imundícia, mas para a santificação. Portanto, quem rejeita
isso não rejeita ao homem, mas sim a Deus, que vos dá o seu Espírito Santo.” (1
Ts 4.3,7,8 – grifos meus).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Aqueles
falsos profetas não faziam a vontade do Senhor e são apontados por praticarem
continuamente atos iníquos. Uma das vontades de Deus para o homem é que nos
aperfeiçoemos na santificação. Todo o que tem esperança em Cristo “purifica-se
a si mesmo, assim como ele é puro. Todo aquele que vive habitualmente no pecado
também vive na rebeldia, pois o pecado é rebeldia (...) Aquele que é nascido de
Deus não peca habitualmente; porque a semente de Deus permanece nele, e não
pode continuar no pecado, porque é nascido de Deus” (1 Jo 3.3,4,9). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
“Ora, amados,
visto que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e
do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus.” (2 Co 7.1)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
“... onde o
pecado abundou, superabundou a graça (...) Que diremos, pois? Permaneceremos no
pecado, para que abunde a graça? De modo nenhum. Nós, que já morremos para o
pecado, como viveremos ainda nele?” (Rm 5.20; 6.1,2).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
“Segui a paz
com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Se não há
mais responsabilidade por nossos pecados, por que nos preocuparmos com uma vida
santa e piedosa? Que propósito há na santificação?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><u>A justiça e a imutabilidade de Deus<o:p></o:p></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><u><br /></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Prince ensina
que, “aqueles que acreditam que Deus algumas vezes fica zangado com eles ainda
estão vivendo sob a antiga aliança da lei, e não sob a nova aliança da graça”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_edn9" name="_ednref9" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Dando sequencia nesse pensamento ele diz que “o ensino esquizofrênico que diz
que Deus algumas vezes está zangado e outras está feliz com você de acordo com o
seu desempenho, não é um ensinamento bíblico e fará de você um crente
esquizofrênico”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_edn10" name="_ednref10" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Com um conceito equivocado da Graça, ele acaba distorcendo também a Justiça de
Deus e diz que nunca encontraremos “um exemplo de Deus punindo um crente por
seus pecados na nova aliança”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_edn11" name="_ednref11" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
O equívoco
teontológico de Prince sobre a Graça transforma a Deus em um ser bobo, que não
liga para o que fazemos e que não nos responsabiliza por nossos atos, que passa
a mão em nossas cabeças e não nos chama ao arrependimento. O Espírito Santo se
torna alguém inútil no convencimento do pecado, pois se erramos, podemos manter
nossa “paz psicológica” com Deus.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Dizer que
Deus não nos responsabiliza pelo pecado é dizer que Ele é indiferente com nossa
santificação. Sabemos que pelo ato gracioso de Deus em Cristo, “onde o pecado
abundou, superabundou a graça” (Rm 5.20). Mas, “que diremos, pois?
Permaneceremos no pecado, para que abunde a graça? De modo nenhum” (Rm 6.1,2). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Devemos
resistir ao pecado até o sangue (Hb 12.4), mas se pecarmos, podemos confessa-lo
a Deus pois Ele é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar (1 Jo 1.9).
Quando pecamos, somos contristados por Deus para o arrependimento (2 Co
7.8-10). É Ele quem nos conduz à confissão. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Dizer que
Deus é indiferente com nosso pecado é uma tremenda heresia, caso contrário, por
que nos conduziria ao arrependimento? É verdade que não somos destruídos por
causa de Sua infinita misericórdia (Lm 3.22), mas também é verdade que Ele é
tardio em irar-se (Êx 34.6; Ne 9.17; Sl 103.8-14). Joel declarou: “rasgai o
vosso coração, e não as vossas vestes; e convertei-vos ao Senhor vosso Deus;
porque ele é misericordioso e compassivo, tardio em irar-se e grande em
benignidade, e se arrepende do mal” (Jl 2.13).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Berkhof disse
que a justiça de Deus <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 99.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">“se manifesta
especialmente em dar a cada homem o que lhe é devido, em trata-lo de acordo com
os seus merecimentos. A inerente retidão de Deus é naturalmente básica para a
retidão que Ele revela no trato de Suas criaturas, mas é especialmente esta
última, também denominada justiça de Deus, que requer especial consideração
aqui. Os termos hebraicos para “justo” e “justiça” são <i>tsaddik</i>, <i>tsedhek</i> e <i>tsedhakah</i>, e os termos gregos
correspondentes são <i>dikaios</i> e <i>dikaiosyne</i>, todos os quais contêm a
ideia de conformidade a um padrão. Esta perfeição é repetidamente atribuída a
Deus na Escritura, Ed 9.15; Ne 9.8; Sl 119.137; 145.17; Jr 12.1; Lm 1.18, Dn
9.14; Jo 17.25; 2 Tm 4.8; 1 Jo 2.29; 3.7; Ap 16.5”.<span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_edn12" name="_ednref12" title="">[12]</a></span></span><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_edn12" name="_ednref12" title=""><!--[endif]--></a></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 99.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span class="MsoEndnoteReference"><span class="MsoEndnoteReference"><br /></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
João disse
essas verdades quando se referia à confissão dos nossos pecados: Ele é fiel e <u>justo</u>
(1 Jo 1.9). Como Deus perdoará alguém que não se arrependeu? Antes, atuará com
justiça. Lemos em Jo 1.14 que, “o Verbo se fez carne, e habitou entre nós,
cheio de graça e de verdade”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Graça foi a
maneira como Jesus agiu para com a mulher adúltera, perdoando-a de seus pecados.
Verdade foi a forma como a abordou na sequencia: “vá e não peques mais” (Jo
8.11).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Se não há
responsabilidade pelos nossos pecados futuros, por que “vá e não peques mais”?
Onde abundou o pecado dela, superabundou a Graça de Cristo. Por que não
continuar adulterando? Não haveria mais Graça abundante? De modo nenhum (Rm
6.1,2).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><u>Deus não pune na Nova Aliança?<o:p></o:p></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><u><br /></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
A figura
teontológica de um Deus extremamente gracioso, que deixa os pecadores na
impunidade é anti-bíblica. Jesus curou o paralítico que ficava próximo ao
tanque de Betesda e depois lhe disse: “Olha, já estás curado; não peques mais,
para que não te suceda coisa pior.” (Jo 5.1-9,14).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Paulo disse
que não podemos nos enganar, pois “Deus não se deixa escarnecer; tudo o que o
homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Paulo disse
aos romanos que eles deveriam se esforçar para ter paz com todos os homens e
que não deviam buscar vingança, mas deixar todas as coisas no controle de Deus:
“Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira de Deus, porque
está escrito: Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor” (Rm 12.19).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
O autor da
carta aos hebreus disse que, “se voluntariamente continuarmos no pecado, depois
de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta mais
sacrifício pelos pecados mas uma expectação terrível de juízo, e um ardor de
fogo que há de devorar os adversários.” Em seguida, ele lembra que, se pela Lei
a pessoa morria “sem misericórdia, pela palavra de duas ou três testemunhas”,
com maior castigo “será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e
tiver por profano o sangue do pacto, com que foi santificado, e ultrajar ao
Espírito da graça”. Ele relembra que a vingança é do Senhor e conclui esse tema
dizendo que “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10.26-31).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Jesus disse à
igreja em Laodicéia: “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo: sê pois
zeloso, e arrepende-te.” (Ap 3.19).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Em Corinto
havia crentes com a condição espiritual muito debilitada por participarem da
Ceia do Senhor indignamente, por isso Paulo os alertou: “Examine-se, pois, o
homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice. Porque quem come e
bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do
Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e enfermos, e muitos que
dormem.” (1 Co 11.28-30).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Ananias fazia
parte da igreja Primitiva, mas tentou enganar o Espírito Santo. Pedro lhe
repreendeu por tal pecado, mas ele não se arrependeu e por isso, “Ananias,
ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E grande temor veio sobre todos os que
souberam disto”. Semelhantemente, sua esposa foi chamada ao arrependimento.
Como não houve mudança, “Imediatamente ela caiu aos pés dele e expirou. E
entrando os moços, acharam-na morta e, levando-a para fora, sepultaram-na ao
lado do marido.” (At 5.5,10).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
O autor da
carta aos hebreus pergunta se eles já haviam se esquecido “da exortação que vos
admoesta como a filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, nem te
desanimes quando por ele és repreendido; pois o Senhor corrige ao que ama, e
açoita a todo o que recebe por filho. É para disciplina que sofreis; Deus vos
trata como a filhos; pois qual é o filho a quem o pai não corrija?” (Hb
12.5-7).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><u>A Imutabilidade de Deus<o:p></o:p></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><u><br /></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Esse equívoco
teontológico leva a mais uma deturpação dos atributos divinos: Sua
imutabilidade. É como se houvessem dois deuses: um do Antigo Testamento e um do
Novo Testamento. Com isso, ele resgata uma heresia antiga: o marcionismo<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_edn13" name="_ednref13" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Sobre esse
importante atributo, Deus disse através do profeta Malaquias: “Pois eu, o
Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.” (Ml
3.6).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
O autor da
carta aos hebreus reforça: “assim que, querendo Deus mostrar mais
abundantemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu conselho, se
interpôs com juramento; para que por duas coisas imutáveis, nas quais é
impossível que Deus minta, tenhamos poderosa consolação, nós, os que nos
refugiamos em lançar mão da esperança proposta” (Hb 6.17,18).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Tiago conclui:
“Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em
quem não há mudança nem sombra de variação.” (Tg 1.17).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Seria Deus
justo na Antiga Aliança e indiferente na Nova?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><u>Paulo e a confissão de pecados<o:p></o:p></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><u><br /></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Na visão de
Prince, devemos descartar muita coisa da Bíblia, pois boa parte dos ensinos de
Jesus eram legalistas e o ensino de Pedro, Tiago e João também. Desta forma, as
cartas de Paulo seriam mais apropriadas:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 99.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">“Nem tudo
que Jesus disse foi falado para a igreja. As cartas de Paulo foram escritas
para a igreja e, portanto, para nosso benefício hoje. Deus o levantou para escrever
as palavras do Jesus que ascendeu aos céus (...) Segui ao pé da letra o texto
de I João 1:9, e isso quase me deixou louco. Mas o que I João 1:9 realmente diz,
e para quem ele realmente foi escrito? (...) As pessoas têm tomado esse
versículo e construído toda uma doutrina ao redor dele, quando na verdade o
capítulo 1 de I João foi escrito para os gnósticos, que eram incrédulos (...) Não
podemos construir uma doutrina sobre um versículo isolado. Se a confissão de
pecados é vital para o seu perdão, então o apóstolo Paulo, que escreveu dois
terços do Novo Testamento, fez uma grande injustiça conosco, porque ele não
mencionou isso nem sequer uma vez - nenhuma vez - em qualquer de suas cartas à
igreja.”<span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_edn14" name="_ednref14" title="">[14]</a></span></span><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_edn14" name="_ednref14" title=""><!--[endif]--></a></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 99.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span class="MsoEndnoteReference"><span class="MsoEndnoteReference"><br /></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
A Bíblia
possui unidade doutrinária. Não podemos escolher os textos que preferimos e
excluir os que preterimos. Desta forma basearemos nossos ensinos em textos
isolados e correremos o risco de propagar aberrações doutrinárias, como é o
caso de Prince.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
O pregador
cingapuriano disse que os escritos de Paulo são mais apropriados à Igreja.
Porém, o próprio Apóstolo dos gentios disse que “toda Escritura é divinamente
inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para
instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente
preparado para toda boa obra” (2 Tm 3.16). Portanto, sustentar uma doutrina
como essa baseado unicamente nos textos do Apóstolo Paulo é abusar da
hermenêutica. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Tudo bem, não
devemos mais pedir perdão pelos nossos pecados cometidos após a nossa
conversão, aliás, nem temos mais responsabilidade sobre tais. Se algum crente
cometer adultério conscientemente (não hipervalorizando esse pecado em
detrimento de outros) não precisaria se preocupar, pois não tem
responsabilidade sobre seus pecados? A necessidade de se arrepender, confessar
ao Senhor e deixar essa prática foi só para Davi que estava sujeito à Antiga
Aliança?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Sendo assim,
o que faremos com 1 Jo 1.9? Bem, a resposta de Prince para essa pergunta é
fácil: não foi um texto escrito para a Igreja, pois o primeiro capítulo
(segundo ele) foi escrito para os gnósticos. Já do capítulo 2 em diante (ainda
segundo ele), foi escrito para a igreja.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_edn15" name="_ednref15" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
O que não
compreendo é como 1 Jo 2.1 não se enquadra na categoria de confissão de
pecados, uma vez que para sermos absolvidos de um delito pelo Justo Juiz,
precisamos de uma boa defesa de nosso Advogado. Para que um advogado (secular)
monte sua defesa precisamos falar com ele sobre nossa causa. Logo, confessamos
nossas dívidas e delitos e somos mediados pelo Advogado Fiel, obtendo perdão de
nossas dívidas assim como temos perdoado nossos devedores (cf Mt 6.12).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><u>Palavra de Deus ou Palavra de Cristo?<o:p></o:p></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><u><br /></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Exagerando no
antagonismo Lei x Graça, Prince acaba fazendo mais uma confusão sobre a
pregação da Palavra de Deus. Segundo ele, há duas Palavras dentro da Bíblia:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 99.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">“Observe
que a fé não vem pelo simples ouvir a palavra de Deus, porque a palavra de Deus
abrange tudo na Bíblia, incluindo a lei de Moisés. Não há liberação de fé
quando você ouve os Dez Mandamentos sendo pregados. A fé só vem pelo ouvir a
palavra de Cristo.”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_edn16" name="_ednref16" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Jesus disse
aos fariseus que as Escrituras (Antigo Testamento) deveriam ser analisadas,
pois nelas, eles encontrariam referências messiânicas: “<u>Examinais as
Escrituras</u>, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão
testemunho de mim” (Jo 5.39 – grifos nossos).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Corroborando
com este pensamento, Jesus disse sobre uma passagem que testificava acerca de
Seu messianismo: “Disse-lhes Jesus: <u>Nunca lestes nas Escrituras</u>: A pedra
que os edificadores rejeitaram, essa foi posta como pedra angular; pelo Senhor
foi feito isso, e é maravilhoso aos nossos olhos?” (Mt 21.42 – grifos nossos).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Filipe apresentou
Jesus ao eunuco de Candace através de um trecho das Escrituras
veterotestamentárias: “Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta:
Foi levado como a ovelha ao matadouro, e, como está mudo o cordeiro diante do
que o tosquia, assim ele não abre a sua boca (...) Então Filipe tomou a palavra
e, começando por esta escritura, anunciou-lhe a Jesus.” (At 8.32,35).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Pedro fez uma
citação da Lei ao povo que viu o um homem que era paralítico de nascença ser
curado: “Moisés disse: Suscitar-vos-á o Senhor vosso Deus, dentre vossos
irmãos, um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser.
E acontecerá que toda alma que não ouvir a esse profeta, será exterminada
dentre o povo.” E ainda conclui sua pregação mostrando que Cristo havia sido
anunciado por Samuel e pelos demais profetas: “E todos os profetas, desde
Samuel e os que sucederam, quantos falaram, também anunciaram estes dias” (At
3.22-24). Em torno de cinco mil almas foram os que creram nessa mensagem (At
4.4).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Estaria Paulo
equivocado quando disse que “<u>toda Escritura</u> é divinamente inspirada e
proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em
justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente preparado para
toda boa obra”? (2 Tm 3.16 – grifos nossos).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><u>Considerações Finais<o:p></o:p></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><u><br /></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Há alguns
meses, uma irmã que congrega na mesma igreja que eu me procurou pedindo minha
opinião sobre o livro “Destinados a Reinar”. Disse que pesquisaria, pois não
conhecia nem o título nem o autor. Para minha surpresa, não achei muita
informação nos sites brasileiros, até porque o material é relativamente novo em
território tupiniquim. Numa pesquisa mais refinada pelos centros de apologética
norte-americanos, encontrei algumas informações que me deixaram perplexo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Fiquei ainda
mais estarrecido quando ouvi algumas pessoas que moram na mesma cidade que eu
ensinando assuntos completamente deturpados sobre a Graça de Deus. Quando
fiquei sabendo que esses ensinos estavam baseados neste livro, resolvi
adquiri-lo, a fim de buscar minhas próprias conclusões.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Quando
finalizei a leitura, confesso que minha primeira impressão foi a mesma que teve
Charles Spurgeon: “A apatia está por toda parte. Ninguém se preocupa em
verificar se o que está sendo pregado é verdadeiro ou falso. Um sermão é um
sermão, não importa o assunto; só que, quanto mais curto, melhor.”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_edn17" name="_ednref17" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Nesse caso, quanto mais “graça” melhor.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Que o povo de
Deus possa buscar o genuíno entendimento da Palavra de Deus, pois “se
introduziram furtivamente certos homens (...) ímpios, que convertem em
dissolução a graça de nosso Deus, e negam o nosso único Soberano e Senhor,
Jesus Cristo” (Jd 4). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><u>Notas</u></b></div>
<div>
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="edn1">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_ednref1" name="_edn1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">* Este artigo saiu na Revista Defesa da Fé 107.</span></span></span></a><br />
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_ednref1" name="_edn1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span style="font-size: 9.0pt;">O Sikhismo foi uma religião monoteísta – com elementos
sincréticos do islamismo e do hinduísmo – fundada no final do século XV na
região da Índia por um homem chamado Guru Nanak.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn2">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_ednref2" name="_edn2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> PRINCE, Joseph. Destinados a
Reinar. Bello Publicações, 2012, p. 9.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn3">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_ednref3" name="_edn3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> Ibid, p. 39. Na versão em
inglês, a expressão usada é “responsabilizado” enquanto na tradução para o
português amenizaram o contexto substituindo a expressão pelo termo
“aprisionado” (cf Destined to Reign, Harrison House, 2010, pp. 28,29). <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn4">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_ednref4" name="_edn4" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> Ibid, p. 18 (negrito do
autor).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn5">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_ednref5" name="_edn5" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> Ibid, p. 37. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn6">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_ednref6" name="_edn6" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span style="font-size: 9.0pt;">WILEY, Orton H.; CULBERTSON, Paul T. <i>Introdução à teologia cristã</i>. Casa
Nazarena de publicações, 2009, p. 288.</span><o:p></o:p></div>
</div>
<div id="edn7">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_ednref7" name="_edn7" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> PRINCE, Joseph. <i>Op. Cit. </i>p. 38.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn8">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_ednref8" name="_edn8" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> Ibid, p. 39.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn9">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_ednref9" name="_edn9" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> Ibid, p. 46.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn10">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_ednref10" name="_edn10" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> Ibid, p. 55.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn11">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_ednref11" name="_edn11" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> Ibid, p. 64.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn12">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_ednref12" name="_edn12" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> BERKHOF, Louis. Teologia
Sistemática. Cultura Cristã, 2012, p.72.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn13">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_ednref13" name="_edn13" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span style="font-size: 9.0pt;">Marcionismo é o nome que levou o conjunto de heresias
de Marcião de Sinope em meados do século II. Coincidentemente, Marcião ensinava
que os livros do Antigo Testamento estavam ultrapassados e rejeitava-os, usando
seu próprio compêndio de livros sacros, os quais compreendiam o Evangelho de
Lucas e as cartas de Paulo, exceto as pastorais. Ele propagava uma contradição
de dois deuses: um Demiurgo inferior que criou o universo, o Deus do judaísmo
(severo e manifesto na Lei) e um Deus supremo, cheio de graça e amor redentor,
revelado em Cristo. (cf KELLY, J.N.D. Patrística. Vida Nova, 2009, p. 42).</span><o:p></o:p></div>
</div>
<div id="edn14">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_ednref14" name="_edn14" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> PRINCE, Joseph. <i>Op. Cit</i>.
pp. 97-98, 108-110.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn15">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_ednref15" name="_edn15" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> Ibid, p. 111.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn16">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_ednref16" name="_edn16" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> Ibid, p. 81.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn17">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos%20Revista%20Defesa%20da%20F%C3%A9/As%20heresias%20de%20Joseph%20Prince.docx#_ednref17" name="_edn17" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> SPURGEON, Charles. “Preface”, The Sword and the Trowel (1888, volume
completo), p iii.</span><span lang="EN-US"><o:p></o:p></span><br />
<span lang="EN-US" style="font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
</div>
</div>
Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-43087228612205302492014-05-12T11:45:00.000-03:002014-05-12T11:45:59.976-03:00A importância de uma identidade<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Trabalhei num departamento de certa
empresa que era bastante rigorosa com horários e isso criou uma cultura de
pontualidade entre os funcionários bastante interessante. Havia pessoas que
iniciavam sua jornada de trabalho às 07:30 h e chegavam na portaria da empresa
às 06:45 h, às vezes 06:30 h. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O horário de almoço também tinha esses
mesmos padrões. Porém, nossa equipe de produção precisava sair mais cedo para
tomar banho e somente após a higienização é que começava a contar o horário de
refeição. Como não havia nenhuma catraca que registrasse esses intervalos,
algumas pessoas passaram a dar um “jeitinho brasileiro” no seu tempo de almoço.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Saíam 11:20 h do local de trabalho,
tomavam seus banhos e estavam prontos para almoçar a partir de 11:40 h.
Voltavam ao vestiário por volta de 12:10 h e só trocavam de roupa a partir das
13:00 h, chegando ao local de trabalho novamente às 13:20 h, sendo que o
horário de almoço deveria ser de uma hora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Esse “jeitinho” trouxe uma péssima
reputação para nossa equipe. Muitas pessoas perderam oportunidades de promoção
em função da má fama naquela época. A equipe administrativa costumava nem fazer
hora de almoço algumas vezes, mas a fama se alastrou por todo o grupo e trouxe
junto um grande mal estar. Todavia, como diz o provérbio popular, “até explicar
que focinho de porco não é tomada...”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Da mesma forma, os “evangélicos” têm
sido ajuntados dentro de um mesmo saco e com isso vários estereótipos têm sido
mal aplicados. Quem nunca ouviu que em “igreja evangélica só pede dinheiro”? Ou
que crente é “bitolado”, “fanático” ou “alienado”? São percepções erradas que
algumas pessoas têm dos cristãos evangélicos no Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Aliás, o próprio termo evangélico,
tornou-se genérico. Diversas denominações são rotuladas como parte de um mesmo
grupo quando na verdade nem sempre o são. Exemplo disso é a classificação dos
Adventistas pelo censo do IBGE, que foram inseridos entre os evangélicos de
missão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Em outras estatísticas, como a do <i>Pew Research Center</i> e a da Enciclopédia
Mundial do Cristianismo, as Testemunhas de Jeová e os mórmons são encontrados
em meio aos cristãos. Mas por que essas distinções seriam importantes? Porque
nossas características falam de nossa identidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A
importância de uma identidade<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A discussão a respeito da importância
identitária tem seu lugar de preeminência nas ciências sociais, sendo abordada
principalmente na antropologia, arqueologia, psicologia e sociologia. A
relevância de se ter uma identidade reside no fato de que, ela (a identidade)
faz com que um grupo se diferencie do outro. Os maias não são os astecas e
vice-versa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Essas características distintivas
podem ser encontradas de diversas formas, dentre as quais podemos destacar: os
costumes (formas de pensar, sentir e agir), as tradições e as regras. Brandão
afirma que a expressão “identidade social” sugere um conceito que “explique
por exemplo o sentimento pessoal e a consciência da posse de um eu...”.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/A%20import%C3%A2ncia%20de%20uma%20identidade.docx#_edn1" name="_ednref1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Woodward mostra essa realidade ao
pontuar a identidade como algo relacional, isto é, um grupo que precisa ser
diferenciado do outro para que ambos sejam distinguidos.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/A%20import%C3%A2ncia%20de%20uma%20identidade.docx#_edn2" name="_ednref2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> Embora algumas pessoas não
gostem de rótulos, eles são importantes para destacar as particularidades dos
grupos sociais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Se dividirmos as principais religiões
mundiais em blocos identitários, teríamos os cristãos, muçulmanos, hinduístas,
budistas, judeus, sikhistas e animistas separados em galerias macros. Inequivocamente,
esses grupos possuem identidades completamente distintas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Em contrapartida, se desdobrarmos o
bloco “cristãos”, por exemplo, teríamos diversos sub-blocos identitários, tais
como os reformados, evangelicais, pentecostais, neopentecostais, liberais,
neo-ortodoxos e católicos. Embora todos esses grupos estejam alocados em um
bloco “macro”, possuem características distintivas que formam uma identidade
legítima.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A maioria dessas categorias acaba
sendo heterogênea. Não há possibilidade de formar uma identidade reformada-liberal
ou evangélico-liberal ao mesmo tempo. Ou se é uma coisa ou se é outra. Nenhuma
mutação que tente amalgamar essas posições seria bem sucedida e isso mostra a
grande necessidade de desenvolver uma identidade sólida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">As
identidades religiosas brasileiras<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Uma forma de se obter a correta
concepção de algo, é partindo da dialética do que esse algo <i>não é</i>. O Apóstolo Paulo, por exemplo,
disse que “o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria
no Espírito Santo” (Rm 14.17). Se alguém definisse o reino de Deus como algo
material, palpável, humanizado e físico, estaria equivocado, pois a correta
concepção é oposta a esse pensamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Muitos fenômenos religiosos hodiernos
enquadram-se na categoria “<i>não é</i>”.
Absolutamente, o reino de Deus não é “teologia da prosperidade”. Esta
pseudo-teologia enfatiza o enriquecimento misterioso e o faz de formas
completamente anti-bíblicas, usando meios abomináveis para fins ainda mais
inescrupulosos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Quando se fala em “teologia da prosperidade”,
estamos falando de um sistema de crença que tem um pacote mais requintado, isto
é, não se limita à área financeira. Tal teologia apregoa temas como “confissão
positiva” e é também conhecido como “movimento da fé”, em virtude da ênfase ao
poder desta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Confissão positiva trata-se da crença
de que as palavras possuem poder quando confessadas. Essa confissão pode, na
verdade, ser tanto positiva quanto negativa. Neste caso, por exemplo, se alguém
disser “não vejo a hora de ter a minha casa própria”, nunca terá mesmo, pois
está confessando negativamente que “não vê a hora”. O problema é que tal
pensamento não se coaduna com as Escrituras e não passa de mera superstição. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Pegando carona com essa ideia é que
muitos comunicadores do Evangelho gritam expressões como “eu declaro”, “eu
profetizo”, “eu determino”, “eu decreto”... Como se tais expressões fossem um
abracadabra para a realização de algo divinal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Outra faceta da “teologia da
prosperidade” é a sua alcunha norte-americana: “movimento da fé”. Embora não usemos
tão frequentemente esse termo no Brasil, tal conceito está arraigado em nossa
nação. Muitas igrejas estão vivendo uma crise de identidade e permitindo que
tais “estranhezas” maculem suas origens. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O “movimento da fé” acusa a não
conquista de algo, a não cura de uma enfermidade, o fracasso de determinada
situação à falta de fé. Resumidamente, tal movimento não tem fé em Jesus, mas
tem “fé na própria fé”. É como se Deus fosse movido pela nossa fé! A soberania
nesta história não vem do alto, mas vem da fé do homem! Vale dizer: a fé não é
um fim em si mesma!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Poderíamos citar várias outras
identidades desconexas com o autêntico Evangelho, mas teríamos que prolongar
exaustivamente nosso artigo. Aberrações como o “movimento de batalha
espiritual”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/A%20import%C3%A2ncia%20de%20uma%20identidade.docx#_edn3" name="_ednref3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a> e suas propagações que
mais se assemelham a um filme de terror (lobisomens, vampiros, zumbis, etc);
“movimentos apostólicos”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/A%20import%C3%A2ncia%20de%20uma%20identidade.docx#_edn4" name="_ednref4" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a> que não passam de
“apostolice”; “movimentos restauracionistas”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/A%20import%C3%A2ncia%20de%20uma%20identidade.docx#_edn5" name="_ednref5" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a> que acreditam estar
restaurando os ofícios primitivos e confundem “ofícios” com “ministérios”;
movimentos que distorcem a doutrina da graça tais como o da “Hipergraça” ou “graça
barata”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/A%20import%C3%A2ncia%20de%20uma%20identidade.docx#_edn6" name="_ednref6" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a>, são exemplos disso. Enfim,
a lista é grande. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Considerações
finais<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Do ponto de vista sociológico, a
identidade precisa da diferença e a diferença da identidade. Ambas são
inseparáveis.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/A%20import%C3%A2ncia%20de%20uma%20identidade.docx#_edn7" name="_ednref7" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Como povo “Nazareno”, precisamos conhecer nossas origens e não negociar nossa
identidade. Somos um povo que nasceu da fusão entre três organizações cristãs,
a saber: a Igreja do Nazareno, a Associação de Igrejas Pentecostais da América
e a Igreja de Cristo de Santidade.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/A%20import%C3%A2ncia%20de%20uma%20identidade.docx#_edn8" name="_ednref8" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a> Nosso berço tem seu <i>start up </i>no Movimento de Santidade, cuja
gênese se encontra em um dos maiores evangelistas e avivalistas da história,
John Wesley. Nossa teologia é Armínio-Wesleyana.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Podemos e devemos lutar pela unidade
na diversidade. Igualmente, é necessário que tenhamos uma atitude o mais
irênica<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/A%20import%C3%A2ncia%20de%20uma%20identidade.docx#_edn9" name="_ednref9" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a> possível. Entretanto,
devemos assim agir sem abrir mão de nossas raízes e de nossa identidade. Nossa
relação deve ser heterogênea com ensinos que distorçam a sã doutrina, pois
assim como água e óleo não se misturam, ortodoxia e heterodoxia são
inconectáveis. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Ter uma identidade é saber quem somos,
de onde viemos e para onde vamos. Somos “nazarenos” porque seguimos a Jesus de
Nazaré. Ele é o nosso modelo de santidade, de caráter e de vida. Viemos de uma
fusão de “santidade” e não de uma divisão individualista. Estamos neste mundo,
mas não somos dele. Em breve o que é corruptível será revestido do que é
incorruptível e num abrir e piscar de olhos, o que é mortal será revestido da
imortalidade e poderemos nos regozijar eternamente num local que olhos não
viram, ouvidos não ouviram e que jamais penetrou em coração humano. Esse lugar
é o que Deus tem preparado para aqueles que o amam!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Até lá...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Vinicius Couto<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Soli Deo Gloria!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportEndnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="edn1">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/A%20import%C3%A2ncia%20de%20uma%20identidade.docx#_ednref1" name="_edn1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> BRANDÃO, R. C.. <i>Identidade e etnia: construção da pessoa e
resistência cultural</i>. São Paulo: Brasiliense, 1990, p. 37.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn2">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/A%20import%C3%A2ncia%20de%20uma%20identidade.docx#_ednref2" name="_edn2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> SILVA, Tomaz Tadeu
(Org). <i>Identidade e diferença – a
perspectiva dos estudos culturais</i>. Petrópolis: Vozes, 2000, pp. 7-9.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn3">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/A%20import%C3%A2ncia%20de%20uma%20identidade.docx#_ednref3" name="_edn3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> O movimento de
batalha espiritual ou guerra espiritual, como alguns chamam, <span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">admite e ensina doutrinas completamente
estranhas às Escrituras, tais como: quebra de maldições, maldições
hereditárias, mapeamento espiritual, misticismo, maniqueísmo, demonismo
generalizado (tudo é o diabo), cobertura espiritual e práticas
supersticiosas, dentre várias outras.</span><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn4">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/A%20import%C3%A2ncia%20de%20uma%20identidade.docx#_ednref4" name="_edn4" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> O título de Apóstolo
é descabido para nossos dias. Tecnicamente falando, um Apóstolo deveria ter
sido testemunha ocular de Jesus e ter sido comissionado por Ele. Sendo assim, a
última pessoa a preencher tais requisitos é, indubitavelmente, o Apóstolo
Paulo.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn5">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/A%20import%C3%A2ncia%20de%20uma%20identidade.docx#_ednref5" name="_edn5" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> “Movimento
restauracionista” foi um termo usado no presente artigo para se referir a
certos grupos que acreditam estar restaurando os ofícios de Efésios 4.11
(Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres). Todavia, essas
nomenclaturas tratam de dons ministeriais e não de ofícios eclesiásticos. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn6">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/A%20import%C3%A2ncia%20de%20uma%20identidade.docx#_ednref6" name="_edn6" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> A expressão “graça
barata” foi cunhada pela primeira vez pelo teólogo alemão, Dietrich Bonhoeffer,
em sua obra “Discipulado”, publicada em 1937. Para Bonhoeffer, “A graça barata
é a pregação do perdão sem arrependimento, o batismo sem a disciplina comunitária,
é a Ceia do Senhor sem confissão dos pecados, é a absolvição sem confissão
pessoal. A graça barata é a graça sem discipulado, a graça sem a cruz, a graça
sem Jesus Cristo vivo, encarnado” (BONHOEFFER, Dietrich. <i>Discipulado</i>. São Leopoldo: Sinodal, 2004, p. 10). Um propagador
dessa “graça barata” na atualidade é o pastor cingapuriano Joseph Prince. Para
maiores informações, acessar </span><a href="http://www.cacp.org.br/as-heresias-de-joseph-prince/"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;">http://www.cacp.org.br/as-heresias-de-joseph-prince/</span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;">. A graça barata tem
sido mais chamada de “hipergraça” atualmente, tendo em vista a ênfase que seus
proponentes dão nas conquistas do sacrifício de Cristo a despeito da
santificação.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn7">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/A%20import%C3%A2ncia%20de%20uma%20identidade.docx#_ednref7" name="_edn7" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> SANTOS, Virgínia
Inácio dos. <i>Identidade e diferença</i>. Revista Mandrágora, Vol. 16, n° 16, 2010, p.
116.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn8">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/A%20import%C3%A2ncia%20de%20uma%20identidade.docx#_ednref8" name="_edn8" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;"> Manual da Igreja do
Nazareno 2009-2013. Casa Nazarena de Publicações, 2009, pp. 16-19.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn9">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/A%20import%C3%A2ncia%20de%20uma%20identidade.docx#_ednref9" name="_edn9" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Significa “de espírito
pacífico”, que busca entender os “pontos de vista opostos antes de discordar,
e, se for necessário discordar, o faz com respeito e amor” (cf. OLSON, Roger. <i>História das Controvérsias da Teologia
Cristã</i>. São Paulo: Vida, 2004, p. 17).</span><o:p></o:p></div>
</div>
</div>
Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-40263725525630183002014-03-18T14:03:00.002-03:002014-09-23T00:13:09.840-03:00Conhecendo o Arminianismo (parte 5) – Perseverança condicional dos santos<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Finalmente chegamos ao último ponto do arminianismo: a perseverança dos santos. Esse assunto é também conhecido como “segurança da salvação” ou “segurança eterna”. Os assuntos discutidos aqui, dizem respeito à possibilidade de apostasia do cristão e à potencial perda da salvação. Se o cristão pode perder sua salvação, como podemos ter certeza dela, visto que esta é uma doutrina pregada tanto por calvinistas quanto por arminianos? Será que “uma vez salvo, salvo para sempre”? Champlin comenta que, essa questão “é um antigo campo de batalha da teologia cristã, com exércitos bem postados de ambos os lados, atrás de seus textos de prova bíblicos”.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_edn1" name="_ednref1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Este é, talvez, o ponto mais difícil de se discutir, pois envolve muitos conceitos e a forma como conceituamos as terminologias pode fazer uma enorme diferença. Se perguntarmos, por exemplo, um verdadeiro cristão perde sua salvação? Seria possível que um arminiano dissesse inequivocamente: claro que sim! Todavia, se ele é um verdadeiro cristão, ele permanece selado com o Espírito Santo, penhor (garantia) da nossa salvação. Em contrapartida, se perguntarmos: um verdadeiro cristão pode cair da graça, apostatar-se da fé e desviar-se de Cristo, vindo nesse caso a perder a salvação? Aí a pergunta muda de figura, pois estamos posicionando o questionamento para uma perseverança condicional do cristão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Vamos deixar para responder a essas perguntas mais adiante. Por enquanto é válido comentar que o arminianismo clássico não opinou claramente a esse respeito. O arminianismo wesleyano, por sua vez, diz que sim, o cristão pode cair da graça. E o calvinismo defende que o cristão (o verdadeiro) nem cai da graça e nem perde sua salvação. Portanto, para finalizarmos nossos estudos, vale a pena verificarmos todas as posições e chegarmos numa conclusão o mais biblicista possível. Vejamos...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Artigo IV – Remonstrância<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">“Que aqueles que são enxertados em Cristo por uma verdadeira fé, e que assim foram feitos participantes de seu vivificante Espírito, são abundantemente dotados de poder para lutar contra Satã, o pecado, o mundo e sua própria carne, e de ganhar a vitória; sempre – bem entendido – com o auxílio da graça do Espírito Santo, com a assistência de Jesus Cristo em todas as suas tentações, através de seu Espírito; o qual estende para eles suas mãos e (tão somente sob a condição de que eles estejam preparados para a luta, que peçam seu auxílio e não deixar de ajudar-se a si mesmos) os impele e sustenta, de modo que, por nenhum engano ou violência de Satã, sejam transviados ou tirados das mãos de Cristo [Jo 10.28]. Mas quanto à questão se eles não são capazes de, por preguiça e negligência, esquecer o início de sua vida em Cristo e de novamente abraçar o presente mundo, de modo a se afastarem da santa doutrina que uma vez lhes foi entregue, de perder a sua boa consciência e de negligenciar a graça – isto deve ser assunto de uma pesquisa mais acurada nas Santas Escrituras antes que possamos ensiná-lo com inteira segurança.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A posição calvinista<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Para os calvinistas, não há possibilidade do verdadeiro cristão<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_edn2" name="_ednref2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> cair da graça, pois sua perseverança final está “fundamentada na eleição eterna de Deus”.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_edn3" name="_ednref3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a> É o que vimos em nosso primeiro artigo. Ensinar algo que contrarie esse posicionamento, gera uma inconsistência lógica. Se Deus em Seus decretos eternos e soberanos elegeu o salvo, realmente não faz sentido que este caia da graça. Alguns até poderiam pensar na possibilidade de uma predestinação para a apostasia, mas na lógica calvinista não espaço para esse pensamento, visto que os demais pontos estão interligados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Já que nosso assunto é a perseverança dos santos, vejamos algumas definições dessa doutrina na visão calvinista. Hoeksema define-a como sendo “uma ato da graça de Deus pelo qual ele preserva os crentes e santos em Cristo Jesus, em seu poder por meio da fé, até o fim para a salvação e glória, de forma que eles lutam o bom combate da fé, e de forma que nunca possam cair da graça uma vez que receberam.”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_edn4" name="_ednref4" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A. A. Hodge, por sua vez, define-a como “a contínua operação do Espírito Santo no crente, pela qual a obra da graça divina, iniciada no coração, tem prosseguimento e se completa. Os crentes continuam de pé até o fim, porque Deus nunca abandona sua obra.”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_edn5" name="_ednref5" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A definição de Berkhof não é diferente: “A doutrina da perseverança dos santos tem o sentido de que aqueles que Deus regenerou e chamou eficazmente para um estado de graça não podem cair nem total nem definitivamente, mas certamente perseverarão nele até o fim e serão salvos para toda a eternidade”.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_edn6" name="_ednref6" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a> Trata-se da “contínua operação do Espírito Santo no crente, pela qual a obra da graça divina, iniciada no coração, tem prosseguimento e se completa.”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_edn7" name="_ednref7" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Berkhof diz, ainda, que a doutrina da perseverança “não pretende ensinar apenas que os eleitos serão certamente salvos no final, (...) mas ensina mui especificamente que aqueles que uma vez foram regenerados e chamados eficazmente por Deus para um estado de graça, jamais poderão cair completamente desse estado e, daí, deixar de alcançar a salvação eterna, apesar de poderem, às vezes, ser dominados pelo mal e cair em pecado.”.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_edn8" name="_ednref8" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Uma vez definida a doutrina, podemos verificar que a posição calvinista realmente não concebe a ideia de que o verdadeiro cristão possa cair da graça. O Cânone 5.9, do Sínodo de Dort, por exemplo, declarou que, “os crentes podem estar certos e estão certos dessa preservação dos eleitos para a salvação e da perseverança dos verdadeiros crentes na fé.” Ainda segundo o cânone, “esta certeza ocorre de acordo com a medida de sua fé, pela qual eles creem que são e permanecerão verdadeiros e vivos membros da Igreja, e que tem o perdão dos pecados e a vida eterna.”</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A confissão de fé de Westminster declara que, “os que Deus aceitou em seu Bem-amado, os que ele chamou eficazmente e santificou pelo seu Espírito, não podem decair do estado da graça, nem total, nem finalmente; mas, com toda a certeza hão de perseverar nesse estado até o fim e serão eternamente salvos.” Conforme já vimos, “esta perseverança dos santos não depende do livre arbítrio deles, mas da imutabilidade do decreto da eleição, procedente do livre e imutável amor de Deus Pai, da eficácia do mérito e intercessão de Jesus Cristo, da permanência do Espírito e da semente de Deus neles e da natureza do pacto da graça”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Bem, na prática, vemos pessoas que chegam em nossas igrejas, ficam cheias de fé e acabam depois de certo tempo abandonando a Cristo. Como o calvinismo explica isso? Ferreira e Myatt comentam que, a posição calvinista “não ensina que todos que professam a fé cristã são sustentados em sua peregrinação para o céu”, pois “a apostasia é um perigo real dentro da comunidade cristã. Muitos já professaram as realidades do evangelho como verdadeiras, mas, em algum momento, abandonaram a fé e morreram fora da igreja e longe dos ensinos evangélicos.”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_edn9" name="_ednref9" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Destarte, o calvinismo faz distinção entre os verdadeiros e os falsos cristãos. Os primeiros não apostatam da fé, pois receberam a fé salvadora. Todavia, o segundo grupo tem algum tipo de fé espúria ou temporária. Os que “apostatam da fé”, portanto, na verdade não apostatam da fé, pois não tinha fé salvadora para se apostatarem. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Segundo os calvinistas, é isso que João queria dizer em sua primeira epístola quando declarou a respeito dos gnósticos: “Saíram dentre nós, mas não eram dos nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; mas todos eles saíram para que se manifestasse que não são dos nossos” (1 Jo 2.19). Só que para admitirmos isso, João teria que se contradizer no verso 24: “Portanto, o que desde o princípio ouvistes, permaneça em vós. <u>Se em vós permanecer</u> o que desde o princípio ouvistes, também vós permanecereis no Filho e no Pai.” (grifos meus).<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_edn10" name="_ednref10" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Um dos maiores problemas relacionados a esse tipo de pensamento é uma tendência ao antinomianismo, ou seja, um relapso para com a santificação. Algumas pessoas ficam psicologicamente confortadas com a “segurança” da sua salvação que vivem como se não houvesse problema nenhum praticar o pecado. Gosto das palavras de Ferreira e Myatt: “Afirmamos que não existe perseverança sem santificação, pois não existe justificação sem regeneração. Toda árvore boa produz fruto bom.”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_edn11" name="_ednref11" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A posição arminiana clássica<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A posição arminiana clássica não difere “exatamente” da posição calvinista no tocante à perseverança dos santos. Digo isso porque Armínio não chegou a se posicionar se o cristão pode ou não cair da graça. Vejamos algumas de suas considerações sobre a perseverança dos santos em suas declarações a respeito da Confissão Holandesa e do Catecismo de Heidelberg.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_edn12" name="_ednref12" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Armínio começa suas ponderações dizendo que, depois que a pessoa é regenerada, ela recebe a capacitação de Deus para lutar contra o pecado e contra as tentações do inimigo de nossas almas. Não se trata, portanto, de uma capacidade própria, mas de uma capacitação do Espírito Santo. Nas palavras de Armínio, “as pessoas que foram enxertadas em Cristo pela fé verdadeira, e foram, dessa forma, feitas participantes de seu Espírito vivificante, possuem poderes [ou força] suficientes para lutar contra Satanás, o pecado, o mundo e sua própria carne, e obter a vitória sobre estes inimigos - todavia não sem a assistência da graça e o mesmo Espírito Santo.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> Essa capacitação também vem da ajuda de Cristo, que “pelo seu Espírito, as assiste em todas as suas tentações, e lhes proporciona a pronta ajuda de sua mão; e, visto que elas se encontram preparadas para a batalha, imploram sua ajuda, e se não estiverem em falta com elas mesmas, Cristo as preserva de cair.” Jesus disse que ninguém arrebata Suas ovelhas de Suas mãos (Jo 10.28) e Armínio concorda com isso, quando diz: “Então não é possível que sejam, por quaisquer das astutas ciladas ou poder de Satanás, seduzidas ou arrancadas das mãos de Cristo.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Satanás e suas hostes malignas não são nem de longe mais fortes que nosso Cristo. A ideia dualista<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_edn13" name="_ednref13" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></a> ensinada pelos movimentos de batalha espiritual, de que o diabo está numa constante queda de braço com Deus é errada, é um sincretismo do maniqueísmo.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_edn14" name="_ednref14" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></a> Nós, arminianos, não cremos que o diabo, juntamente com seus anjos caídos, tenha poder para tomar uma ovelha das mãos de nosso Sumo Pastor. A ideia é se a própria pessoa, por negligência, influência ou outros fatores internos e/ou externos, possa vir a decidir abandonar a Cristo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Armínio não tinha isso ainda delineado e disse: “...julgo ser útil e será um tanto necessário em nossa primeira assembleia [ou Sínodo], estabelecer uma diligente pesquisa nas Escrituras, se não é possível que alguns indivíduos, pela negligência ao abandonar o começo de sua existência em Cristo, apegar-se novamente ao presente mundo mau, desviar da sã doutrina que lhes foi uma vez entregue, perder uma boa consciência, e fazer com que a graça divina seja ineficaz.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O próprio Armínio nunca havia ensinado que “um verdadeiro crente pode, total ou finalmente, abandonar a fé, e perecer”, mas a presença de passagens esciturísticas que ensinam esse aspecto o deixavam balançado, ao ponto das “respostas a elas que tive a oportunidade de ver não se mostraram, em minha opinião, convincentes em todos os pontos.” “Por outro lado”, dizia Armínio, “certas passagens são fornecidas para a doutrina contrária [da perseverança incondicional] que merecem especial consideração.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Embora Armínio não tenha se posicionado sobre a condicionalidade da perseverança, ele sabia que tanto a salvação quanto a preservação dos santos “tem seu fundamento na presciência de Deus, através da qual Ele conhecia desde toda a eternidade aqueles indivíduos que, através de sua graça preventiva, creriam, e através de sua graça subsequente perseverariam (…) Ele também sabia quem não iria crer e perseverar.“<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_edn15" name="_ednref15" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Podemos ver que os remonstrantes, como bons discípulos, seguiram o mesmo caminho de Armínio: “...quanto à questão se eles não são capazes de, por preguiça e negligência, esquecer o início de sua vida em Cristo e de novamente abraçar o presente mundo, de modo a se afastarem da santa doutrina que uma vez lhes foi entregue, de perder a sua boa consciência e de negligenciar a graça – isto deve ser assunto de uma pesquisa mais acurada nas Santas Escrituras antes que possamos ensiná-lo com inteira segurança.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
(...)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Leia mais em: COUTO, Vinicius. Introdução à Teologia Armínio-Wesleyana. Reflexão, 2014.</div>
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Notas</span></b></div>
<div>
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]--><br />
<div id="edn1">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_ednref1" name="_edn1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"> CHAMPLIN, Russel Norman. <i>Enciclópedia de Bíblia, Teologia e Filosofia</i>. Volume 6, 1991, Candeia, p. 131.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn2">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_ednref2" name="_edn2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"> Os calvinistas gostam de reforçar a expressão “verdadeiro cristão” ou outras similares, a fim de mostrar que, embora empiricamente vejamos pessoas que se apostatam da fé, esses não eram “verdadeiros cristãos”. A passagem bíblica mais usada por eles para defender essa ideia é 1 Jo 2.19: “Saíram dentre nós, mas não eram dos nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; mas todos eles saíram para que se manifestasse que não são dos nossos.” Explicaremos essa ideia logo adiante.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn3">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_ednref3" name="_edn3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-ansi-language: EN-US;"> HOEKSEMA, Herman. <i>Reformed Dogmatics</i>. 2004, Volume 2, Reformed Free Publishing Association, p. 176.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn4">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_ednref4" name="_edn4" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-ansi-language: EN-US;"> Ibid, p. 175.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn5">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_ednref5" name="_edn5" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-ansi-language: EN-US;"> HODGE Apud FERREIRA, Franklin; MYATT, Alan. </span><i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;">Teologia Sistemática: uma análise histórica, bíblica e apologética para o contexto atual</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;">. 2007, Vida Nova, p. 883.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn6">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_ednref6" name="_edn6" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"> BERKHOF, Louis. <i>Teologia Sistemática</i>. 2012, Cultura Cristã, p. 501.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn7">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_ednref7" name="_edn7" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"> Ibid, p. 502.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn8">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_ednref8" name="_edn8" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"> Ibid, p. 501.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn9">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_ednref9" name="_edn9" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"> FERREIRA; MYATT. <i>Ibid, </i>p. 884.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn10">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_ednref10" name="_edn10" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"> O texto grifado mostra claramente a condicionalidade da perseverança. A conjunção “se” (</span><span style="font-family: "Cambria Math","serif"; font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: 'Cambria Math';">ἐ</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;">άν – translit. <i>ean</i>), é uma partícula condicional, que segundo o léxico de Thayer (1437 no léxico de Strong), refere-se ao tempo e à experiência, introduzindo algo futuro e potencial, portanto, não determinado. Podemos comparar o uso dessa conjunção condicional em passagens como Mt 6.22,23; 17.20; Lc 10.6; Jo 7.17; 8.54; At 5.38; At 13.41; Rm 2.25 e 1 Co 9.16, dentre outras.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn11">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_ednref11" name="_edn11" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"> FERREIRA; MYATT.<i>Op. Cit., </i>p. 884.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn12">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_ednref12" name="_edn12" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-ansi-language: EN-US;"> ARMINIUS, James. A Declaration of the Sentiments of Arminius on Revision of the Dutch Confession & Heidelberg Cathecism. In: _____. <i>Works of James Arminius</i>. Volume 1, Christian Classics Ethereal Library, p. 176.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn13">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_ednref13" name="_edn13" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"> O dualismo é a ideia de duas forças iguais e opostas que estão em constante ou eterna disputa.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn14">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_ednref14" name="_edn14" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"> Maniqueísmo movimento fundado por Mani, que foi considerado com o último dos gnósticos. Ele nasceu por volta de 216 d.C. na Babilônia e ensinava que Deus usou diversos servos, como Buda, Zoroastro, Jesus e, finalmente, ele mesmo, o profeta final (paracleto, como ele afirmava). Dizia, ainda, que o universo é dualista, isto é, existem duas linhas morais em existência, distintas, eternas e invictas: a luz e as trevas. Segundo os maniqueístas, essas duas forças cósmicas eram iguais, porém, opostas entre si. As ideias de Mani foram refutadas por Orígenes e Agostinho, sendo ainda rejeitadas pela Igreja por contrariar a Soberania de Deus em controlar todas as coisas, além de ser satanás uma mera criatura, diferentemente da forma como o consideravam.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn15">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/05%20-%20Perseverança%20dos%20santos.docx#_ednref15" name="_edn15" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"> ARMINIUS, James. <i>Op. Cit.</i>, p. 170.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn16">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
</div>
</div>
</div>
Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-32038422214833416692014-03-12T11:23:00.000-03:002014-09-23T00:10:45.276-03:00Conhecendo o Arminianismo (parte 4) – Graça preveniente<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Recapitulando nossa série de artigos: falamos inicialmente sobre eleição corporativa de Deus segundo Sua presciência. Em seguida, sobre a expiação de Cristo por toda a humanidade. Em nosso terceiro ponto mostramos a inabilidade total do homem em se achegar a Deus. Chegamos, agora, em nosso quarto ponto: a graça preveniente. Poderíamos renomear nossa série de artigos como “doutrinas da graça segundo o arminianismo”.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_edn1" name="_ednref1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Já vimos que calvinistas e arminianos concordam com a doutrina da depravação total e que sem a ação divina, o ímpio não tem condições de escolher Deus, pois está inclinado para o pecado. Pensando nisso, vêm algumas perguntas em nossas mentes: como acontece a salvação? É um ato monergista ou sinergista? Discorreremos, no presente artigo, a respeito da ordem da salvação e sobre os conceitos de graça, graça preveniente e graça irresistível. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Artigo IV – Remonstrância<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">“Que esta graça de Deus é o começo, a continuação e o fim de todo o bem; de modo que nem mesmo o homem regenerado pode pensar, querer ou praticar qualquer bem, nem resistir a qualquer tentação para o mal sem a graça precedente (ou preveniente) que desperta, assiste e coopera. De modo que todas as obras boas e todos os movimentos para o bem, que podem ser concebidos em pensamento, devem ser atribuídos à graça de Deus em Cristo. Mas, quanto ao modo de operação, a graça não é irresistível, porque está escrito de muitos que eles resistiram ao Espírito Santo.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Ordo salutis<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Ambas as posições (calvinista e arminiana) possuem sua lógica. A teologia calvinista começa seu raciocínio pela corrupção humana em Adão. Esta depravação total, não apenas da vontade, mas do pensamento, atos e emoções do homem, é um impedimento para o próprio homem de se achegar a Deus. Porém, Deus já havia decretado desde a eternidade, salvar alguns destes pecadores que não merecem a salvação, visto que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). Se Deus já havia elegido essas pessoas, pois está no controle de tudo, Ele consolida Seu plano através do sacrifício de Cristo por essas pessoas. Realmente não faz sentido Cristo morrer por outras pessoas, se essas outras pessoas não serão salvas, seria desperdiçar o Sangue de Jesus. Visto que nem mesmo os eleitos são capazes de se voltarem para Deus, é necessário que uma obra divina os liberte do domínio do pecado. A esta obra, os calvinistas chamam de “graça irresistível”. Uma vez que a pessoa irresistivelmente está em Cristo, ela não cai desta graça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Em contrapartida, a lógica arminiana toma outro rumo: somos sim, eleitos. Não individualmente, mas corporativamente. Não segundo a vontade soberana de Deus,<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_edn2" name="_ednref2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> mas segundo Sua presciência. Deus está no controle de tudo, sem controlar tudo. A eleição da Igreja é baseada no amor de Deus que excede todo entendimento (Ef 3.19), o qual “amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Jesus “é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1 Jo 2.2). Jesus morreu por todas as pessoas e isso torna a salvação potencial a todas as pessoas. A eleição é condicional, “quem crer (...) será salvo, mas quem não crer será condenado” (Mc 16.16), pois “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm 10.13). Todavia, o homem foi afetado pela queda de Adão e a humanidade está corrompida pelos efeitos do pecado, não havendo “quem entenda” ou que “busque a Deus” (Rm 3.11). Somente um ato gracioso de Deus para convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo. Chamamos esse ato de “graça preveniente”. Se o salvo pode cair dessa graça ou não, será assunto para nosso último artigo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Ambas as lógicas nos levam a uma sequencia salvífica também diferente. A essa sequencia chamamos de <i>ordo salutis</i>, expressão latina cujo significado é “ordem da salvação”. Hoeksema, teólogo calvinista, define a <i>ordo salutis</i> como “o arranjo ou a ordem na qual os vários benefícios da salvação em Cristo são aplicados ao pecador eleito.”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_edn3" name="_ednref3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a> O erudito arminiano, Olson, conceitua-a como “uma tentativa de colocar em ordem lógica e não cronológica, os eventos que antecedem, que ocorrem durante e que sucedem a salvação inicial de uma pessoa”.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_edn4" name="_ednref4" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Embora tenhamos uma sequencia lógica, não há uma cronologia que pode facilmente ser delineada, pois os acontecimentos são simultâneos, ou seja, “não ha intervalo de tempo na obra da salvação em nossos corações — com a única exceção da santificação, já que ela é um processo iniciado na conversão, mas que só encontrara sua consumação nos novos céus e terra.”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_edn5" name="_ednref5" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Na elaboração de Calvino, teríamos a ordem da salvação da seguinte forma: 1) União Mística; 2) Fé; 3) Arrependimento; 4) Reconciliação; 5) Regeneração e 6) Justificação & Santificação.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_edn6" name="_ednref6" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a> Strong seguiu quase que o mesmo raciocínio, exceto que separou a justificação da santificação e afirmou o seguinte arranjo: 1) Eleição; 2) Vocação; 3) União com Cristo; 4) Regeneração; 5) Conversão (arrependimento e fé); 6) Justificação; 7) Santificação e 8) Perseverança.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_edn7" name="_ednref7" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a> Mais próximo ainda de Calvino está Berkhof, que seguiu ordenou a salvação da seguinte maneira: 1) União Mística; 2) Regeneração e Vocação Eficaz; 3) Conversão (arrependimento e fé); 4) Justificação; 5) Santificação e 6) Perseverança dos santos.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_edn8" name="_ednref8" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A Confissão de fé de Westminster, principal declaração de fé utilizada pelas igrejas reformadas, ou melhor, calvinistas, e principal declaração adotada oficialmente pela IPB (Igreja Presbiteriana do Brasil), enumera em seus capítulos de X a XVII (exceção do XVI que fala de boas obras), sua <i>ordo salutis</i>: 1) Vocação Eficaz; 2) Justificação; 3) Adoção; 4) Santificação; 5) Fé Salvadora; 6) Arrependimento e 7) Perseverança dos santos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Do lado arminiano podemos citar a ordem de Olson: 1) Graça eletiva de Deus em Cristo de todos os que creem nele; 2) Expiação de Cristo, reconciliando todos os pecadores da morte; 3) Graça preveniente dada por Deus aos pecadores por meio da Palavra (chamando, convencimento, iluminação, capacitação); 4) Conversão (arrependimento e fé) capacitado pela graça preveniente; 5) Regeneração, justificação, adoção, união com Cristo, habitação do Espírito Santo; 6) Santificação e 7) Glorificação.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_edn9" name="_ednref9" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">John Wesley cita em seu sermão “<i>Sobre a realização da nossa própria salvação</i>”, uma <i>ordo</i> simplificada: 1) a Graça preveniente (salvadora); 2) a Graça convencedora (arrependimento e fé); 3) a Justificação e 4) a Santificação.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_edn10" name="_ednref10" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a> Obviamente que podemos acrescentar aqui a presciência como sendo o primeiro item e a glorificação como sendo o último.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Ward, teólogo wesleyano, enumera a <i>ordo</i> da seguinte forma: 1) Presciência divina; 2) Graça Preveniente; 3) Graça Convencedora; 4) Graça Justificadora (Santificação Inicial); 5) Regeneração; 6) Crescimento na Graça; 7) Inteira consagração; 8) inteira Santificação; 9) Crescimento na Graça e 10) Glorificação.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_edn11" name="_ednref11" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a> Podemos retirar dessa lista os itens 6, 7, 8 e 9. Os itens 6 e 9 porque tratam de um crescimento espiritual, não necessariamente um evento que caracterize a salvação, mas o efeito da mesma e os itens 7 e 8 porque são doutrinas mais específicas do wesleyanismo a respeito da segunda bênção ou batismo no Espírito Santo. Estes últimos principalmente não devem fazer parte desta lista porque senão teremos que admitir que todos os cristãos têm de passar por essa experiência e tenho certeza, como bom teólogo nazareno, que não era isso que Ward queria dizer em sua exposição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Pode parecer à primeira instância que, “a ordem dos tratores não altera o barulho”,<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_edn12" name="_ednref12" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></a> mas a ideia desse processo salvífico é importante, pois como comenta o reverendo Ronald Hanko, a ordem da salvação “descreve a obra do Espírito de Deus <i>em</i> nós”.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_edn13" name="_ednref13" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></a> Olson complementa sua importância na área missiológica, pois seu impacto é diretamente proporcional ao nosso entendimento e atuação na evangelização dos perdidos, visto que “sem arrependimento e fé, capacitados pela graça preveniente, não se pode ser totalmente salvo”.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_edn14" name="_ednref14" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></a> Outro exemplo de sua importância é o caso da justificação, a qual “deve preceder a santificação, caso contrário temos a doutrina Romana da justificação pelas obras.”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_edn15" name="_ednref15" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Conforme vimos, a principal diferença entre a ordem da salvação nas teologias arminiana e calvinista se dá no tocante à regeneração. Para os calvinistas ela se dá antes do novo nascimento e para os arminianos, depois. Estes creem que o Senhor atua inicialmente com a graça preveniente e então capacita o homem a crer. Depois de receber a Cristo é que ocorrem os demais pontos da nossa <i>ordo salutis</i> (arrependimento, fé, regeneração, justificação, adoção, união com Cristo e habitação do Espírito Santo). Aqueles, por sua vez, creem que primeiro Deus regenera o homem, o qual somente depois do novo nascimento é que recebe fé para se arrepender, sendo justificado e santificado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A tese calvinista é mais primordialmente baseada em Rm 8.29,30, entretanto, Paulo não está interessado ali em formar uma <i>ordo</i>, mas em dar um panorama da obra de Cristo e seus efeitos para com os redimidos. Ademais, se colocarmos a fé depois do novo nascimento, contrariaremos não as palavras de Armínio, Wesley ou outro teólogo, mas a própria Palavra de Deus, como podemos observar em passagens escriturísticas como Mc 1.14,15; At 2.38; 11.21 e principalmente Rm 10.9-15. Inevitavelmente, se a fé vem depois do novo nascimento, não há necessidade de pregar o Evangelho, pois com ou sem a pregação a pessoa será salva em algum momento em função dos decretos divinos.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_edn16" name="_ednref16" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></a> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
(...)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Leia mais em: COUTO, Vinicius. Introdução à Teologia Armínio-Wesleyana. Reflexão, 2014.<br />
<br /> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Notas<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportEndnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]--><br />
<div id="edn1">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_ednref1" name="_edn1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"> Gostaria de fazer uma ressalva sobre esse ponto. Tradicionalmente, temos as doutrinas arminiana e calvinista como os pressupostos ortodoxos sobre as doutrinas da graça. Embora ambos os pontos de vista sejam praticamente opostos, são aceitos como teologicamente corretos pelos eruditos. Atualmente, há vários pregadores que vêm ensinando uma visão da graça que não se encaixa em nenhuma das duas vertentes teológicas. Um desses pregadores é um pastor cingapuriano chamado Joseph Prince, autor do <i>Best-seller</i>, “Destinados a Reinar”. Vale muito a pena alertar aos pastores, líderes e mesmo irmãos na fé que, os ensinos de Prince são recheados de questões heterodoxas e é uma distorção das doutrinas da graça. Para maiores informações, consultar COUTO, Vinicius. <i>As heresias de Jospeh Prince</i>. Disponível em: http://www.cacp.org.br/as-heresias-de-joseph-prince/.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn2">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_ednref2" name="_edn2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"> Refiro-me aqui à ideia de que Deus soberanamente elege alguns para a salvação e outros para a danação. Obviamente que, a vontade soberana de Deus é constatada em toda a Bíblia (cf Is 43.13; Jó 42.2).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn3">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_ednref3" name="_edn3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-ansi-language: EN-US;"> HOEKSEMA, Herman. <i>Reformed Dogmatics</i>. 2004, Volume 2, Reformed Free Publishing Association, p. 16.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn4">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_ednref4" name="_edn4" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-ansi-language: EN-US;"> OLSON, Roger. <i>Na Arminian Ordo Salutis (Order of salvation).</i> </span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;">Disponível em: http://www.patheos.com/blogs/rogereolson/2013/08/an-arminian-ordo-salutis-order-of-salvation/. Acesso em 07/03/2014.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn5">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_ednref5" name="_edn5" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"> FERREIRA, Franklin; MYATT, Alan. <i>Teologia Sistemática: uma análise histórica, bíblica e apologética para o contexto atual</i>. 2007, Vida Nova, p. 737.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn6">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_ednref6" name="_edn6" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"> Ibid, p. 738.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn7">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_ednref7" name="_edn7" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"> STRONG, A. H. <i>Teologia sistemática</i>. Volume 2, 2007, Hagnos, pp. 1399-1558.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn8">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_ednref8" name="_edn8" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"> BERKHOF, Louis. <i>Teologia Sistemática</i>. 2012, Cultura Cristã, pp. 383-504.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn9">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_ednref9" name="_edn9" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-ansi-language: EN-US;"> OLSON, Roger. <i>Op. Cit.</i>, idem.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn10">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_ednref10" name="_edn10" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-ansi-language: EN-US;"> <span lang="EN-US" style="background: white; letter-spacing: -0.2pt;">BURTNER, Robert W.; CHILES, Robert. </span></span><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; letter-spacing: -0.2pt;">E. (org.). <i>Coletânea da Teologia de João Wesley</i>. </span><span lang="EN-US" style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; letter-spacing: -0.2pt; mso-ansi-language: EN-US;">1995, Colégio Episcopal, p. 130.</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-ansi-language: EN-US;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn11">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_ednref11" name="_edn11" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-ansi-language: EN-US;"> WARD, David B. Wesleyan Theology of Salvation and Preaching. </span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;">Disponível em: http://wesleyansermons.com/2013/08/26/wesleyan-theology-of-salvation-and-preaching/. Acesso em 07/03/14.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn12">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_ednref12" name="_edn12" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"> Trocadilho com a frase que aprendemos no ensino fundamental para as operações matemáticas de multiplicação: “a ordem dos fatores não altera o produto”, ou seja 8 x 3 é a mesma coisa que 3 x 8.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn13">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_ednref13" name="_edn13" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-ansi-language: EN-US;"> HANKO, Ronald. <i>Doctrine According to Godliness.</i> 2004, Reformed Free Publishing Association, pp. 185,186.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn14">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_ednref14" name="_edn14" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-ansi-language: EN-US;"> OLSON, Roger. <i>Op. Cit</i>. Idem.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn15">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_ednref15" name="_edn15" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-ansi-language: EN-US;"> HANKO, Ronald. <i>Op. Cit</i>., p. 186.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn16">
<div class="MsoEndnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Desktop%20antigo/Arquivos%20pessoais/Artigos/Arminianismo/04%20-%20Graça%20preveniente.docx#_ednref16" name="_edn16" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt;"> Vale ressaltar que, os calvinistas não ensinam que a pessoa é salva sem a pregação do Evangelho. Para eles, a pregação é meio que Deus escolheu. Todavia, é inevitável que não raciocinemos conforme propus quando analisamos a <i>ordo</i> calvinista.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn17">
<div class="MsoEndnoteText">
</div>
</div>
</div>
Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2503711424904137082.post-70139487031514268372014-02-25T13:21:00.000-03:002014-09-23T00:08:52.660-03:00Conhecendo o Arminianismo (parte 3) – Depravação Total<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Já abordamos, em nossa sequencia de artigos, dois pontos do arminianismo: o primeiro a respeito da eleição e o segundo sobre a expiação. Já foi possível constatar que, Deus elegeu corporativamente a Igreja e que Jesus morreu por todos, fazendo expiação pelos pecados da humanidade e tornando a salvação potencial. Aquele que crer será salvo, relatou Marcos, provavelmente sob a supervisão de Pedro (Mc 16.16). Essa passagem nos dá a ideia de que o homem pode escolher positiva ou negativamente a opção de Deus, pois aquele que não crer será condenado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Como entendermos essa questão? O homem, por si só, realmente tem condições de escolher a Deus? Até que ponto os efeitos da queda atingiram a raça humana? O arminianismo ensina o livre-arbítrio e o calvinismo, por sua vez, ensina a livre-agência. Qual seria a diferença entre as duas terminologias? Veremos, doravante, a explicação da doutrina da depravação total, e as perguntas supracitadas poderão ser respondidas no decorrer de nossa exposição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Artigo III – Remonstrância<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">“Que o homem não possui por si mesmo graça salvadora, nem as obras de sua própria vontade, de modo que, em seu estado de apostasia e pecado para si mesmo e por si mesmo, não pode pensar nada que seja bom – nada, a saber, que seja verdadeiramente bom, tal como a fé que salva antes de qualquer outra coisa. Mas que é necessário que, por Deus em Cristo e através de seu Santo Espírito, seja gerado de novo e renovado em entendimento, afeições e vontade e em todas as suas faculdades, para que seja capacitado a entender, pensar, querer e praticar o que é verdadeiramente bom, segundo a Palavra de Deus [Jo 15.5].”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Depravação total no Calvinismo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A palavra depravação, segundo qualquer dicionário de português, significa, nada mais nada menos, do que corrupção ou perversão. É a nossa tendência pecaminosa, nossa inclinação para o mal. É a herança de Adão: “...por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram” (Rm 5.12).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Essa tendência pecaminosa pode ser vista até mesmo em seres inocentes como as crianças. Qual é o pai que ensina seu filho de dois anos a mentir? Mesmo assim, quando tal criança apronta alguma travessura, ela trata logo de mentir para se livrar da bronca. Quem ensina as crianças a serem desobedientes, egoístas, briguentas, pirracentas e rebeldes? Entretanto, naturalmente, essas mazelas aparecem livre e espontaneamente, cabendo aos pais educar tais crianças. Chamamos isso de pecado original, ou seja, a herança de Adão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Depois da queda, portanto, o homem passou a viver com tendência para o mal, nossa natureza foi corrompida e se tornou propensa para o pecado. Esses conceitos são idênticos nas teologias calvinista e arminiana. Para início de conversa, podemos citar Sproul, presidente da <i>Reformation Bible College</i> e pastor auxiliar da <i>Saint Andrew’s Chapel </i>na cidade de Sanford, na Flórida. Ele disse que não somos pecadores porque pecamos, mas que pecamos porque somos pecadores, pois herdamos de Adão uma condição corrupta de pecaminosidade.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Depravação%20Total.docx#_edn1" name="_ednref1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Berkhof salienta que, o pecado de Adão trouxe cinco consequências para a humanidade: 1) a depravação total da natureza humana, 2) a perda da comunhão com Deus, 3) uma consciência corrupta, 4) mortes espiritual e física e 5) expulsão do Éden e proibição de comer da árvore da vida.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Depravação%20Total.docx#_edn2" name="_ednref2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O reverendo Ronald Hanko, pastor da <i>Lynden Protestant Reformed Church</i>, comenta em uma de suas obras que, “a palavra depravação refere-se à nossa pecaminosidade e impiedade” e que usamos essa palavra “para enfatizar o fato de que somos <i>muito</i> ímpios aos olhos de Deus”, estando, consequentemente, “em grande necessidade de sua salvação”.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Depravação%20Total.docx#_edn3" name="_ednref3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Hanko acrescenta, ainda, que a palavra “depravação” associada ao uso de “total”, quer dizer três coisas: 1) que todos os homens, exceto Jesus, são depravados e ímpios; 2) todos os atos, pensamentos, vontades, desejos, escolhas e emoções de todos os homens são completamente ímpios aos olhos de Deus e 3) que todos os homens são ímpios em sua totalidade (atos, pensamentos, vontades, desejos, escolhas e emoções).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A doutrina da depravação total indica, segundo Berkhof, que “a corrupção inerente abrange todas as partes da natureza do homem, todas as faculdades e poderes da alma e do corpo” e que “absolutamente não há no pecador bem espiritual algum, isto é, bem com relação a Deus, mas somente perversão”. Não obstante, essa doutrina não implica “que todo homem é tão completamente depravado como poderia chegar a ser”, “que o pecado não tem nenhum conhecimento inato de Deus, nem tampouco tem uma consciência que discerne entre o bem e o mal”, “que o homem pecador raramente admira o caráter e os atos virtuosos dos outros, ou que é incapaz de afetos e atos desinteressados em suas relações com os seus semelhantes” e nem “que todos os homens não regenerados, em virtude da sua pecaminosidade inerente, se entregarão a todas as formas de pecado”.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Depravação%20Total.docx#_edn4" name="_ednref4" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Em seu comentário sobre Romanos 3.13-17, o clérigo anglicano John Stott corroborou com a ideia de Berkhof ao mostrar que, a doutrina bíblica da depravação total “nunca quis dizer que o ser humano é o mais depravado possível. Tal noção e evidentemente absurda e falsa, e basta olharmos ao nosso redor, no nosso dia-a-dia para contradizê-la”, visto que, “a ‘totalidade’ da nossa corrupção tem a ver com a sua extensão (pois ela estraga e distorce todas as partes da nossa natureza humana), ao seu nível de ação (pois corrompe em absoluto cada parte de nosso ser).” Ele cita J. I. Packer, “por um lado ‘ninguém e tão mau quanto poderia ser’, enquanto que, por outro, ‘nenhum de nossos atos é tão bom quanto deveria ser’”.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Depravação%20Total.docx#_edn5" name="_ednref5" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Depravação Total no Arminianismo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">No decorrer do comentário supracitado de Stott, ele diz que, “só tem coragem de contestar [a doutrina da depravação total] quem tem sobre ela uma concepção errônea.” Ele tem razão. Os arminianos não discordam dessa doutrina como veremos a seguir. Mas, infelizmente, não sabemos se por preconceitos,<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Depravação%20Total.docx#_edn6" name="_ednref6" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a> falta de informação<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Depravação%20Total.docx#_edn7" name="_ednref7" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a> ou uma crença cegamente sofismática,<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Depravação%20Total.docx#_edn8" name="_ednref8" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a> alguns teólogos calvinistas acham que o arminianismo ensina uma depravação parcial.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Depravação%20Total.docx#_edn9" name="_ednref9" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Olson comenta que, “ao contrário da ideia popular sobre o Arminianismo (especialmente entre os calvinistas), nem Armínio nem os remonstrantes negaram a depravação total; eles a afirmaram”.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Depravação%20Total.docx#_edn10" name="_ednref10" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a> Sendo assim, penso que seja mais interessante observarmos declarações de teólogos arminianos a esse respeito. Vejamos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Armínio disse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 70.8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">“Neste estado [caído], o livre-arbítrio do homem para o verdadeiro bem não está apenas ferido, enfermo, inclinado, e enfraquecido; mas ele está também preso, destruído, e perdido. E os seus poderes não só estão debilitados e inúteis a menos que seja assistido pela graça, mas não tem poder algum exceto quando é animado pela graça divina.”<span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Depravação%20Total.docx#_edn11" name="_ednref11" title="">[11]</a></span></span><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Depravação%20Total.docx#_edn11" name="_ednref11" title=""><!--[endif]--></a></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 70.8pt; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">(...)</span></b><br />
<br />
Leia mais em: COUTO, Vinicius. Introdução à Teologia Armínio-Wesleyana. Reflexão, 2014.<br />
<br />
<br />
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Notas</span></b></div>
<div>
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]--><br />
<div id="edn1">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Depravação%20Total.docx#_ednref1" name="_edn1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> SPROUL, R. C. <i>Boa Pergunta!</i> 1999, Cultura Cristã, p.98.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn2">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Depravação%20Total.docx#_ednref2" name="_edn2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> BERKHOF, Louis. <i>Teologia Sistemática</i>. 2012, Cultura Cristã, p. 209.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn3">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Depravação%20Total.docx#_ednref3" name="_edn3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> HANKO, Ronald. <i>Doctrine According to Godliness.</i> 2004, Reformed Free Publishing Association, pp. 113,114.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn4">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Depravação%20Total.docx#_ednref4" name="_edn4" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> BERKHOF, Louis. <i>Op. Cit.,</i> p. 229.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn5">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Depravação%20Total.docx#_ednref5" name="_edn5" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> STOTT, John. <i>A Mensagem de Romanos</i>. 2000, ABU Editora.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn6">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Depravação%20Total.docx#_ednref6" name="_edn6" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> Não o preconceito discriminatório, mas com ideias preconcebidas.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn7">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Depravação%20Total.docx#_ednref7" name="_edn7" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> A maioria desses críticos desconhece o arminianismo clássico, tendo portanto, um entendimento preconcebido e consequentemente superficial do assunto. Suas citações não são baseadas em Armínio, nos remonstrantes ou em Wesley. Olson comenta a esse respeito dizendo que, “Algumas acusações dos calvinistas contra a teologia arminiana demonstram quase uma completa falta de conhecimento ou entendimento da literatura arminiana clássica.”. OLSON, Roger. <i>Arminianismo: mitos e realidades. </i>2013, Reflexão, p. 177.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn8">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Depravação%20Total.docx#_ednref8" name="_edn8" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> Optei em chamar dessa forma porque alguns calvinistas simplesmente debocham do arminianismo e dos arminianos, demonstrando carência do fruto do Espírito Santo. Até mesmo Solano Portela reconhece que, há no meio calvinista uma arrogância que os leva a atitudes pecaminosas como a “falta de amor no trato” com os nossos irmãos e a “falta de discernimento do que é importante” ou prioritário em nossa fé cristã. Conferir essa reflexão em PORTELA, Solano. O Pecado da Intolerância Fraternal. In: _____. <i>5 Pecados que Ameaçam os Calvinistas</i>. 1997, PES, p. 7.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn9">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Depravação%20Total.docx#_ednref9" name="_edn9" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> Ver, por exemplo, Leandro Lima em LIMA, Leandro Antônio de. <i>Calvino Ensinou a Expiação Limitada?</i> Fides Refomata IX, n° 1 (2004), p. 79. Também conferir o equívoco de Driscoll e Breshears em dizer que a visão arminiana crê que “Nascemos pecadores, mas culpados por nossos pecados, não pelos de Adão” em DRISCOLL, Mark; BRESHEARS, Gerry. </span><i><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Doctrine: What Christians Should Believe. </span></i><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">2010, Crossway, p. 267.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn10">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Depravação%20Total.docx#_ednref10" name="_edn10" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> OLSON, Roger. <i>Op. Cit.,</i> p. 42.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="edn11">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/vcouto/Desktop/Depravação%20Total.docx#_ednref11" name="_edn11" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> <span lang="EN-US">NICHOLS, James (Org.). <i>The Writings of James Arminius</i>. Volume II, 1956, Baker, p. 252.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="edn12">
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
</div>
</div>
</div>
Pr Vinicius Coutohttp://www.blogger.com/profile/17268216792785451336noreply@blogger.com0